Jornal A PENNA
João Gumes
João Gumes
Cem Homens em Um
Genial, João Gumes é o  Patrono da Cadeira 2  da Academia Caetiteense de Letras.
BIOGRAFIA
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JOÃO ANTÔNIO DOS SANTOS GUMES
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Patrono da Cadeira número 2 da Academia Caetiteense de Letras, João Gumes também assume o patronato no Silogeu Guanambiense. De fato este homem, que não saiu de Caetité toda a sua vida, foi para o sertão baiano o pioneiro, o registro e exemplo, atuando nos campos culturais os mais variados, de forma tal que uma simples página, por mais completa que procurasse ser, não encontraria meios de fazer-se completa.O ex-Presidente da Academia Brasileira de Letras, Afrânio Peixoto, foi dele amigo distante, via postal, e ali teve a fonte para muitos dos informes contidos no seu romance Sinhazinha. E a Academia, sob instância de seu prócere Imortal, prestou voto de luto, quando de seu falecimento.João Antonio dos Santos Gumes nasceu em Caetité, aos 10 de maio de 1858, filho do casal de professores João Antônio dos Santos Gumes e D. Ana Luísa  - Em seu artigo "Ligeiras Observações sobre o Livro 'Caetité, pequenina e ilustre'", seu neto Sylvio Gumes Fernandes observa que seu nome primitivo era João Marcelino, informe colhido no Livro de Matrículas da escola paterna. Em berço assim tão culto, gozando desde a mais tenra idade da reputação de inteligência ímpar, João Gumes veio a aliar-se aos movimentos culturais que a cidade promovia, quando não sendo ele próprio seu principal idealizador.
A cada vez que sobre seus escritos há um debruçar, novas facetas de seu gênio vêm a lume, pois parece não haver campo cultural que lhe não tivesse ao menos tentado perlustrar. João Gumes escritor (romance e teatro), jornalista, editor, gráfico, tipógrafo, inventor, pintor, explorador, memorialista, historiador, sociólogo, músico, advogado provisionado, coletor, orador, católico praticante e depois espírita engajado, entusiasta das iniciativas culturais (apoiou a instalação da diocese, como o havia feito à Escola Americana, presbiteriana), foi ainda paleontólogo, tradutor, pai esmerado, arquiteto e engenheiro (autor dos prédios do Mercado Público e do Teatro Centenário). Quando o Governador Góes Calmon visitou Caetité, em 1928, fez questão de visitá-lo, de conhecer tamanha cultura que, irradiando da longínqua Caetité, assombrava quantos dele tomavam conhecimento. Foi, entretanto, perseguido no final da vida. Homem duma probidade acima de qualquer suspeita, viu-se vítima de sórdida trama que lhe abreviou tão rica existência e fez que Caetité, por longas e sombrias décadas, mergulhasse num quase esquecimento de seu nome. Não houve perdão, mas ele remiu toda a dívida que injustamente se lhe atribuíram. Seu legado imensurável quase se perdeu, mas o paulatino renascimento cultural de Caetité soube fazer-lhe justiça. O Jornal A Penna, sua dileta e imortal criação, é hoje o símbolo da Academia Caetiteense de Letras, encontra-se protegido e resguardado no acervo do Arquivo Público Municipal (e em desforço do Prof. Paulo Duque, também microfilmado e digitalizado). A este homem que elevou-se ao cêntuplo, a Academia Caetiteense rende este singelo tributo, trazendo aqui suas biografia que foi publicada pelo Instituto Histórico e Geográfico, bem como o artigo de seu neto, Sylvio Gumes Fernandes, Imortal Emérito desta Casa.
REGISTRO DE Pedro Celestino da Silva
(in Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia - n.58
"Notícias Históricas e Geográficas do Município de Caetité - IGHB, Salvador, 1932)
Prof. João Antonio dos Santos Gumes
  
   Os homens passam, mas as obras ficam para elucidação da posteridade, disse algures.
   João Gumes é bem um exemplo deste conceito.
   Devotado cultor das letras, deixa em provas de rara individualidade de lutador, a concretização do desiderato colimado.
   Jornalista de indiscutível mérito, conquistou, entre os homens de sua época, uma situação de relevo.
   A imprensa teve nele um dos seus mais ativos servidores e cabe-lhe a glória de ser o seu introdutor no sertão.
   À sua ação intensa frutifica proveitosamente
A Penna, onde os seus escritos são bem o reflexo de um espírito culto e do esforço persistente dessa obra, altamente social, de que é João Gumes o mais estrênuo paladino nos sertões baianos.
   "Quando uma inteligência assim consagra o melhor período da sua atividade ao engrandecimento da Pátria, não há caprichos nem invejas que prevalesçam à justiça que a posteridade nunca deixa de prestar aos que servem com fé o seu ideal."
   Tal é a missão patriótica a que se consagrou este distinto homem de letras, levado pelo estímulo forte e absorvente do seu nobre ideal.
   Vamos, agora, gizar a grandes traços, a sua vida e os seus feitos.
  
   Nasceu João Antonio dos Santos Gumes na cidade de Caetité, no Estado da Bahia, a 10 de Maio de 1855, na mesma casa da rua dous de Julho em que ainda reside.
   Foram seus pais João Antonio dos Santos Gumes e D. Anna Luiza das Neves Gumes.
   Menino inteligente, salientou-se desde a escola primária pela agudeza de espírito e facilidade com que venceu vantajosamente os rudimentos das primeiras letras.
   O desejo ardente de instruir-se venceu a golpes de vontade inquebrantável, abrindo caminho entre mil tropeços, conseguiu pelo próprio esforço avantajar-se aos moços do seu tempo.
   Aos 18 anos de idade, consagrou-se aos labores do magistério primário e à profissão de advogado, encargos que desempenhou com a proficiência que todos lhe reconhecem.
   Dispondo de admirável capacidade de trabalho e dando do seu brilhante espírito apreciáveis dotes de cultura e de caráter, sabia distribuir o tempo entre os livros e os encargos em que exerceu a sua ação abnegada e útil.
   Não malbaratando o tempo que sobrava dos seus lazeres, empregava-o avaramente no estudo do francês, do espanhol e, hábil amados das belas-artes, cultiva com carinho o desenho, a pintura, a música.
   Temperamento
yankee e portador dons artísticos, tornou-se por seu espírito progressista, um semeador de idéias úteis.
   Alheio aos recursos da arte e sem mestre, fez-se tipógrafo, sendo o introdutor da imprensa e seu evangelizador nos altos sertões da Bahia.
   Em meio baldo de recursos, mal se pode apreender bem a amplitude dessa tentativa e o alcance infinito de tão ousado empreendimento.
   Chega mesmo a causar admiração, como um modesto cidadão, sem fortuna pessoal, só com o seu esforço, lograsse o que João Gumes tem feito neste apostolado cívico.
   Foi assim que, com a tenacidade de um predestinado, lutando com dificuldades ingentes, vencendo obstáculos inúmeros, entre os quais avultava a falta de recursos pecuniários, conseguiu afinal, com o auxílio do governo municipal, adquirir um pequeno prelo, o primeiro que saiu da cidade de S. Félix com destino ao alto sertão da Bahia.
   Chegado o prelo à cidade de Caetité, João Gumes que nunca vira semelhante aparelho, nem conhecia o seu funcionamento, mas, valendo-se da sua lúcida inteligência e pronunciado pendor para as artes gráficas, fê-lo em pouco tempo trabalhar.
   Assim, fundou-se a primeira tipografia na cidade de Caetité, onde era inteiramente desconhecida a arte de Guttenberg e nela foi editado o primeiro número do
O Caetiteense, em 1896, ficando desse modo realizadas as nobres aspirações do seu fundador.
   À sua ação benéfica e fecunda aliam-se a heroicidade modesta e uma consciência sã, que o traz sempre absorvido nesse ideal de humanitarismo sincero.
   Quem conhece a vida da imprensa, entre nós, as vicissitudes a arrostar para sua eficiência há de forçosamente reconhecer na pertinácia do João Gumes, seu fundador, um raro exemplo de amor ao trabalho.
   Nada se constrói sem formar-se ambiente que estimule o trabalho da criação: por isso o nome João Gumes ficará para sempre ligado à história da imprensa sertaneja, marcando uma época de inestimável valor.
   Essa circunstância, que, por si só, estereotipa o lutador invencível, é digna de aplausos, mostra, ao mesmo tempo, o homem singular que, no ativo de sua existência, traz a criação de uma das obras sociais de maior valor, porque o jornal, em que pese aos retrógrados e pessimistas, será sempre o propulsor do progresso, o grande elemento civilizador das sociedades cultas.
   Em 5 de Março de 1897, saiu o primeiro número da
A Penna, o decano da imprensa sertaneja, que ainda é editorada naquela cidade em tipografia própria.
   Mais tarde, aumentando
A Penna o formato, passou a ser impressa em máquina rotativa Marinoni, melhoramento que deixou as suas oficinas assaz habilitadas para toda espécie de publicações com asseio e presteza.
   A tipografia da
A Penna, de Gumes & Filhos, é um estabelecimento que faz honra a qualquer centro civilizado e muito se recomenda, pela feitura e nitidez dos seus trabalhos.
   Desde a sua mocidade que João Gumes trabalha sem tréguas, sem descanso, na sua obra de vulgarizar a imprensa com os seus artigos doutrinários.
   Não sabemos de outra forma de intensificar a propaganda de um ideal, senão a de trabalhar incessantemente por ele e de todos os modos.
   São bem importantes os serviços que nesse sentido lhe deve Caetité, pela defesa calorosa que sempre toma nessa campanha de subido valor moral para dignificá-la.
   Modesto, entre os modestos, a despeito do seu inconfundível merecimento, fez da profissão de jornalista um verdadeiro sacerdócio.
   Da sua pena, posta ao serviço da causa do bem e da justiça, jamais saiu um período, uma frase que destoasse da sua correção: possui estilo claro, fluente e rigorosa lógica na exposição de fatos ou de idéias, o que constitui excelente predicado de sua personalidade de escritor e jornalista.
   Nunca se afastou da terra natal, nem perlustrou os grandes centros de cultura, mas conseguiu instruir-se adquirindo essa erudição que a sua modéstia oculta aos econômicos. Assim vive humilde, obscuro, no seu grande sonho de bem servir à Pátria, com carinho e com todo o esforço da melhor boa-vontade.
   Desse modo, "vencendo todas as dificuldades advindas desse isolamento em que ainda vivemos, reagindo contra os preconceitos, contra os maus hábitos sociais que a sua clarividência percebia funestos a um futuro promissor, doutrinando durante 3 anos nas colunas do seu jornal, João Gumes é o fruto unicamente do seu labor no campo das idéias, dando a todos os seus trabalhos o cunho educativo."
   Reflexo da sã mentalidade, inteligente e dotado do mais apurado gosto pelos estudos literários, a sua produção na imprensa não é pequena, mas vasta e profunda.
   Há em todos os seus livros, em todos os seus artigos, uma nota vibrante de um nacionalismo sadio, que os tornam assaz preciosos lidos com prazer.
   É autor de um excelente drama e de várias comédias levadas à cena com sucesso, além de romances e contos de costumes sertanejos, como : da
A vida Campestre, da A Abolição, da Intriga Doméstica, da Origem do Nome Caeteté, de Seraphina, da A Sorte Grande, do Pelo Sertão, do Sampauleiros e do Os Analphabetos.
   Os dois últimos, publicados recentemente, foram recebidos pela imprensa indígena com elogiosas referências.
   Nos cargos de escrivão, coletor estadual e federal, secretário e tesoureiro da Intendência Municipal, foi um funcionário escrupuloso no cumprimento dos seus deveres, pela comprovada honestidade, e louvável solicitude, que observava no desempenho de todos.
   Com mais de 30 anos de bons serviços, foi-lhe concedida aposentadoria no cargo de secretário da Intendência.
   "Já viemos encontrá-lo na sua velhice, cheio de serviços prestados ao sertão; quer no jornalismo, quer nas suas obras, nunca se lhe entibiou a vontade tenaz de trabalhar pelo engrandecimento de sua terra, sempre demonstrando uma mentalidade nova cheia de empreendimentos louváveis.
   Com toda sua pobreza de haveres e com toda sua simplicidade, ele tem sempre uma elevação intelectual em todos os assuntos, em todas as suas reservas de pensamento."
   Apesar da terrível modéstia que o persegue, continua na imprensa a desempenhar o seu papel de propagandista convicto.
   Há, no fundo da sua personalidade, um espírito superior, um grande coração. Não tem faltado a estas constantes manifestações o desdém dos invejosos, a crítica dos eivados de desesperança e dos pessimistas. Mas, que importa?
   Tais ataques servem apenas para por em relevo o seu talento e a importância dos seus serviços à imprensa, onde eles avultam tanto quanto permitem os recursos humanos.
   Pode-se afirmar, sem receio de contestação, que João Gumes é uma legítima honra e glória do seu berço, um verdadeiro benemérito, modesto e desinteressado.
   Trabalhou muito, gastou uma existência para assegurar a subsistência de sua numerosa família, mas sempre um caráter de fina têmpera, um homem honrado, verdadeiro tesouro, que infelizmente, nos tempos modernos, não dão posição e renome.
   Entretanto, para o futuro, quando se houver de fazer a história da imprensa em Caetité, o seu nome há de figurar entre os primeiros, "porque a esse homem extraordinário Caetité deve a maior porção do seu prestígio social"
   A sua obra aí está e, posto que cedo ainda para o julgamento, estamos, contudo, certos de que o juízo indefectível da história, fará completa e inteira justiça aos patrióticos serviços do benemérito caetiteense.
   Faleceu em Caetité, a 29 de Abril de 1930.
1. João Antônio dos Santos Gumes (sênior), pai de João Gumes, fundou, em 1850, uma escola para meninos, a qual funcionou durante muitos anos, prestando reais serviços à instrução em Caetité. Dentre seus discípulos, alguns, mais tarde, se tornaram ilustres como, por exemplo, Dr. Joaquim Manoel Rodrigues Lima, Plínio de Lima, Marcelino Neves e Antonino Públio. Ana Luísa, esposa do velho João Antônio, e mãe de João Gumes, senhora de certa cultura (sabia francês), regia a classe feminina dessa escola, uma vez que, naquele tempo, não se admitia escola mista. Vê-se, pelo livro de matrícula que já compulsei, que as filhas do Dr. Gomes (futuro Barão de Caetité) foram suas alunas. Nesse ambiente de cultura e amor aos estudos foi criado o menino João Gumes, sagaz, muito inteligente e estudioso. Seu irmão Antônio Gumes, também inteligentíssimo, mais tarde latinista, ainda em tenra idade, por ocasião de uma missão em Caetité, durante o catecismo repetiu corretamente os nomes dos doze apóstolos, o que encheu de assombro o missionário que passou a chamá-lo de "doutorzinho".
2. João Gumes mais tarde passou a freqüentar, com grande aproveitamento, as aulas de música do competente maestro Florêncio Cerqueira, tornando-se menino-cantor do coro da igreja matriz de Caetité. Conheceu o poeta Plínio de Lima, falecido ainda muito jovem, em 1871, de cujo enterro João Gumes participou como menino-cantor nas solenes exéquias realizadas, por estações, desde a casa do morto até o cemitério de S. Benedito onde foi sepultado o insigne poeta e homem de letras.
3. Em sua juventude João Gumes foi professor de meninos ricos, lecionando na fazenda Lagoa do Morro, do capitão Bernardo Pereira Pinto e, mais tarde, na fazenda Barriguda, do Dr. João de Farias. Daí a amizade e o grande respeito com que sempre o distinguiram os Fragas de São Paulo, notadamente o Dr. Afonso Fraga e o Dr. Constantino Fraga.
4. Regressando a Caetité, casou-se em 24 de junho de 1884 com sua prima carnal Antônia Dulcina Pinto Gumes. Conta-se que, por ocasião desse feliz matrimônio, duas velhas escravas da família, Josefa e Delfina (mãe e filha), receberam, cada uma, sua carta de alforria.
5. Mais tarde tornou-se funcionário público, exercendo as funções de coletor federal e de secretário e tesoureiro da Intendência Municipal de Caetité. Trabalhou também no grande empório comercial então existente em Caetité e pertencente aos irmãos Cel. Cazuzinha[1] e Otacílio Rodrigues Lima, de sociedade com Cincinato Araújo e Antônio Francisco Brandão. Foi também advogado provisionado[2] competente e por muitos anos.
6. João Gumes foi o introdutor da imprensa no alto sertão da Bahia. Eis o seu grande e incontestável título de glória. Com efeito, em 1896 ele editou um jornalzinho intitulado "O Caetiteense", edição única e especial em homenagem ao Dr. Joaquim Manoel Rodrigues Lima que então chegou a Caetité, depois de cumprido o seu mandato de governador do Estado da Bahia (1892-1896). Em 5 de março do ano seguinte (1897) sai o primeiro número de "A Pena", jornal que durante muitos anos se publicou em Caetité (de 1897 a 1942) com algumas interrupções. As preciosas coleções de "A Pena" ainda existentes constituem valioso repositório de fatos e acontecimentos que estariam hoje em completo esquecimento, não fora a existência desse colendo e providencial órgão da imprensa sertaneja.
7. Por ocasião da chegada definitiva do Dr. Joaquim Manoel Rodrigues Lima a Caetité, em 1902, João Gumes tirou uma edição especial de "A Pena", de luxo, uma poliantéia[3] como então se dizia, a qual foi oferecida ao ilustre filho de Caetité pela filha do redator, Laura, na manifestação então ocorrida. O mesmo aconteceu quando da chegada de D. Manoel Raimundo de Melo, primeiro bispo de Caetité, em 1915.
8. Outros jornais de pequeno porte saíram das oficinas de "A Pena", como, por exemplo, "O Lápis", "A Filhinha", "O Arrebol", o "Boletim Paroquial[4]", etc.
9. O ilustre caetiteense e jurista Dr. Afonso Fraga teve a feliz idéia de publicar as poesias do notável poeta caetiteense Plínio de Lima e com este propósito solicitou a João Gumes que reunisse os originais e preparasse esta edição, que veio a lume em São Paulo, em 1928, com o título de "Pérolas Renascidas". No prefácio, de autoria de João Gumes, diz este que conheceu Plínio de Lima, tendo participado de suas exéquias como menino-cantor. E acrescenta que o pai do poeta, Antônio Joaquim de Lima, quando chegou a Caetité, em 1844, foi hóspede de Marcelino Neves, avô de João Gumes.
10. João Gumes mantinha correspondência com o grande escritor baiano e romancista Afrânio Peixoto, luminar da cultura brasileira. Esse ilustre homem de letras, para escrever o seu famoso romance sertanejo "Sinhazinha", pediu informações a João Gumes, que era profundo e autorizado conhecedor da história e costumes do sertão baiano.
            Possuo um exemplar do livro de ensaios intitulado "Ramo do Louro", de autoria de Afrânio Peixoto, com dedicatória a João Gumes.
            Da ata da sessão da Academia Brasileira de Letras, realizada em 10 de maio de 1930, consta um voto de pesar pelo falecimento de João Gumes, por iniciativa de Afrânio Peixoto que pertencia àquela augusta corporação de homens de letras. João Gumes falecera em 29 de abril daquele ano. Pedro Calmon, em sua "História da Literatura Baiana", também faz referência ao "sertanejo João Gumes".
Homenagem de Sylvio Gumes Fernandes à saudosa e inesquecível memória de seu avô João Gumes, cuja grandeza moral e intelectual ainda mais resplandece dentro de sua modéstia e simplicidade. São Paulo, março de 1993
[1] José Antonio Rodrigues Lima (Nota do Editor)
[2] Chamava-se rábula o advogado não formado em Direito, recebendo a provisão, ou seja, autorização para postular em Juízo (NE).
[3] Reunião de escritos de diversos autores em homenagem a alguém ou algo.(NE).
[4] Na verdade em forma de revista, era o "Boletim Inter-Parochial" órgão da Diocese de Caetité, criado em 1925 e que durou muitos anos. (NE).
As notas abaixo acompanham o texto, publicado em o Caderno de Cultura Caetiteense, vol. 11, da Divisão de Cultura do Município de Caetité, Julho, 2003:
REGISTRO DE Sylvio Gumes Fernandes
(in Caderno de Cultura Caetiteense - n.11)
Novas Achegas Para um Estudo Sobre João Gumes
João Gumes em 31.07.1917
João Gumes aos 50 anos
a 'Rotativa'
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