Exodo cap. 32 - Comentário por versículos.

O bezerro de ouro.

32.4 UM BEZERRO DE FUNDIÇÃO. Arão, um alto dirigente espiritual de Israel, infrigiu as normas de conduta estabelecidas por Deus a fim de agradar o povo ao qual servia. Cedeu diante das pressões ímpias dos israelitas e violou o segundo mandamento (20.4,5). Somente a intercessão de Moisés salvou Arão da ira de Deus e da morte (Dt 9.20).

32.6 LEVANTARAM-SE A FOLGAR. O povo começou a entregar-se às danças sensuais e à orgia sexual. Segundo o versículo 25, o povo estava despido (literalmente: ficou à solta e despido ). Logo, o pecado dos israelitas pode ter incluído a nudez da multidão para volúpia da carne em geral, algo rigorosamente vedado na lei de Deus (Lv 18.6-30; 20.11,17,19-21).

32.10 E OS CONSUMA. Por causa da apostasia e do pecado do povo, Deus declarou sua intenção de destruí-lo e de levantar outra nação através de Moisés.

32.11 MOISÉS SUPLICOU AO SENHOR. A intercessão de Moisés pelo povo de Israel (vv. 11-14) revela que Deus atende às orações dos seus servos fiéis e permite que estes participem dos seus propósitos e decisões restauradores. (1) Deus claramente queria destruir aquele povo rebelde (v. 10; Dt 9.14,19,20,26). Moisés, porém, pondo-se como mediador entre o Senhor e o povo, intercedeu com zelo e amor a fim de desviar a ira de Deus, e daí Ele mudar sua intenção declarada. (2) Por causa daquela oração intensa de Moisés, o Senhor compadeceu-se (v. 14; ver Tg 5.16 nota). (3) A grande verdade em evidência, aqui, é que Deus faz dos seus servos cooperadores com Ele (1 Co 3.9). Ele os designa mediadores e intercessores pelos perdidos (Rm 9.2 nota) e, até certo ponto, o destino final dos que perecem está nas mãos deles (ver Mt 9.38 nota). Deus, portanto, estabeleceu que a intercessão sincera de um justo pode levá-lo a alterar sua vontade temporal e trazer restauração e livramento, ao invés de juízo (Ez 22.30). A oração realmente muda as coisas (Sl 106.44,45; Jr 18.8; 26.3,13,19; Am 7.2-6; Jn 3.10). (4) Deus não ignora a intercessão de um servo fiel, enquanto houver esperança de salvação. Somente quando o pecado chega ao seu extremo é que Deus não atende à intercessão (Jr 15.1; Ez 14.14,16). (5) É um mistério insondável, o de Deus se deixar persuadir por um ser humano falível e alterar o cumprimento de um fato já por Ele anunciado e voltar-se da ira para a misericórdia. Nosso Deus não é um Deus inexorável, mas um Deus pessoal, que se compraz em mover-se pelo amor, fé e orações do seu povo fiel.

32.14 O SENHOR ARREPENDEU-SE. A palavra hebraica traduzida arrepender-se significa mudar de idéia ou de propósito; compadecer-se ao ponto de alterar a execução de um ato planejado e já declarado. Deus não se arrepende da maneira que um ser humano o faz, porque em Deus não há jamais mudança, e também Ele é totalmente isento do pecado. Ver Gn 6.6 nota.

32.19 AS TÁBUAS... QUEBROU-AS AO PÉ DO MONTE. Moisés não quebrou as tábuas de pedra levado por um acesso incontrolável de ira humana, mas por causa de justa indignação contra o pecado (vv. 34,35). Cristo também manifestou ira santa contra o pecado (Jo 2.15; 11.33 nota). Todos aqueles que têm zelo santo pela glória e santidade de Deus e pelo sofrimento humano terão este tipo de ira justa.

32.26 QUEM É DO SENHOR. O chamamento de Moisés, aqui, à fidelidade a Deus expressa o princípio que, em meio ao declínio espiritual e à apostasia, o único caminho para os fiéis é aquele demarcado pela obediência irrestrita à Palavra de Deus e por um distanciamento total da apostasia (ver Ap 18.4 nota; Js 24.15; 1 Rs 18.21).

32.29 PARA ELE VOS DAR HOJE BÊNÇÃO. Porque os filhos de Levi permaneceram fiéis ao Senhor no caso torpe do bezerro de ouro, eles transformaram em bênção (cf. Nm 3) a maldição que fora pronunciada contra eles (Gn 49.7). Foram designados para cuidar do Tabernáculo e auxiliar os sacerdotes (Nm 1.47-53; 3.5-9,12,41,45; 4.2,3). Maldições e bênçãos divinas estão muitas vezes condicionadas ao comportamento humano; havendo arrependimento e obediência, pode haver mudança (em caso de maldição).

32.32 PERDOA O SEU PECADO. O amor de Moisés pelos pecadores (cf. Rm 9.3) fala-nos do amor de um mediador maior, Cristo Jesus, que intercedeu pelos transgressores (Is 53.12; Rm 8.34; ver Mt 26.39 nota; 1 Tm 2.5 nota; Hb 7.25 nota).

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