Que país é este: A crise na Educação


Estudantes protestam no Paraná

O dia 10 de novembro foi escolhido para a manifestação dos estudantes paranaenses contra o corte de verbas dos governos federal e estadual para a educação e a volta do ensino pago no Paraná.
Em Curitiba, um solitário estudante de artes plásticas da UFPR (Universidade Federal do Paraná), presidente do diretório acadêmico de artes, tirou a roupa em plena Boca Maldita, no centro da cidade. O ato de coragem e protesto teve repercussão nacional e destaque nos principais jornais do estado. Em Maringá, a chuva não impediu que cerca de 2 mil estudantes universitários e secundaristas fizessem uma passeata, que saiu da UEM (Universidade Estadual de Maringá) e foi até a prefeitura da cidade.
Em Londrina, por volta das 10 horas da manhã, estudantes da UEL (Universidade Estadual de Londrina) percorreram os corredores da instituição, com seus apitos estridentes e guarda-chuvas em punho, convocando aqueles que ainda permaneciam em sala de aula. O carro de som chamava todos a se juntar à manifestação. "Nós estamos estudando", brandaram de uma sala de aula. Professores não dispensaram seus alunos. Houve até quem dissesse que temos que lutar por "coisas mais concretas", como livros.
Então aceitamos o corte de 84% das verbas anunciado pelo governo do Paraná e vamos pedir livros ao governador Jaime Lerner? Após o corte a UEL, que já sofria, como toda universidade pública nesse país com a falta de material, não terá mais quase nada. Os laboratórios estão tendo que pedir aos estudantes que colaborem. O corte de verba atinge todos aqueles que ficaram "estudando em suas carteiras". Muitos, inclusive, não poderão manter-se na cidade pelo fato de terem que "contribuir" para poder estudar.

Denise Ortiz Ribeiro



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