Dia da Consci�ncia Negra - Prof� Augusta Schimidt

Ter consci�ncia negra significa compreender que os negros s�o diferentes por pertencerem a uma ra�a e n�o por serem inferiores.

Ter consci�ncia negra significa n�o ter a vis�o elitista da hist�ria cl�ssica brasileira, respons�vel por afirma��es falsas que resultam em interpreta��es distorcidas do processo hist�rico brasileiro.

A id�ia de que o negro se submeteu � escravid�o sem reagir � uma grande falsidade, pois ao contrario, nossa hist�ria � em grande parte, a hist�ria da luta do negro pela liberdade. Luta que se expressou em diferentes momentos e formas.

O negro sempre reagiu � escravid�o, muitas vezes suicidando-se, muitas outras evitando a reprodu��o, assassinando feitores e propriet�rios. A fuga, que por diversas vezes empreendiam, constitu�a a forma mais comum de rea��o, pois a partir dela, formavam quilombos, onde tentavam reconstruir suas ra�zes africanas nas matas brasileiras.

Os negros tamb�m tiveram participa��o em importantes rebeli�es nas �pocas da col�nia e do imp�rio.

No Brasil, a pr�tica da democracia racial no ensino de nossa hist�ria � um dos mitos mais arraigados. A realidade nos mostra que o que temos na verdade � uma esp�cie de toler�ncia racial.

S�mbolo da resist�ncia negra contra a escravid�o, Zumbi, chefe do Quilombo dos Palmares na fase mais decisiva de sua luta, ousava sonhar com a liberdade e igualdade dos homens.

Em 20 de novembro, foi morto e exposto num requinte de crueldade, mas, deixou um sonho. O sonho da liberdade. E atrav�s desse sonho, Zumbi est� cada vez mais vivo em nossa hist�ria, n�o s� como her�i do povo negro, mas como um �cone da luta pela liberdade.

Como 21 de abril se prop�e a celebrar as id�ias de um libert�rio, o 20 de novembro deve cada vez mais se fortalecer na mem�ria nacional como uma data de comemora��o e reivindica��o para todos os brasileiros que, muitos ainda, precisam ter sua exist�ncia e direitos reconhecidos.
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