Sinais e Caracter�sticas de Dislexia - Prof� Augusta Schimidt

O ideal seria que toda crian�a fosse testada para detectar se ela sofre de dislexia. Por�m, o sistema educacional brasileiro � deficiente e h� uma falta de recursos na maioria das escolas do Pa�s. Portanto, � importante que pais e professores fiquem atentos aos sinais de dislexia para que possam ajudar seus filhos e alunos. O primeiro sinal de poss�vel dislexia pode ser detectado quando a crian�a, apesar de estudar numa boa escola, tem grande dificuldade em assimilar o que � ensinado pelo professor. Crian�as cujo desenvolvimento educacional � retardat�rio podem ser bastante inteligentes, mas sofrer de dislexia. O melhor procedimento a ser adotado � permitir que profissionais qualificados examinem a crian�a para averiguar se ela � disl�xica. A dislexia n�o � o �nico dist�rbio que inibe o aprendizado, mas � o mais comum. S�o muitos os sinais que identificam a dislexia. Crian�as disl�xicas tendem a confundir letras com grande freq��ncia. Entretanto, esse indicativo n�o � totalmente confi�vel, pois muitas crian�as, inclusive n�o-disl�xicas, freq�entemente confundem as letras do alfabeto e as escrevem de lado ao contr�rio. No Jardim de Inf�ncia, crian�as disl�xicas demonstram dificuldade ao tentar rimar palavras e reconhecer letras e fonemas. Na primeira s�rie, elas n�o conseguem ler palavras curtas e simples, t�m dificuldade em identificar fonemas e reclamam que ler � muito dif�cil. Da segunda � quinta s�rie, crian�as disl�xicas t�m dificuldade em soletrar, ler em voz alta e memorizar palavras; elas tamb�m freq�entemente confundem palavras. Esses s�o apenas alguns dos muitos sinais que identificam que uma crian�a sofre de dislexia. A dislexia � t�o comum em meninos quanto em meninas. O que pode ser feito?

Nunca � tarde demais para ensinar disl�xicos a ler e a processar informa��es com mais efici�ncia. Entretanto, diferente da fala � que qualquer crian�a acaba adquirindo � a leitura precisa ser ensinada. Utilizando m�todos adequados de tratamento e com muita aten��o e carinho, a dislexia pode ser derrotada. Crian�as disl�xicas que receberam tratamento desde cedo apresentam uma menor dificuldade ao aprender a ler. Isso evita com que a crian�a se atrase na escola ou passe a desgostar de estudar. � importante enfatizar que a dislexia n�o � curada sem um tratamento apropriado. N�o se trata de um problema que � superado com o tempo; a dislexia n�o pode passar despercebida. Pais e professores devem se esfor�ar para identificar a possibilidade de seus filhos ou alunos sofrerem de dislexia. Crian�as disl�xicas que foram tratadas desde cedo superam o problema e passam a se assemelhar �quelas que nunca tiveram qualquer dificuldade de aprendizado. Foram desenvolvidos diversos programas para curar a dislexia. N�o h� um s� tratamento que seja adequado a todas as pessoas. Contudo, a maioria dos tratamentos enfatiza a assimila��o de fonemas, o desenvolvimento do vocabul�rio, a melhoria da compreens�o e flu�ncia na leitura. Esses tratamentos ajudam o disl�xico a reconhecer sons, s�labas, palavras e, por fim, frases. � aconselh�vel que a crian�a disl�xica leia em voz alta com um adulto para que ele possa corrigi-la. � importante saber que ajudar disl�xicos a melhorar sua leitura � muito trabalhoso e exige muita aten��o e repeti��o. Mas um bom tratamento certamente rende bons resultados. Alguns estudos sugerem que um tratamento adequado, administrado ainda cedo na vida escolar de uma crian�a, pode corrigir as falhas nas conex�es cerebrais ao ponto que elas desapare�am por completo. Toda crian�a necessita de apoio e paci�ncia. Muitas crian�as disl�xicas sofrem de falta de autoconfian�a, pois se sentem menos inteligentes que seus amigos. Por�m, um bom tratamento pode curar a dislexia. Muitos disl�xicos tiveram grande sucesso profissional; existe uma alta porcentagem de disl�xicos entre os grandes artistas, cientistas e executivos. Muitos especialistas acreditam que pessoas disl�xicas, por serem for�adas a pensar de forma diferente, s�o mais habilidosas e criativas e t�m id�ias inovadoras que superam as de n�o-disl�xicos. Apesar das salas de aula estarem lotadas e apesar da falta de recursos para pesquisas, a dislexia precisa ser combatida. Muitos casos de dislexia passam despercebidos em nossas escolas. Muitas vezes, crian�as inteligent�ssimas, mas que sofrem de dislexia, aparentam ser p�ssimos alunos; muitas dessas crian�as se envergonham de suas dificuldades acad�micas, abandonam a escola e se isolam de amigos e familiares. Muitos pais, por falta de conhecimento, se envergonham de ter um filho disl�xico e evitam tratar do problema. Isso � lament�vel, pois crian�as disl�xicas que recebem um tratamento apropriado podem n�o apenas superar essa dificuldade, mas at� utiliz�-la como benef�cio para se sobressair pessoal e profissionalmente.

O processo criativo est� intimamente ligado ao cognitivo-expressivo, um auxiliando no desenvolvimento do outro, desde a educa��o infantil. Para que se desenvolvam as potencialidades dos alunos � necess�rio criar situa��es envolventes e interessantes onde o foco n�o seja suas dificuldades. Na Educa��o Especial, este foco � ainda mais importante, pois os alunos apresentam condi��es peculiares para o aprendizado. O papel do educador diante de uma turma, ainda mais se esta for heterog�nea, � o de adaptar cada atividade �s capacidades individuais, valorizando as possibilidades, n�o as limita��es. E nada melhor para isso que conhecer profundamente as potencialidades e as dificuldades de cada um.

Quando a criatividade � trazida � sala de aula, dentro de uma viv�ncia continuada de experi�ncias positivas, os alunos submetidos � educa��o diferenciada conseguem trabalhar sua express�o, e atrav�s dela transmitir a si mesmos e aos outros suas impress�es do mundo. Num processo de resignifica��o de conceitos dessa percep��o, o aluno tende a se reorganizar interiormente. Quando os est�mulos pedag�gicos referentes a conte�dos apropriados conseguem transformar um aluno, fazendo-o mais participativo no mundo, a� sim poderemos dizer que aconteceu a educa��o.

Fevereiro/2007
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