A história que
trataremos aqui é a do milagre que ocorreu com a imagem da
Virgem de Guadalupe entre 1545 e 1550.
Na madrugada de um
sábado, um índio chamado Juan Diego estava perto da colina de
Tepeyácac, quando ouviu uma voz que o chamava: "Juanito, Juan
Diego!". Juan subiu até o cume da montanha e avistou uma
senhora; ele ficou maravilhado com a sua altura sobre-humana.
Nossa Senhora de
Guadalupe é a padroeira da América
Latina e sua festa
é comemorada no dia
12 de dezembro.
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A Virgem disse-lhe:
"Fica bem entendido, tu, o menor dos meus filhos, que sou a
Virgem Santa Maria (...). Desejo que se erga aqui um templo
consagrado a Nossa Senhora de Guadalupe. (...). Vai até o
palácio do bispo do México e diga como te ordeno para
manifestar-lhe o que muito desejo". Imediatamente, Juan Diego
foi cumprir a vontade da Virgem, indo ao palácio do bispo Juan
de Zumárraga.
Por duas vezes o bispo
não lhe deu atenção, mandando-o embora. Juan Diego voltou ao
alto da colina e relatou à Nossa Senhora o que havia ocorrido.
Na sua terceira aparição a Virgem disse-lhe: "Está bem, meu
filho. Voltarás aqui amanhã para levar ao bispo um sinal. Com
isto ele acreditará". No dia seguinte, a Senhora ordenou-lhe que
subisse até o alto da colina e colhesse as diferentes flores que
haviam no local, trazendo-as até a sua presença. Nossa Senhora
envolveu as flores na manta do índio e ordenou-lhe: "Estas rosas
representam a prova que o bispo deseja. Somente diante dele abre
o teu manto e mostra o que levas".
Juan Diego partiu, e, lá
chegando, ajoelhou-se em sinal de respeito ao sacerdote. Relatou
tudo conforme a Virgem Maria lhe tinha ordenado.
Em seguida, abriu a túnica; as flores transformaram-se na imagem
da Virgem Maria! A impressão da Senhora no tecido se registrou
no momento em que as flores caíram diante do bispo e das demais
pessoas. Quando todos viram a imagem, caíram de joelhos,
louvando-a.
Assim, a primeira ermida
foi construída pelos próprios índios abrigando a imagem até
1557. Uma segunda e humilde ermida acolheu a imagem até 1622,
quando se construiu o primeiro templo propriamente dito. Segundo
o investigador e escritor J. J. Benítez, a Virgem se encontrava
naquele pátio onde se deu o chamado "milagre das rosas". Ninguém
teria dado conta da presença da Virgem pela simples razão de que
ela estava invisível aos olhos humanos. A imagem foi analisada
por cientistas da Nasa, que chegaram à conclusão de que "os
corantes da imagem não pertencem ao mundo terreno, contendo alto
grau de radiação visível. Além disso, não existem pinceladas,
algo desconhecido na história da pintura".
Em 1957, o
oftalmologista A. Jaime Palácios afirmava: "No olho direito da
Virgem de Guadalupe, existe a figura de um rosto de homem.
Trata-se de Juan González, o tradutor entre o índio Juan e o
bispo; ao lado, acham-se mais duas figuras menores, na mesma
posição. Um pouco atrás da primeira figura, está a cabeça do
índio Juan Diego. Sua fronte é ampla e existe a possibilidade de
que a tivesse raspado, conforme costumavam alguns índios da
cultura mexicana pré-hispânica. Verifica-se uma mulher, com
rosto de traços negróides. Refere-se a uma escrava negra, de
nome Maria, que havia servido o bispo no México. Tem-se a
sensação de estar vendo um olho in vivo. Realmente não se
pode pensar em nada senão em algo sobre-humano".
A aparição da Virgem de
Guadalupe é, sem dúvida, uma das mais preciosas manifestações de
fé. Apesar da imagem estar estampada no manto há mais de 450
anos, ainda se conserva tão fresca como no dia em que foi feita.
Nossa Senhora de Guadalupe é a padroeira da América Latina e sua
festa é comemorada no dia 12 de dezembro.
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