Escola de Anjos |
Uma lenda hebraica conta que h� muito tempo atr�s, no c�u, existia uma escola preparat�ria de anjos. Naquele tempo, os aprendizes anjos passavam por um est�gio, que consistia em visitar, em duplas, a Terra para fazer o bem. No final de cada dia, apresentavam ao anjo professor um relat�rio das a��es praticadas. |
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Certa ocasi�o, dois anjos estagi�rios, ap�s procurarem por todos os cantos algu�m que necessitasse de ajuda e n�o encontrando ningu�m, resolveram regressar ao c�u, pois n�o haviam conseguido praticar nenhum salvamento. Mas, eis que dois homens apareceram caminhando por uma trilha. Um dos anjos, disse ao outro: - Tive uma id�ia! Que tal conceder a estes dois lavradores "vinte minutos de poder" para ver o que ir� acontecer?
O outro respondeu: - Voc� ficou maluco? O anjo professor n�o vai gostar nada disto! O primeiro retrucou: - Que nada, acho que nosso professor ir� gostar! Depois, contaremos � ele. Tocaram com suas m�os invis�veis as cabe�as dos lavradores e passaram a observ�-los |
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Os dois homens se separaram, e seguiram por caminhos diferentes. Depois de algum tempo caminhando, um deles avistou um bando de p�ssaros voando em dire��o � sua lavoura. Passando a m�o na testa suada disse: - Por favor meus passarinhos, n�o comam a minha planta��o! Preciso que esta lavoura cres�a e produza, pois � dela que tiro o meu sustento. |
Naquele momento, para seu espanto, a lavoura cresceu em quest�o de segundos, pronta para ser colhida. Assustado, esfregou os olhos e pensou: "Devo estar cansado". Acelerando o passo, acabou trope�ando sobre seu porco que havia fugido do chiqueiro. Mais uma vez, esfregou a testa e disse: - Meu porquinho! Voc� fugiu de novo! A culpa � minha, ainda vou construir um chiqueiro decente para voc�. |
Novamente, algo m�gico ocorreu: o chiqueiro se transformou em um local limpo e acolhedor. Esfregou os olhos novamente, apressou mais seus passos e pensou: "Estou muito cansado!" |
Ao chegar em casa, abriu porta, mas a tranca que estava pendurada caiu sobre sua cabe�a. Ele tirou o chap�u, passou a m�o no galo que se formou na cabe�a e disse: - De novo? O pior � que n�o aprendo! Tamb�m, n�o tem sobrado tempo... Mas hei de ter dinheiro para construir uma grande casa e dar um pouco mais de conforto para minha mulher.
Naquele instante, a humilde casinha se transformou em uma mans�o. Sem entender o que estava acontecendo, certo que tudo n�o passava de um sonho, ele se jogou numa enorme poltrona que estava � sua frente, e dormiu profundamente |
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Depois de observarem, os dois anjos voaram para a escola, e assim, contar ao anjo professor o que havia acontecido. Na verdade, estavam apreensivos pelo resultado negativo do segundo lavrador. Ouvindo com muita aten��o, o mestre parabenizou os dois pela id�ia brilhante que tiveram. Resolveu ent�o, decretar que, a partir daquele dia, todo ser humano teria "vinte minutos de poder" no decorrer do dia ou da noite, mas ningu�m saberia quando estes "vinte minutos de poder" estariam acontecendo. E agora? Os pr�ximos "vinte minutos de poder" ser�o seus? |
Obs. Este texto � uma lenda hebraica e n�o se sabe quem � o autor.
Consta na BN que faz parte das Lendas do Mundo . |
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Minutos depois, ele ouviu algu�m pedir socorro.
- Compadre, me ajude! Ainda atordoado, sem entender o que estava se passando, ele se levantou correndo. Tinha na mente, imagens muito fortes de algo que n�o entendia bem. Quando chegou � porta, encontrou o amigo em prantos. Ele s� se lembrava de que minutos antes, quando se despediram no caminho estava tudo bem. Ent�o perguntou: - Compadre, o que aconteceu? - N�s nos despedimos no caminho e eu segui para minha casa. Acontece que vi um bando de p�ssaros voando em dire��o � minha lavoura. Fiquei revoltado e gritei: - Voc�s de novo atacando a minha lavoura? Tomara que seque tudo e voc�s morram de fome! - Naquele exato momento, eu vi a lavoura secar e todos os p�ssaros morrerem diante dos meus olhos! Assustei-me, pensei comigo, devo estar cansado e apressei o passo. Andei um pouco mais e tropecei no meu porco que havia fugido do chiqueiro. Fiquei muito bravo e gritei mais uma vez: - Voc� fugiu de novo! Porque n�o morre logo e para de me dar trabalho? - Compadre, n�o � que o porco morreu ali mesmo na minha frente !!! - Achei que estava vendo coisas e apresei o passo . Chegando em minha casa, a tranca da porta me caiu na cabe�a e como eu j� estava com raiva gritei: - Esta casa... caindo aos peda�os, porque n�o pega fogo logo e acaba logo com isso! - Para surpresa minha, compadre, naquele exato momento, a minha casa pegou fogo e tudo foi t�o r�pido que eu nada pude fazer! - Mas... compadre,o que aconteceu com sua casa? De onde veio esta mans�o? |