Isaías cap. 1 - Comentário por versículos.

Exortações e ameaças.

1.1 VISÃO. Isaías não profetizava nem escrevia em torno de suas idéias. Pelo contrário, tinha visões da parte de Deus, pela inspiração do Espírito Santo (cf. 2 Pe 1.20,21). Foi-lhe concedido ver os eventos futuros no plano divino da salvação, mediante comunicação inerrante da parte do próprio Deus.

1.1 ISAÍAS. O nome Isaías significa o SENHOR salva . Como profeta designado por Deus, Isaías começou seu ministério em 740 a.C., no ano em que morreu o rei Uzias (ver 6.1). Profetizou por mais de quarenta anos e morreu provavelmente cerca de 680 a.C. (ver a introdução a Isaías, para mais sobre ele).

1.1 A RESPEITO DE JUDÁ. O longo ministério profético de Isaías teve lugar na época do reino dividido (ver 1 Rs 12.20 nota; 2 Cr 10.1 nota). O Reino do Norte chamado pelos diferentes nomes de Israel , Samaria e Efraim abrangia dez tribos de Israel. O Reino do Sul comumente chamado de Judá, com sua capital em Jerusalém consistia das tribos de Judá e de Benjamim. Os dois reinos, na época de Isaías, estavam desviados de Deus e da sua lei e recorriam às nações pagãs e seus deuses falsos para livrá-los dos seus inimigos. O Reino do Norte foi subjugado e destruído pela Assíria em 722 a.C. Isaías advertiu Judá de que esse reino, também, seria destruído por causa do seu pecado e apostasia (39.6).

1.2 PREVARICARAM CONTRA MIM. ( Prevaricar aqui, é literalmente rebelar-se). O concerto de Deus com o povo israelita abrangia Judá e Israel, que também receberam dEle a sua lei, o seu templo e suas promessas; no entanto, viviam no pecado, menosprezavam o concerto divino, e não reconheciam a Deus como a fonte da salvação e suas demais bênçãos. Por isso, Deus ia castigá-los (vv. 5-8).

1.3 ISRAEL. Aqui, Israel refere-se a todas as doze tribos, inclusive Judá.

1.4 SANTO DE ISRAEL. Esta expressão, como um título de Deus, ocorre vinte e seis vezes em Isaías, além de mais cinco vezes em que Ele é chamado apenas o Santo . O profeta, ao usar esse nome de Deus (certamente originado, em parte, da sublime visão que Isaías teve de Deus, na sua santidade cap. 6), não somente ressalta o caráter expressamente santo de Deus, mas também que os que são de Deus devem ser santos, para que possam continuar em comunhão com Ele.

1.7 A VOSSA TERRA ESTÁ ASSOLADA. No seu empenho de levar Judá ao arrependimento, Deus permitiu o despojo da sua terra por estrangeiros (ver 2 Cr 28.5-18). O pecado dos israelitas privou-os da bênção e proteção de Deus, e o castigo veio sobre eles. A terra e o seu povo seriam finalmente subjugados por Nabucodonosor e seu exército babilônico (605 586 a.C.). Um povo que continua obstinado e indiferente na senda do pecado, atrairá o juízo divino e, por fim, a destruição.

1.9,10 SODOMA... GOMORRA. As cidades de Sodoma e Gomorra foram totalmente destruídas por causa do seu extremo pecado (Gn 19.1-25). Isaías equipara Judá a essas cidades, por causa da sua grande infidelidade.

1.11 DE QUE ME SERVE A MIM A MULTIDÃO DE VOSSOS SACRIFÍCIOS? Isaías condena o povo por cometer atos ímpios e injustiças (vv. 16,17) e ao mesmo tempo oferecer sacrifícios a Deus e também orar e prestar-lhe culto. A adoração e o louvor é uma abominação para Deus se o nosso coração não estiver inteiramente dedicado a Ele e aos seus caminhos santos (cf. 66.3; Jr 7.21-26; Os 6.6; Am 5.21-24; Mq 6.6-8).

1.15 AS VOSSAS ORAÇÕES, NÃO AS OUÇO. O pecado na vida do crente levará Deus a desviar seu rosto de suas orações (ver Tg 4.3 nota; 1 Jo 3.22 nota; ver o estudo A ORAÇÃO EFICAZ)

1.18 VINDE, ENTÃO, E ARGÜI-ME. Deus não queria condenar e destruir o seu povo. Ele perdoaria tudo, se eles tão-somente se arrependessem, cessassem de fazer o mal, cuidassem de fazer o bem e obedecessem à sua Palavra (vv. 16-19). O perdão divino está agora à disposição de todos os pecadores, que confessam a Deus os seus pecados, arrependem-se e aceitam a purificação provida por Deus, mediante o sangue de Jesus Cristo (Lc 24.46,47; 1Jo 1.9). Aqueles que rejeitam a misericórdia de Deus e, na sua rebeldia, apegam-se aos seus próprios caminhos, se perderão (v. 20).

1.25 PURIFICAREI INTEIRAMENTE AS TUAS ESCÓRIAS. Deus queria expurgar o mal dentre o seu povo e restaurar um remanescente que se arrependesse (vv. 18,19,26,27). Deus ainda não concluíra a sua obra através de Judá (cf. Ed 1; 5.2,14-16), pois o Redentor de toda a raça humana ainda teria que vir através desse povo escolhido. Sião (v. 27, i.e., Jerusalém) seria restaurada, mas somente quem fielmente se voltasse para Deus seria salvo; os impenitentes seriam destruídos (cf. v. 28; 65.8-15).



Isaías cap. 2 - Comentário por versículos.

A glória futura do verdadeiro Israel. Juízos preparatórios. O dia do SENHOR. A purificação de Jerusalém.

2.2 NOS ÚLTIMOS DIAS. O NT define os últimos dias como o período de tempo entre a primeira e a segunda vinda de Cristo (ver At 2.17 nota). Aquilo que Isaías descreve nos vv. 1-5 terá seu cumprimento total na segunda vinda de Cristo, quando Ele estabelecer o reino de Deus na terra.

2.2-5 SE FIRMARÁ O MONTE DA CASA DO SENHOR. Isaías profetiza a respeito de um período quando o governo divino se estabelecerá em toda a terra (cf. Mq 4.1-3). Toda iniqüidade, injustiça e rebelião dirigidas contra Deus e sua lei serão debeladas e a justiça prevalecerá (cf. 59.20 60.3,14; Jr 33.14-16; Zc 2.10-12). Todas as nações , judeus e gentios, adorarão e servirão ao Senhor. Esta profecia manifesta o propósito final de Deus para Israel e a raça humana; ela cumpre-se no próprio Jesus Cristo, que executa juízo e justiça na terra (9.1-7; 11.3-5).

2.3 NOS ENSINE... SEUS CAMINHOS... SUAS VEREDAS. O interesse primordial de todos os que se tornam discípulos do Senhor deveria ser conhecer e obedecer à sua vontade, como cidadãos do seu reino. É importante que quem proclama a mensagem de Deus, tome o máximo cuidado com o que prega e ensina, para que isto seja a mensagem de Deus, proveniente das Escrituras inspiradas, i.e., a revelação de Cristo, dos profetas do AT e dos apóstolos do NT (ver Ef 2.20 nota). Todo mundo, tanto os perdidos como os salvos, precisam ouvir a verdade de Deus proclamada por lábios ungidos pelo Espírito Santo, dedicados aos retos caminhos de Deus.

2.6-9 TU DESAMPARASTE O TEU POVO. Estes versículos descrevem a apostasia e o mundanismo da nação de Judá. Seus habitantes abandonaram a Deus, adotaram a idolatria e o ocultismo, deleitavam-se nas práticas ímpias dos pagãos e depositavam sua confiança no dinheiro, nas alianças internacionais e no poderio militar. Daí, Isaías orar para que não houvesse perdão até que Deus, mediante duros revezes os levasse a um arrependimento de coração (vv. 17-21). Ele sabia que o perdão aparente do ritual religioso só agravaria a situação. Um arrependimento sincero deve preceder o perdão (1.16-20).

2.11 A ALTIVEZ DOS VARÕES SERÁ HUMILHADA. Uma das graves conseqüências do orgulho humano é a crença de que a pessoa não depende de Deus para decidir como deve viver, bem como para decidir sobre o que é certo e errado. No dia do julgamento, na presença do Senhor, os tais que assim fazem sofrerão a pior vergonha.

2.12 O DIA DO SENHOR. Segundo as palavras de Isaías, o tempo do juízo estava próximo. O cumprimento imediato da sua profecia foi a assolação da terra de Israel por Deus, empregando os exércitos assírio e babilônico como agentes da sua ira (39.6). Na perspectiva profética remota, o dia do SENHOR refere-se à ocasião em que Deus banirá toda a iniqüidade na terra (cf. Jl 2.31; ver 1 Ts 5.2 notas; ver Ap 4-19).
 



Isaías cap. 3 - Comentário por versículos.

3.1 TIRARÁ DE JERUSALÉM. Como resultado dos pecados do povo, o castigo divino atingirá todos os segmentos da sociedade e todos sofrerão (vv. 2,3).

3.5 OPRIMIDO... CADA UM, CONTRA O SEU PRÓXIMO. A rejeição dos caminhos de Deus numa sociedade abre caminho para a injustiça, a opressão cruel, a violência, o desrespeito aos pais pela juventude rebelde e o repúdio a todas as restrições morais (ver Mt 24.12 nota; 2 Tm 3.1-5 notas). Todas as pessoas sofrem quando a sociedade se desintegra moralmente.

3.10 DIZEI AOS JUSTOS. Isaías foi ordenado a encorajar os que permanecessem fiéis a Deus no meio de um povo ímpio. Os justos sofreriam agora por amor à justiça, mas posteriormente teriam vitória e Deus os recompensaria ricamente. Aos ímpios, porém, Deus reserva o castigo (ver Mt 5.10 nota).

3.14 O ESPÓLIO DO POBRE. ( Espólio aqui, é literalmente bens tomados do próximo). Deus abomina maus-tratos aos menos afortunados da sociedade. Na igreja, também, Ele observa e leva em conta o modo de seus membros tratarem uns aos outros (ver Cl 3.25 nota). Deus requer que o crente demonstre amor, justiça e compaixão no seu relacionamento com o próximo.

3.16-26 AS FILHAS DE SIÃO. As mulheres do reino de Judá, em meio ao declínio espiritual, moral e político da nação, eram conhecidas por seu apego desvairado por tudo o que a moda oferecia, e pela beleza externa, ao invés de primarem pela santidade interior e pelo amor a Deus. Eram mulheres egocêntricas, que procuravam ser belas para despertar atração sensual e que cuidavam somente do que lhes interessava, sem demonstrarem qualquer preocupação com os oprimidos, os pobres, ou com a crítica condição espiritual de suas famílias e compatriotas. Deus as advertiu que iam sofrer vergonha e humilhação quando estivessem como escravas infelizes dos senhores do seu povo (vv. 17,24). Deus ainda requer humildade, modéstia e santidade da parte da mulher crente (ver 1 Co 11.6 nota; 1 Tm 2.9 nota; cf. 1 Pe 3.3,4).


Isaías cap. 4 - Comentário por versículos. 

4.2 O RENOVO DO SENHOR. Este é um título do Messias (i.e., o Cristo). Ele brotará como um rebento da raiz de Davi (ver 11.1; 53.2; Jr 23.5; 33.15; Zc 3.8; 6.12; Rm
15.12; Ap 5.5; 22.16). Os versículos 2-6 referem-se a um tempo, tanto de juízo como de salvação; um tempo em que Cristo reinará sobre o seu remanescente fiel em
Jerusalém (v. 4) e cuidará dele com grande solicitude e amor (cf. 38.5-8,15-17; 65.18).

4.3 SERÃO CHAMADOS SANTOS. Aqueles que sobreviverem ao juízo vindouro serão chamados santos , i.e., terão o caráter de Deus, que é o Santo de Israel (1.4).
Noutras palavras, serão separados do mundo pecaminoso, purificados de toda mácula pelo sangue de Cristo, e regenerados pelo Espírito Santo. Sobre eles pairará a
glória de Deus como uma nuvem (v. 5).


Isaías cap. 5 - Comentário por versículos.

A parábola da vinha e a sua aplicação.

5.1-7 UMA VINHA. Esta parábola da vinha demonstra que Deus fez todo possível para fazer de Judá uma nação santa e frutífera. Somente depois que os judeus recusaram ser o que Deus queria que eles fossem é que Ele destruiu a sua vinha (comparar a parábola dos maus lavradores, narrada por Jesus em Mt 21.33-44). Esta parábola de Isaías prenuncia, historicamente, a destruição de Jerusalém e do Reino de Judá em 586 a.C.

5.8-32 AI DOS QUE... Seis ais (i.e., declarações de julgamento) são proferidos contra seis tipos de pecados: (1) cobiça egoísta (v. 8); (2) embriaguês (vv. 11,12); (3) zombaria de descrença no poder de Deus para julgar o pecado (vv. 18,19); (4) corrupção dos padrões morais de Deus (v. 20); (5) arrogância e orgulho (v. 21); e (6) perversão da justiça (vv. 22,23); cf. os ais de Cristo contra os hipócritas da religião; ver Mt 23 notas).

5.20 AO MAL CHAMAM BEM. É comum a sociedade exaltar o pecado, chamando a depravação de força varonil, de virtude autêntica e de liberdade elogiável. Ao mesmo tempo a sociedade opõe-se à retidão, tachando-a de maléfica. Dois exemplos conhecidos, a respeito do assunto em pauta. (1) A perversão sexual (i.e., do homossexualismo e do lesbianismo), a sociedade considera um modo de vida alternativo legítimo, que deve ter aceitação pública, enquanto os que condenam tal conduta, por observarem as normas bíblicas da moralidade sexual são chamados de intolerantes e defensores de um preconceito opressor. (2) Os defensores do aborto, a sociedade os chama de pessoas sensíveis , dedicadas com afinco aos direitos da mulher, ao passo que os defensores da vida, a mesma sociedade os chama de extremistas ou fanáticos religiosos . Quanto ao crente, este deve, em todo tempo, manter-se fielmente e de todo coração, dentro dos padrões divinos do bem e do mal, conforme nos revela a Palavra de Deus escrita

5.24 PORQUANTO REJEITARAM A LEI DO SENHOR. O livro de Isaías contém a doutrina da justa retribuição pelo pecado. A rejeição dos ensinos do Senhor e o desprezo à sua Palavra por alguém, trará como resultado sobre tal pessoa, o juízo que esses pecados acarretam (v. 25; cf. Os 4.6).

5.26 AS NAÇÕES DE LONGE. Isaías descreve a destruição iminente de Judá por uma nação distante; destruição em breve e certa. Judá não teria força para fazer o inimigo recuar. Isaías estava certamente antevendo as invasões dos assírios, cujos exércitos saquearam Judá em 701 a.C., e dos babilônios, cujas incursões começaram em 605 a.C. Deus muitas vezes já utilizou outras nações para castigar o seu povo por apostasia (ver também Mt 5.13 nota).


Isaías cap. 6 - Comentário por versículos.

Isaías é escolhido e consagrado para profeta.

6.1 NO ANO EM QUE MORREU O REI UZIAS. Esse ano foi aproximadamente 740 a.C. (cf. 2 Cr 26.16-21). Isaías deve ter profetizado antes disso (1.5), mas agora ele teve uma visão de Deus, foi purificado e recebeu uma chamada específica de Deus para pregar a sua Palavra a um povo espiritualmente cego, surdo e insensível (vv. 9,10).

6.1 EU VI AO SENHOR. Isaías, por esta visão do Senhor, teve uma compreensão correta da sua mensagem e chamada. A visão revelou um dos temas principais do livro, a saber: que a glória, majestade e santidade de Deus requer que aqueles que a Ele servem, devem também ser santos. Da mesma forma, as igrejas dos nossos dias também precisam de uma visão de Deus no seu meio, como o Senhor santo e Juiz de todos. O reconhecimento da necessidade da sua obra santificadora em nossa vida acompanhará infalivelmente tal visão. O resultado de tal visão sobre nós pode ser semelhante à de Isaías confissão com quebrantamento, purificação gloriosa e chamamento poderoso da parte de Deus, no tocante à sua vontade e chamada (vv. 5-8; Ap 1.13-17).

6.2 SERAFINS. Trata-se de seres angelicais de ordem superior. Serafins deve ser outro nome dos seres viventes revelados noutras partes das Escrituras (e.g., Ap 4.6-9). Seu título (literalmente: seres ardentes ) pode denotar sua pureza, uma vez que servem a Deus continuamente, em derredor do seu trono. Refletem de tal maneira a glória de Deus que parecem arder em chamas.

6.3 SANTO, SANTO, SANTO É O SENHOR. A principal característica de Deus revelada a Isaías é a sua santidade, que significa sua pureza de caráter, sua separação do pecado e sua repulsa a tudo que é mau. A santidade absoluta de Deus deve ser proclamada nas igrejas, assim como é nos céus

6.5 AI DE MIM! Isaías, ao contemplar a santidade de Deus, imediatamente reconheceu sua própria imperfeição e impureza, sobretudo quanto às suas palavras (cf. Tg 3.1-6). Reconheceu, também, as conseqüências de ver Deus face a face (cf. Êx 33.20) e ficou assombrado. Deus, então, purificou os seus lábios e o seu coração (cf. Lv 16.12; Jr 1.9) e o tornou apto a permanecer na sua presença como servo e profeta do Santo de Israel. Todos aqueles que se acercam de Deus precisam receber o perdão dos seus pecados e a purificação do seu coração pelo Espírito Santo (cf. Hb 10.19-22), pois somente Deus pode nos tornar puros como Ele mesmo requer.

6.8 A QUEM ENVIAREI? Só depois de purificado é que Isaías foi designado profeta. Esse trecho nos faz lembrar a Grande Comissão de nosso Senhor ressurreto, que ordenou proclamar o evangelho da salvação a todo o mundo (Mt 28.18-20). Se aquela ordem de sair apoderar-se do nosso coração, devemos responder da mesma maneira que Isaías: eis-me aqui, envia-me a mim

6.9 VAI E DIZE A ESTE POVO. Deus avisou a Isaías que o povo ia rejeitar a sua mensagem e continuar indiferente ao chamado profético ao arrependimento. Sua pregação até faria seus corações se endurecerem ainda mais forte contra o Senhor (vv. 9,10; cf. Mt 13.14,15; Mc 4.12; Lc 8.10). Mesmo assim, Isaías teria que pregar fielmente a mensagem impopular do juízo (cf. Jr 1.8,19; Ez 2.3,4). Haveria, no entanto, um limite para seu espinhoso ministério. Os juízos a serem infligidos através de Senaqueribe, em 701 a.C. (vv. 11,12) levariam Jerusalém à fé e à obediência (36.21,22; 37.1- 7), e como resultado, Isaías poderia ter um novo ministério durante os quinze anos concedidos por Deus a Ezequias (38.5).

6.13 A SANTA SEMENTE. Deus confortou Isaías ao dizer-lhe que um pequeno remanescente do povo creria e seria preservado. Um novo Judá, que seria chamado santo, ia surgir, e através dele, Deus executaria o seu plano de salvação para o mundo. Semelhantemente, sob o novo concerto, Deus julgará uma igreja que for apóstata e levantará um remanescente santo que permanecerá fiel a Ele e à sua Palavra (ver o estudo A MENSAGEM DE CRISTO ÀS SETE IGREJAS).


Isaías cap. 7 - Comentário por versículos.

7.1-25 NOS DIAS DE ACAZ. Cerca de 735/734 a.C., os reis de Israel e da Síria atacaram Judá. Isaías disse ao rei Acaz de Judá que confiasse em Deus para o livramento. Acaz, no entanto, recusou a oferta divina de um sinal milagroso e, em vez disso, buscou a ajuda da Assíria (ver 2 Rs 16.5-18; 2 Cr 28.16-21). Ainda assim, o Senhor deu um sinal a toda a casa de Davi o nascimento do Emanuel (vv. 13-17). Nesta ocasião Deus fez fracassar a invasão de Judá pela Síria e Israel, mas posteriormente Ele enviou os assírios e babilônios para assolarem a terra.

7.3 SEAR-JASUBE. O nome do filho mais velho de Isaías significa um remanescente voltará . Esse nome ressaltava a intenção de Deus de preservar um remanescente fiel entre o povo para consumar o seu plano de salvação (cf. 11.11,12,16; 37.4,31).

7.8 DENTRO DE SESSENTA E CINCO ANOS. Israel (também chamado Efraim) foi vencido em 722 a.C. pela Assíria, que trouxe colonos estrangeiros para aquela terra, para fins de casamento misto com os poucos israelitas ali deixados; a mistura racial resultante disso, deu origem aos samaritanos (ver 2 Rs 17.24-34; cf. Jo 4.7-42).

7.12 ACAZ... DISSE: NÃO O PEDIREI. O profeta Isaías aconselhou Acaz a confiar em Deus para um livramento. Acaz rejeitou o conselho, e resolveu confiar no seu limitado raciocínio e procurou a ajuda da Assíria (ver 2 Rs 16.5-18; 2 Cr 28.16-21).

7.14 UMA VIRGEM CONCEBERÁ... EMANUEL. Virgem (hb. almah). Na língua original o termo pode significar virgem ou mulher jovem em idade de casar . (1) A aplicação imediata desse sinal seria a uma nubente que fora virgem até à ocasião do seu casamento. Antes do seu filho ter idade suficiente para distinguir entre o certo e o errado, os reis da Síria e de Israel seriam destruídos (v. 16). (2) O pleno cumprimento desta profecia ocorreu quando Jesus Cristo nasceu da virgem Maria (Mt 1.23). Maria era virgem e permaneceu virgem até a ocasião do nascimento de Jesus (Mt 1.18,25). A concepção do seu Filho deu-se mediante um milagre do Espírito Santo, e não pela ação de homem algum (ver Mt 1.16,23 notas; Lc 1.35 nota). (3) O filho da virgem devia se chamar Emanuel , i.e., Deus conosco (Mt 1.23). Este nome revestiu-se de novo e profundo significado com a vinda pessoal ao mundo, do Filho unigênito de Deus (cf. Jo 3.16).


Isaías cap. 8 - Comentário por versículos.

A ruína dos reinos de Israel e da Síria.

8.3 MAER-SALAL-HÁS-BAZ. O significado do nome do segundo filho de Isaías (cf. 7.3 nota) é rápido à presa, veloz ao despojo , conforme vemos literalmente no versículo 1. Aquele nome prediz não somente a destruição e queda da Síria, pela Assíria (732 a.C.), como também o mesmo destino, para Israel (722 a.C.).

8.6 AS ÁGUAS DE SILOÉ. As águas de Siloé (o NT as cita como o tanque de Siloé, Jo 9.7). Essas águas vinham de uma fonte tranqüila que formava um reservatório subterrâneo para abastecer Jerusalém em tempos de cerco pelo inimigo. Essas águas simbolizavam o reino gracioso e calmo de Deus sobre Israel, através dos seus representantes reais i.e., os piedosos reis davídicos. Posto que Judá e Jerusalém rejeitaram o governo gracioso de Deus, teriam que suportar, em vez disso, as águas destruidoras da região do Eufrates, i.e., o poderoso dilúvio inundante de soldados assírios invasores (vv. 7-10).

8.8 Ó EMANUEL. Em meio à profecia de Isaías, o Espírito anuncia uma esperança futura. Não importa o que houver, os fiéis de Deus não precisavam ter medo, porque Emanuel ( Deus é conosco , cf. v. 10) era a proteção de todos os que nEle confiassem. Emanuel , portanto, é a garantia permanente do povo de Deus no decurso da história passada, presente e futura (Mt 1.23).

8.12 CONJURAÇÃO. Isaías tinha procurado persuadir Judá a buscar a Deus ao invés de buscar ajuda no estrangeiro. Foi acusado de conspiração e traição. Semelhantemente, no decurso da história da igreja, aqueles que procuram manter a igreja distante do humanismo e de um cristianismo antibíblico e ao mesmo tempo trazê-la de volta ao seu poder, santidade e missão originais, freqüentemente são alvos de perseguição e repúdio. O profeta não devia temer ninguém; ele foi exortado a temer somente ao Senhor dos Exércitos (vv. 12,13).

8.13 SEJA ELE O VOSSO TEMOR. Nos tempos de perigos e provações, é somente a Deus que devemos temer; é somente nEle que devemos confiar para nos livrar (cf. Mt 10.28). Se lhe tivermos a devida reverência e amor, teremos a sua presença conosco e Ele será o nosso refúgio e proteção (v. 14).

8.16 SELA A LEI ENTRE OS MEUS DISCÍPULOS. A grande maioria do povo de Deus vivia na apostasia, mas um remanescente permaneceu fiel discípulos que faziam a vontade do Senhor. Estes foram chamados para preservar a Palavra de Deus. Em todos os tempos, os verdadeiros discípulos do Senhor, aqueles em cujos corações está a Palavra, precisam lutar pela verdade imutável de Deus (ver Jd v. 3) e transmiti-la à geração seguinte.


Isaías cap. 9 - Comentário por versículos.

O advento e o poder do Messias.

9.1-7 NÃO SERÁ ENTENEBRECIDA. Isaías fala de um Libertador vindouro que, um dia, guiaria o povo de Deus à alegria, à paz, à retidão e à justiça. Essa pessoa é o Messias Jesus Cristo, o Filho de Deus. Essa profecia revela várias verdades importantes sobre o Messias vindouro. (1) Ministraria principalmente na Galiléia (v. 1; cf. Mt 4.13,14). (2) Traria a luz da salvação e da esperança (v. 2; cf. 42.6; 49.6; Mt 4.15,16). (3) Aumentaria o número do povo de Deus, sobretudo pela admissão dos gentios à família da fé (v. 3; cf. At 15.13-18). (4) Traria a paz pelo livramento do seu povo do jugo da opressão, e pela derrota de seus inimigos (vv. 4,5). (5) O Messias viria da nação de Israel e seria chamado Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz (ver v. 6 nota). (6) Reinaria sobre o povo de Deus para sempre (v. 7; cf. 2 Sm 7.16).

9.6 PORQUE UM MENINO NOS NASCEU. Aqui temos a predição do nascimento do Messias, Jesus Cristo (ver também 7.14 nota). Seu nascimento ocorreria num tempo e lugar específicos na história, e esse Filho Messiânico nasceria de modo único e maravilhoso. Isaías registra os nomes que caracterizariam sua missão como o Messias. (1) Maravilhoso. O próprio Messias em si seria uma maravilha sobrenatural. A palavra hebraica, aqui, para maravilhoso é pele , a qual é usada exclusivamente a respeito de Deus, e nunca a respeito de seres humanos ou de obras humanas (cf. 28.29). O Messias demonstraria o seu caráter através das suas obras e milagres. (2) Conselheiro. O Messias seria a personificação da perfeita sabedoria e teria as palavras da vida eterna. Como conselheiro, Ele revelaria o plano perfeito da salvação (cf. cap. 11). (3) Deus Forte. No Messias, toda a plenitude da deidade existiria em forma corpórea (Cl 2.9; cf. Jo 1.1,14). (4) Pai da Eternidade. Ele não somente viria a fim de revelar o Pai celestial, como também Ele mesmo agiria eternamente em favor do seu povo como um pai compassivo que ama, que guarda e que supre as necessidades dos seus filhos (cf. Sl 103.13). (5) Príncipe da Paz. O reino do Messias traria a paz com Deus à humanidade, mediante a libertação do pecado e da morte (11.6-9; cf. Rm 5.1; 8.2).

9.7 DESTE PRINCIPADO E DA PAZ, NÃO HAVERÁ FIM. Nesta declaração profética do estabelecimento do reino de Cristo, não aparece a distinção entre a sua primeira e a segunda vinda. No momento da história da humanidade em que Isaías profetizou, ele vê toda a obra redentora e também o reino de Cristo em perspectiva, como um só evento num futuro distante. O AT não revela claramente em parte alguma que o reino de Cristo na terra abrangeria uma primeira e uma segunda vinda na história. De igual modo, no NT há intervalos de tempo entre os eventos dos tempos do fim; nem sempre eles estão claramente diferençados entre si (ver Mt 24.42-44 notas).

9.8 10.4 UMA PALAVRA A JACÓ. Estes versículos declaram a arrogância e impenitência obstinadas de Israel, e a ira e julgamento divinos contra aquele povo. Nem sequer na sua grande aflição, os israelitas não quiseram se humilhar e voltar a Deus, com um coração contrito e quebrantado.



 

Isaías cap. 10 - Comentário por versículos.

Predição da ruína da Assíria.

10.5 AI DA ASSÍRIA. Deus tinha usado os assírios para castigar seu povo que enveredara pela impiedade. Agora, Deus castigaria a Assíria pela sua soberba e arrogância (vv. 8-14). Daí, Isaías profetizou a destruição dos assírios (vv. 16-19). Essa profecia específica cumpriu-se quando o anjo do Senhor matou 185.000 soldados do exército assírio que sitiava Jerusalém (ver cap. 37).

10.20 OS RESÍDUOS DE ISRAEL. Isaías volta a garantir aos crentes fiéis que, depois de Deus julgar Israel, um remanescente fiel que confiava no Senhor seria preservado e restaurado; esse remanescente seria o verdadeiro Israel (cf. Rm 9.6-9). O plano divino para a salvação do mundo sempre será levado a efeito pelo remanescente que realmente crê na Palavra e a obedece, e não por aqueles que meramente professam que crêem (ver 6.13 nota; 8.16 nota; Rm 4.16; 9.27; 11.5; Ap 3.4,5).

10.28-34 JÁ VEM CHEGANDO A AIATE. Isaías prediz a rota dos invasores assírios no seu avanço para saquear Jerusalém. O próprio Deus os abateria (cf. 37.33-38).
 


Isaías cap. 11 - Comentário por versículos.

O Reino do Messias é pacífico e próspero.

11.1 E DAS SUAS RAÍZES UM RENOVO FRUTIFICARÁ. Isaías pinta um quadro glorioso de um novo mundo futuro, regido pelo Renovo (i.e., Jesus Cristo). A palavra hebraica netzer ( Renovo ) é provavelmente a raiz da qual derivou o termo Nazaré . Jesus era chamado Nazareno (Mt 2.23), que pode significar ou homem de Nazaré ou homem do Renovo . Ele brotaria como um rebento da raiz de Jessé, i.e., o pai de Davi (ver 4.2 nota; cf. 4.2-6; 7.14; 9.1-7; Rm 15.12) e seria governante de um mundo de paz, justiça e bondade. O cumprimento parcial dessa profecia deu-se 700 anos mais tarde, quando Jesus nasceu; mas seu pleno cumprimento aguarda a segunda vinda de Cristo (ver 9.7 nota).

11.2 REPOUSARÁ SOBRE ELE O ESPÍRITO DO SENHOR. O Messias seria poderosamente ungido pelo Espírito Santo a fim de cumprir a vontade do Pai e de trazer plena salvação às nações (61.1; Mt 3.16,17; Jo 1.33,34). A fim de executar o seu plano da salvação, o Messias também batizaria e ungiria os seus seguidores no Espírito Santo. Esse é um requisito fundamental na obra contínua da redenção que a igreja empreende (ver Mt 3.11 nota; Lc 3.16 nota; At 1.5).

11.2,3 O ESPÍRITO. Isaías menciona o Espírito Santo mais do que qualquer outro profeta do AT (11.2; 30.1; 32.15; 34.16; 40.13; 42.1; 44.3; 48.16; 59.21; 61.1; 63.10,11,14). Esta descrição profética da unção do Messias relaciona-se com seu caráter e estatura espirituais (ver 61.1-3 nota). O Messias tem a plenitude do Espírito, e seus gloriosos dons celestiais são descritos como (1) o Espírito (v. 1); (2) sabedoria (v. 2); (3) inteligência (v. 2); (4) conselho (v. 2); (5) fortaleza (v. 2); (6) conhecimento (v. 2); e (7) temor do Senhor. A plenitude de dons contida nesta descrição não tem precedente nas Escrituras. Esses dons sob sete aspectos falam da sua plenitude no Messias

11.4 FERIRÁ A TERRA. Este versículo refere-se à volta de Cristo à terra para juízo e destruição de todos os ímpios (cf. 2 Ts 1.6-10; 2.8; Ap 19). Este justo juízo é necessário para o estabelecimento do seu governo perfeito e justo.

11.5 JUSTIÇA... VERDADE. A justiça e a verdade são elementos essenciais do reino do Messias. São, também, requisitos para todos que dirigem, na igreja do Messias. A era messiânica será caracterizada pela ausência de inimizade, crueldade e hostilidade, simbolizada aqui pela paz entre os animais. O Messias trará paz à terra e transformará os homens e a natureza como o fruto último da redenção (cf. 35.9; 65.20-25; Ez 34.25-29).

11.10-16 NAQUELE DIA. O tempo final do reino messiânico será precedido de um reagrupamento dos judeus que aceitarem Jesus Cristo como o Messias. Essa restauração dos judeus abrangerá o seguinte: (1) o remanescente judaico fiel que restar (vv. 11,12; cf. Dt 30.3-5; Jr 31.1,8,10; Ez 39.22,28); (2) o agrupamento dos judeus sob o Messias (11.10,12; Jr 23.5-8; Ez 37.21-25); (3) a purificação total de Israel (Dt 30.3-6; Jr 32.37-41; Ez 11.17-20); (4) a bênção e prosperidade na terra (Jr 31.8,10,12,13,28; 32.37-41; Ez 28.25,26; 39.25-29; Am 9.11-15); (5) as bênçãos para todos os povos, gentios e judeus (v. 12; 55.3-5; 60.1-5; 10.14; Jr 16.15,19-21; Zc 2.10-12; Mq 4.1-4); (6) o julgamento dos ímpios (vv. 14-16; Jr 25.29-33; Jl 3.1,2,12-14); e (7) a restauração final nos últimos dias (Os 3.4,5; ver Rm 11.26 nota; ver o estudo



 

Isaías cap. 12 - Comentário por versículos.

Deus é louvado por haver restaurado o seu povo.

12.1-6 NAQUELE DIA. O povo de Deus o louvará ao ser instaurado o reino universal do Messias. Desde agora devemos orar pela volta de nosso Senhor e pelo estabelecimento do seu reino eterno de retidão, e aguardá-lo com fé e esperança. Quando chegar aquele dia, cantaremos este cântico de louvor.



 

Isaías cap. 13 - Comentário por versículos.

A ruína da Babilônia e o livramento de Israel.

13.1 23.18 PESO. Estes capítulos descrevem juízos proferidos contra nações estrangeiras e a apóstata Jerusalém. Isaías inicia com Babilônia (13.1; 14.23) e Assíria (14.24-27) e continua a profetizar contra nações menores. Estes capítulos ensinam que todas as nações e povos vão prestar contas a Deus; serão julgados e destruídos todos os que se opõem a Ele e ao seu plano divino de salvação, e aqueles que nEle crêem triunfarão afinal.

13.1 BABILÔNIA. Isaías profetiza que Babilônia será destruída assim como Sodoma e Gomorra. Babilônia era um centro de cultura pagã que se opunha a Deus e aos seus caminhos desde os primórdios da história da humanidade (cf. Gn 11.1-9). Ironicamente, serviu de instrumento da ira divina contra Jerusalém, ao levar para o cativeiro os seus habitantes. Nos tempos do NT, Babilônia simboliza o centro religioso e político do mundo, em oposição a Deus e ao seu povo (ver Ap 17.1 nota). As ruínas de Babilônia estão no país hoje chamado Iraque.

13.4 GUERRA. O cumprimento da profecia da queda de Babilônia teve várias etapas. A primeira foi o ataque a Babilônia pelos assírios em 689 a.C. quando, então, Senaqueribe capturou a cidade. Depois, Babilônia retomou o seu antigo poder, no reinado de Nabucodonosor, mas foi então capturada em 539 a.C. por Ciro, do império medo-persa (cf. v. 17). Em 518 a.C. a cidade foi devastada de novo, seus muros foram derribados e tornou-se uma ruína total.

13.6-13 O DIA DO SENHOR ESTÁ PERTO. A destruição de Babilônia tipifica a destruição de todos os inimigos de Deus no tempo do fim, e o juízo final que virá sobre toda a terra durante o período da tribulação. Isaías coloca ambos os juízos neste trecho (cf. Ez 32.7; Jl 2.10; 3.16; Ag 2.6,7,21,22; Zc 14.6,7).

13.20 NUNCA MAIS [BABILÔNIA] SERÁ HABITADA. Este versículo salienta que nenhum monumento à glória e realizações humanas subsistirá para sempre. Um dia, todas as obras produzidas pelo esforço do homem fenecerão (cf. Mt 6.19), ao passo que a glória de Deus encherá a terra.



 

Isaías cap. 14 - Comentário por versículos.

Profecia contra os assírios e Filisteus

14.4-21 ESTE DITO CONTRA O REI DA BABI-LÔNIA. Este hino profético e irônico devia ser cantado pelos que presenciassem a queda do rei de Babilônia. O rei seria vencido e levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo (v. 15). Estes versículos aplicam-se, em última análise, a todos os governantes e pessoas que desafiam a Deus e hostilizam o seu reino.

14.12-15 ESTRELA DA MANHÃ. Certos exegetas crêem que estes versículos referem-se não apenas ao rei de Babilônia, mas também, de um modo velado, a Satanás (cf. a declaração de Cristo em Lc 10.18). Outros acham que talvez a passagem se refira ao Anticristo dos tempos do fim, que reinará sobre a Babilônia (ver Ap 17.1-3 notas) opondo-se a Deus e ao seu povo (cf. Ap 13.4).

14.25-27 QUEBRANTAREI A ASSÍRIA. Esta profecia diz respeito à ameaça imediata a Judá, da parte da Assíria; Deus esmagaria o exército assírio (ver 37.21-36; 2 Rs 19). 14.29 A FILÍSTIA. Isaías profetiza a derrota da Filístia na Palestina (v. 30). Judá não devia aceitar a oferta de uma aliança, trazida pelos mensageiros da Filístia; em vez disso, devia confiar no Senhor (v. 32).



 

Isaías cap. 15 - Comentário por versículos.

Predição da ruína de Moabe

15.1 MOABE. Localizado imediatamente a leste do mar Morto, Moabe sempre foi inimigo de Israel (cf. 25.10; 2Rs 3.4,5; 13.20; Ez 25.8-11). Assim como as demais nações hostis, Moabe também seria destruído.

15.5 O MEU CORAÇÃO CLAMA POR CAUSA DE MOABE. Vendo o sofrimento terrível desse inimigo do povo de Deus, Isaías bradou de compaixão pelas vítimas moabitas (cf. 21.2-4; 22.4). De modo semelhante, devemos sentir compaixão e dó por aqueles que se destroem por viverem pecando e procedendo mal (ver Lc 19.41 nota).



Isaías cap. 16 - Comentário por versículos.

16.1-5 ATÉ AO MONTE... DE SIÃO. Foi dito aos fugitivos de Moabe que se abrigassem em Judá e se submetessem ao rei de Jerusalém.

16.4,5 O HOMEM VIOLENTO TERÁ FIM. Ao contemplar o futuro, Isaías contemplou o reino messiânico e o fim de toda opressão.

16.6-13 DA SOBERBA DE MOABE. Embora cessasse um dia a guerra e a destruição (ver nota anterior), os moabitas dos dias de Isaías seriam castigados por causa do seu orgulho e da sua recusa em reconhecer Deus e a sua justiça.

16.10 AS UVAS NOS LAGARES. Nesta passagem, o suco fresco e não-fermentado da uva, ainda no lagar, chama-se yayin ( vinho ) em hebraico, assim como noutros textos do AT. O equivalente a yayin, no grego do Novo Testamento é oinos.


Isaías cap. 17 - Comentário por versículos.

Profecia contra Damasco e Efraim.

17.1-6 DAMASCO SERÁ TIRADA. Damasco, a capital da Síria (v. 3), seria assolada. Efraim (i.e., Israel ou o Reino do Norte) também sofreria por causa da sua aliança com Damasco contra a Assíria.

17.7 ATENTARÁ O HOMEM PARA O SEU CRIADOR. Os julgamentos divinos sobre Israel levariam um remanescente a desviar-se da idolatria e voltar para o Senhor Deus, seu Criador. Perceberiam quão inúteis eram seus ídolos em tempos de aperto e de guerra.

17.10 TE ESQUECESTE DO DEUS DA TUA SALVAÇÃO. Esquecer-se de Deus não é um pecado exclusivo de Israel. Jesus adverte que os cuidados deste mundo, os enganos das riquezas e os prazeres do pecado podem sufocar a Palavra de Deus na vida do crente (cf. Mc 4.3-9,14-20) e levá-lo a esquecer-se dEle, a cessar de orar diariamente e a não mais deleitar-se nEle e na sua Palavra. Quando assim acontece, o crente perde a bênção e a presença de Deus.


Isaías cap. 18 - Comentário por versículos.

A destruição dos assírios é anunciada à Etiópia

18.1 ETIÓPIA. A Etiópia (ou Cuxe) ficava ao sul do Egito. Seu rei, naqueles tempos, reinava sobre todo o Egito. Segundo parece, tinha enviado mensageiros a Israel para fins de uma aliança contra a Assíria (v. 2). O próprio Deus derrotaria o inimigo assírio, no tempo por Ele determinado (vv. 3-6). Depois da derrota dos assírios, Cuxe traria dádivas a Jerusalém (v. 7).
 


Isaías cap. 19 - Comentário por versículos.

Profecia contra o Egito

19.1-15 EGITO. Isaías prediz um julgamento divino a vir sobre o Egito. Portanto, não seria de nenhum proveito para Judá aliar-se com o Egito contra os assírios invasores.

19.16-25 NAQUELE TEMPO. Isaías profere quatro profecias a cumprirem-se naquele tempo . (1) Os egípcios temeriam Judá ao compreenderem que o castigo deles viera de Deus (vv. 16,17). (2) Depois do sofrimento, cidades do Egito adorariam ao Senhor e lhe edificariam altares (vv. 18,19). (3) Os egípcios cla-mariam a Deus, que lhes enviaria um Salvador, e muitos se voltariam para o Senhor (vv. 20-22). (4) Egito, Assíria e Israel adorariam, todos juntos, ao Senhor (vv. 23-25). Embora aquele tempo não esteja claramente identificado aqui, outros trechos bíblicos sugerem que esta passagem alude aos eventos do tempo do fim, associados ao período da tribulação (cf. Ap 4-19) e ao reino milenar de Cristo (cf. Ap 20).

19.25 O SENHOR DOS EXÉRCITOS OS ABEN-ÇOARÁ... O EGITO... A ASSÍRIA... ISRAEL. Esta predição terá seu cabal cumprimento no fim dos tempos quando, então, todas as nações da terra serão abençoadas (Gn 12.3) durante o reino justo do Messias, Jesus Cristo (cf. 2.2-4; 11.1-10). Um dia, o Deus de Israel será o Deus dos árabes, dos judeus e de todos os demais povos e nações.
 


Isaías cap. 20 - Comentário por versículos.

Profecia simbólica do cativeiro dos egípcios e dos etíopes

20.1 ASDODE. O ataque contra esta cidade dos filisteus ocorreu provavelmente em 711 a.C.

20.2 INDO NU E DESCALÇO. Isaías devia aparecer em público, sem suas vestes externas durante três anos, como uma parábola viva ou sinal daquilo que ia acontecer ao Egito e Cuxe, quando a Assíria os levasse em cativeiro. A mensagem tinha o propósito de advertir Judá para não confiar em aliança com o Egito, e exortá-lo a depender do seu Deus. É possível que Isaías andasse desse modo humilhante apenas numa parte de cada dia. Ver também 2 Sm 6.20 nota; Jo 21.7.

20.3 ISAÍAS... SINAL E PRODÍGIO. Isaías obedeceu a Deus, embora isso lhe custasse vergonha e constrangimento durante três anos. Se o crente obedece a Deus e evita de modo correto os costumes ímpios, ele também às vezes poderá sofrer afronta, constrangimento e humilhação. Retidão de um lado, e perseguição de outro, constantemente andam juntas (ver Mt 5.10 nota).
 


Isaías cap. 21 - Comentário por versículos.

Predição da queda da Babilônia

21.1-10 DO DESERTO DO MAR. Deus dá a Isaías uma segunda visão da queda e destruição de Babilônia, que ficava imediatamente ao norte do golfo Pérsico (ver cap. 13 notas).

21.2 ELÃO. Elão estava localizado a leste do rio Tigre e de Babilônia, tendo a Média e a Assíria ao norte e, ao sul, o golfo Pérsico. Os elamitas estavam aliados ao exército medo-persa quando Babilônia foi conquistada em 539 a.C. A cidade elamita de Susã tornou-se uma importante capital do império persa.

21.9 CAÍDA É BABILÔNIA. Babilônia, a inimiga do povo de Deus, ia cair, e sua confiança nos falsos deuses ia ser malograda. Essa queda ocorreu primeiramente em 689 a.C., quando Senaqueribe destruiu seus ídolos (exceto Bel e Nebo, ver cap. 46). O apóstolo João ouviu palavras idênticas nas suas visões (Ap 14.8; 18.1,2), ao profetizar que a Babilônia dos tempos do fim, símbolo de tudo quanto se opõe a Cristo e ao seu povo neste mundo, seria destruída. Nesse tempo, Cristo completará a restauração do seu povo.

21.11 DUMÁ. Dumá é outro nome para Edom, a terra dos descendentes de Esaú. Edom ficava imediatamente ao sul de Judá e do mar Morto (ver também 34.5-15).

21.13 ARÁBIA. A Arábia dos tempos bíblicos localizava-se entre Edom e Babilônia. Padeceria guerra e derrota às mãos dos invasores, profecia esta que se cumpriu quando os assírios atacaram os árabes em 732 e 725 a.C. (cf. Jr 25.17,24); Senaqueribe também conquistou a Arábia em 688 a.C. e assumiu o título de Rei da Arábia .
 


Isaías cap. 22 - Comentário por versículos.

Quadro profético do cerco de Jerusalém

22.1 O VALE DA VISÃO. Este nome refere-se a Jerusalém ou ao vale junto a Jerusalém, onde Deus revelou-se em visões proféticas. Aqui, Deus repreende os habitantes de Jerusalém pela sua atitude leviana diante de grave perigo e apostasia (vv.1-14).

22.4 CHORAREI AMARGAMENTE. Isaías, um profeta fiel, afligia-se profundamente pela tragédia do seu povo caído e apóstata. O povo de Deus estava sendo destruído, e Isaías sentia dor por causa deles, e de Deus, que fora abandonado. Enquanto outros se entregavam aos prazeres e orgias (vv. 12,13), o profeta compartilhava do pesar de Deus (ver a nota seguinte).

22.12,13 O SENHOR... VOS CONVIDARÁ... AO CHORO. Quando o povo de Deus adapta-se à maneira de viver do mundo e aparta-se da obediência aos retos caminhos de Deus, Ele os chama ao arrependimento, à confissão da sua pobreza espiritual, e à busca da sua face. A vontade de Cristo é que cada igreja examine o seu estado espiritual à luz do NT e seus padrões (cf. Ap 2.3). Assim como Isaías, os profetas de hoje devem conclamar o povo de Deus ao arrependimento, à humilção, às lágrimas,
à oração e ao jejum, e não à superficialidade.

22.15-25 SEBNA. Deus pronuncia juízo contra um oficial corrupto do governo, chamado Sebna, que seria substituído por Eliaquim, um chefe piedoso (cf. v. 20).


Isaías cap. 23 - Comentário por versículos.

A ruína e restauração de Tiro

23.1 TIRO. Tiro era um centro fenício de comércio mundial, situado na orla marítima oriental do mar Mediterrâneo, logo ao norte da Palestina. Seus cidadãos eram ricos, mas também cheios de iniqüidade e de orgulho. Isaías profetizou que Deus abateria aquela cidade durante setenta anos, e depois a restauraria por algum tempo (vv.8,9,17,18). O povo de Deus voltaria, então, a manter comércio com Tiro.

23.13 A TERRA DOS CALDEUS. A terra dos caldeus era a região da qual Babilônia era a capital. Nabucodonosor, um dos seus reis, invadiu Tiro em 572 a.C., aproximadamente, cem anos depois de Isaías ter enunciado esta profecia.

23.17 PROSTITUTA. Tiro se prostituiria com as nações mediante práticas pecaminosas e desonestas no seu comércio, juntamente com coisas imorais, para conseguir riqueza de outras nações.


Isaías cap. 24 - Comentário por versículos.

Predição do castigo dos israelitas e o seu bom efeito. A promessa de livramento e da ruína dos seus inimigos. Cântico de louvor pela misericórdia de Deus.

24.1 27.13 EIS QUE O SENHOR... Estes capítulos tratam dos eventos do fim dos tempos, em linguagem apocalíptica; o tipo de linguagem usada no livro de Apocalipse. Falam do juízo divino sobre o mundo, por causa dos seus pecados, e também das bênçãos que Deus tem preparado para os seus.

24.1 O SENHOR ESVAZIA A TERRA. Este capítulo descreve o julgamento divino vindouro contra a terra inteira e seus habitantes. Ele assolará completamente a maior parte da terra e seus habitantes. Esse período de destruição mundial é chamado a grande tribulação no NT (cf. Mt 24.15-21; 1 Ts 5.1-3; Ap 6. 8, 9; 15, 16; 18, 19). Depois desse juízo em escala mundial, Cristo voltará para reinar sobre os justos da terra (Ap 19 20)

24.5 A TERRA ESTÁ CONTAMINADA. A ira de Deus virá contra o mundo porque a raça humana contaminou a terra com o pecado, a imoralidade e a iniqüidade. No tempo presente, o pecado prevalece, mas nos tempos finais Deus ordena uma calamidade pavorosa e inevitável sobre àqueles que se comprazem na injustiça (ver 1 Ts 5.2 nota; 2 Ts 2.12 nota).

24.6 SERÃO QUEIMADOS OS MORADORES DA TERRA. O salário do pecado é a morte e a destruição (cf. Rm 6.23). A demonstração desta verdade em escala internacional ocorrerá nos tempos do fim, quando, então, todos os que não se arrependerem nem se voltarem para Deus, serão destruídos. A devastação será algo como um incêndio que queima e devora tudo (cf. 1.31; 5.24; 9.18; 10.16,17; 29.6; 30.27; Zc 5.3,4; Ap 19.11-21).

24.14 ESTES ALÇARÃO A SUA VOZ E CANTARÃO. Os santos e fiéis a Deus regozijar-se-ão e o glorificarão quando virem a destruição do presente sistema corrompido de governo em geral. Deleitar-se-ão na derrota do pecado e do mal (ver Ap 18.20, onde os anjos e os crentes são ordenados a regozijar-se no justo juízo de Deus contra o domínio de Satanás e a iniqüidade da raça humana).

24.16 AI DE MIM! Em contraste com o regozijo pela vitória futura contra o mal, Isaías se aflige por causa de todo o pecado e falsidade ao seu redor.

24.17 O TEMOR, E A COVA... SOBRE TI. Jesus ensinou que a única maneira do crente evitar todas essas coisas que hão de acontecer (Lc 21.36) é evitar o pecado na sua vida e perseverar em oração, buscando a graça de Deus (ver Lc 21.34,36
notas).

24.21 VISITARÁ OS EXÉRCITOS DO ALTO NA ALTURA. Isto são poderes satânicos e potestades espirituais do mal, que se opõem a Deus (ver Ef 6.11,12; Ap 20.1-3; ver Ap 12.7-9 nota). No final da história, eles serão encerrados na prisão (ver Ap 20.1-3), julgados e castigados (Ap 20.11-15,20).

24.23 QUANDO O SENHOR DOS EXÉRCITOS REINAR. Depois de suplantados todos os poderes malignos, o reino de Deus virá à terra e o Senhor reinará nela (cf. Ap 20.1-4; 21.1-9). Somente então é que Deus receberá a honra e a glória que lhe são devidas.



Isaías cap. 25 - Comentário por versículos.

25.1-12 LOUVAREI O TEU NOME. Isaías louva ao Senhor pela derrota de todo poder do mal que se opõe ao seu justo propósito e ao seu reino e pelos seus atos de libertador e consolador do seu povo.

25.6 NESTE MONTE. Isaías profetiza a respeito do reino futuro e do livramento que haverá após a volta de Cristo à terra (vv.6-12; cf. Ap 19-21). Este monte refere-se ao monte Sião, ou Jerusalém (cf. 2.1-4; 24.23; Ap 21.1,2); a expressão todos os povos revela o êxito da proclamação do evangelho no mundo inteiro.

25.6 ANIMAIS GORDOS... VINHOS PUROS. O santo banquete a ter lugar no reino de Deus representa as bênçãos maravilhosas que os salvos desfrutarão na sua presença. Puros (hb. shemarim), originalmente, significava conservado ou preservado . Daí, uma festa com vinhos puros pode ser literalmente uma festa com conservas , provavelmente em alusão ao suco de uva preservado e guardado por longo tempo. Note-se Jr 48.11,12, onde Deus compara Moabe com suco deixado na borra e, portanto, conservou o seu sabor, e o seu cheiro não se alterou . Isto significa que as bênçãos de Deus, reservadas durante séculos para os seus santos, permanecem inalteráveis, segundo o propósito original de Deus.

25.8 ANIQUILARÁ A MORTE PARA SEMPRE E... ENXUGARÁ... AS LÁGRIMAS. No reino futuro de Deus, toda a tristeza, desgraça e morte que tanto infelicitam a terra, serão removidas, e nunca mais reaparecerão (ver a expressão desta verdade no NT, em 1 Co 15.54; Ap 21.4). Como um pai amoroso, Deus enxugará toda a lágrima de seus filhos e nunca mais haverá motivo para lágrimas e tristezas. Essas bênçãos gloriosas somente ocorrerão quando Cristo aqui voltar



Isaías cap. 26 - Comentário por versículos.

26.1-21 ESTE CÂNTICO. Convictos de que Deus cumprirá o seu propósito redentor, os santos irrompem em louvor e oração. O cântico deles diz respeito à completa aniquilação por Deus, de todo o mal, e ao estabelecimento do seu reino.

26.3 EM PAZ AQUELE CUJA MENTE ESTÁ FIRME EM TI. À medida que surgem os dias difíceis e tensos do fim da história, Deus conservará em perfeita paz o remanescente que permanecer inabalável e fiel ao seu Senhor. Em tempos de aflição, devemos sempre manter nossa mente fixada no Senhor, em oração, com confiança e esperança. Devemos pôr nEle a nossa confiança, porque Ele é uma rocha eterna (v. 4).

26.8,9 SENHOR, TE ESPERAMOS. Nos últimos dias da história, os justos esperarão com anseio a vinda do seu Senhor. (1) Isaías descreve, aqui, esse anseio pela manifestação da presença de Deus e da sua justiça na terra. (2) Os salvos em Cristo devem orar com desvelo pela volta do Senhor a fim de arrebatá-los da terra e levá-los com Ele para sempre.

26.16-19 DERRAMARAM A SUA ORAÇÃO. Isaías relembra as ocasiões em que Deus repreendeu Israel, e aqueles que permaneciam fiéis, buscavam a Deus em contrita oração. Esses fiéis morreram, mas vão ressurgir dentre os mortos e viver de novo na nova terra.

26.19 OS TEUS MORTOS RESSUSCITARÃO. Esta é uma das declarações de maior peso, do AT, sobre a ressurreição do corpo (cf. Jó 19.26; Sl 16.10; Dn 12.2). Aqueles, que forem fiéis servos de Deus (vv. 2,3), levantar-se-ão da terra e viverão de novo (ver Jo 5.28,29; 1 Co 15.50-53; Fp 3.21).

26.20,21 ENTRA NOS TEUS QUARTOS. Durante a grande tribulação, quando Deus castigar os habitantes da terra (cf. Mq1.3), os que permanecerem fiéis estarão escondidos, esperando no Senhor em oração, até que Ele cumpra os seus propósitos e a redenção final vier.
 


Isaías cap. 27 - Comentário por versículos.

27.1 O LEVIATÃ, A SERPENTE. Esta linguagem figurada simboliza o mal e o mundo pecaminoso em rebelião contra Deus. No final dos tempos, todos os que se opõem a Deus serão destruídos (ver Ap 19.11,12 notas).

27.2-6 UMA VINHA. Esse cântico profético acentua a vontade de Deus em fazer de Israel uma vinha frutífera. Na era milenial, Israel influenciará a terra inteira para buscar a Deus e viver em retidão (v. 6).

27.12,13 SEREIS COLHIDOS. No fim dos tempos, um remanescente judaico aceitará Cristo como o seu Messias e afluirá a Jerusalém a fim de adorar ao Senhor (cf. 11.11-16; ver Mt 23.39 nota; Rm 11.1,26 notas; Ap 12.6 nota).


Isaías cap. 28 - Comentário por versículos.

O anúncio do castigo de Efraim e de Judá por causa da sua impenitência

28.1-29 EFRAIM. Nos caps. 28 33, Isaías volta a profetizar a respeito de Israel (chamado Efraim) e de Judá. Denuncia o seu pecado e apostasia e revela o juízo divino vindouro. Mesmo assim, o juízo não será severo além do necessário, para purificar o povo escolhido de Deus e suscitar um remanescente santo.

28.7 ERRAM POR CAUSA DO VINHO. Isaías descreve a iniqüidade de Israel em termos de conduta reprovável e vergonhosa dos israelitas, como resultado do uso de bebida forte (cf. Am 4.1; 6.1,6). Tanto o povo, quanto os líderes religiosos tinham trocado a verdade e a justiça pela imundície e confusão.

28.11 OUTRA LÍNGUA. Se os israelitas se recusassem a ouvir a Isaías, Deus os forçaria a ouvi-lo através do poderio militar de uma potência estrangeira, e.g., os assírios, que falavam uma língua que os israelitas não entendiam.

28.15 CONCERTO COM A MORTEO povo estava escolhendo sua própria ruína ao adorar falsos deuses (cf. 8.19). Sentiam-se seguros ao pactuar com esses poderes demoníacos (ver o estudo A IDOLATRIA E SEUS MALES). Eles criam que tais poderes os guardaria do mal, quando na realidade, eles estavam fazendo um concerto com a morte

28.16 ASSENTEI EM SIÃO UMA PEDRA. A pedra é o próprio Senhor (cf. 8.14; 17.10; Gn 49.24); a fé exclusivamente nEle outorga esperança de salvação. O NT mostra que o cumprimento final deste versículo acha-se em Jesus Cristo (Rm 9.33; 1 Co 3.11; Ef 2.20; 1 Pe 2.4-6). Deus está edificando, sobre Cristo como o alicerce, um novo povo que deve manter um compromisso com a retidão e a justiça (v. 17; cf. Sl 118.22).


Isaías cap. 29 - Comentário por versículos.

Profecia contra Judá infiel. Promessa de livramento

29.1-4 AI DE ARIEL. Ariel (que significa leão de Deus ) é um nome simbólico de Jerusalém. Os habitantes de Jerusalém se sentiam seguros e continuavam a realizar suas festas religiosas como de costume. Porém, Deus ia tra-zer sobre eles um juízo devastador por causa de seus pecados. Quando o povo de Deus não reconhece sua indigência espiritual e sua necessidade de buscá-lo com arrependimento e oração, Ele, por fim, os removerá do lugar que ocupam no seu reino (ver Ap 2.5 nota).

29.5-8 TEUS INIMIGOS. Um julgamento terrível ia cair sobre Jerusalém, mas não a destruiria totalmente. Deus livraria o seu povo e destruiria os inimigos de Jerusalém. A descrição de Isaías aqui, refere-se provavelmente ao livramento dos habitantes de Jerusalém, quando da sua invasão pelos assírios, sob Senaqueribe (ver 10.5-19). Infelizmente, nem esse milagre divino moveu aquele povo a um profundo arrependimento e obediência de coração. Por isso, um juízo muito pior veio mais tarde,
durante as invasões dos babilônios (605, 597 e 586 a.C.).

29.13 O SEU CORAÇÃO SE AFASTA PARA LONGE DE MIM. O povo de Deus diante dEle orava, adorava, cantava e louvava, mas seus corações não estavam em Deus, nem obedeciam à sua Palavra. Agiam como se a revelação de Deus e seus padrões de santidade não fossem obrigatórios. Ao invés de se deleitarem em Deus e na sua Palavra, levavam o seu tempo em formalidades e tradições religiosas ensinadas por seus dirigentes. Viviam egoisticamente e numa falsa segurança (cf. Jr 4.3,4;

24.7; 31.31-34). Em idêntica condição de perigo destruidor, estão certas igrejas hoje. O povo exalta e louva a Deus com os lábios, mas não lhe tem o mínimo de amor, nem aos seus santos ensinos. Terminado o culto, voltam aos prazeres do pecado e do mundo, para satisfação da carne (ver Mc 7.6,8 notas). O resultado disso é cegueira e engano espirituais (v. 14).

29.17-24 CAMPO FÉRTIL. Nas profecias de Isaías, que tratam de castigo divino sobre Israel, há sempre uma mensagem de esperança pois, em geral, falam da restauração desse povo. Estes versículos falam dos últimos dias desta era, quando os humildes e carentes de Israel se voltarão para Deus (vv. 18,19), enquanto os impenitentes serão destruídos (vv. 20,21). A total restauração de Israel ocorrerá pouco antes da volta de Cristo à terra, para aqui reinar (ver Rm 11.26 nota; Ap 12.6 nota; ver o estudo ISRAEL NO PLANO DIVINO PARA A SALVAÇÃO). A vista dos cegos e a audição dos surdos foram bênçãos da primeira vinda de Cristo para o seu povo, ao passo que sua plena restauração ocorrerá na sua segunda vinda.
 
 


Isaías cap. 30 - Comentário por versículos.

30.1-5 TOMARAM CONSELHO, MAS NÃO DE MIM. Judá fez uma aliança com o Egito para se proteger da Assíria (cf. 2 Rs18.21), e assim rejeitou o conselho de Deus; recusou crer nas suas promessas, e abandonou suas leis de vida santa. Desprezou o Senhor e preferiu a capacidade humana, ao poder do Espírito (ver Zc 4.6 nota).

30.6,7 DO SUL. O sul (hb. Negev) era a área acidentada e perigosa da Palestina meridional, cheia de animais selvagens. As caravanas de Judá tinham que passar por essa região a fim de levarem ao Egito as suas mercadorias e riquezas como tributo. Isaías profetiza que essas viagens ao Egito não lhes seria de nenhum proveito; os egípcios eram incapazes de ajudá-los.

30.10 DIZEI-NOS COISAS APRAZÍVEIS. Os israelitas não suportavam ouvir palavras proféticas que condenavam seu modo de vida pecaminoso. (1) Estavam cansados de ouvir falar de Deus e da vida santa que Ele requer. Queriam ouvir mensagens promissoras, agradáveis e brandas. (2) Paulo declara que nos últimos dias, semelhante condição espiritual prevalecerá entre certos grupos nas igrejas. Esses rejeitam os mensageiros de Deus que proclamam a verdade e, em vez disso, procuram líderes
que pregam o que eles desejam ouvir. Insistirão em mensagens agradáveis e lisonjeiras, que não condenam o pecado e o mundanismo, antes, só falam da segurança desses crentes e do amor de Deus, não importando o que fizerem (ver 2 Tm 4.3,4 nota).

30.15 EM VOS CONVERTERDES... ESTARIA A VOSSA SALVAÇÃO. Judá só poderia salvar-se caso os seus governantes e o povo buscassem a Deus e nEle confiassem. Por não quererem assim fazer, iam ser derrotados e largados como um mastro num monte; i.e., um perfeito exemplo das conseqüências de abandonar a Deus (v.17).

30.18-26 PARA TER MISERICÓRDIA. O Senhor quer ser misericordioso com o seu povo e abençoar todos quantos anseiam por sua presença (ver Sl 42.2 nota). Ele derramará essas bênçãos (vv. 18-26) sobre o remanescente fiel, ao restaurá-lo a uma posição privilegiada ao lado do Messias.

30.25 NO DIA DA GRANDE MATANÇA. O cumprimento remoto dessa profecia pode ser a batalha de Armagedom, quando os ímpios na sua rebelião contra Deus, serão por Ele destruídos (ver Ap 16.16 nota; 19.17 nota).

30.27-33 ARDENDO NA SUA IRA. Esta profecia trata da destruição do exército assírio (v. 31; cf. 37.36).
 


Isaías cap. 31 - Comentário por versículos.

31.1 AI DOS QUE... Isaías pronuncia um ai contra os malfeitores (v. 2), que confiavam mais nos cavalos e carros do Egito do que no Senhor (cf. Dt 17.16). Os crentes atuais devem evitar cometer esse pecado de Judá. Devemos ter fé em Deus, respeitar os seus mandamentos e buscar cada dia sua graça e ajuda em todas as nossas necessidades (cf. Hb 4.16).

31.4-9 O SENHOR... PARA PELEJAR PELO MONTE SIÃO. Deus virá como um leão, lutará contra os assírios como um guerreiro campeão e defenderá Jerusalém (cf. Sl 37.36). Portanto, Isaías exortou os israelitas a lançar fora seus ídolos e se voltarem para Deus com fé.


Isaías cap. 32 - Comentário por versículos.

32.1-8 REINARÁ UM REI COM JUSTIÇA. Nesta profecia temos uma predição do reino mundial de Cristo (cf. 9.7; 11.4; 16.5), caracterizado pela justiça e por seu povo, que viverá de conformidade com a Palavra de Deus.

32.9-14 MULHERES QUE ESTAIS EM REPOUSO. Muitos israelitas sentiam-se à vontade vivendo no pecado, apesar da destruição causada por este, às famílias e à nação. Isaías disse-lhes que, diante desse quadro, eles deveriam bater em seus peitos (v. 12), tremer (v. 11), vestir-se de pano de saco (v. 11), e turbar-se (v. 11) e ao mesmo tempo clamar a Deus até que Ele derramasse sobre eles o Espírito lá do alto (v. 15). Hoje, quando o pecado, Satanás e o mundo se infiltram na igreja,
devemos nos angustiar e clamar a Deus para que Ele restaure a santidade e a plenitude do Espírito na sua casa (vv. 15,16; cf. cap. 35).

32.15-20 ATÉ QUE SE DERRAME SOBRE NÓS O ESPÍRITO. Isaías volta ao tema do reinado justo do Rei (ver vv. 1-8 nota). (1) A justiça e as bênçãos do reino virão pelo derramamento do Espírito sobre o povo do reino, bem como sua operação nos seus corações (cf. 44.3). (2) No tempo presente, as bênçãos da redenção nos são concedidas mediante o Espírito derramado sobre os crentes (cf. Jl 2.28-32; At 1.8 e 2.4 notas). Este derramamento é ainda parcial; o crente espera e ora pela plenitude
da redenção e pleno derramamento do Espírito Santo no final da história.


Isaías cap. 33 - Comentário por versículos.

Os inimigos do povo de Deus serão destruídos. Jerusalém será restaurada à sua glória e felicidade

33.1 AI DE TI DESPOJADOR. A aplicação imediata deste versículo concerne aos assírios; a aplicação remota concerne ao Anticristo e ao próprio Satanás (ver Ap 19.20; 20.10).

33.2-9 SENHOR, TEM MISERICÓRDIA DE NÓS! Essa é a oração do remanescente fiel, a pedir livramento das mãos do inimigo.

33.14-16 QUEM... HABITARÁ COM O FOGO CONSUMIDOR? Isaías descreve aqueles dentre o povo de Deus que suportarão o fogo do seu julgamento. Note que serão somente aqueles que viverem uma vida piedosa, fruto de um coração reto diante de Deus. Tal pessoa: (1) conforma-se com os ditames da lei de Deus; (2) fala com sinceridade, sem engano; (3) rejeita ganhar dinheiro de modo injusto; (4) recusa-se a cometer violência delituosa; e (5) recusa-se a olhar com prazer a iniqüidade ou,
alegrar-se nas más ações dos outros.

33.17-24 O REI. Esta é provavelmente uma profecia, a respeito do futuro reino de Deus na terra. É evidente que o monarca reinante será o Messias Jesus Cristo.
 


Isaías cap. 34 - Comentário por versículos.

34.2-7 TODAS AS NAÇÕES... AS DESTRUIU TOTALMENTE. Estes versículos retratam o juízo terrível que cairá sobre todas as nações no fim dos tempos. Enfatizam a ira de Deus contra todo o pecado e rebelião (ver Ap 16.16 nota; 19.17 nota); esse julgamento abrangerá distúrbios nos céus (v. 4; cf. Mt 24.29; Ap 6.13,14) e está ligado à volta de Cristo para estabelecer o seu reino na terra (Ap 19; 20). No tempo atual, as nações podem ridicularizar e rejeitar os caminhos de Deus, mas, num tempo
futuro, que somente Deus conhece, grande tribulação e julgamento farão tremer as nações.

34.8-17 ANO DE RETRIBUIÇÕES. Embora o contexto seja o de uma destruição futura de Edom, inimigo de Deus e do seu povo (cf. 2 Sm 8.13,14; Sl 137.7; Lm 4.21), Isaías profetiza um juízo vindouro sobre todos os ímpios, i.e., todos aqueles que são hostis a Deus e à sua Palavra.
 


Isaías cap. 35 - Comentário por versículos.

A grandeza e glória do Reino do Messias

35.1 O ERMO EXULTARÁ. Enquanto o capítulo anterior lidou com juízo divino sobre os ímpios, este capítulo prediz um dia de redenção divina, quando a terra se encherá de retidão e manifestará a glória de Deus, com grande regozijo do seu povo. Este capítulo tem aplicação diversa, a partir da primeira vinda de Jesus Cristo, e culminando com a sua segunda vinda (ver Ap 19.22).

35.4 O VOSSO DEUS VIRÁ COM VINGANÇA. Deus virá, um dia, para retribuir ao mundo a sua iniqüidade e para recompensar os justos com sua grande salvação (cf. 2 Ts 1.6-10). Nesse tempo, os redimidos estarão completamente livres do pecado e todas as suas conseqüências.

35.5,6 OS OLHOS DOS CEGOS SERÃO ABERTOS. Jesus Cristo refere-se a estes versículos como evidência do seu messiado (Mt 11.4,5; Lc 7.22). Quando a igreja de Jesus Cristo realmente tem o poder do Espírito Santo para realizar as obras... maiores (Jo 14.12), os sinais e maravilhas de Is 35 voltarão a ocorrer, como durante o período do livro de Atos.

35.8-10 O CAMINHO SANTO. Sempre que o Espírito é do alto derramado sobre o povo (32.15), sobrevém uma revelação poderosa da glória e majestade de Deus (v. 2); então, o caminho da santidade se torna claro. Todos os redimidos passam então, a andar em completa santidade (v.10).
 


Isaías cap. 36 - Comentário por versículos.

Senaqueribe cerca Jerusalém. A oração de Ezequias. O exército dos assírios é destruído

36.1 O REI EZEQUIAS. Nos capítulos 36 39 (que formam um paralelo com 2 Rs 18.20), Isaías passa da profecia para a história do rei Ezequias. Ezequias foi um piedoso rei de Judá, que confiava no Senhor e o servia (ver 2 Rs 18.5 nota). O ano décimo-quarto do seu reinado foi 701 a.C., ocasião em que Senaqueribe, rei da Assíria, invadiu Judá com o intento de tomar Jerusalém.

36.4-10 E RABSAQUÉ LHES DISSE. O comandante do exército de Senaqueribe procurou destruir a confiança que o povo tinha no Senhor, pela intimidação, mentira e a argumentação de que o Deus de Judá não era bastante forte para livrar os seus (cf. 2 Rs 19.6-13).

36.20 O SENHOR LIVRASSE A JERUSALÉM DAS MINHAS MÃOS? Rabsaqué sugeriu, em tom de zombaria, que o Deus de Judá não era bastante poderoso para livrar Jerusalém do exército assírio. Deu a entender que para isso era preciso um milagre, e que naquele momento não deveriam esperar isso. Satanás ainda emprega táticas semelhantes contra os filhos de Deus; ele lhes diz que quando estão em grande necessidade, não devem esperar nem buscar um milagre da parte de Deus. Note-se, no entanto, que Deus operou um milagre em favor de Judá, e abateu Rabsaqué e o seu exército (37.36-38).
 


Isaías cap. 37 - Comentário por versículos.

37.1 EZEQUIAS... ENTROU NA CASA DO SENHOR. A intimidação e as acusações de Rabsaqué não mereciam uma resposta (36.21), mas mereciam uma intercessão sincera. Ezequias, um homem de Deus, buscou a Deus em oração humilde e contrita, e procurou conhecer a sua palavra através da boca de Isaías, o profeta (v. 2; ver 2 Rs 19.1 nota). Em tempos de aflição, a melhor coisa que podemos fazer é buscar a face do Senhor Deus e rogar que Ele nos fale por sua Palavra escrita ou profética.

37.7 EIS QUE POREI NELE UM ESPÍRITO. O conteúdo deste versículo refere-se a uma voz interior, enviada por Deus para influenciar a conduta e os pensamentos da pessoa. Quanto à predição a respeito do rei da Assíria cair morto à espada, ver versículos 37,38.

37.10 O TEU DEUS. Senaqueribe procurou, de todas as maneiras, destruir a confiança que Ezequias tinha no Senhor. O rei assírio, na sua arrogância, acreditava que seu poder como rei ultrapassava o do Deus de Judá ou o de qualquer outro deus.

37.14-20 E OROU EZEQUIAS. Ver 2 Rs 19.15 nota.

37.20 PARA QUE TODOS OS REINOS DA TERRA CONHEÇAM QUE SÓ TU ÉS O SENHOR. Ver 2 Rs 19.19.

37.36 O ANJO DO SENHOR. Esta destruição do exército assírio foi predita em 10.3-34; 30.31; 31.8 (ver 2 Rs 19.35, nota sobre esse livramento milagroso do povo de Deus).
 


Isaías cap. 38 - Comentário por versículos.

A doença de Ezequias e a sua cura maravilhosa

38.1 MORRERÁS. Por intermédio de Isaías, Deus predisse que Ezequias morreria como uma inevitável conseqüência física da sua enfermidade. Boa parte das profecias, no entanto, é condicional (e.g., ver Jr 18.7-10). Nos atos de Deus não há engano (Hb 6.18), mas Ele pode mudar seus planos como resultado da nossa maneira de acatar a sua mensagem,. A mensagem de Deus a Ezequias era uma declaração direta e inequívoca que expressava uma possibilidade. Mas, porque Ezequias correspondeu com oração sincera e com confiança na capacidade de Deus, para curar sua doença física, Ele atendeu por misericórdia a sua oração e acrescentou quinze anos à sua vida.

38.5 OUVI A TUA ORAÇÃO. A declaração de Deus no sentido de Ezequias preparar-se para a morte, e a oração que este fez a Deus, (v. 2) oferece sugestões importantes em nosso relacionamento com Ele. (1) Nem todas as coisas que Deus declara a respeito do futuro são terminantemente irrevogáveis (cf. Jn 3.1-10). Quando o crente é atingido por alguma tragédia, pode ter a certeza plena de que Deus se importa com o que lhe acontece. Ele é compassivo e sensível ao que nos acontece. (2) As orações do crente têm um efeito sobre Deus, sobre seus propósitos, e na realização do seu plano soberano. O que acontece, pois, na nossa vida ou na vida da igreja é determinado tanto pelo plano de Deus como pelas nossas orações. Devemos sempre manter a convicção bíblica de que a oração, realmente, muda as coisas (vv. 4-7; cf. 1 Rs 21.29; Ez 33.13-16; Tg 5.14,15).

38.8 ASSIM, RECUOU O SOL DEZ GRAUS. Não se sabe exatamente como a sombra recuou dez graus no relógio de sol; o que está claro é que assim aconteceu, mediante a palavra poderosa de Deus como um sinal profético a Ezequias, de que Deus ouvira a sua oração e visto as suas lágrimas, e de que Ele o curaria.
 


Isaías cap. 39 - Comentário por versículos.

Os embaixadores da Babilônia enviados a Jerusalém. O orgulho de Ezequias

39.1 REI DA BABILÔNIA. Nessa ocasião, Babilônia estava tentando libertar-se do domínio da Assíria. Portanto, essa visita do rei de Babilônia a Jerusalém era claramente uma tentativa de obter uma aliança política com Judá. Ezequias, pela sua atitude diante do presente enviado e das lisonjas da delegação, demonstrou estulta presunção e falta de fé em Deus. Isaías lhe disse depois, que os babilônios um dia iriam destruir Jerusalém (v. 6). Devemos lembrar-nos de que tudo aquilo em que confiamos, quando devíamos confiar em Deus, um dia se voltará contra nós e nos atingirá.

39.6 SERÁ LEVADO PARA A BABILÔNIA. Quando os babilônios conquistassem Jerusalém, levariam o seu povo e os seus tesouros para Babilônia (cf. 14.3,4). Afinal, a causa do cativeiro babilônico não foi a estultície de Ezequias em mostrar os tesouros do templo, mas os pecados do povo, e especialmente os do filho de Ezequias, Manassés (cf. 2 Rs 21). Depois da morte de Ezequias, a nação reconstruiu mais uma vez os centros de idolatria (ver 2 Cr 33.11; 36.18, para o cumprimento da profecia).
 



Isaías cap. 40 - Comentário por versículos.

O livramento prometido ao povo de Israel

40.1 CONSOLAI O MEU POVO. Isaías consola o povo de Deus ao profetizar a uma geração futura, as boas novas de que o período de castigo divino estava para terminar, e que a salvação e a bênção estavam chegando. Uma pessoa que está enfrentando grande dificuldade na vida, mas tem Cristo como o seu Salvador, pode orar a Deus para que o livre do problema, ou para que o assista durante o problema. Consolar-nos é uma tarefa do Deus trino e uno: Deus Pai é chamado o Deus de
toda consolação (2 Co 1.3); consolar todos os tristes é uma característica do ministério do Filho de Deus (Is 61.2); e o Espírito Santo é chamado o Consolador (Jo 14.16,26; 15.26; 16.7).

40.3-8 VOZ DO QUE CLAMA NO DESERTO. Estes versículos, assim como boa parte das profecias de Isaías, têm mais de uma aplicação: (1) à restauração dos judeus exilados; (2) à vinda do Messias e da sua salvação, e (3) à consumação da redenção, no novo céu e na nova terra. O NT mostra que o versículo 3 cumpriu-se em João Batista precursor do Messias (Mt 3.1-4; Mc 1.1-4; Lc 1.76-78; Jo 1.23). João ensinou que a maneira de preparar-se para a vinda do Senhor é através do arrependimento (Mt 3.1-8).

40.5 E A GLÓRIA DO SENHOR SE MANIFESTARÁ. Israel veria a glória do Senhor quando Ele o livrasse do cativeiro babilônico. Mas Deus revelaria a sua glória e poder de um modo ainda mais grandioso na pessoa de Jesus Cristo (Jo 1.14; 11.4,40; Hb 1.3) e na segunda vinda de Cristo, do céu (Mt 16.27; 24.30; Ap 1.7).

40.8 A PALAVRA DE NOSSO DEUS SUBSISTE ETERNAMENTE. A vida criada é frágil e débil, e acabará se extinguindo (cf.37.27; Sl 90.5; 103.15), mas a Palavra de Deus dura para sempre. As promessas de Deus se cumprirão. Sua verdade redentora não pode falhar nem mudar.

40.10 O SENHOR JEOVÁ VIRÁ COMO O FORTE. A salvação, bênção e consolo estão relacionados com a vinda do Senhor para os seus fiéis. Ele virá com poder e autoridade, todavia a sua presença é como a de um pastor que cuida dos seus cordeirinhos com solicitude (v. 11; cf. Gn 49.24; Ez 34.23; 37.24; Jo 10.11,14; Hb 13.20; 1 Pe 5.4). Essa verdade deve encher de fé, esperança e anelo o povo de Deus, em oração pela sua presença e visitação especial, enquanto aguarda o dia da segunda vinda de Cristo (1 Ts 4.14-18).

40.11 ENTRE OS BRAÇOS, RECOLHERÁ OS CORDEIRINHOS. Deus é descrito, aqui, como um pastor que toma um cordeiro para protegê-lo e pô-lo perto do seu coração (cf. Mt 6.25-34). Embora Deus seja Todo-poderoso (v. 10) e as nações sejam como pó diante dEle (v. 15), Ele não deixa de cuidar de cada um dos seus, de modo bem pessoal. Nunca devemos pensar que Deus é tão majestoso que desconhece as necessidades e problemas de cada crente em particular.

40.12-31 QUEM MEDIU. Estes versículos ressaltam a sabedoria, grandeza, majestade e poder criador de Deus. As verdades, aqui, expressam e inspiram o povo de Deus a confiar nEle. Deus tem poder para libertar os seus e estabelecer o seu reino para sempre

40.31 OS QUE ESPERAM NO SENHOR RENOVARÃO AS SUAS FORÇAS. Esperar no Senhor é confiar nossa vida plenamente às suas mãos. Significa depender dEle como nossa fonte de ajuda e de graça, em tempo de necessidade (cf. Sl 25.3-5; 27.14; Lc 2.25,38). Os que esperam no Senhor têm dEle as seguintes promessas: (1) a força divina para vivificá-los no meio do cansaço e da fraqueza, do sofrimento e das provações; (2) a capacidade de elevar-se acima das suas dificuldades, assim como a águia que paira nas alturas do céu e (3) a capacidade de correr espiritualmente sem se cansar e de caminhar firmemente para a frente sem desfalecer, quando parece que Deus demora em agir. Deus promete que se o seu povo confiar nEle com paciência, Ele proverá todo o necessário ao seu sustento continuamente (1 Pe 1.5).
 


Isaías cap. 41 - Comentário por versículos.

JEOVÁ é o único Deus. Israel deve ter confiança unicamente nele

41.1 CHEGUEMO-NOS JUNTOS A JUÍZO. Este capítulo contém um desafio às nações, a demonstrarem que têm o mesmo poder, sabedoria e presciência que o Deus de Israel.

41.2 DO ORIENTE O JUSTO. Trata-se aqui de Ciro, o persa. Mais de 150 anos antes do seu nascimento, Isaías predisse que Deus suscitaria um homem para cumprir a sua vontade, ao conquistar nações e proteger Israel. Esse homem foi Ciro, rei da Pérsia (559-530 a.C.; ver 44.28; 45.1), aquele que libertou os judeus do seu exílio na Babilônia. É chamado justo, não porque ele mesmo era justo, mas porque cumpriria o plano justo de Deus para a libertação de nações.

41.6 UM AO OUTRO AJUDOU. Alianças entre as nações não impediriam o avanço de Ciro como o instrumento executor do propósito divino.

41.8 ISRAEL... A QUEM ELEGI. Israel não deve temer a destruição, porque Deus elegeu ou escolheu essa nação como seu instrumento para cumprir a promessa da redenção que Ele fizera aos antepassados dos israelitas. Através da nação de Israel viriam, tanto o Messias como a revelação escrita de Deus, por meio dos quais a salvação chegaria a todas as nações da terra.

41.10,11 EU SOU CONTIGO. Os crentes do NT também foram feitos servos escolhidos de Deus (Ef 1.3-12; 1 Pe 2.9). Podemos, portanto, apropriar-nos das promessas destes versículos. Não devemos temer a força humana, pois Deus está conosco (cf. 40.9; 43.2,5; Gn 15.1; At 18.9,10) para: (1) outorgar graça e força para enfrentarmos as circunstâncias da vida; (2) ajudar-nos nas dificuldades, como a nossa paz e (3) suster-nos e ser nosso amparo.

41.21-24 APRESENTAI A VOSSA DEMANDA. Deus desafia as nações a predizerem o futuro por meio dos seus ídolos, como Isaías o fez com precisão, através do Espírito do Senhor.

41.25 UM DO NORTE. Esta frase descreve Ciro (ver v. 2 nota). O Norte é a direção de onde geralmente as invasões investiam contra Israel (cf. Jr 1.14; 6.22; 25.9; 46.20; 47.2; 50.3). Embora Ciro não fosse um servo do Senhor, mas ele usou o nome do Senhor no seu decreto que autorizou a volta dos exilados judeus à terra prometida (Ed 1.2).
 


Isaías cap. 42 - Comentário por versículos.

O Servo do SENHOR

42.1-7 EIS AQUI O MEU SERVO. Estes versículos, são, em parte, citados no NT (ver Mt 12.18-21); fica claro que este Servo a quem se refere aqui o profeta é Jesus Cristo, o Messias.

42.1 PUS O MEU ESPÍRITO SOBRE ELE. O Messias seria ungido com o Espírito Santo, para realizar a sua obra redentora (cf. 61.1; ver o estudo JESUS E O ESPÍRITO SANTO). Os discípulos, que iam cuidar da obra que Jesus iniciara, também iam precisar do Espírito Santo derramado sobre eles (At 1.8; 2.4). Somente o Espírito pode capacitar o crente a servir com a devida sabedoria, revelação e poder

42.1 JUÍZO PRODUZIRÁ ENTRE OS GENTIOS. Mediante o poder do Espírito Santo, o Messias levaria a todas as nações os padrões da justiça divina, bem como os divinos princípios da verdade. Sua obra, portanto, era de natureza missionária. Hoje, essa mesma tarefa é responsabilidade daqueles que professam o nome de Cristo. Ele batiza no Espírito Santo os seus seguidores, para capacitá-los a cumprir essa missão (ver At 1.8 nota).

42.6 LUZ DOS GENTIOS. A obra do Messias incluía o concerto da salvação, para judeus e gentios igualmente. Esse novo concerto seria instituído pela morte do Messias (Jr 31.31-34; Hb 8.6-13; 9.15.

42.7 PARA ABRIR OS OLHOS DOS CEGOS. O Messias, mediante a sua morte e o poder do Espírito Santo, libertaria das trevas do pecado e da culpa, todos os que nEle crêssem (ver Rm 5.12 nota) e os livraria do poder de Satanás (cf. 1 Jo 3.8).

42.10-16 CANTAI AO SENHOR. Isaías prediz um tempo em que gentios e judeus crentes cantarão os louvores do Senhor até os confins da terra, por causa da gloriosa redenção e vitória que nEle alcançaram.

42.18-25 SURDOS... CEGOS. Por causa da cegueira e surdez espirituais, o povo de Deus estava sendo espoliado por seus inimigos, e não havia ninguém para livrá-lo.
 



Isaías cap. 43 - Comentário por versículos.

Só Deus resgata Israel

43.1-28 MAS, AGORA... NÃO TEMAS. Este capítulo é uma profecia da libertação de Israel, do cativeiro babilônico, por causa do amor de Deus ao seu povo.

43.1-7 ASSIM DIZ O SENHOR. Nesta seção, Deus expressa seu amor a Israel e as bênçãos advindas desse amor. Todas as bênçãos, aqui mencionadas, pertencem principalmente aos filhos de Deus, mediante a fé em Cristo. Deus nos criou e nos redimiu; pertencemos a Ele, e Ele conhece cada um de nós pelo nome (v. 1). Diante de problemas difíceis, não seremos vencidos, pois Ele está conosco (vv. 2,5). Somos preciosos e honrados à sua vista, e objetos do seu grande amor (v. 4).

43.8-13 TRAZEI O POVO CEGO. Embora Israel ainda fosse espiritualmente cego, Deus reservava um futuro para ele, no seu plano de redenção; ainda seriam suas testemunhas e seus servos.

43.14-21 BABILÔNIA. Deus julgaria os babilônios e livraria o seu povo. Eles receberiam uma coisa nova (v. 19), i.e., uma nova época de perdão, bênção, restauração e da presença de Deus. Por isso, louvariam ao seu Deus (v. 21).

43.22-28 CONTUDO, TU NÃO ME INVOCASTE A MIM. Nesta época, em que Isaías escreveu, Judá ainda não buscava a Deus, seu perdão e ajuda; o povo continuava no lamaçal do pecado (v. 24). Caso eles não se arrependessem, seu final seria a miséria e o escárnio (v. 28).
 


Isaías cap. 44 - Comentário por versículos.

A soberania de Deus. A vaidade dos ídolos

44.3 DERRAMAREI O MEU ESPÍRITO SOBRE A TUA POSTERIDADE. Embora Israel fosse, em grande parte, uma nação desviada de Deus, no tempo de Isaías, este profetizou que, um dia, o Espírito Santo seria derramado sobre uma sua geração futura (cf. 32.15; Jr 31.33,34; Ez 36.26,27; 39.29; Zc 12.10 13.1). Essa profecia teve seu cumprimento parcial no dia do Pentecoste (cf. Jl 2.25-29; At 2.17,18; ver At 1.8 e 2.4 notas). Seu pleno cumprimento para Israel terá lugar quando os israelitas aceitarem Cristo como o seu Messias (ver Rm 11.25,26 notas).

44.5 EU SOU DO SENHOR. Um resultado maravilhoso do derramamento do Espírito sobre nós é o seu testemunho em nosso interior, de que pertencemos ao Senhor e que Ele é nosso Pai celestial. O Espírito gera em nós a convicção de que pertencemos a Deus e que temos todos os direitos e privilégios como seus filhos (ver Rm 8.16 nota; Gl 4.6 nota).

44.6-20 ASSIM DIZ O SENHOR. Deus expõe o desvario do homem ao fazer um ídolo de material comum, para em seguida dirigir-lhe oração, pedindo ajuda (vv.12,17). Ainda hoje, muita gente faz estátuas e ídolos, e se curva diante deles em oração e adoração, esperançosos que o espírito representado pelo ídolo os ajude e proteja (v.17).

44.28 CIRO... TEMPLO. Isaías identifica Ciro pelo nome, como aquele que daria início à libertação dos judeus do cativeiro (v.28). Essa profecia foi enunciada 150 anos antes do seu cumprimento. Em 538 a.C., Ciro expediu um decreto autorizando os judeus a voltarem para Jerusalém e reedificarem a sua cidade e o seu templo (Ed 1.1,2). Deus determinou de tal maneira os eventos do nascimento e da vida de Ciro, que os planos e os propósitos divinos cumpriram-se ao pé da letra (ver 41.2 nota).
 


Isaías cap. 45 - Comentário por versículos.

45.1 UNGIDO... CIRO. Embora não fosse um servo de Deus (vv. 4,5), Ciro é chamado o ungido , o mesmo título que Deus deu a seu Filho (o Messias, ou Cristo). Ciro (550-530 a.C.), foi ungido no sentido que foi usado por Deus a fim de realizar a tarefa importante de libertar Israel do cativeiro, a fim de Deus levar avante o seu plano de usar Israel na salvação da raça humana. Ciro fundou o império Persa, que durou dois séculos. Conquistou a Babilônia em 539 a.C., e logo permitiu aos judeus voltarem
à sua terra (ver Ed 1).

45.14-17 DEVERAS DEUS ESTÁ EM TI. Virá o dia em que todas as nações reconhecerão que o Deus de Israel é o único Deus, e em que Israel nunca mais será envergonhado (ver Ap 20.4 nota).

45.22 SEREIS SALVOS, VÓS, TODOS OS TERMOS DA TERRA. Deus convida todas as pessoas da terra a se arrependerem e virem a Ele para serem salvas. O evangelho de Cristo contém o mesmo convite, e o Senhor já ordenou que sua igreja leve essas boas novas ao mundo inteiro (Mt 28.19,20; At 1.8; ver Is 42.1 nota). O Senhor deseja a conversão de todas as pessoas (2 Pe 3.9).

45.23 SE DOBRARÁ TODO JOELHO. Paulo cita este versículo em Rm 14.11 e Fp 2.10,11, para demonstrar que nem toda pessoa se voltará para Deus, com arrependimento sincero, nesta vida; mas um dia todas as pessoas, voluntariamente ou não, se curvarão diante de Cristo e confessarão que Ele é o Senhor.
 


Isaías cap. 46 - Comentário por versículos.

A queda dos ídolos da Babilônia

46.1 BEL, NEBO. Bel, também chamado Marduque, era a divindade maior de Babilônia. Nebo era o deus do saber, da literatura e da astronomia. Esses deuses não podiam evitar a destruição de Babilônia.

46.4 EU VOS TRAREI. Em contraste com os deuses feitos por mãos humanas (44.12-17) que precisam ser carregados por aqueles que os fabricam (v. 1), o Senhor, nosso Criador, tem poder para nos levar. Ele cuidou de nós desde o começo da nossa vida, continua a agir em nosso favor e nos sustentará até o fim.
 


Isaías cap. 47 - Comentário por versículos.

A queda de Babilônia

47.1-15 Ó VIRGEM FILHA DE BABILÔNIA. Este capítulo prediz a ruína e a queda de Babilônia. Babilônia desenvolveu uma cultura pagã, egocêntrica e orgulhosa (vv. 8-10); seus habitantes viviam em prazeres sensuais e confiantes na sua própria sabedoria e conhecimento, e na magia (vv. 10,12,13). Tal povo estava destinado a um juízo repentino e arrasador (vv. 9,11). Nos últimos dias da tribulação, Babilônia, representando todas as culturas pagãs e humanistas do mundo incrédulo, será
aniquilada por Deus, na sua ira (ver Ap 17.1 notas; 18.2 nota).
 


Isaías cap. 48 - Comentário por versículos.

Arrazoamento, admoestações e promessas de Deus para com Israel

48.1-22 MAS NÃO EM VERDADE NEM EM JUSTIÇA. Este capítulo revela que Judá era um povo que parecia seguir a Deus e invocar o seu nome, mas que, na realidade, rejeitava as verdades da sua Palavra e um viver santo diante dEle. Praticavam religião, mas não davam o primeiro lugar a Deus nas suas vidas (ver Mt 23.13, nota sobre a hipocrisia; 2 Tm 3.5 nota).

48.5 ANUNCIEI DESDE ENTÃO. Através dos profetas, Deus predisse o cativeiro de Israel e sua posterior libertação, e assim comprovou que Ele é o único Deus verdadeiro. Nenhum adorador de ídolos ou de demônios pode predizer com precisão o futuro, nem predizer de antemão eventos específicos, como faz o Deus de Israel.
48.6 COISAS NOVAS. As coisas novas incluem o Messias vindouro e os novos céus e a nova terra (cap. 53; 65.17).

48.12-15 DÁ-ME OUVIDOS, Ó JACÓ. Esta profecia volta a aludir a Ciro como o instrumento escolhido de Deus para subjugar Babilônia (ver 41.2 nota; 45.1 nota).

48.16 O SENHOR JEOVÁ ME ENVIOU O SEU ESPÍRITO. Este versículo refere-se ao Messias vindouro, revestido do poder do Espírito Santo (cf. 61.1).

48.20 SAÍ DA BABILÔNIA. Esta declaração teve grande importância para os judeus, no final do seu cativeiro de setenta anos em Babilônia (539 a.C.), quando se preparavam para deixar aquele país e voltar a Judá, segundo o decreto de Ciro (cf. Ap.18.4).
 


Isaías cap. 49 - Comentário por versículos.

O Servo do SENHOR é a luz dos gentios

49.1 O SENHOR ME CHAMOU. A missão messiânica de Jesus Cristo é ilustrada nas palavras desde o ventre , i.e., o ventre da virgem Maria (ver Lc 1.31-33).

49.2 ESPADA... FLECHA. As palavras do Messias vindouro seriam como uma espada afiada que penetra na consciência de todo aquele que as ouvir (cf. Ap 1.16; 2.12,16). A flecha pode simbolizar o castigo divino daqueles que rejeitam a Palavra de Deus.

49.3 MEU SERVO, E ISRAEL. Esta designação não pode ser limitada à nação de Israel, posto que a tarefa do servo era a de trazer Jacó (i.e., Israel) de volta a Deus (v. 5). O Filho-Servo de Deus, Jesus, personificou em si mesmo o Israel ideal, e cumpriu tudo quanto Deus requerera de Israel como nação.

49.4 DEBALDE TENHO TRABALHADO. O ministério dos profetas como servos de Deus estava cheio de desilusões e oposição declarada da parte de muitos em Israel. Semelhantemente, a missão do próprio Servo, Jesus Cristo, parecia ter fracassado quando Ele morreu na cruz (ver 50.6-9; 52.13 53.12, para mais pormenores do sofrimento do Servo de Deus).

49.5,6 QUE EU LHE TORNE A TRAZER JACÓ. Esta profecia descreve dois aspectos importantes da missão de Jesus: (1) trazer Israel de volta a Deus i.e., os judeus convertidos da igreja do NT e da época presente, bem como o remanescente de Israel a ser restaurado nos dias finais; e (2) levar a luz divina e a mensagem da salvação a todas as nações (ver a nota seguinte).

49.6 A MINHA SALVAÇÃO ATÉ À EXTREMIDADE DA TERRA. A missão do Messias é fazer com que todas as nações ouçam o evangelho e tenham a oportunidade de crer no Filho-Servo de Deus. Este versículo é, às vezes, chamado a grande comissão do Antigo Testamento . Essa comissão não será cumprida até que o evangelho seja devidamente pregado ao mundo inteiro. Quando isso acontecer, então virá o fim (ver Mt 24.14 nota). A tarefa dos crentes do NT é pregar fielmente o evangelho e levá-lo a todas as nações até que volte o Senhor.

49.7 À ALMA DESPREZADA... ABOMINAM. Cristo seria desprezado e odiado por muitos (cf. 53.3), porém os seus inimigos se curvariam diante dEle.

49.8-13 ASSIM DIZ O SENHOR. Estes versículos descrevem a condição de regozijo e bem-aventurança daqueles que acham em Cristo libertação e salvação.

49.14-17 JÁ ME DESAMPAROU O SENHOR. Estas são palavras dos israelitas, que experimentaram grande sofrimento e, por isso, se sentiam abandonados e esquecidos por Deus. A resposta de Deus é a garantia divina a todo crente que passar por períodos de provação. (1) O amor de Deus por nós é maior do que a afeição natural que uma mãe amorosa dedica a seus filhos. É, portanto, inconcebível que Ele se esqueça de nós, principalmente em horas de desânimo e pesar (cf. Jr 31.20). (2) Sua compaixão por nós nunca cessará, sejam quais forem as circunstâncias da nossa vida. Ele zela por nós com grande amor e ternura, e estejamos convictos de que Ele nunca nos deixará. (3) A evidência do grande amor de Deus é que Ele nos gravou nas palmas das suas mãos, de tal maneira que nunca nos esquecerá. As marcas dos cravos nas suas mãos, estão sempre diante dos seus olhos como lembrança do grande amor que Ele tem por nós, e do seu cuidado.

49.22-26 AS NAÇÕES... TRARÃO OS TEUS FILHOS. Estes versículos predizem uma época em que Israel seria restaurado a Deus, e os gentios, convertidos. Os gentios iriam conduzir uma geração futura de judeus de volta ao Senhor (cf. 14.2; 43.6; 60.9.
 


Isaías cap. 50 - Comentário por versículos.

O Servo do SENHOR ultrajado e socorrido

50.4-11 O SENHOR JEOVÁ ME DEU. Mescladas às próprias experiências e exortações do profeta, há nestes versículos palavras proféticas sobre o caráter e sofrimento do Messias.

50.4 DIZER... UMA BOA PALAVRA AO QUE ESTÁ CANSADO. O Messias consolaria os fracos e os aflitos (cf. 42.3; Mt 11.28); Ele estaria em comunhão com o Pai todas as manhãs (cf. Mc 1.35).

50.6 AS COSTAS DOU AOS QUE ME FEREM. O Messias passaria por sofrimentos, humilhação e opróbrio, no cumprimento da sua missão de redimir a raça humana (cf. Mt 27.26,30; Mc 14.65; 15.16-20; Jo 19.1).

50.7 PUS O ROSTO COMO UM SEIXO. Cristo sabia que o seu sofrimento e morte resultariam na redenção de todos quantos nEle cressem, por isso manifestou o firme propósito de ir a Jerusalém (Lc 9.51 ARA).

50.10,11 QUE TEMA AO SENHOR. O profeta Isaías convoca os que confiam no Senhor a permanecerem fiéis a Ele, mesmo tendo que andar nas trevas da apostasia da nação. Os que acendem fogo (v.11), i.e., andam na luz das suas próprias idéias e caminhos, e não pela submissão a Deus e à revelação da sua Palavra, jazerão em tormentos (v.11).
 


Isaías cap. 51 - Comentário por versículos.

A restauração e salvação de Israel

51.1-3 VÓS, QUE SEGUIS A JUSTIÇA. Deus anima o remanescente que o busca e à sua justiça (cf. Mt 5.6), a confiar plenamente que um dia Ele estabelecerá o seu reino na terra. Esta promessa é repetida no NT (Ap 11.15; 19 22). Embora o pecado e Satanás, no momento predominem em muita coisa neste mundo (Jo 12.31; Ef 2.1-3), o Senhor voltará para destruir o mal e estabelecer o seu reino nesta terra.

51.4,5 LUZ DOS POVOS. O reino de Deus na terra, nos fins dos tempos, trará salvação e justiça a todas as nações (cf. 2.2-4; 42.4).

51.6 OS CÉUS DESAPARECERÃO. O estabelecimento do reino eterno de Deus na terra, importará na destruição dos céus e da terra atualmente existentes e também na de todos quantos se opõem a Deus e à sua justiça (24.4; 34.4; 50.9; Hb 1.10,11; Ap 19). A seguir, nosso Senhor criará novos céus e nova terra para os santos (65.17; 66.22; Ap 21.1), onde Ele habitará para sempre com aqueles a quem Ele redimiu (2 Pe 3.13).

51.9-11 DESPERTA... Ó BRAÇO DO SENHOR. Devemos corresponder às promessas de Deus no tocante à redenção final dos seus santos e da terra, almejando e orando fervorosamente para que assim suceda. O apóstolo Pedro ensina que nossas orações poderão apressar aquele dia: Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça (2 Pe 3.13; ver 3.12 nota).

51.17-23 Ó JERUSALÉM. Nestes versículos, Isaías profetiza a respeito do exílio de Israel por causa da ira de Deus, e passa a enunciar a promessa divina do livramento futuro. Prediz um tempo em que terminará o juízo de Deus sobre o seu povo. Deus passará, então, a julgar aqueles que os afligiram.
 


Isaías cap. 52 - Comentário por versículos.

52.1-6 VESTE-TE DA TUA FORTALEZA. Isaías prediz um tempo em que Deus restauraria o seu povo exilado, por amor ao seu nome, e em que Jerusalém seria reedificada.

52.7 QUÃO SUAVES SÃO... OS PÉS. Este versículo refere-se primeiramente aos que proclamaram a libertação aos cativos em Babilônia. Prenuncia, também, a proclamação da salvação através do Messias vindouro (ver Rm 10.15; Ef 6.15). O assunto central da mensagem proclamada é: O teu Deus reina , i.e., o reino de Deus chegou à terra (cf. Mc 1.14,15.

52.11 SAÍ DAÍ, NÃO TOQUEIS COISA IMUNDA. O êxodo de Babilônia, assim como o do Egito, retratavam o ser humano liberto do mundo e de tudo quanto é impuro. O mandamento específico para aquele povo, ao ser liberto, foi para que se purificassem de toda impureza. De igual modo, quando alguém aceita Cristo como Senhor e Salvador, deve separar-se do mundo e purificar-se de todo o mal.

52.13 53.12 O SERVO SOFREDOR. Esta seção trata do sofrimento e rejeição do Messias-Servo, Jesus Cristo. Isaías profetiza que através do sofrimento dEle, muitos seriam perdoados, justificados, redimidos e curados. Seu sofrimento também o levaria à sua exaltação e glória. O NT cita mais esta parte das Escrituras do que de qualquer outra do AT.

52.13 EIS QUE O MEU SERVO... Jesus, o Messias, o Servo de Deus, cumpriria com perfeição a vontade de Deus e por isso seria grandemente exaltado (cf. At 2.33; Fp 2.9; Cl 3.1; Hb 1.3; 8.1).

52.14 A SUA APARÊNCIA ESTAVA TÃO DESFIGURADA. Este versículo descreve os maus-tratos que os judeus e os soldados romanos infligiam a Jesus, no seu julgamento e crucificação (cf. Sl 22.6-8; ver Mt 26.67 nota).

52.15 BORRIFARÁ MUITAS NAÇÕES. Esta expressão refere-se à limpeza e purificação espirituais (cf. Êx 29.21; Lv 8.11,30) que pessoas de todas as nações experimentariam quando recebessem a mensagem redentora do Messias-Servo. Essa purificação viria pela aspersão do sangue de Cristo; ver 1 Pe 1.2.
 


Isaías cap. 53 - Comentário por versículos.

53.1 QUEM DEU CRÉDITO À NOSSA PREGAÇÃO? Conquanto Jesus seja o Messias de Deus, muitos o rejeitariam e portanto ficariam sem a salvação (ver Jo 12.38; Rm 10.16). Houve relativamente poucos salvos entre os judeus na primeira vinda de Jesus.

53.2 COMO RAIZ DE UMA TERRA SECA. Além da sua humilde origem humana, Jesus veio à terra num período de grande aridez espiritual. João Batista começou a despertar o povo para chegar-se a Jesus, pouco antes dEle começar o seu ministério público.

53.2 NENHUMA BELEZA VÍAMOS, PARA QUE O DESEJÁSSEMOS. O Messias não teria grandeza terrestre e nem atrativos físicos. Deus sempre contempla mais o caráter, santidade e obediência da pessoa, e não primeiramente a sua condição social terrestre, nem sua beleza física (cf. 1 Sm 16.7; ver Lc 22.24-30 nota).

53.3 DESPREZADO... INDIGNO [REJEITADO]. Ao invés de aceitação por Israel, Jesus Cristo seria odiado e rejeitado pelos dirigentes da nação (ver 52.14 nota; Mt 26.57 nota).

53.3 HOMEM DE DORES. A missão de Jesus envolveria muita dor, sofrimento, desagrado e pesar por causa dos pecados da humanidade. Semelhantemente, todos que seguirem a Jesus, provavelmente terão sofrimentos e frustrações de algum modo (ver 2 Co 11.23 nota).

53.4 ELE TOMOU SOBRE SI AS NOSSAS ENFERMIDADES. O NT cita este versículo em Mt 8.17, com referência ao ministério de Jesus, na cura dos enfermos tanto física, como espiritualmente. O Messias sofreria o castigo que nos era devido, para nos livrar das nossas enfermidades e doenças, e não somente dos nossos pecados. É, portanto, bíblico orarmos pela cura física. Assim como Ele levou sobre si os nossos pecados, Ele também levou a doença e a aflição que nos atinge (ver as duas
notas seguintes).

53.5 FERIDO PELAS NOSSAS TRANSGRESSÕES. Cristo foi crucificado por nossos pecados e nossas culpas diante de Deus (cf. Sl 22.16; Zc 12.10; Jo 19.34; 1 Co 15.3). Como nosso substituto, Ele sofreu o castigo que merecíamos, e pagou a penalidade dos nossos pecados a penalidade da morte (Rm 6.23). Por isso, podemos ser perdoados por Deus e ter paz com Ele (cf. Rm 5.1).

53.5 PELAS SUAS PISADURAS FOMOS SARADOS. Esta cura refere-se à salvação, com todas as suas bênçãos, espirituais e materiais. A doença e a enfermidade são conseqüências da queda adâmica e da atividade de Satanás no mundo. Para isto o Filho de Deus se manifestou; para desfazer as obras do diabo (1 Jo 3.8). Cristo
concedeu os dons de cura à sua igreja (1 Co 12.9) e ordenou a seus seguidores curar os enfermos, como parte da sua proclamação do Reino de Deus (Lc 9.1,2; 10.1.8,9,19)

53.6 TODOS NÓS ANDAMOS DESGARRADOS COMO OVELHAS. Todo ser humano, numa ocasião ou noutra, preferiu seguir seus próprios caminhos egoístas e pecaminosos à obediência aos mandamentos justos de Deus (ver Rm 6.1 nota). Todo ser humano é culpado e, portanto, precisa da morte de Cristo em seu lugar.

53.7 COMO UM CORDEIRO, FOI LEVADO AO MATADOURO. Jesus suportou com paciência e de modo voluntário, o sofrimento em nosso lugar (1 Pe 2.23; cf. Jo 1.29,36; Ap 5.6).

53.9 SUA SEPULTURA COM OS ÍMPIOS. Essa frase pode significar que Jesus Cristo morreria ao lado dos ímpios, ou que os soldados romanos pretendiam sepultá-lo juntamente com os dois malfeitores. Ele, porém, conforme diz essa profecia, foi sepultado no túmulo de um rico (Mt 27.57-60).

53.10 AO SENHOR AGRADOU MOÊ-LO. Foi da vontade de Deus Pai que seu Filho fosse enviado para morrer na cruz em favor de um mundo perdido (ver Jo 3.16 nota; ver o estudo A VONTADE DE DEUS). Ao fazer de Cristo um sacrifício expiador por todas as transgressões (cf. Lv 5.15; 6.5; 19.21), o propósito divino da redenção, de
levar muitas pessoas à salvação, já foi cumprido. Prolongará os dias significa: Ele ressuscitará dentre os mortos e viverá para todo o sempre

53.11 O TRABALHO DA SUA ALMA. O sofrimento do Messias cumpriria o propósito de Deus e resultaria na salvação para os muitos que crerem.

53.12 A PARTE... COM OS PODEROSOS. Deus prometeu retribuir a Cristo por sua morte expiatória, e Cristo por sua vez promete que repartirá o seu despojo com os poderosos que o seguirem na batalha contra o pecado e Satanás, mediante o poder do Espírito.

53.12 PORQUANTO DERRAMOU A SUA ALMA NA MORTE. Por causa da morte de Jesus na cruz, uma grande herança foi concedida ao povo de Deus. Qualquer proclamação do evangelho que não pregar a cruz de Cristo e a renúncia ao pecado está, em definitivo, fadada ao fracasso.

53.12 PELOS TRANSGRESSORES INTERCEDEU. Jesus, na sua agonia na cruz, intercedeu pelos pecadores (Lc 23.24). Seu ministério de intercessão ainda continua no céu (cf. Rm 8.34; ver Hb 7.25 nota).


Isaías cap. 54 - Comentário por versículos.

O progresso e a glória de Sião

54.1-3 CANTA ALEGREMENTE, Ó ESTÉRIL. Deus encoraja os exilados judeus ao prometer novas condições que trariam bênçãos e alegria. Embora Jerusalém fosse estéril e infrutífera, viria um dia em que os crentes verdadeiros seriam mais numerosos do que antes do exílio. A tua posteridade possuirá as nações (v. 3), pode referir-se aos crentes fiéis entre os judeus que divulgarem o evangelho de Cristo a muitas nações, durante os tempos do NT.

54.4-8 NÃO TEMAS. O povo de Deus no exílio não deve recear que seu infortúnio continue para sempre, pois o castigo divino logo daria lugar ao livramento. Deus teria compaixão do seu povo estéril e restauraria os seus a um lugar de favor, na sua própria terra. A vergonha da tua mocidade pode referir-se ao período da escravidão no Egito; o opróbrio da tua viuvez refere-se historicamente ao cativeiro babilônico.

54.9,10 NÃO ME IRAREI MAIS CONTRA TI. Esta profecia indica o reino de Cristo na terra com o seu povo, sobre todas as nações (Ap 20 22). Naquele dia vindouro, Deus não se irará jamais com Israel.

54.11-17 Ó OPRIMIDA, ARROJADA COM A TORMENTA E DESCONSOLADA! Aqui, o Senhor consola a nação aflita de Israel, ao descrever a paz, a justiça e a glória futura do remanescente restaurado; João usa linguagem figurada semelhante, ao descrever as condições da nova Jerusalém (Ap 21.10,18-21). Estas palavras consolam o crente sob sofrimento.
 


Isaías cap. 55 - Comentário por versículos.

Todo o povo é convidado a procurar a salvação

55.1-13 VINDE. Os israelitas, que abandonaram a Deus e à sua justiça, são convidados a voltar a Ele, para serem restaurados à comunhão e à bênção.

55.1 Ó VÓS, TODOS OS QUE TENDES SEDE. Uma condição essencial à salvação é fome e sede espirituais por perdão e comunhão com Deus (cf. Jo 4.14; 7.37), com base na morte sacrificial do Messias-Servo (cap. 53). Devemos arrepender-nos dos nossos pecados e aproximar-nos de Deus pela fé. Também, a fome e sede de justiça de Deus, e do seu poder, são condições essenciais para recebermos a plenitude do seu Espírito (ver Mt 5.6 nota).

55.6 BUSCAI AO SENHOR. O pecador deve buscar a Deus, enquanto está em vigor a sua promessa de ouvi-lo (cf. Jr 29.13,14; Os 3.5; Am 5.4,6,14). O tempo para se receber a salvação aqui, tem limite (cf. 2 Co 6.1,2); chegará o dia em que Ele não será achado (ver Hb 3.7-11).

55.8 OS MEUS PENSAMENTOS NÃO SÃO OS VOSSOS PENSAMENTOS. Os pensamentos e os caminhos de Deus não são os do homem natural. Mas a mente e o coração podem ser renovados e transformados quando se vive para Deus (cf. Rm 12.1,2); então os nossos pensamentos e conduta começam a conformar-se com os dEle. Nosso maior desejo deve ser viver de tal modo como Jesus viveu, para que tudo quanto fizermos agrade a Deus. Isso poderemos fazer, mediante a nossa
conformação à sua Palavra, e pela obediência à orientação do Espírito Santo (ver Rm 8.5-14 nota; Tg 1.21 nota).

55.11 A [MINHA] PALAVRA... NÃO VOLTARÁ PARA MIM VAZIA. O poder e a eficácia da Palavra de Deus são para sempre infalíveis. Esta Palavra é vida espiritual para quem a recebe; ou condenação, para quem a rejeita.
 


Isaías cap. 56 - Comentário por versículos.

Promessas àqueles que guardam o sábado

56.1,2 FAZEI JUSTIÇA... A MINHA SALVAÇÃO ESTÁ PRESTES A VIR. A justiça e santidade são o fruto da salvação, diretamente ligados à influência do reino de Deus. São inseparáveis.

56.3-8 ESTRANGEIRO... EUNUCO. No reino do Messias, todos os estrangeiros e eunucos que se voltarem para Deus serão aceitos com os mesmos direitos e privilégios que os demais do concerto (antes, eles eram excluídos do culto coletivo, Êx 12.43; Dt 23.1). Deus ama e aceita a cada crente como seus amados filhos, independente de sua nacionalidade, posição social ou deficiência física.

56.7 A MINHA CASA SERÁ CHAMADA CASA DE ORAÇÃO. O vínculo existente entre a oração e a casa de Deus revela que o propósito maior da adoração é levar os adoradores a se acercarem de Deus, em comunhão, louvor, intercessão e petição. Freqüentar a igreja sem comunhão fervorosa e intensa com Deus é falhar no propósito e natureza primordiais da adoração. Jesus citou este versículo quando expulsou os cambistas da casa de Deus (ver Mc 11.17 nota; Lc 19.45 nota).

56.10-12 SEUS ATALAIAS SÃO CEGOS. Deus reprovou os dirigentes e sacerdotes corruptos de Israel, porque não conheciam a sua Palavra, eram cobiçosos por ganhos egoístas e não conseguiam afastar-se das bebidas alcoólicas (v. 12).
 


Isaías cap. 57 - Comentário por versículos.

57.1,2 PERECE O JUSTO. Os crentes fiéis estavam sendo maltratados pelos líderes cruéis e corruptos de Judá, e estavam perecendo (cf. 2 Rs 21.16). Esses mártires, porém, pela sua morte, escaparam dos horrores terríveis do julgamento divino que dentro em breve viriam sobre os judeus.

57.3-14 VÓS, FILHOS DA AGOUREIRA. O povo de Judá abandonou o Senhor e passou a adorar os deuses das nações pagãs. Essa adoração incluía imoralidade, prostituição, feitiçaria e sacrifícios humanos. Mas Deus não deixaria ninguém pecar assim, impunemente. Aqueles que transgredissem a sua lei iriam ceifar o que semearam, e perderiam muito mais do que pensavam obter com sua iniqüidade.

57.15 O CONTRITO E ABATIDO DE ESPÍRITO. Para os humildes e arrependidos, o Senhor Deus tinha uma promessa graciosa: Ele, que habita no alto e santo lugar , habitaria pessoalmente com o contrito e abatido de espírito . Contrito refere-se a todo aquele que sente-se oprimido pelo pecado e que busca a libertação dessa escravidão; abatido de espírito , refere-se ao quebrantado de coração por causa dos reveses e tribulações da vida (cf. Sl 34.18,19). Deus assiste a tais pessoas para
vivificar-lhes o espírito, dar-lhes novo vigor e ministrar-lhes o consolo da sua presença.

57.21 OS ÍMPIOS... NÃO TÊM PAZ. Deus estruturou de tal modo a consciência humana, que nunca haverá verdadeira paz nem interna, nem externa para quem vive no pecado. Enquanto alguém vive na impiedade, sua consciência será como um mar tempestuoso, agitado e cheio de lama e lodo (v. 20). Deus não lhe dá paz, mas por outro lado deseja que se arrependa e seja salvo.
 


Isaías cap. 58 - Comentário por versículos.

58.1 CLAMA EM ALTA VOZ, NÃO TE DETENHAS. O profeta clama contra os pecados do povo, com um forte som de trombeta; as transgressões e a hipocrisia do povo de Deus precisam ser expostas. Se os mensageiros de Deus deixarem de falar contra os pecados do seu povo, não serão fiéis à sua vocação divina.

58.2 ME PROCURAM CADA DIA. Judá buscava a Deus cada dia, como se o povo desejasse conhecer os seus caminhos; mas, ao mesmo tempo, esses judeus viviam no pecado, indiferentes aos santos mandamentos de Deus. Hoje, há congregações que adoram ao Senhor apenas exteriormente; aparentam alegria em louvá-lo, e dão a impressão que andam nos seus caminhos; ao mesmo tempo, tais igrejas se conformam com o mundanismo e desprezam o estudo diligente da sua Palavra escrita. Esse tipo de adoração é uma ofensa a Deus e uma abominação para Ele.

58.3 NO DIA EM QUE JEJUAIS. O povo estava a se queixar que Deus não queria ajudá-lo. Deus, porém, sabia que a adoração e o jejum deles era hipocrisia. Ele lhes declara que um ato religioso só tem valor para Ele quando procede dos que buscam humildemente obedecer aos seus mandamentos e que, com compaixão, estendem a mão aos necessitados.

58.6 O JEJUM QUE ESCOLHI. O jejum que Deus aprova é acompanhado de amor por Ele e por sincero cuidado pelos oprimidos. O crente deve compreender que a entrega de ofertas e dízimos à igreja não o exime da responsabilidade de dar aos pobres. Devemos ajudar os famintos com comida e fornecer roupas aos que estão necessitados (cf. Gl 6.10).

58.8-12 ENTÃO, ROMPERÁ A TUA LUZ COMO A ALVA. Onde há amor verdadeiro a Deus e um sincero interesse pelo bem-estar do próximo, há também aí um canal para a bênção abundante de Deus em nossa vida. As recompensas desse amor a Deus são declaradas aqui: (1) a luz de Deus e a plena alegria da salvação e da cura; (2) a proteção e presença de Deus manifestas em nossa vida; (3) o socorro divino na aflição, mediante a resposta das orações; (4) a remoção das trevas e da opressão; (5) a orientação, fortaleza e frutescência da parte de Deus, e (6) a verdadeira restauração, com o retorno dos padrões e caminhos de Deus.

58.13 O SÁBADO. Deus ordenou desde a época da criação que um dia em sete seja reservado como santo a Ele (v. 13), i.e., um dia para o povo de Deus cessar suas próprias atividades cotidianas e dedicar-se ao repouso físico e à renovação espiritual (ver Êx 20.8 nota; Mt 12.1 nota). A observação dessa ordem divina aumentará nossa alegria no Senhor e nos capacitará a galgar novas alturas espirituais (v. 14).
 


Isaías cap. 59 - Comentário por versículos.

59.1-8 A MÃO DO SENHOR NÃO ESTÁ ENCOLHIDA. Este trecho descreve outros pecados que impediram as bênçãos prometidas por Deus, para o povo (ver as duas notas anteriores).

59.2 INIQÜIDADES FAZEM DIVISÃO ENTRE VÓS E O VOSSO DEUS. O pecado e a iniqüidade na vida do crente levantam um muro entre ele e Deus. Por causa dessa barreira, tal crente já não desfruta do favor de Deus, nem de proteção, socorro ou livramento. Também, as orações desse crente não serão atendidas (Sl 66.18).

59.5 OVOS DE BASILISCO. Basilisco é uma cobra venenosa, também chamada víbora.

59.9-14 POR ISSO, O JUÍZO ESTÁ LONGE DE NÓS. Isaías fala aqui dos verdadeiros intercessores, pois reconhecem seus pecados, confessando-os, e sentem tristeza por tal situação.

59.16 E VIU QUE NINGUÉM HAVIA. O Senhor viu a gravidade dos pecados de Israel e reconheceu que não havia intercessor para mudar o curso dos acontecimentos. Então, Ele mesmo decidiu estender o seu próprio braço para salvar o seu povo, o que aconteceu com a vinda de Jesus Cristo. Também agora, é o Senhor Jesus Cristo quem pessoalmente intercede por nós no céu (Hb 7.25); Ele busca intercessores na terra para taparem o muro e ficarem na brecha (Ez 22.30), em favor da sua igreja, que carece de avivamento, e dos perdidos, que carecem de salvação.

59.17,18 JUSTIÇA, COMO DE UMA COURAÇA. Paulo citou duas frases deste versículo, ao descrever a armadura do crente: a couraça da justiça e o capacete da salvação (Ef 6.14-17). A alusão de Isaías às vestes de vingança e ao furor, aos seus adversários (vv. 17,18) é uma predição do grande dia da ira de Deus, no fim dos tempos (ver Ap 19 nota).

59.20 VIRÁ UM REDENTOR A SIÃO. Este Redentor é Jesus Cristo (cf. 35.4; 40.9; 52.7). Ele virá para aqueles que sinceramente abandonam seus pecados e passam a servir ao Senhor.

59.21 O MEU ESPÍRITO... AS MINHAS PALAVRAS. Deus promete que àqueles que renunciam aos seus pecados e aceitam o Messias, o seu Espírito virá sobre eles (cf. Jo 16.13; At 2.4) e sua Palavra não se apartará de suas bocas. O Espírito e a Palavra do Senhor sempre confirmarão o testemunho da igreja verdadeira. O povo de Deus deve proclamar o evangelho no poder e na justiça do Espírito Santo (ver At 1.8 nota).
 


Isaías cap. 60 - Comentário por versículos.

Jerusalém é restituída à sua glória

60.1-3 PORQUE JÁ VEM A TUA LUZ. Este capítulo é uma profecia declarando que com a vinda do Messias, a glória de Deus estaria entre o seu povo, e muitos gentios buscariam a luz. O NT aplica estes versículos ao ministério ungido de Jesus na Galiléia (ver Mt 4.16,17). Com o começo do grande avanço missionário evangélico do NT, essa profecia começou a cumprir-se.

60.4-9 VÊM A TI. Estes versículos descrevem o futuro reino messiânico de nosso Senhor. Isaías vê a glória de Deus sobre Israel, e as demais nações se chegando a esse povo a fim de receber a luz e a salvação (cf. 49.23); essas nações trarão ao Senhor oferendas das suas riquezas (cf. 61.6; 66.12).

60.10 EDIFICARÃO OS TEUS MUROS. As nações contribuirão com mão de obra para o estabelecimento do governo de Deus em Jerusalém. Aqueles que se opuserem ao reino messiânico serão aniquilados.

60.19 NUNCA MAIS TE SERVIRÁ O SOL PARA LUZ. Este versículo antevê a Jerusalém do novo céu e da nova terra, em que Deus e o Cordeiro serão a luz eterna do seu povo (ver Ap 21.23; 22.3-5; cf. Zc 2.5).

60.21 SERÃO JUSTOS. Durante o reino messiânico, Israel será caracterizado pela fidelidade e a justiça, e não pela infidelidade e apostasia do passado.
 


Isaías cap. 61 - Comentário por versículos.

A salvação é proclamada

61.1-3 O ESPÍRITO DO SENHOR JEOVÁ ESTÁ SOBRE MIM. Esta descrição do Messias e da sua unção relaciona-se à sua missão ou ministério (ver 11.2,3, nota, onde Isaías descreve mais diretamente o seu caráter e supremacia). Quando Jesus começou o seu ministério, citou estes versículos e os aplicou a si mesmo (Lc 4.18,19). Seu ministério ungido incluía: (1) pregar o evangelho aos pobres, aos humildes e aos aflitos; (2) curar os espiritual e fisicamente doentes e quebrantados; (3) romper os grilhões do mal e proclamar a libertação do pecado e do domínio satânico; e (4) abrir os olhos espirituais dos perdidos para verem a luz do evangelho e serem salvos. Este quádruplo propósito caracterizava o ministério de Jesus Cristo, e continuará a ser cumprido pela igreja enquanto esta estiver na terra.

61.1 O ESPÍRITO... SENHOR... SOBRE MIM. Neste versículo do AT temos uma alusão à doutrina da Trindade: O Espírito , O Senhor JEOVÁ e Mim (i.e., Jesus; ver Mc 1.11 nota).

61.2 O DIA DA VINGANÇA. Jesus não incluiu esta frase quando Ele citou esta profecia em Nazaré (Lc 4.18,19), visto que o dia da vingança só ocorreria na sua segunda vinda. O juízo contra os ímpios ocorrerá durante a grande tribulação e na volta de Cristo à terra (Ap 5 19; Is 34.8; Mt 24.30).

61.4-9 EDIFICARÃO OS LUGARES ANTIGAMENTE ASSOLADOS. Depois da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos, Israel será reconstruído e outras nações trabalharão entre os israelitas e adorarão ao Senhor juntamente com eles (vv. 5,6). Os israelitas funcionarão como sacerdotes e ministros, ensinando e transmitindo aos outros a Palavra de Deus (v. 6).

61.10,11 REGOZIJAR-ME-EI MUITO NO SENHOR. Depois da volta de Cristo, todos que integram o seu reino regozijar-se-ão. Serão vestidos de salvação (i.e., pertencerão aos redimidos de Deus) e, de justiça (i.e., viverão segundo os padrões de Deus).
 


Isaías cap. 62 - Comentário por versículos.

A glória futura de Jerusalém

62.1-12 SIÃO... JERUSALÉM. Este capítulo fala de um dia em que Jerusalém ficará repleta da glória do Senhor; o povo de Deus habitará entre os seus muros, em paz e alegria, e o mundo inteiro se beneficiará da sua glória.

62.4 HEFZIBÁ... BEULÁ. Hefzibá significa meu prazer está nela , e Beulá significa desposada . Esses nomes indicam que Deus renovou seu concerto com Jerusalém.

62.6 GUARDAS... QUE... SE NÃO CALARÃO. Deus colocou atalaias nos muros de Jerusalém, i.e., profetas e fiéis intercessores que nunca cessam de orar pelo estabelecimento do reino de Deus na terra e da glória de Jerusalém. De igual modo, os crentes do NT devem orar incessantemente pela vinda do reino de Deus e o justo governo de Cristo sobre a terra (ver Mt 6.10 nota).

62.11 A TUA SALVAÇÃO VEM. Este versículo refere-se à segunda vinda de Cristo para estabelecer a justiça na terra e engrandecer Jerusalém por amor ao seu nome; com ele vem o seu galardão (cf. Ap 22.12).
 


Isaías cap. 63 - Comentário por versículos.

Deus salva e vinga o seu povo

63.1-6 DE EDOM... COM VESTES TINTAS. Estes versículos expressam um julgamento divino futuro contra um mundo ímpio. Edom representa todos os poderes do mundo que se opõem a Deus e ao seu povo.As vestes do Senhor estão manchadas de vermelho, com sangue dos iníquos. Note Ap 19.13, onde a veste de Cristo é descrita assim: salpicada de sangue , quando Ele volta à terra a fim de aniquilar os ímpios impenitentes e rebelados contra Ele.

63.7 64.12 AS BENIGNIDADES DO SENHOR. Isaías louva a Deus por sua compaixão e bondade, confessa os pecados de Israel, e intercede por seu livramento do juízo e, pela redenção por Deus prometida.

63.9 O ANJO DA SUA PRESENÇA. Este anjo é provavelmente o anjo do Senhor, que na realidade trata-se do próprio Senhor (ver Gn 16.7 nota; Êx 3.2 nota).

63.10 CONTRISTARAM O SEU ESPÍRITO SANTO. Contristaram sugere afronta ao amor do Espírito Santo e rebelião contra os seus caminhos. O Espírito é uma Pessoa divina que pode ser magoada e entristecida (cf. Ef 4.30). Santo diz respeito à sua gloriosa santidade e à sua pureza imaculada. O Espírito Santo é concedido a todos os crentes a fim de levá-los à graça de Deus, à sua revelação, poder, amor, presença, direção e santidade.
 


Isaías cap. 64 - Comentário por versículos.

64.1-4 Ó! SE FENDESSES OS CÉUS E DESCESSES! Como representante do povo de Deus, Isaías roga ao Senhor para que intervenha no mundo, derrote os seus inimigos e livre a todos que o invoquem. Os crentes do NT devem fazer diariamente essa oração.

64.4 QUE TRABALHE PARA AQUELE QUE NELE ESPERA. Deus promete que fará grandes coisas por aqueles que nEle esperam. Ele pode intervir nos eventos da história da humanidade de tal maneira, que leve as pessoas a executarem a sua vontade.
 


Isaías cap. 65 - Comentário por versículos.

Deus promete ouvir a oração e conceder bênçãos aos seus servos

65.1-7 FUI BUSCADO PELOS QUE NÃO PERGUNTAVAM POR MIM. Nestes versículos, Deus responde à oração de Isaías, mediante uma descrição do seu apelo contínuo à nação rebelde, para que ela retorne a Ele. Por causa da iniqüidade dos israelitas, Deus lhes retribuiria com castigo (vv. 6,7), sofrido, em grande parte, pela invasão assíria (caps. 1.37) e pelo cativeiro babilônico (caps. 38.66).

65.8 MOSTO. Esta palavra (hb. tirosh) geralmente se refere ao produto não-fermentado da videira. Note-se que este tipo de vinho é o que Deus diz ser uma bênção

65.9 PRODUZIREI DESCENDÊNCIA A JACÓ. Embora Deus julgasse a Israel (vv. 6,7), Ele também salvaria um remanescente de crentes verdadeiros que voltariam à sua terra e então levariam a efeito a sua missão redentora no mundo. Desfrutariam da sua alegria e bênçãos (vv. 13-16).

65.17-25 CRIO CÉUS NOVOS E NOVA TERRA. Esta profecia prediz o futuro reino de Deus na terra. Isaías fala a um só tempo da era da eternidade, em que o pecado e a morte já não existirão (vv. 17-19), e da era messiânica (i.e., o reino milenial) que a antecede (vv. 19-25; Ap 20.4-6). Note que o versículo 18 começa com um enfático adversativo ( Mas ); haverá, na verdade, novos céus e nova terra, mas Deus também tem planos para a Jerusalém do reino milenial de Cristo.

65.20 NÃO HAVERÁ MAIS NELA CRIANÇA DE POUCOS DIAS. A morte existirá no reino milenar, mas a duração da vida humana será muito mais longa do que agora. Uma pessoa de cem anos de idade será considerada jovem, e morrer antes dessa idade será considerado uma maldição.

65.24 ANTES QUE CLAMEM, EU RESPONDEREI. O povo de Deus já não terá que perseverar em oração por suas necessidades diárias; o Senhor atenderá as suas orações sem demora.

65.25 O LOBO E O CORDEIRO SE APASCENTARÃO JUNTOS. Paz e segurança caracterizarão o reino messiânico. Animais, antes selvagens, se tornarão mansos, e harmonia perfeita existirá entre eles (cf. 11.6-9).
 


Isaías cap. 66 - Comentário por versículos.

A rejeição final dos rebeldes

66.2 EIS PARA QUEM OLHAREI. Deus não se impressiona com o esplendor de um edifício que o ser humano levanta para Ele, mas realmente se deleita com aqueles que são humildes de espírito, que reconhecem que dependem sempre da sua ajuda e da sua graça, e que procuram observar de todo o coração a sua Palavra (ver vv. 1,2; 57.15 nota).

66.3 AQUELE QUE MATA UM BOI. Aqueles que adoram a Deus, e ao mesmo tempo continuam a viver como querem, e não de acordo com a sua Palavra (v. 2), são uma abominação para Ele. Tais pessoas terão uma retribuição severa da parte do Senhor.

66.7-14 DEU À LUZ. Isaías prevê o renascimento de Israel como o povo de Deus, durante o reino messiânico; o nascimento será singularmente rápido e trará alegria (v. 10), paz (v. 12; cf. 48.18) e prosperidade (v. 11).

66.10-14 REGOZIJAI-VOS COM JERUSALÉM. Jerusalém é comparada com uma mãe que alimenta seus filhos e cuida deles. Jerusalém terá paz e será um consolo para todos quantos amarem a Deus, inclusive os gentios que vierem a ela.

66.15 O SENHOR VIRÁ EM FOGO. Quando Deus estabelecer Jerusalém e o reino messiânico, Ele também virá com juízo contra os seus inimigos (cf. Zc 14.3; 2 Ts 1.7-9; Ap 19.11-21).

66.18-21 AJUNTAREI TODAS AS NAÇÕES E LÍNGUAS. Crentes de todas as nações serão reunidos em Jerusalém para verem a glória de Deus. A seguir, serão enviados às nações a fim de trazerem ao Senhor, ao Deus de Israel, os judeus remanescentes; isso ocorrerá no fim dos tempos; cf. versículo 20.

66.22-24 OS CÉUS NOVOS E A TERRA NOVA. No fim da história, i.e., no fim do reino messiânico, Deus criará os céus novos e a terra nova (ver 65.17-25 nota; Ap 21.1). Todos os salvos estarão com o Senhor para sempre (cf. Ap 21.22), ao passo que os que lhe foram rebeldes, e à sua Palavra, irão para o inferno eterno (cf. 50.11; 57.21; Mc 9.45; ver Mt 10.28 nota).



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