Exodo cap. 25 - Comentário por versículos.

Deus manda o povo trazer ofertas para o tabernáculo.

25.9 DO TABERNÁCULO. No cap. 25, Deus mesmo dá suas instruções a respeito do Tabernáculo. O significado histórico, espiritual e tipológico do Tabernáculo deve apoiar-se no que a Bíblia diz a respeito. (1) O Tabernáculo era um santuário (v. 8), um lugar separado para o Senhor habitar entre o seu povo e encontrar-se com os seus (v. 22; 29.45,46; Nm 5.3; Ez 43.7,9). A glória do Senhor estava sobre o Tabernáculo de dia e de noite. Quando a glória do Senhor seguia adiante, Israel tinha que avançar junto. Deus guiou os israelitas dessa maneira enquanto estiveram no deserto (40.36-38; Nm 9.15,16). (2) Era chamado o Tabernáculo do Testemunho (38.21), porque continha os dez mandamentos (ver a nota seguinte). Os dez mandamentos lembravam sempre ao povo, da santidade de Deus e das suas leis sobre o viver do seu povo escolhido. Nosso relacionamento com Deus nunca poderá ser separado da nossa obediência à sua lei. (3) O Tabernáculo era o lugar onde Deus concedia o perdão dos pecados mediante um sacrifício vicário (29.10-14). Esses sacrifícios tipificavam o perfeito sacrifício de Cristo na cruz pelos pecados da raça humana (Hb 8.1,2; 9.11-14). (4) O Tabernáculo falava do céu, i.e., do Tabernáculo celestial onde Cristo, nosso sumo sacerdote eterno, vive eternamente para interceder por nós (Hb 9.11,12,24-28). (5) O Tabernáculo falava da redenção final quando, então, haverá um novo céu e uma nova terra, i.e., o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles (Ap 21.3).

25.10 UMA ARCA. A arca era uma peça do Tabernáculo em formato de baú, contendo os dez mandamentos (cf. vv. 16,22), um vaso de maná (16.33,34) e a vara florescida de Arão (Nm 17.10; Hb 9.4). Tinha por cobertura uma tampa chamada propiciatório (v. 21). Fixados em cada extremidade do propiciatório e formando uma só peça com ele, havia dois querubins alados, de ouro batido (ver v. 18 nota). A arca foi posta no Lugar Santíssimo do Tabernáculo (26.34) e representava o trono de Deus. Diante dela o sumo sacerdote se colocava, uma vez por ano, no Dia da Expiação, para aspergir sangue sobre o propiciatório, como expiação pelos pecados involuntários do povo, cometidos durante o ano anterior.

25.16 O TESTEMUNHO. Eram duas tábuas de pedra, nas quais foram gravados os dez mandamentos ou Decálogo, que Moisés recebeu de Deus, no monte (31.18).

25.17 O PROPICIATÓRIO. O propiciatório era a tampa da arca. Nela, o sumo sacerdote aspergia o sangue derramado do sacrifício, a fim de fazer expiação pelos pecados. Esse ato simbolizava a misericórdia de Deus, que levava ao perdão (Lv 16.14,15; 17.11; ver Rm 3.25 nota). Assim, o propiciatório e o sangue sobre ele prefiguravam o perdão divino, acessível aos pecadores através do sacrifício expiador de Cristo (Rm 3.21-25; Hb 7.26; 4.14-16).

25.18 DOIS QUERUBINS DE OURO. Ficavam em ambas as extremidades do propiciatório e simbolizavam seres celestiais que assistem junto ao trono de Deus no céu (Hb 8.5; Ap 4.6,8). Simbolizavam a presença de Deus e a sua soberania entre o seu povo na terra (1 Sm 4.4; 2 Sm 6.2; 2 Rs 19.15). A presença deles sobre a arca testificava da verdade que Deus permaneceria entre o seu povo, somente enquanto houvesse provisão expiatória pelo sangue e o povo se dispusesse a cumprir os mandamentos de Deus.

25.30 A MESA... O PÃO DA PROPOSIÇÃO. O pão colocado sobre essa mesa representava a presença do Senhor como o sustentador de Israel na sua vida em geral (cf. Lv 24.5-9; Is 63.9). Aponta para Cristo, o Pão da Vida (ver 16.4 nota; Mt 26.26-29; 1 Co 10.16). 25.31 CASTIÇAL. Este era, na realidade, um candelabro que continha sete lâmpadas a óleo para alumiar o Tabernáculo. As lâmpadas acesas representavam a luz de Deus, a sua presença no meio do arraial (Jr 25.10; Ap 21.22-26).

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