Amar...Odiar...Julgar...

                           Augusta Schimidt


        Eu amo, tu amas, ele ama...

          N�s odiamos,

                Eles julgam...N�o...

       N�s julgamos...n�s odiamos...n�s amamos...

Assim � a vida. Conjugamos o verbo amar, odiar, julgar a todo o momento. Somos juizes de todos, quando na verdade dever�amos era sermos juizes de n�s mesmos.
Certa vez, algu�m me disse que duas for�as nos movem para que alcancemos nossos objetivos: o amor e o �dio.
O �dio gasta a lentid�o das horas e sofre por n�o ser amor.
Ele ri das dores que a vida chora e por isso padece e exterioriza um amontoado de sentimentos e sensa��es confusas e reativas, abrangendo fatos de muitas ocasi�es. N�o h� relaxamento posterior.
O �dio n�o se esvai com o passar do tempo, apenas se desloca de um motivo a outro, de uma criatura a outra.
N�o h� riso, h� fel. E o fel consome energia, empobrece as rela��es. Nos prendemos voluntariamente a nosso desafeto, perdemos a coer�ncia. Ficamos masoquistas nos autoflagelando, todos os dias, pela lembran�a do passado. Odiamos, n�o queremos ver, por�m n�o deixamos de pensar no outro, carregando-o nos ombros e na id�ia. Atribu�mos-lhe for�a e poderes, pois tudo de ruim que acontece � por obra e gra�a desse odioso �dio.
Do �dio ao julgamento � um passo...
Tamb�m j� ouvi que a raz�o pela qual algumas pessoas acham t�o dif�cil serem felizes � porque est�o sempre a julgar �o passado melhor do que foi, o presente pior do que � e o futuro melhor do que ser�.
E o que � pior, julgamos a��es pelo prazer ou dor que nos causam.
Penso que enquanto julgamos n�o nos sobra tempo para amar...

Campinas/18/04/09
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