Será que Jesus não exagerou em suas colocações? Amar familiares, parentes, amigos - especialmente quando nos fazem o bem - tudo certo. Mas inimigos? Pau neles - é o que merecem.

De fato, é um absurdo amar os inimigos. Mesmo assim, Jesus não arreda pé da sua proposta. Ah! Jesus utópico. Como é bom ver as utopias rasgando as trilhas das boas intenções.

Só que... Só que Jesus deu um exemplo nada utópico: amou os pecadores, seus inimigos portanto, e os amou até a morte e morte de cruz.

Que amor, então, é esse? Não é o amor natural que busca vantagens pessoais, retribuições, recompensas ou, pelo menos, o prazer de ter feito algo de bom em favor de alguém que o mereça. Pelo contrário, o amor de Cristo, o ágape, é um amor que não busca vantagens, nem recompensas, nem leva em conta o possível mérito da pessoa amada. É um amor, portanto, que foge a todos os nossos parâmetros usuais.

É com ele que vamos amar os inimigos.

Só uma dificuldade: se não vamos ganhar nada e se o tal do inimigo nada merece, por que ou como amá-lo? Só pelo exemplo de Cristo?

Certamente que não é só por isso. O fundamental reside no seguinte ponto:

o amor de Cristo, que nos liberta da culpa e do poder do pecado, também nos dá o poder de o imitarmos. Nem sempre, é claro, seremos imitadores perfeitos. O mais provável é que façamos, na maioria das vezes, uma caricatura desse amor. Mas, seja como for, o amor de Cristo está em nós. Pela fé o temos integralmente. Vivamos, pois, pela fé. Muitos inimigos se tornarão amigos nossos e de Deus.

Senhor Jesus, dá-nos a fé que apreende teu amor de amigo para aprendermos a amar os inimigos. Amém.

O sermão de Lc, diferentemente do de Mt 5-7, não discute sobre a verdadeira e a falsa justiça, nem se interessa pela interpretação da Lei mosaica. Insiste no tema dos pobres e humildes que são recebidos no Reino. Neste sentido o discípulo de Cristo deve distinguir-se pela pobreza (v. 20-23), pelo desapego dos bens deste mundo (24-26>, pelo amor aos inimigos (27-38), pelo espírito de autocrítica (39-45) e de obediência aos. ensinamentos de Jesus (46-49). Lc, provavelmente, se dirige às comunidades cristãs economicamente desprovidas e politicamente ameaçadas da Ásia Menor e da Grécia. A mensagem de Jesus quer atingir e transformar as pessoas para que assim as estruturas injustas da sociedade possam ser transformadas.

"Pai Santo, estou na tua casa, pronto para participar desta Eucaristia, na qual ouvirei a tua Palavra e receberei o Corpo e Sangue de Jesus. Eu te dou graças por estar aqui reunido com o teu povo e pela oportunidade de renovar em minha vida os efeitos da Cruz de Cristo. Sim, ó Pai, pelo poder do Espirito Santo, estarei sendo renovado, e os meus problemas encontrarão solução, com a Tua Graça, que me acompanhará. Nada tenho a temer, pois sei que estás comigo.