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POEMAS  DE  EMILIA   RAMALHO

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F�NIX

Venho das profundezas

ergo-me com novo objectivo

nova esperan�a que arde em mim

com o latejar da paix�o ,

tenho uma renascida vida , para dar ,

para abra�ar e lutar

das minhas cinzas eu deito � sorte

escassa esperan�a de retornar

voltei para renascer em teus bra�os

� luz da lua e can��o das estrelas

ao infinito onde tu andas

voltei outra vez

� velha e in�til vida , eu voltei OUTRA !

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A VIDA

Vigilia morta da aurora ,

caminhando pela sombra escassa

� onde a solid�o mora

com as penas de quem passa .

N�o tens sentido s�zinha

se n�o te derem valor

vales toda uma eternidade

preenchida com muito amor ,

calor de quem te ama

presente que n�o se d� nem tira

mais vale preserv�-la

sem rancor nem mentira .

Mas a calmia sempre vem

como nuvens de algod�o

para que a vida seja feliz

� preciso t�-la no cora��o .

 

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TEMPO

Tenho um rel�gio do tempo

que se abre sem que eu queira

esgueirar-me por ele .

Para este tempo sem tempo

procurando sem encontrar

e ir sorrindo de tristeza ,

pedir sem ser atendida .

D�-me este rel�gio a ilus�o

de poder fugir daqui

v�r , sem querer v�r

toda a amargura do meu peito

toda a solid�o da vida ,

toda a indiferen�a do amor .

Acho que vou parar o rel�gio ,

assim j� n�o vejo o que n�o quero !

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AMOR EM A B C

Amor t�o assim

Beijo sempre me d�s

Como foi s� pra mim

Dificil atr�s

Es inspira��o

For�a interior

Gostar de um cora��o

Haver for�a maior

Inveja eu tenho

Jamais o direi

Ke �s um desenho

Lindo que sonhei

Mas o amor n�o dura

Na vida sem raz�o

Ouvir uma jura

Para te ter

Qual a sensa��o

Rosa da manh�

Sempre fresca e bela

Ter-te em meus bra�os

Uma vez mais e na capela

V� como estou

Xorando aos solu�os

Zombando sempre dela

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L�GRIMA

Por onde corres tu

�gua salgada e cristalina

fria ou quente

solit�ria ou abundante

Nesse leito t�o n�

em espa�o t�o curto

e o tempo n�o p�ra

sais apressada e corres

r�pida , de tristeza

doce , de alegria

gotejada , de raiva

incosol�vel , de amargura .

Mas corres sempre

e a face que te acolhe

sempre que te chamam

do fundo da alma e esp�rito

daquela que se consome ,

e no entanto , nunca , nunca

sou capaz de te fazer parar .

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SOLID�O

Pela madrugada t�o cinzenta ,

e ao mesmo tempo confort�vel

assim erra o vagabundo

� casa

� c�u

� companheira .

Solid�o que passas

ficas e n�o partes

n�o h� espa�o para quem ...

para o que vier

� tarde estou cansada

n�o tenho rumo , nem caminho

n�o h� amizade

N�o posso dar nada .

a mim ?

ningu�m deu .

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O CORVO

Pairas na noite fria

susurras em teu esvoa�ar

embelezas com o brilho escuro

vem ave , tr�s a magia

deita o luar da noite ,

e grita ao vento os lamentos .

Deixo que me leves ao fim

ao infinito da bela escurid�o

escrevo os versos nas estrelas

batidas pelas tuas asas

aconchego-me no teu peito

afasta o meu olhar de ti

mist�rio e simbolismo tu �s

deixa descobrir o teu lado

aquela imagina��o que aqui fica

deixa-me ser tu uma vez !

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NOTAS

D� L� Si R�

cantar faz bem ao cora��o

ter a quem dar beijinhos

agarrado aqui ao p�

F� Mi Sol L� Si

par como este nunca vi

baila comigo esta noite

juntinho aqui a mim

R� Mi F� Sol D�

guarda esta dan�a outra vez

aproveitar este bocadinho

que amanh�  estou t�o s�

tocar isto no piano faz sorrir e d� d�

que mal que isto est�

F� Si L� Mi R� D�

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Antero Ferreira

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