E aí,
povo!
Bom, vou mostrar aqui
algumas fotos da rápida viagem a New York que fiz no fim de semana
de 15-16/06. Ah, se alguém quiser uma versão maior ou melhor
do arquivo de alguma dessas fotos, é só me pedir que mando.
Fui pra acompanhar um brasileiro que também trabalha na VCU, o Wagner.
Ele estava indo levar seus pais para o aeroporto, depois de férias
aqui pela primeira vez, e Wagner me chamou pra fazer companhia na longa viagem.
Tamos aí! Saímos de Richmond às 9:30 do sábado,
chegando em NY às 3:30, após uma rápida parada no meio
do caminho. Passamos por cinco diferente estados na viagem (Virginia, Maryland,
Delaware, New Jersey e New York). Normal, se lembrarmos que os estados aqui
na costa leste são geralmente pequenos. De Dalaware, por exemplo,
só vimos uma tripa no mapa.
O tempo não estava
muito bom para fotos da cidade: nublado, com um pouco de névoa baixa,
o que deixou algumas fotos meio sem graça, como pode-se ver na foto
à direita: o mais alto edifício da cidade atualmente, o Empire
State Building.
Enquanto Wagner levava o pessoal pro aeroporto, fiquei andando a pé
por Manhattan. Isso foi das 5:00 até umas 9:00, quando havíamos
combinado de nos encontrar na Times Square. Andei muito nessas horas, tirei
a maioria das fotos, e fiquei sentindo o clima da Big Apple. Ali me senti
mais em casa do que em Richmond: muita gente na rua,
lojas abertas até tarde da noite
, um trânsito medonho, sujeira pelo chão - enfim, uma zona,
tal e qual nossa querida Sampa...
Passeando aleatoriamente por lá achei uma loja (de indianos, percebi
mais tarde) que estava fazendo uma liquidação de encerramento,
tava uma bagunça o lugar. Entrei pra ver o que tinham de lentes pra
máquina fotográfica (estava pesquisando as zooms tipo 28-100mm,
mais ou menos, pra minha velha e infalível Pentax K-1000), mas não
tinham o que me interessava. Aí o vendedor começou a me mostrar
uma lente conversora 0.42X.
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N.T.: Isso significa que, usando essa lente em conjunto com outra, você
multiplica a distância focal da lente original por 0.42 - ou seja,
uma 50mm passa a ser 21mm, por exemplo - e isso ¨afasta¨ a imagem.
Wagner me perguntou: mas pra que alguém iria querer fazer isso?! Bom,
é só pensar naquela foto dentro de casa onde a parede nunca
está longe o suficiente pra caber todo mundo na foto, ou o prédio
que é muito alto, etc
Depois de colocar a lente na minha câmera, mostrar como era legal,
essas coisas de vendedor, fiz a pergunta difícil - mas e aí,
quanto custa? O cara pediu uns $150, e eu fui indo embora, disse que não
podia gastar mais de $50. Resumindo, depois de 10 min e de falar com o dono
da loja e tudo, o cara acabou fazendo a tal lente por $65 - e ainda ganhei
um anel conversor pra encaixar em minhas lentes. Depois ainda vi que a lente
tem também uma função macro (dá pra focalizar
de muito perto, legal pra tirar fotos de insetos e coisas assim),
e pesquisando na rede vi que normalmente custa entre $160 e $200, por aí.
Good deal.
Andando por lá, inicialmente achei que o prédio ao
lado fosse o Empire States - e mais tarde notei que não era bem o
caso... Esse é o Chrysler Building. Muito bonito, também.
Andei bastante pela famosa Broadway, a avenida onde fica a Times Square
- onde eu tinha começado minha ¨peregrinação¨.
Aquele lugar nunca fica escuro, pelo que deu pra perceber. Durante o dia,
é dia e isso explica tudo. Mas conforme vai anoitecendo, não
escurece, por que é tanta luz, neon, etc., que não fica realmente
escuro naquele pedaço da Times Square. É estranho, vi o processo
acontecer enquanto esperava pelo Wagner lá. Como é horário
de verão, só escurece mesmo às 9:00, mas já era
mais que isso quando ele apareceu, e não estava escuro ali.
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Conforme
vai ficando mais tarde, o movimento lá vai aumentando cada vez mais,
com o pessoal chegando para os musicais, shows, peças, etc.
Durante o dia, o que mais tem lá é turista típico:
dá pra ver direitinho, o pessoal com as câmera na mão,
de boca aberta, olhando pra todo lado - mais ou menos como eu deveria estar.
De noite pessoal vem pra ver as atrações, então é
menos escancarado, mas dá pra ver que é turista pelo ar de
encantamento. Fico imaginando como deve ser Las Vegas, que é muito
mais luminosa que aquele pedaço de NY.
Ainda se fala muito no ataque terrorista do ano passado, que eles sempre
chamam de ¨September 11¨, e o curioso é que eles continuam
usando imagens com as torres do WTC nas camisetas, cartões postais,
bonés, logotipos, o que for. A única exceção
que percebi foi nos chamados ¨disaster cards¨, cartões postais
com fotos do local em chamas, as torres depois do ataque, a cratera fumegante,
o Bin Laden no meio de um alvo, essas coisas. Mas acho que esses itens não
são muito populares por lá (compreensivelmente), por que só
vi um lugar vendendo cartões desse tipo.
Dá a impressão de que eles nunca vão substituir o
¨skyline¨ antigo, com as torres, pelo novo. Sei lá o que vão
fazer no local, nem sei se já foi decidido. Eu acho que deveriam
fazer uma grande praça, memorial, eles adoram essas coisas aqui. É
impressionante o espaço aberto no meio daquele monte de prédios
apertados no coração financeiro do mundo. Você vai andando
no meio daquela sombra toda e de repente sai numa clareira enorme, inacreditável
o tamanho do negócio quando visto de perto. Assusta imaginar como
deve ter sido ver aquilo desmoronando, e o tamanho da montanha de entulho
que sobrou. A gente vê nas fotos dos jornais e na TV, mas não
dá a real dimensão da coisa.
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Ponto
turístico obrigatório hoje em dia, esse é o ¨Ground
Zero¨, como esse povo belicoso chama o local onde antes estava o WTC
(¨ground zero¨ é um termo de conotação meio
militar, ponto de impacto de uma bomba, por exemplo). Essa foto foi com minha
velha lente 28mm. Compare com a próxima foto, onde combino essa lente
com a conversora 0.42X...
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Aqui
é a mesma foto acima, só que a lente agora virou uma 11.8mm,
ou seja, uma olho de peixe (só que ¨falsa¨...). Dobrou o campo
de visão.
A imagem fica vinhetada
(recortada redonda), dá pra ver as paredes da lente. Mas o ângulo
de visão é de uns 150 graus, mais ou menos. Usando a conversora
com a 50mm resulta em imagens normais, essa aqui é mais uma curiosidade
óptica do que uma foto útil... Mas é divertido. E, para
os tecnicamente inclinados, notem a absurda profundidade de campo - tá
no foco desde a tela de arame até o infinito!
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Mas voltando
à Broadway, vi lá um negócio que me lembrou São
Paulo, mais especificamente a Rua Barão de Itapetininga, perto da
Praça da República. Centrão.
Tinha grupos de ¨break¨
na rua fazendo apresentações a cada 20 minutos, e juntava uma
monte de gente pra ver. No final da apresentação, um dos componentes
do grupo passava com um balde pedindo contribuições - dei
$1, os caras eram bons demais.
E como na Barão, onde tem apresentações de capoeira
e artes marciais, os caras também não têm autorização
pra fazer aquilo. De repente, no final da segunda apresentação
a que assisti, escuto aquele ¨woow¨ de sirene de polícia,
e é aquela debandada de gente, o show acaba rapidinho, os artistas
levam uma bronca e caem fora. Até outro dia, certamente.
Nesse grupo que vi tinha um garoto que não devia ter mais de dez
ou onze anos, mas o molequinho era bom. Dá uma olhada na foto ao
lado - é ele de cabeça pra baixo.
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Só
que ele não está simplesmente de cabeça pra baixo, como
a foto, estática, mostra. Ele está fazendo flexão com
os braços, descendo até o queixo e subindo de novo.
Meu, aqueles caras são magrinhos (a maioria, tinha um negão
gordão que era muito engraçado!) mas têm uma força
incrível! Vejam à esquerda um outro cara. Ele está quase
se apoiando em um braço só (isso seria um segundo depois da
foto).
Os caras são bons mesmo, muito rápidos e vão fazendo
umas coreografias no ritmo da música. Já posso dizer que vi
um show da Broadway! Tecnicamente, não é exatamente mentira...
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Em NY
é difícil se sentir estrangeiro, por que o que menos se ouve
por lá é inglês... Praticamente todas as lojas de souvenirs,
artigos fotográficos, etc. em que entrei eram de hispânicos,
asiáticos ou indianos. O taxi era dirigido por um russo. Na rua se
escuta mais espanhol que inglês. Chinatown, de onde infelizmente não
tirei uma foto, dá até medo: dizem que tem 150.000 chineses
lá, e pelo que vi no domingo não duvido nem um pouco. Até
as propagandas nos outdoors de lá são escritas em chinês!
Quando você vai chegando perto de lá, pensa automaticamente
no bairro da Liberdade, mas quando tá lá no meio mesmo, dá
pra ver que é a Liberdade ao cubo do cubo...
A foto ao lado é de um lugar próximo a Chinatown: Little
Italy. Na verdade, quase não há mais Little Italy, por que
Chinatown se expandiu e foi pegando cada vez mais pedaços da área,
até sobrar só a Mulberry St., e alguns restaurantes italianos
espalhados aqui e ali.
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É pena, mas na foto não fica nem de perto tão bonito
como é ao vivo. Essa é a Broadway no início da noite,
quando já se acenderam todos os luminosos e neons.
E o que passa de limusine por ali é uma festa. O pessoal às
vezes aluga pra festas, ou pra eventos especiais. Teve uma da onde saiu
uma galera, mais de dez pessoas.
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Aqui
a foto óbvia e inevitável de todo prédio alto, tirada
de baixo olhando pra cima. Foi aqui que o King Kong subiu na década
de 30, e vai ter que se contentar com esse, por que aquele onde ele subiu
na década de 80 não vai dar mais...
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Como o tempo melhorou no domingo e o céu abriu um pouco (dá
pra ver o começo na foto acima), as condições para
foto à distância melhoraram. Aí foi possível
fazer essa aí ao lado, do Empire State bem lá longe, visto
da Washington Square (onde tem um ¨mini Arco do Triunfo¨). É,
eu sei, eu escaneei torto. E não tô a fim de arrumar.
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E pra finalmente terminar, uma foto de um ¨monumento itinerante¨
que tem lá em NY, uma estátua em homenagem aos bombeiros que
trabalharam no resgate naquele dia em que algo tão hollywoodiano
aconteceu na capital do mundo. Esse monumento ou o que seja fica sobre uma
carretinha, e acho que eles devem mudar a localização a cada
de vez em quando. Nesse dia em que passei por lá, estava nas imediações
da 42 St.
É um bombeiro agachado, se apoiando sobre o capacete no chão.
Atrás dele tem uma placa grande com fotos de bombeiros e policiais
mortos naquele dia, nomes, coisas assim. E a placa na frente, da qual se
vê um pedaço aí, é um texto agradecendo, etc.
As rosas são de verdade.
Inté
J
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