Os Hassidim São
os antepassados dos Essênios. Perseguidos, abandonaram as
aldeias e refugiaram-se no deserto, entre Jerusalém e o Mar
Morto, num local chamado Qumram. Alguns desses Essênios
separaram-se do movimento, cheios de cepticismo. Deram
origem à seita dos Fariseus.
Os essênios foram uma das três
principais seitas religiosas da Palestina do primeiro
século. Eram originários do Egito, e durante a dominação do
Império Selêucida, em 170 a.C., formaram um pequeno grupo de
judeus que abandonou as cidades e rumou para o deserto,
passando a viver às margens do Mar Morto, e cujas colônias
estendiam-se até o vale do Nilo.
O estudo comparado dos Manuscritos do Mar
Morto, como ficaram conhecidas as produções literárias dos
Essênios, e do Novo Testamento, estabelece a existência, não
de simples coincidência, mas de uma evidente dependência
direta deste, no que toca às palavras, às idéias e às
próprias doutrinas.
Os essênios conservavam a tradição
dos profetas e o segredo da Pura Doutrina. De costumes
irrepreensíveis, moralidade exemplar, pacíficos e de boa fé,
dedicavam-se ao estudo espiritualista, à contemplação e à
caridade, ao contrário do materialismo presente na época.
Era um povo muito além de seu tempo e procuravam servir a
Deus, auxiliando o próximo, sem imolações no altar e sem
cultuar imagens. Eram livres, trabalhavam em comunidade,
vivendo do que produziam. Em seu meio não havia escravos.
Vivendo em comunidades distantes, os
essênios sempre procuravam encontrar na solidão do deserto o
lugar ideal para desenvolverem a espiritualidade e
estabelecer a vida comunitária, onde a partilha dos bens era
a regra (um essênio não podia esconder uma posse). Rompendo
com o conceito da propriedade individual, acreditavam ser
possível implantar na Terra a verdadeira igualdade e
fraternidade entre os homens. Todos os membros da seita
trabalhavam para si e nas tarefas comuns, sempre
desempenhando atividades profissionais que não envolvessem a
destruição ou violência. Não era possível encontrar entre
eles açougueiros ou fabricantes de armas, mas sim grande
quantidade de mestres, escribas, instrutores, que através do
ensino passavam de forma sutil os pensamentos da seita aos
leigos.
Cultivavam hábitos
saudáveis, zelando pela alimentação, físico e higiene
pessoal.
Os membros da seita
vestiam-se de branco, seguiam uma dieta vegetariana e
ficaram conhecidos em sua época como aqueles que "são do
caminho". Cultivavam o silêncio e possuíam rígidas regras
como, por exemplo, à mesa na hora de se alimentarem.
A seita de Qumran
(Essênios) esperava a vinda de um Messias sacerdotal, ao
qual chamava Mestre da Justiça e Intérprete da Lei.
Jesus Cristo teria sido um essênio?
Há dezenas de dúvidas
sobre os essênios, mas a hipótese de que Jesus Cristo teria
tido contato com eles é uma das mais intrigantes.
Não há relatos sobre onde
esteve nem o que Jesus fez entre seus 13 e 30 anos. Assim, a
hipótese que os estudiosos adotam é a de que Jesus, durante
esse tempo, esteve com os essênios e teve sua
"clarividência" despertada junto a esse povo.
Outro fato intrigante, é que, sendo os essênios uma das três
mais importantes seitas da Palestina naquela época, por que
o evangelho não fala deles? Teria sido o evangelho
"censurado"?
A verdade ainda é
desconhecida. Mas, de acordo com os manuscritos do mar
Morto, eis alguns costumes dos essênios:
- Batismo
- Santa Ceia
- Caridade
- Andavam em grupos de doze
- Jejum
- Curandeirismo
O tipo de vida dos
essênios se parecia muito com a dos primeiros cristãos, o
que faz algumas pessoas pensarem que Jesus fez parte dessa
seita antes de começar sua missão pública.
O que se tem certeza é de que
Jesus pode tê-la conhecido, mas não há nada que prove que
Ele a tenha adotado, e tudo o que se escreveu sobre esse
assunto não tem comprovação.
Fonte: Sociedade "Alohanai"