Profany
O Anjo da Morte


Episódio 2: “Fé – parte II”
Por: Anderson Oliveira


- Pedofilia: “amor às crianças”. Mas, nestee caso, não se trata de amor, mas de um desejo sexual doentio. Atração sexual por crianças. Em um caso mais grave, ato sexual com crianças.
- Incesto: União sexual ilícita entre parenntes (consangüíneos ou afins).
Há aqui uma combinação demoníaca. Renato mantém relações sexuais com sua filha Camila, de nove anos. Nove anos! Um crime frente às leis dos homens, as leis da natureza e as leis de Deus.
A lei dos homens, muitas vezes pode ser quebrada, ignorada. Porém, as da natureza e as de Deus, jamais. Para se fazer cumprir essas leis, Profaniel foi tirado de seu castigo no Tártaro e enviado a Terra.
E Profany viu em Renato a alma maligna, porém ainda não tomou conhecimento de qual crime ele era culpado. Estava Profany sobre um outdoor, de frente da janela do quarto de Renato. Este último descansava após cometer seu ato de abominação.
— Será fácil... — Pensou Profany. — Este está sozinho e indefeso... basta ir até sua presença... — E assim, Profany se transportou pelo mundo espiritual e logo estava dentro do quarto de Renato. Tirou do bolso a arma que pegou dos capangas de Nelsinho e caminhou até estar mais próximo de Renato, que estava na frente do computador. Entretanto ouviu um barulho, era Camila que saía do banheiro. Profany se escondeu na penumbra.
— Pai... Posso ir dormir? — Disse a menina. Profany observou das sombras que ela estava sem roupas...
— Peraí amor... — Disse Renato. — Antes o papai quer tirar umas fotos de você. — Ele se levantou com uma câmera digital e foi até a menina. Profany olhava tudo com grande estranheza, viu Renato tocar sua filha de um modo diferente, então Profany entendeu a situação.
Subitamente, sentiu Profany um profundo repúdio pelo homem. Seus olhos se encheram de fúria. A cena prosseguia e Renato colocava Camila em posses indecentes e a tocava mais enquanto tirava suas fotos. Profany teve ódio. Estava disposto a matar Renato imediatamente, mas uma força estranha o deteve.
Profany foi pego por uma energia negativa que o fez perder suas forças. Já não sentia mais a parede atrás dele, sentia náuseas e enjôo. De repente estava caindo... Algo o estava expulsando do quarto de Renato, algo queria que Profany saísse de lá e deixasse Renato realizar seu sonho imundo. A agonia de ser carregado de volta ao plano espiritual contra a vontade só terminou quando Profany se viu estendido na rua, num lugar que desconhecia, sobre a luz do sol.
— M-maldito...! — Disse ainda de cabeça rodando. — O que foi isso? Como vim...? Como vim parar aqui?! — Se levantou cambaleante, então gritou: — Noriel!! Noriel!!!
— Eis me aqui, Profany.
— O que houve, Noriel? O que me tirou daquele lugar quando eu estava prestes...?
— O mal. Eu avisei que as forças do mal iriam tentar te impedir de cumprir sua missão. Mas eu não esperava por isso...
— Mas... O mal que o protege é tamanho!
— Não se iluda, Profany! Você pode vencer esse mal. Você é um ser inédito... já fora um anjo e um homem... O mal não deveria ter poder sobre você. Como poderia o mal vencer-te? A menos...
— A menos que o quê?
— Você se deixou vencer. Agora é dado a mim o entendimento desta situação. Os dois séculos que passou no Inferno, não só apagaram sua memória, mas diminuíram sua fé. Só a fé vencerá as forças das trevas... Agora devo ir... Pense sobre isso... — Noriel se vai deixando Profany ainda tonto no meio da rua.
— Fé? — Questiona-se. — Mas eu tenho fé... eu acredito em Deus... naquele julgamento não poderia não acreditar...
Profany não compreende agora, mas ter fé não é apenas crer. E tudo indica que para ele cumprir sua missão, precisa redescobrir o sentido da fé. E talvez, isso lhe seja mais difícil que apontar uma arma contra seus inimigos. Enquanto ele se levanta e tenta achar o rumo de volta, observemos Renato, que dorme em sua cama ao lado da esposa. Em seus sonhos, risos e vozes de crianças... isso o acalma e lhe faz sorrir.
O sol aquece e apaga os vestígios das trevas que caíram sobre Profany. O anjo da morte caminha pelas ruas e acha repouso num campo sob uma árvore. As dores de cabeça cessam e o mal estar no estômago desaparece. Então ele passa a pensar no frágil e indefeso homem que escapou de suas garras:
— Sua filha... uma criança... tão inocente quanto... Caterine... Letícia... Meu filho que... que... Como pode alguém agir assim com uma criança? Com sua própria filha?! Começo a entender agora... Minha missão não é tão absurda quanto pensei no início. Certas pessoas merecem realmente morrer? Aquele homem sim. — As divagações de Profany o conduzem a formar uma nova atitude. Ele migra ao plano espiritual onde segue o rastro de Renato...
Profany caminha pelos caminhos sem distâncias a procura de seu alvo. E o encontra, mas antes de voltar ao plano material, vê sombras vermelhas ao redor de Renato. Do plano espiritual ele pôde ver as forças do mal que o expulsaram na última noite, e assim se afastar antes de cair novamente sob seu poder. “Fé”, ele recorda... precisa buscar por sua fé antes de prosseguir.
Na casa de Luke Junqueira, o policial toma seu café da manhã enquanto Letícia se arruma para a escola. Luke lê o jornal, mas ele está preocupado com sua filha. Não com o seu caráter, ou com suas atitudes, pois conhece a filha e sabe o quanto são parecidos, mas teme por sua segurança. Um temor preconceituoso, já que o que lhe ameaça é a presença de Profany. Letícia termina de se pentear e vai até a cozinha:
— Mãe, sobrou daquele bolo de ontem?
— Seu pai comeu o último pedaço, filha. — Diz sua mãe que alimenta seu irmão mais novo. — Mas tem pão de centeio ainda...
— Argh... pão de centeio?! Hmm... — Letícia se vira para seu pai. — Pai... me dá um dinheiro pra eu comprar meu lanche? — Luke levanta os olhos sobre o jornal, faz um movimento característico com a sobrancelha e diz:
— Por que você não leva o pão de centeio?
— Credo! Esse negócio é muito ruim! Não tem gosto e parece borracha!! Vai... me dá um trocado pra eu comprar um cachorro quente!
— Deveria comer coisas mais saldáveis, minha filha... — Diz Luke.
— Olha só quem fala!! Até parece que o senhor faz isso... Por que o senhor acha que chamam os policiais de “coxinha”?
— Hmm... Ok... Tome o dinheiro, mas me traga o troco...
— Falou...! — Diz Letícia saindo e pondo o dinheiro no bolso. Depois diz em voz baixa: — Pode dizer adeus ao seu troco!
Uma catedral no centro da cidade. Um belo edifício no estilo gótico com suntuosas torres e delicados detalhes. Um lugar visitado por centenas de católicos diariamente em busca de muitas coisas: paz, segurança, saúde, felicidade, perdão, conforto... e fé. O primeiro lugar que Profany pisou após sair do plano espiritual. Ele foi atrás de sua fé. Lembrou de freqüentar uma igreja, menor que essa, mas similar quando vivia em Londres. Recordou que passava horas falando às pessoas. Nessa época ele tinha sua fé.
Ele entrou pela frente e caminhou lentamente até o altar. As pessoas que estavam em oração voltaram seus olhares para o homem estranho que entrava. Sua aparência ainda era alvo de repúdio, mesmo para quem deveria ignorar as coisas superficiais. Mas a busca da fé de Profany não seria interrompida por isso. Ao se encontrar de frente ao altar não soube dizer o que sentia. Ao ver a imagem do Cristo oferecido em sacrifício para a salvação da humanidade, lembrou que aquela cruz era o símbolo de uma grande fé, mas não sentiu essa fé ali.
Resolveu ir embora, buscar em outros lugares, em outras doutrinas. Qual seria o verdadeiro caminho da fé que precisava percorrer? Buscando esse caminho visitou templos evangélicos de diferentes formatos. Alguns, tão suntuosos quanto aquela catedral, outros humildes e improvisados. Em todos os lugares não soube ver a fé que precisava, mas em todos viu ou ouviu o nome do Cristo. A mesma história era contada de formas distintas em cada igreja, templo ou casa que visitava, todas pelo plano espiritual, para não ser visto. Profany encontrou a fé, mas nas pessoas que freqüentavam cada qual sua igreja; nele... não.
Foi também a templos não-cristãos, onde o Cristo não é reconhecido, mas o Deus único sim. Sinagogas, mesquitas e outros lugares. Viu maneiras diferentes de se falar com Deus, e maneiras de ter fé. Profany ficou confuso com tantas divisões entre crenças que adoram o mesmo Deus. Em todos os lugares ele também viu devoção aos anjos. Mas nada o fez relembrar de sua fé.
Já era tarde e lembrou do salão onde conversara com Letícia. Buscou refúgio lá. Onde pôde organizar seus pensamentos, e de certa forma, se proteger, pois ainda sentia os tentáculos do mal que protegiam Renato. Eis que nesse tempo, a menina Letícia foi ao local:
— Hã... Oi! Não esperava te achar aqui! — Disse a menina muito feliz.
— É... eu só queria... descansar.
— Legal. Depois da escola eu comprei essa revista esotérica com o troco do lanche e pensei em vir aqui pra ler sossegada...
— Letícia... Você tem fé?
— Fé? Bem... acho que tenho... Quer dizer... Não sou de ir à igreja, mas acredito em Deus... Você sabe, eu já falei que acredito em anjos... E se anjos existem é porque Deus também existe...
— Fé... não é só acreditar... Eu também acredito nisso, mas não sei se tenho fé.
— Hmm... Eu não sou a melhor pessoa pra falar nisso, mas outro dia eu ouvi que a fé não está num lugar, em alguma coisa ou em uma cidade. Ela está dentro de cada um de nós. É o que nos dá a esperança de acordar pela manhã de um novo dia. É o que nos mantém no caminho do bem... Acho que é mais ou menos isso.
— Ainda não entendo...
— Tipo... Imagina se não tivesse leis, se cada um fosse livre pra fazer o que quiser. Pensa que, sem leis, nada impediria você de matar alguém que não gosta... você poderia ir lá e matar um cara só porque ele olhou feio pra você. Sem lei pra te punir, nada te impediria de fazer isso. Mas, você faria... mataria alguém?
— Eu...? — Profany responde com receio, pois matar é a sua missão.
— Você, eu... qualquer um... O que importa é que, a fé em algo maior nos impede de fazer certas coisas que sabemos que são erradas. Mesmo que não tenham leis, sabemos que matar é errado, e que seremos punidos por isso... A fé nos impede de fazer essas besteiras... entendeu?
— Eu... acho que sim...
— Tá... Mas agora eu me lembrei que tenho que voltar cedo pra casa. Se quiser mais alguns conselhos, seja sobre fé, moda, culinária, é só me chamar! Tchau! — Através das palavras simples e inocentes de Letícia, Profany começou a entender o verdadeiro significado dessa fé.
Nisso, na casa de Renato, sua mulher e filhas saem para ir ao shopping. Renato aproveita o momento para observar a página da internet onde expôs as fotos de Camila. Ele recebeu comentários de outros pedófilos, alguns o indicavam pessoas que poderiam lhe arranjar encontros com outras crianças. Renato sente-se feliz com isso. Ele tira da gaveta mais fotos de sua filha e de outras crianças e vai até o banheiro.
Enquanto isso, a pequena Camila caminha com a mãe e a irmã pelo shopping, vendo vitrines e tomando sorvetes. A criança vê outras garotas brincarem com seus pais. Duas meninas e seus respectivos pais brincam nos brinquedos do shopping. Camila observa com atenção, o sorriso das garotas e a alegria dos homens. Em sua cabeça imagina que todos os pais fazem com suas filhas o que o seu faz com ela, mas sente por não brincar com seu pai daquele jeito.
De trás de uma palmeira, Profany olha a pequena Camila. Uma forte ligação o atraiu até lá. Como se quisesse proteger a menina, ela a segue, como um anjo, um anjo da guarda. Instintivamente Profany sente o dever de proteger a menina sabendo do perigo que a ronda. Um lapso de sua natureza angelical e também um caráter de sua missão, que é defender as pessoas de seus inimigos. No entanto Camila o vê, de relance, pois ele se esconde. Mas a menina sabe, de alguma forma, que alguém estava ali.
A mãe e as garotas param na praça de alimentação. Enquanto a mãe vai buscar algo para elas comerem, Camila vê Profany novamente, bem a sua frente, sentado num banco no canteiro de plantas. A figura esquelética, de olhos frios e um pano cobrindo sua boca não assusta Camila, pois ela, de alguma forma, sente ali a presença de Deus. Ainda que ela não saiba bem o que é Deus, mas as crianças, por mais sofridas que possam ser, ainda têm essa capacidade única.
Dessa vez Profany se deixou ver. Foi uma maneira que ele encontrou de dizer: “Não se preocupe, eu irei te salvar”. Mesmo com seu olhar duro e rancoroso, essa mensagem foi captada por Camila, que lhe sorriu. Neste instante Profany viu tamanha luz envolver a criança, uma luz de amor e esperança. E viu nessa luz um rosto belo e delicado. Era o anjo da guarda de Camila que se manifestava para Profany... um sinal de fé.
— Compreendo... — Sussurrou Profany fitando o anjo de Deus. — Essa é a fé que procurava... A fé de uma criança. — Camila se distrai ao ver sua mãe se aproximando, quando voltou os olhos para o lugar onde estava Profany, não mais o viu.
Na delegacia de polícia, onde o investigador Danilo trabalha no caso de pedofilia pela internet:
— Deus do céu!! — Exclama Danilo ao ter acesso a um banco de dados de uma comunidade de pedófilos. — Quantos canalhas nós temos aqui! Eu vou botar um por um no xadrez!! Acho que me amigo Luke vai gostar de saber disso.
Cai à noite. Os ruídos costumeiros da cidade não são ouvidos por Renato, que se isola frente ao computador e se comunica com outras pessoas enquanto se masturba com fotos de crianças, meninas e meninos, de diferentes idades. Seu olhar e doentio, os ruídos que ele faz se assemelham a um animal. Então ele se levanta, prepara um drinque e vai até o quarto das suas filhas.
As crianças dormem. Camila próxima à janela, e sua irmã próxima à porta. Renato entra devagar, segurando o copo, e olha as meninas dormirem. Ele senta perto da pequena, acaricia seu rosto delicadamente, passa sua mão em seus cabelos enquanto a menina de seis anos dorme. Renato desce os dedos sobre o corpo da criança. É um dia quente e elas dormem sem cobertor. Renato passa seus dedos sobre seus braçinhos, suas costas, suas pernas. A menina se move, ele se assusta, mas ela não acorda.
Renato se levanta devagar e vai à cama de Camila. Da mesma forma a acaricia, toca suas partes íntimas e passa seu dedo em sua boca. A menina acorda devagar. Ao ver seu pai ali, ela já sabe o que fazer e se levanta, ainda esfregando os olhos de sonho. No entanto Renato ouve um barulho no corredor, pensa que é sua esposa e manda Camila voltar a dormir enquanto sai do quarto. Volta ao seu quarto e vê que sua mulher dorme. Ele ouve outro barulho, agora na garagem.
Renato se dá conta que há um invasor na casa. Ele veste um roupão, pega uma faca de pesca que guarda no seu armário e desce. Vai até a garagem, acende a luz, mas não vê nada. Caminha mais alguns passos, até o portão para se certificar. Ao dar meia volta se depara com Profany:
— Ahh!! — Renato se assusta. Com a mão tremula ele empunha sua faca: — Q-quem é você?! O que está fazendo aqui na minha casa...?
— Quem eu sou não lhe importa... — Responde Profany enquanto se aproxima. — O que eu estou fazendo aqui? Vim fazer justiça. — Ele serra os punhos em sinal de raiva.
— Se afasta!! Saia daqui, senão eu chamo a polícia!!
— Cale-se... Você não é nada... Não é ninguém... — Profany pega sua arma e aponta contra Renato. — Você deve morrer!
— V-você é louco...!! Abaixa essa arma... eu te dou o que você quiser!! — Renato levanta os braços e expressa muito medo.
— Eu não quero nada de você... Só sua morte me interessa... Sua abominação deve acabar... Você é um tumor que deve ser eliminado... — Profany está prestes a atirar, mas então sente aquele mal estar tomar conta de si novamente. O mal que protege Renato mais uma vez atinge Profany... — Não...!! Não pode ser!! — Profany se contorce de dor e cai de joelhos no chão. Renato entende que é a hora de reagir:
— Filho da puta!! Tome! — Renato o chuta várias vezes... — Quem é que vai morrer aqui? Hein?! Sou eu?? Maldito!! Desgraçado!! — Renato então usa sua faca e corta Profany. Ele geme a cada corte, mas em instantes os ferimentos se fecham milagrosamente, para o espanto de Renato: — O quê?! Que espécie de criatura é você?! — Renato larga sua faca, salta sobre Profany e sai da garagem, trancando a porta.
Profany está caído no chão sentindo muita dor. Não pelos chutes ou facadas de Renato, mas pelas forças negativas que envolvem seu inimigo. Profany achou que tinha fé o suficiente para ludibriar essas forças, e talvez tenha, mas não soube usar. E se o mundo é justo, se o bem sempre prevalece, ele aprenderá agora:
— Argh...! — Geme enquanto sua cabeça estoura de dor. — Fé... argh... de que adianta... essa fé...? — Vagarosamente ele procura se levantar. — Noriel... onde você está? Deus, onde você está?! Dai-me... dai-me a fé que preciso... A fé que preciso para proteger aquela criança... — Pondo-se de joelhos, Profany começa a sentir um alivio na dor. Então uma áurea celestial o envolve. Uma luz que lhe trás paz e acalento toma conta do seu corpo. Então ele ouve os clarins angelicais e uma voz grave como um trovão que lhe diz:
— Profaniel... julgaste bem o que fé, mas não soube usa-la. A fé não é um instrumento que se usa para alcançar algum objetivo e depois se descarta. A fé deve habitar seu coração em todos os momentos... Agora levanta-te, não mais odeie seu adversário, pois isto faz o mal se apoderar de ti. Se emitir o mal, receberá o mal. Do contrário, emita o bem, que receberá o bem. Vá e cumpra sua missão.
Disse a voz que não se ouvia com os ouvidos, mas com o coração. Não poderia Profany saber de quem era aquela voz, mas sentia ali autoridade e ao mesmo tempo ternura. Ao não ouvir mais a voz, Profany sentiu novas forças e se levantou. Ainda percebia que aquela áurea celestial estava sobre ele. Então entendeu o que deveria fazer:
— Não devo odiar meu adversário, por pior que ele seja... É isso que faz o mal tomar conta de mim. Agora sei... Agora porei um fim nisso!

Conclui no próximo Episódio...

Galeria de Desenhos

REVOLT


Página de Anderson Oliveira2005

Hosted by www.Geocities.ws

1