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Era
uma vez, uma família de sapos que morava num poço abandonado.
Ele era escuro e fundo e isolava-os do mundo exterior. Todos os costumes
e conceitos eram limitados pelo ambiente onde viviam e apesar disto, viviam
bem. Havia problemas, é lógico, pois eles representavam uma
família comum no dia a dia. Assim, o conhecimento existente passava
de geração para geração e a vida transcorria
normalmente.
Um dia, nasceu um sapinho muito curioso, sempre desejoso de conhecer mais
e mais. Numa bela noite, ele olhou para cima e viu algumas estrelas. Aquilo
o fascinou! O que seria aquilo? Perguntou-se a si mesmo. Questionando os
mais velhos e experientes, cada um dizia uma coisa diferente e notou não
haver o menor interesse em saber mais a respeito. O tédio era geral.
O pior é que ninguém o incentivava. Aconselhavam-no a não
perder tempo com aquilo. Que devia se preocupar em arrumar sua vida. Enfim,
que havia coisas mais importantes. Colocavam mil e uma objeções.
Todos estavam habituados a morar no fundo do poço e não havia
o menor interesse em mudar seus conceitos e enriquecer suas vidas. A vida
material era mais importante, desprezava-se o mundo do saber.
Mas nada daquilo o afetava. Ele sonhava acordado. Estava fascinado e desejava
ardentemente descobrir o mistério que envolvia a mesma.
Numa noite chuvosa, como nunca, o poço começou a encher-se.
E no meio de todo aquele aguaceiro misturado de trovões e relâmpagos,
o sapinho, num salto fabuloso, teve a oportunidade de pular para fora.
Quantas maravilhas ele vislumbrou! Havia árvores, pássaros
a cantar, o calor do sol, a brisa suave, o colorido das flores. O ambiente
era imenso e rico de novas informações. Como era grande a
sua satisfação. A sua noção de mundo havia
se expandido!
Depois de algum tempo, perambulando de cá para lá... A saudade
foi inevitável! Lembrou-se de sua família e resolveu voltar
para contar-lhes as boas novas, dizer-lhes que fora do poço havia
outro mundo.
E pluft... Todos ficaram contentes com o seu regresso. Entretanto, quando
o mesmo começou a contar-lhes as boas novas, que o mundo era diferente
do que estavam acostumados a perceber. Que era preciso reformular alguns
conceitos de vida, começaram, a caçoar do mesmo... Chamá-lo
de mentiroso...
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