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ISO/IEC 12207
 

Tecnologia da Informação
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Processos do Ciclo de Vida do Software


É a primeira norma internacional que fornece um conjunto de processos para aquisição e fornecimento de produtos e serviços de software. Estes processos podem também ser empregues para gerir, desenvolver, usar e melhorar o software através do seu ciclo de vida. A sua arquitectura permite contemplar os métodos, técnicas, ferramentas e ambientes actuais e em evolução.

Proposta em 1988 e publicada em Agosto de 1995 pretende ser a base para o comércio internacional de produtos e serviços de software pois fornece um enquadramento comum para os processos do ciclo de vida do software, com uma terminologia bem definida, que pode ser referenciada pela indústria do software. Pretende substituir o conjunto de normas, procedimentos, métodos, ferramentas e ambientes de desenvolvimento e gestão de software que têm proliferado e criado dificuldades à gestão e engenharia do software especialmente na integração de produtos e serviços.

A norma ISO/IEC 12207 fornece uma arquitectura para o ciclo de vida do software e um quadro completo para a aquisição, fornecimento, desenvolvimento, operação e manutenção do software. Adicionalmente a norma contem um enquadramento para a gestão, controle e melhoramento das actividades do ciclo de vida do software.

Esta norma foi adaptada pelos Estados Unidos  como a norma IEEE/EIA 12207 e é considerada uma norma estratégica que fornece a base para adopção, a nível organizacional, dos processos de software adequados a projectos dos vários sectores de actividade (comerciais, militares e outros) quer para clientes internos quer internacionais.

Foi adoptada pelo Department of Defense (DoD), em substituição da norma MIL-STD-498, em Maio de 1998.
 
 



Principais Processos

A norma agrupa as actividades que fazem parte do ciclo de vida do software em três principais processos:

Processos primários
São os processos que servem as partes que iniciam o ciclo de vida do software (quem adquire, quem fornece, quem desenvolve, quem opera e quem mantém), ou seja:


Processos de suporte
São os processos que suportam outros processos como partes integrantes, embora com diferentes propósitos, e que contribuem para o sucesso do projecto de software. São eles:


Processos organizacionais
São os processos empregues para estabelecer e implementar uma estrutura subjacente feita a partir de processos associados, são as pesoas e é o melhoramento contínuo da estrutura e dos processos. É independente dos projectos e dos contractos. São os seguintes:


 
 
 
 

Visão Geral

A norma é aplicável a qualquer sector de actividade (aeroespacial, equipamentos médicos, telecomunicações, comercial, militar, etc.) ou e a qualquer cultura nacional ou organizacional.

Os utilizadores alvo são os adquirentes e fornecedores com elevados conhecimentos técnicos e envolvidos em projectos com grandes riscos a nível de custos, prazos, qualidade ou técnicos.

A norma limita-se ao ciclo de vida do software dum sistema e não ao ciclo de vida do sistema total.

O âmbito da norma inclui vários tipos de software: novo, reutilização de software já existente com algumas alterações, software embebido, "firmware" mas não inclui produtos comerciais "off-the-shelf" como por exemplo, processadores de texto, folhas decálculo ou jogos.

A norma descreve os principais componentes dos processos dum ciclo de vida completo do software, os seus interfaces e as relações de alto nível que regulam essas interacções.

Para cada um dos processos são definidas, detalhadamente, em termos de responsabilidades, as tarefas e actividades, bem como os respectivos outputs. No entanto não especifica como implementar ou executar essas tarefas e actividades.

A norma não obriga à adopção de qualquer modelo específico de ciclo de vida ou metodologia de desenvolvimento.

Estabelece que o responsável pelo desenvolvimento deve definir ou seleccionar um modelo de ciclo de vida apropriado ao âmbito, dimensão e complexidade do projecto. As actividades e tarefas do processo de desenvolvimento devem ser seleccionadas e mapeadas no modelo do ciclo de vida. O objectivo é existir flexibilidade na ordenação das actividades e escolher o modelo de desenvolvimento mais adequado às características do projecto.

A norma não pretende entrar em conflito com as políticas, normas ou procedimentos já em uso na organização. Contudo qualquer conflito existente precisa de ser ultrapassado e no caso de não estar de acordo com a norma tem de ser citado como excepção.

Na norma são indicadas algumas listas de tarefas. Nenhuma delas pretende ser exaustiva e apenas pretende servir como exemplo. No caso do processo de desenvolvimento são 12 as actividades previstas:

  1. Análise do requisitos do sistema
  2. Desenho da arquitectura do sistema
  3. Análise dos requisitos do software
  4. Desenho da arquitectura do software
  5. Desenho detalhado do software
  6. Codificação e teste do software
  7. Integração do software
  8. Teste qualificativo do software
  9. Integração do sistema
  10. Teste qualificativo do sistema
  11. Instalação do software
  12. Suporte à aceitação do software


Em relação à documentação não prescreve qualquer nome, formato, conteúdo explícito ou suporte. Requer apenas que seja registado todo o trabalho que possa interessar aos gestores, técnicos e utilizadores. Pressupõe a documentação de todos os outputs de todas as actividades e tarefas dos processos seleccionados. É neutro em relação à utilização de ferramentas CASE como alternativa aos documentos tradicionais.
 
 


Conceitos Básicos

Relação Adquirente - Fornecedor

A norma baseia-se na perspectiva de que existe uma entidade, o adquirente que precisa dum produto ou dum serviço de software e que existe um fornecedor para esse produto ou serviço. A cada um são atribuídas actividades e tarefas distintas.

Essas entidades podem pertencer a organizações diferentes ou pertencer à mesma organização.
 
 

Contrato

O contrato é definido como qualquer tipo de acordo entre as partes.
 
 

Princípios da Engenharia de software

Baseia-se nos princípios da engenharia do software em que os componentes básicos são: análise, desenho, fabrico (codificação), avaliação, teste, integração, controlo e garantia de qualidade, distribuição, etc.

Quanto à especificação das caraceterísticas de qualidade do software remete para a norma ISO/IEC 9126.
 
 

Arquitectura do ciclo de vida do software

A norma estabelece uma arquitectura de alto nível do ciclo de vida do software. O ciclo inicia-se com uma ideia ou necessidade que pode ser satisfeita no total ou em parte pelo software e termina com a reforma do software. A arquitectura é construída com um conjunto de processos e interrelações entre esses processos. A derivação dos processos é baseada em dois princípios :


 

Estrutura de um processo do ciclo de vida

Cada processo é concebido em termos das actividades que o constituem e por sua vez cada actividade é concebida em termos das suas tarefas.

Por exemplo, uma das actividades do processo de desenvolvimento é o teste qualificativo do software. Esta actividade é então decomposta nas suas tarefas, sob responsabilidade de quem desenvolve, a saber:


 

Natureza das tarefas

Uma tarefa é um conjunto de acções elementares. Uma tarefa tem um input e produz um output. Pode ser expressa nos seguintes termos conforme o verbo que usa:


 

Natureza das Avaliações

A avaliação é um função elementar e usada de várias maneiras pelos processos. As avaliações são conduzidas sobre várias entidades, com objectivos  e critérios definidos. Uma entidade pode ser um processo, uma actividade ou uma tarefa, um plano, um acordo, um relatório, etc. Um objectivo pode ser verificado, revisto, auditado, validado, melhorado sempre que o motivo e objectivo que deu origem à avaliação varie.
 
 

Gestão da Qualidade Total

Implementa os princípios da gestão da qualidade total. Trata todas as actividades, incluindo as relacionadas com a qualidade, como parte integrante do ciclo de vida do software.

As actividades do ciclo de vida relacionadas com a qualidade estão adaptadas a cada processo. Cada processo está equipado com o ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act). A intenção é que o output de uma tarefa seja verificado antes de servir como input da tarefa seguinte.

Adicionalmente, existem dois processos especiais: verificação e validação que complementam as avaliações inerentes a cada processo com o devido grau de independência e objectividade.
 
 

Ligação entre sistema e software

A norma estabelece uma forte ligação entre sistema e software.

O software é tratado como uma parte integrante do sistema total e que desempenha certas funções naquele sistema. Esse sistema satisfará determinados objectivos e é tipicamente constituído por hardware, telecomunicações e pessoas.
 
 

Aplicabilidade a organizações

Os processos nesta norma funcionam como um enquadramento para servir em várias organizações. Uma organização pode seleccionar um subconjunto de processos que considere adequado para atingir os seus propósitos.

A norma pretende ser aplicada numa situação em que existem duas partes, quer essas duas partes representem organizações distintas, quer pertençam à mesma organização. A situação pode variar entre um acordo informal até um contrato legalmente registado. Também pode ser usada apenas por uma parte como tarefas auto impostas.

Os termos "organização" e "parte" são quase sinónimos. Uma organização é um corpo de pessoas organizadas para atingir determinados fins. Quando uma organização entra num acordo (na totalidade ou em parte) passa a ser uma parte. As organizações são corpos separados mas as partes podem ser da mesma organização ou de diferentes organizações.

Uma organização ou uma parte passa a chamar-se pelo nome do processo pelo qual é responsável; por exemplo, chama-se adquirente quando desempenha o processo de aquisição.

Os processos e organizações (ou partes) estão relacionados apenas em termos funcionais. O seu nome depende da função que executa e não implica qualquer estrutura para a organização (ou parte).

Uma organização pode executar um ou vários processos e um processo pode ser executado por uma ou várias organizações. No entanto,  sob um contracto uma dada parte não pode executar, em simultâneo, o processo aquisição e o processo fornecimento, embora possa executar outros processos.

A norma pretende ser aplicada por uma organização quer internamente quer contratualmente por duas ou mais organizações. Por isso as tarefas estão expressas em termos contratuais.
 
 

Aplicabilidade a projectos

A norma está escrita para um projecto de software geral, grande e complexo. Contudo foi concebida para ser adaptada ou ajustada a projectos de menor dimensão e/ou complexidade. Está também concebida para contemplar o software quer como entidade isolada quer como embebido ou parte integral dum sistema total.

O conjunto de processos, tarefas e actividades foi concebido para ser ajustável  a projectos de software concretos. Este processo de ajustamento (tailoring) consiste na eliminação de processos, actividades e tarefas não aplicáveis. No entanto o processo de aquisição e o processo de fornecimento não são ajustáveis.

Num projecto a norma pode ser aplicada mais que uma vez. Po exemplo, num dado projecto de software um adquirente contrata um fornecedor para desenvolver software e este fornecedor por sua vez subcontrata outro fornecedor para executar todo ou parte do software. No primeiro caso o adquirente e o fornecedor aplicam uma parte da norma. No último caso o fornecedor (como adquirente) e o seu subcontratado (como fornecedor) aplicam outra parte separada da norma.
 
 

Processo de ajustamento (Tailoring)

Este processo baseia-se na ideia de que é possível especificar num contracto e a partir da norma quais as actividades e tarefas necessárias para produzir determinado produto de software ou para prestar determinado serviço numa situação particular.

Esse proceso não pode comprometer a integridade, as intençoes ou a arquitectura da norma.

No entanto, o processo de ajustamento, definido no Anexo A, exige requisitos obrigatórios. Nomeadamente:


 

Capacidade de resposta a tecnologias emergentes

Para responder à rápida evolução da tecnologia a norma fornece uma arquitectura do ciclo de vida aberta e de alto nível.

A norma é independente de qualquer tecnologia.

Os processos, actividades e tarefas descritas referem-se "ao que fazer" mas a norma não dá qualquer indicação a "como fazer". Permite ao fornecedor ser criativo e empregar os métodos, técnicas e ferramentas mais apropriadas para produzir o produto ou fornecer o serviço.

Pode ser usado qualquer modelo de ciclo de vida (waterfall, incremental, evolucionário, espiral, etc), assim como qualquer método de engenharia de software (object-oriented, estruturada, top-down, ou outra) ou qualquer linguagem de programação (Ada, Cobol, etc.). Todas estas questões estão relacionadas com o tipo de projecto e com o estado da arte da tecnologia do software e a sua selecção é deixada ao utilizador da norma.
 
 

Não prescrição de eventos e marcos (milestones)

Na norma os processos com as respectivas actividades e tarefas estão combinadas na sua sequência natural. Esta sequência não impõe qualquer sequência dependente do tempo. Por falta de consenso ou universalidade em relação a uma sequência dependente do tempo, o utilizador da norma tem a opção de seleccionar, ajustar e ordenar os processos, actividades e tarefas como considerar ser mais apropriado e efectivo. A norma encoraja a interacção entre as actividades e a recursão dentro de uma actividade para anular os efeitos de qualquer sequência implicita de actividades e tarefas.
 
 

Documentação dos outputs

A norma requer que alguns outputs sejam documentados. No entanto, não especifica o formato, conteúdo ou suporte desses documentos. Uma organização pode usar o conjunto de formulários já existentes. Apenas terá de fazer a correspondência entre a documentação exigida pela norma e as normas de documentação da organização.
 
 

Definição da linha de partida (baselining)

A norma requer que sejam estabelecidas "baselines" no tempo adequado como planeado para os requisitos, desenho e codificação. O baselining, quando usado judiciosamente, é um meio efectivo para estabelecer confiança nos marcos (milestones) e no controlo dos custos e do calendário através da inibição não necessária e não planeada de alterações aos requisitos, desenho e codificação. O baselining deve ser feito durante uma revisão conjunta ou numa auditoria de forma a expedir e solidificar a compreensão da relação adquirente-fornecedor. Contudo, um projecto pode escolher não efectuar o baselining. A responsabilidade do baselining é atribuída ao processo de desenvolvimento ( e ao processo de manutenção) e não ao processo de gestão das configurações.
 
 

Métricas de software

Não é uma norma de métricas de software. Requer a especificação de indicadores de gestão e de atributos de software mas não os define nem prescreve. Referencia a norma ISO/IEC 9126 para guia das características de software. Os detalhes de tais especificações são deixados aos utilizadores da norma.
 
 

Perspectivas (Views)

A norma possibilita diferentes visões conforme as perspectivas e objectivos de quem a utiliza. O anexo C, "Guia sobre os processos e organizações" descreve  como os processos podem ser usados com diferentes perspectivas pelas diferentes organzações ou partes com pontos de vista e objectivos diferentes.

As perspectivas básicas previstas são: o contracto, a gestão, a operação, a engenharia e o suporte.

Por exemplo, a perspectiva da gestão da qualidade, incluída na perspectiva básica de suporte, tem cinco processos no ciclo de vida: garantia de qualidade, verificação, validação, revisão conjunta e auditoria.
 
 

Conformidade com a norma

Fornece conformidade a nível do projecto e a nível organizacional. A conformidade é definida como a execução de todos os processos, actividades e tarefas seleccionadas para o projecto de software. A execução dum processo ou duma actividade é considerada completa quando todas as tarefas requeridas são executadas de acordo com os critérios e os requisitos especificados no contracto.
 
 

Certificação

A norma não se refere à certificação da organização em relação aos processos do ciclo de vida nem define qualquer critério de certificação. Não é realistico para uma organização ter todos os processos da norma.
 
 

Limitações

A norma não substitui uma gestão sistemática e disciplinada dos sistemas de informação. É meramente um instrumento para enquadramento em que os processos, actividades e tarefas relativas ao software estão razoavelmente identificadas.
 
 

Pré-requisitos ao uso da norma

A norma cobre todo o ciclo de vida dum sistema de software e reconcilia os objectivos, por vezes conflituosos, das fases do ciclo e das partes envolvidas.

Para um uso efectivo e produtivo devem existir os seguintes pré requisitos respeitando a ordem:
1- pessoal treinado
2- familiaridade com as políticas da organização
3- familiaridade com o ambiente do projecto
4- compreensão da norma
 
 


Índice da norma ISO/IEC 12207

  • Introdução
  • Ãmbito
  • Referências normativas
  • Definições
  • Aplicação desta norma internacional
  • Processos primários do ciclo de vida
  • Aquisição
  • Fornecimento
  • Desenvolvimento
  • Operação
  • Manutenção
  • Processos de suporte do ciclo de vida
  • Documentação
  • Gestão da configuração
  • Garantia de qualidade
  • Verificação
  • Validação
  • Revisão conjunta
  • Auditoria
  • Resolução de problemas
  • Processos organizacionais do ciclo de vida
  • Gestão
  • Infraestrutura
  • Melhoramento
  • Formação
  • Anexo A - Processo de ajustamento (tailoring)
    Anexo B - Guia para o ajustamento
    Anexo C - Guia para os processos e organizações
    Anexo D - Bibliografia
     

    A norma IEEE/EIA 12207 tem ainda os seguintes anexos:

    E - Conceitos Básicos
    F - Conformidade
    G - Objectivos dos processos do ciclo de vida
    H - Objectivos dos dados sobre o ciclo de vida
    I - Relacionamentos
     
     

    Tarefas por Actividade



    Processo de Aquisição
    Iniciação
    1. Descrever a concepção ou necessidade do produto
    2. Analisar os requisitos do sistema
    3. Aprovar os requisitos analisados
    4. Definir os requisitos do software
    5. Usar o processo de desenvolvimento para os pontos 2 e 4
    6. Considerar as opções de aquisição
    7. Avaliar os produtos off-the-shelf
    8. Documentar e executar o plano de aquisição
    9. Documentar os critérios de aceitação
    Preparação para o pedido de proposta
    1. Documentar os requisitos de aquisição
    2. Adaptar a norma
    3. Definir prazos e auditorias
    4. Dar os requisitos de aquisição a quem a executa
    Preparação e actualização do contracto
    1. Estabelecer os procedimentos da selecção
    2. Seleccionar o fornecedor 
    3. Obter inputs para o ajustamento da norma
    4. Preparar e negociar o contracto
    5. Negociar as alterações ao contracto
    Monitorar o fornecedor
    1. Monitorar as actividades dos fornecedores 
    2. Cooperar com o fornecedor
    Aceitação e finalização
    1. Definir os procedimentos de aceitação
    2. Conduzir as revisões e os testes de aceitação
    3. Executar a gestão de configurações após a aceitação

     

    Processo de Fornecimento
    Iniciação
    1. Revisão dos requisitos de aquisição
    2. Decidir aceitar ou negociar o contracto
    Preparação da resposta
    1. Preparar a proposta 
    Contracto
    1. Negociar e fazer o contracto
    2. Requerer alterações ao contracto como parte do mecanismo de controlo das alterações
    Planeamento
    1. Definir a gestão e a garantia de qualidade
    2. Seleccionar o modelo do ciclo de vida do software
    3. Planear a gestão, garantia e recursos
    4. Avaliar a decisão fazer-comprar
    5. Documentar os planos da gestão do projecto
    Execução e controlo
    1. Executar os planos da gestão do projecto
    2. Monitorar o progresso, identificar problemas
    3. Controlar os subcontractados
    4. Fazer o interface com os responsáveis pela verificação, validação e testes
    Revisão e avaliação
    1. Coordenar as revisões 
    2. Conduzir ou apoiar as reuniões, revisões, testes e  auditorias
    3. Conduzir verificações e validações 
    4. Elaborar os relatórios das avaliações, auditorias e testes para o adquirente
    5. Fornecer ao adquirente acesso a facilidades para as revisões
    6. Executar a garantia de qualidade
    Entrega e finalização
    1. Entregar o produto ou serviço tal como especificado no contracto
    2. Dar suporte ao adquirente

     

    Processo de Desenvolvimento
    Implementação do processo
    1. Definir o modelo do ciclo de vida do software
    2. Documentar e controlar os outputs
    3. Seleccionar as normas, ferramentas, linguagens
    4. Desenvolver, documentar e executar os planos de desenvolvimento
    5. Assegurar que todos os produtos necessários são entregues
    Análise do requisitos do sistema
    1. Especificar os requisitos do sistema
    2. Avaliar os requisitos de acordo com os critérios da norma
    Desenho da arquitectura do sistema
    1. Estabelecer a arquitectura de alto nível
    2. Avaliar a arquitectura de acordo com os critérios da norma
    Análise dos requisitos do software
    1. Estabelecer e documentar os requisitos de software
    2. Avaliar os requisitos de acordo com os critérios da norma
    3. Conduzir as revisões conjuntas
    Desenho da arquitectura do software
    1. Transformar os requisitos numa arquitectura de alto nível
    2. Documentar o desenho de alto nível para os interfaces
    3. Documentar o desenho de alto nível das bases de dados
    4. Documentar a documentação preliminar para o utilizador
    5. Documentar os requisitos preliminares para os testes
    6. Avaliar a arquitectura de acordo com os critérios da norma
    7. Conduzir as revisões conjuntas
    Desenho detalhado do software
    1. Documentar o desenho de cada componente
    2. Documentar o desenho dos interfaces
    3. Documentar o desenho das bases de dados
    4. Actualizar a documentação para o utilizador
    5. Documentar os requisitos para os testes unitários
    6. Actualizar os requisitos para o teste de integração
    7. Avaliar o desenho detalhado de acordo com os critérios da norma
    8. Conduzir as revisões conjuntas
    Codificação e teste do software
    1. Desenvolver e documentar cada unidade de software e procedimentos de teste
    2. Conduzir e documentar os testes unitários
    3. Actualizar a documentação para o utilizador, se necessário
    4. Actualizar os requisitos para o teste de integração
    5. Avaliar o código e os resultados dos testes de acordo com os critérios da norma
    Integração do software
    1. Desenvolver e documentar os planos de integração
    2. Conduzir e documentar os testes de integração
    3. Actualizar a documentação para o utilizador, se necessário
    4. Preparar o teste de qualificação
    5. Avaliar e documentar o plano de integração de acordo com os critérios da norma
    6. Conduzir revisões conjuntas
    Teste qualificativo do software
    1. Conduzir o teste de qualificação e documentar os resultados dos testes.
    2. Actualizar a documentação do utilizador
    3. Avaliar o desenho, código, testes, resultados dos testes e a documentação para o utilizador. Documentar o resultado das avaliações.
    4. Apoiar as auditorias e documentar os seus resultados.
    5. Actualizar e preparar o produto de software a entregar para os processos seguintes.
    Integração do sistema
    1. Integrar o software com o hardware e/ou outros componentes
    2. Preparar os testes de integração
    3. Avaliar o sistema integrado de acordo com os critérios da norma
    Teste qualificativo do sistema
    1. Conduzir e documentar os testes de qualificação
    2. Avaliar o sistema de acordo com os critérios da norma
    3. Apoiar as auditorias
    4. Preparar o produto para a instalação
    Instalação do software
    1. Elaborar o plano de instalação conforme o estabelecido no contracto
    2. Instalar o software conforme o plano
    Suporte à aceitação do software
    1. Dar apoio ao adquirente nos testes de aceitação
    2. Entregar o produto conforme o estabelecido no contracto
    3. Fornecer a formação e apoio conforme o estabelecido no contracto

     

    Processo de Operação
    Implementação
    1. Desenvolver e documentar as actividades operacionais
    2. Desenvolver e documentar os procedimentos para tratar dos problemas
    3. Definir os procedimentos para o teste ao produto, para o tratamento de problemas e pedidos de alteração e para a passagem a produção
    Teste operacional
    1. Conduzir os testes operacionais
    2. Testar o código e as bases de dados
    Operação do sistema
    1. Verificar que o sistema opera conforme descrito na documentação do utilizador
    Apoio ao utilizador
    1. Atender aos pedidos dos utilizadores
    2. Acompanhar o andamento dos pedidos dos utilizadores
    3. Fornecer soluções para os problemas mais frequentes

     

    Processo de Manutenção
    Implementação
    1. Desenvolver, documentar e executar as actividades da manutenção
    2. Documentar os procedimentos de rastreamento de problemas
    3. Gerir as modificações ao sistema
    Análise de problemas e alterações
    1. Analisar os relatórios de problemas e pedidos de alteração 
    2. Replicar ou verificar esses problemas
    3. Implementar as alterações
    4. Documentar os problemas, as análises e as opções de implementação
    5. Aprovar as alterações conforme o especificado no contracto
    Implementação das alterações
    1. Determinar as alterações necessárias
    2. Implementar as alterações
    Revisão/aceitação da alterações
    1. Rever a integridade do sistema alterado
    2. Obter aprovação das alterações conforme o contracto
    Migração
    1. Assegurar que os produtos estão conforme a norma
    2. Desenvolver e usar o plano de migração
    3. Notificar os utilizadores do plano e activodades da  migração
    4. Conduzir operações paralelas se necessário
    5. Notificar todos os interessados, arquivar todos os registos
    6. Rever a avaliar o impacto das alterações e enviar o resultado aos interessados
    7. Guardar os dados do ambiente anterior conforme o espcificado no contracto
    Reforma do software
    1. Documentar os planos de reforma
    2. Notificar todos os utilizadores dos planos e actividades
    3. Conduzir operações paralelas
    4. Notificar todos os interessados, arquivar todos os registo
    5. Guardar os dados do produto anterior conforme o contracto

     
     
     
     

    Processos de Apoio




    Processo de Documentação
    Implementação
    1. Desenvolver, documentar e implementar o plano de documentação
    Desenho e desenvolvimento
    1. Usar as normas aplicáveis aos documentos
    2. Confirmar a origem dos dados
    3. Rever e editar os documentos conforme as normas
    Produção 
    1. Produzir os documentos segundo o plano
    2. Estabelecer os controlos de acordo com o proceso gestão das configurações
    Manutenção
    1. Executar as tarefas documentadas

    Gestão das Configurações
    Implementação Desenvolver o Plano da gestão das configurações
    Identificação da configuração Estabelecer o esquema para identificar os itens de software e suas versões
    Controlo da configuração Registar, avaliar, aprovar e implementar os pedidos de alteração
    Estado da configuração  Manter os registos e os relatórios sobre o estado
    Avaliação da configuração Assegurar a integridade funcional
    Gestão da entrega  Controlar a entrega do produto e respectiva documentação

    Garantia de Qualidade
    Implementação
    1. Estabelecer o processo de garantia de qualidade adaptado ao projecto
    2. Coordenar a garantia de qualidade com os processos de verificação, validação, revisões conjuntas e auditorias
    3. Desenvolver, documentar e manter o plano da garantia de qualidade
    4. Executar as tarefas
    5. Disponibilizar os registos da qualidade ao adquirente
    6. Dar liberdade organizacional à equipa da garantia da qualidade
    Garantir o produto
    1. Assegurar que os planos estão a ser executados conforme o especificado no contracto
    2. Assegurar a conformidade do produto com os requisitos contractuais
    3. Assegurar que os produtos entregues satisfazem os requisitos
    Garantir o processo
    1. Assegurar que os processos estão conformes ao contracto
    2. Assegurar a conformidade das práticas de desenvolvimento e testes com o especificado no contracto
    3. Assegurar que os requisitos do adquirente sejam passados aos subcontratoados, se houver
    4. Assegurar que o adquirente e outras partes tenha o apoio e cooperação de acordo com o contracto
    5. Assegurar que o produto e os processos estão de acordo com as normas
    6. Assegurar a formação do pessoal
    Garantir o sistema de qualidade
    1. Assegurar as actividades adicionais da gestão da qualidade de acordo com a norma ISO9001

    Verificação
    Implementação
    1. Determinar a necessidade e o esforço da verificação
    2. Estabelecer o processo
    3. Seleccionar uma organização independente, se necessário
    4. Determinar os requisitoa da verificação
    5. Desenvolver o plano de verificação
    6. Implementar o plano de verificação
    Verificação
    1. Verificar o contracto de acordo com os critérios da norma
    2. Verificar o processo de acordo com os critérios da norma
    3. Verificar os requisitos de acordo com os critérios da norma
    4. Verificar o desenho de acordo com os critérios da norma
    5. Verificar o código de acordo com os critérios da norma
    6. Verificar a integração de acordo com os critérios da norma
    7. Verificar a documentação de acordo com os critérios da norma

    Validação
    Implementação
    1. Determinar a necessidade da validação e o grau de independência organizacional
    2. Estabelecer o processo de validação
    3. Seleccionar uma organização independente, se necessário
    4. Desenvolver e documentar o plano de validação
    5. Implementar o plano de validação
    Validação
    1. Preparar os requisitos para teste, casos de teste e especificar os testes
    2. Assegurar a integridade do definido no ponto anterior
    3. Conduzir os testes
    4. Validar que o produto de software faz aquilo que se pretendia 
    5. Testar o produto no ambiente real

    Revisão conjunta
    Implementação
    1. Conduzir as revisões planeadas
    2. Obter o acordo sobre os recursos  a utilizar
    3. Obter acordo sobre os procedimentos da revisão
    4. Registar os problemas detectados
    5. Documentar e distribuir os resultados das revisões
    6. Obter o acordo sobre as conclusões das revisões
    Revisão da gestão do projecto
    1. Avaliar o estado do projecto de acordo com o planeado
    Revisões Técnicas
    1. Avaliar os produtos ou serviços

    Processo de Auditoria
    Implementação
    1. Auditar conforme o planeado
    2. Os auditores devem ser independentes
    3. Obter o acordo sobre os recursos  a utilizar
    4. Obter acordo sobre os procedimentos da auditoria
    5. Documentar e distribuir os resultados da auditoria
    6. Obter o acordo sobre as conclusões da auditoria
    Auditoria
    1. Conduzir auditorias segundo os critérios da norma

    Resolução de Problemas
    Implementação Estabelecer o processo de resolução de problemas
    Resolução de Problemas Rastrear os problemas através da detecção, análise e resolução

     
     
     
     

    Processos Organizacionais

    Gestão
    Início e definição do âmbito
    1. Estabelecer os requisitos do processo
    2. Verificar a viabilidade do processo
    3. Se necessário e se houver acordo o processo pode ser alterado
    Planeamento
    1. Planear a execução do processo
    Execução e controlo
    1. Iniciar a implementação do plano
    2. Monitorar a execução do processo
    3. Investigar, analisar e resolver os problemas encontrados na execução
    4. Reportar o progresso
    Revisão e avaliação
    1. Assegurar a avaliação da satisfação dos requisitos
    2. Assegurar os resultados da avaliação 
    Fecho
    1. Determinar quando o processo está completo
    2. Verificar os resultados para finalizar

     

    Infraestruturas
    Implementação
    1. Definir as necessidades da infraestrutura
    2. Planear e documentar o ponto anterior
    Estabelecimento da infraestrutura
    1. Planear e documentar a configuração da infraestrutura
    2. Instalar a infraestrutura
    Manter a infraestrutura
    1. Manter e monitorar a infraestrutura e alterar se necessário 

     

    Melhoramento
    Estabelecimento do proceso
    1. Estabelecer os processos organizacionais para todos os processos do ciclo de vida
    Avaliação do processo
    1. Deselvolver, documentar e aplicar um processo para avaliação dos procedimentos
    2. Planear e executar revisões aos processos
    Melhoramento do processo
    1. Introduzir melhorias se necessário
    2. Recolher e analisar dados técnicos sobre os processos
    3. Recolher, manter e usar dados sobre os custos da qualidade 

     

    Formação
    Implementação
    1. Determinar as necessidades de formação
    Desenvolver os materiais de formação
    1. Elaborar manuais e obter os materiais usados na formação
    Implementar o plano de formação
    1. Implementar o plano de formação 
    2. Assegurar os recursos necessários

     
     
     
     
     
     
     

    Definições

    Adquirente - organização que adquire o sistema, produto ou serviço de software. Pode ser um comprador, um cliente, um proprietário, ou um utilizador.

    Auditoria - conduzida por uma pessoa autorizada com o fim de fornecer uma avaliação independente dos produtos e processos do software de forma a garantir conformidade com os requisitos.

    Avaliação - determinação sistemática da extensão com que uma entidade obedece a critérios especificados.

    Baseline - uma versão oficialmente aprovada dum item da configuração, formalmente designada e registada num tempo específico durante a configuração dos itens do ciclo de vida.

    Cobertura dos testes - a extensão com que os casos de teste testam os requisitos do sistema ou produto de software.

    Contracto - um acordo fixado entre duas partes, registado legalmente ou um acordo semelhante feito internamente numa organização, para o fornecimento dum serviço de software ou para o fornecimento, desenvolvimento, produção, operação ou manutenção dum produto de software.

    Firmware - a combinação dum dispositivo de hardware com instruções computorizadas ou dados computorizados que residem como software só de leitura num dispositivo de hardware. O software não pode ser alterado rapidamente através dum programa de controlo.

    Fornecedor - uma organização que faz um contracto com um adquirente para o fornecimento dum sistema, produto ou serviço de software nos termos desse contracto.

    Item da configuração - uma entidade dentro duma configuração que satisfaz uma função do utilizador final e que pode ser identificada univocamente num dado ponto de referência.

    Produto off-the-shelf - produto já desenvolvido e disponível para ser usado como está ou com modificações.

    Produto de software - o conjunto de programas de computador, procedimentos e possivelmente os dados e documentação associados.

    Requisito de qualificação - um conjunto de critérios ou condições que tem de ser obedecidos de forma a poder-se qualificar um produto de software como conforme com as suas especificações e estar pronto a ser usado no seu ambiente alvo.

    Serviço de software - desempenho de actividades, trabalho ou obrigações ligadas a um produto de software tais como o desenvolvimento, manutenção e operação.

    Sistema - uma composição integrada que consiste num ou mais processos, hardware, software, facilidades e pessoas, que fornecem a capacidade de satisfazer uma necessidade ou objectivo explicitado.

    Teste qualificativo - teste, conduzido por quem desenvolve e testemunhado pelo adquirente, para demonstrar que o produto de software obedece às suas especificações e está pronto a ser usado no seu ambiente alvo.
     
     
     
     
     
     
     

    LINKS, que serviram de base ao texto
     

    ISO/IEC 12207 Software Lifecycle Processes, de Lewis Gray

    U.S. Software Lifecycle Process Standards, de Jim Moore

    Concepts and Key Definitions, de Stan Magee

    IEEE/EIA 12207, de Jim Wells

    ISO 12207 and Related Software Life-Cycle Standards, de Jim Moore

    The Frameworks Quagmire, a Brief Look, de Sarah Sheard

    International Standard ISO/IEC 12207 Software Life Cycle Processes, de Raghu Singh, PDF

    A Comparison of IEEE/EIA 12207, ISO/IEC 12207, J-STD-016, and MIL-STD-498 for Acquirers and Developers, Lewis Gray, PDF

    Coordinating the SEI CMMs with IEEE/EIA 12207, Lewis Gray, PDF

    Software Process Improvement with ISO/IEC 12207, J-STD-016-1995, and MIL-STD-498, Lewis Gray, PDF

    An introduction to International Standard ISO/IEC 12207 Software Life Cycle Processes, Raghu Singh, PDF
     
     
     
     

    Em Francês

    NORMES - Qualité des processus du cycle de vie
     
     

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    Última actualização: 12 de Novembro de 1999

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