Beatriz por um triz*
Tere Penhabe
Augusta Schimidt
Nelim Monti
Como uma borboleta
Beatriz por um triz*

Como uma borboleta, voei a seu lado.
Estive em todos os cantos do mundo .
Viví todos os contos de amor.

Nessa viagem mágica
pude sentir o gosto doce da liberdade,
a sensação da paz tão cristalina
quanto a água que nos banhou.

Como uma borboleta,
pousei em flores e fartei-me de seus odores.
Cintilei com os pirilampos
nos campos da imaginação.

Como uma borboleta,
talvez de cristal,
dissipei-me no espaço
em infinitos estilhaços
quando me perdi de você.
Como uma Tigresa
Tere Penhabe
Como um beija-flor
Augusta Schimidt

Como um beija-flor
Ávido de ternura
Bailo pela vida
A procura de um amor

Como um beija-flor
Busco o néctar das flores
Para distribui-las doces
Aos amigos conquistados

Como um beija-flor
Colorido com as cores do arco-íris
Desenho matizes no ar
De cores que fazem sonhar

Como um beija-flor
Traço versos de desejos
Levo nas asas o que almejo
E deposito nas flores
O perfume da paz
Pássaro Pequeno
Nelim Monti

Sou pássaro pequeno
Não ensinaram-me voar...
Mas....nas alturas gostaria de estar
Alturas são apenas sonhos...
Sonhadora que sou.

Vivo a viajar
através do céu azul
pelas nuvens brancas
Me vejo voando...
lado a lado com os pássaros 
ao lado das estrelas.

Perdida, voando,
planando...
Olhando para você que está acima
do que eu poderia sonhar. 
E...nesses devaneios
Acordo,
choro...

Através das minhas lágrimas
posso vê-lo acenando ao longe,
Bem longe...
Nas alturas.

Mas chegará o dia em que
o pássaro pequeno
terá que sair do ninho
E...vai machucar-se

Mas....
Preciso voar
tenho que arriscar-me....
Se não nunca
aprenderei a voar...
E serei sempre um pássaro
pequeno triste a cantar

Cajuru, 13/07/2003
Cirandinhas
Arca de Noé

Como uma Tigresa
Tere Penhabe

Como uma tigresa, eu lhe conheci
arrombei minhas muralhas
para lhe encontrar...amar você...
caminhando solitária na floresta densa.

Não desisti de compreendê-lo
só porque era difícil, tal qual uma tigresa
segui em frente, lambendo-lhe as feridas
balsamizando-lhe a alma sem cansar...

Como uma tigresa, corri pelos prados com você
busquei os horizontes na caça à vida
dormi sob as estrelas, vi nascer muitos dias
esgueiramos camuflados pelas longas trilhas...

Como uma tigresa, dei-lhe a cria que tanto queria
mas o mundo hostil a arrebatou de nós
deixamos viver nossas dores, que cada um sentia
mantivemos nosso porte altivo e invencível...

Como uma tigresa também, que eu vi amanhecer
aquele que seria um lindo dia, de repente escureceu
nas trevas do desamor, da cumplicidade não sentida
deixou-me só, a lamber minhas próprias feridas...

...como uma tigresa...

Santos, 21.08.2005

www.amoremversoeprosa.com
Hosted by www.Geocities.ws

1