na ciranda da vida
sou do caminho
crian�a que alcan�a
a folia, os jogos,
brincadeiras de rua
descal�a

sou tamb�m
a jovem rebelde
que muda o mundo
e n�o conta suas horas
e valsa
no sonho
de um primeiro amor
que me al�a

sou a mulher  paix�o
inveterada...abusada
em tudo que faz
entre aqueles que ama
por  quem  acredita
� verdade
meio desajeitada
mas... falsidade
n�o cal�o

sou mulher  eternizada
pela gra�a da maternidade
para  quando eu virar p�
sou m�e de filhas
tento ser igual
ser m�e de m�e
sou m�e-av�
e nessa me esgar�o

sou mulher amada e amante
de um amor que j� se faz
desde um tempo distante
que persiste recordar 
da vida em comum
todos os sabores
apagar as dores
e, quando e se surgem,
vencer os percal�os

sou a mulher cidad�
que n�o aceita  injusti�a
que a combate
como o melhor
dos combates
e assume na li�a
e da justi�a
no encal�o

mas sou tamb�m
o feminino olhar taciturno
muitas vezes descrente
do mundo
e no sombrio da vida
nesse semidiurno
procuro a ribalta
e na lira
meu espa�o

sou amante da noite
dos seus vaga-lumes
e com eles converso
e me ouvem os queixumes
e canto...e canto
agora em versos
que passo e repasso

e assim sigo a trilha
pois sou peregrina
apenas
de um mundo
de melhores cores
e sigo assim
talvez, e apenas tamb�m,
peregrina de mim!

GuiPer�
Auto -retrato
Augusta Schimidt
Tere Penhabe
Raquel Caminha
Bernardino Matos
Nelim Monti
Wladimir Silva
Vera Ribeiro Guedes
Auto-retrato
Augusta Schimidt
Neste auto-retrato que fa�o
Passo a passo vou mostrando o la�o
Que me liga ao abra�o
Desta vida que escolhi viver.

Sou dengosa
Sou manhosa
Sou birrenta, barulhenta
Sou o trov�o do temporal
Sou a claridade do amanhecer

Amo o amor
Entendo a dor
Sou amante da lua
Sou aliada do sol

N�o gosto de chuva
N�o gosto de luva
N�o gosto de nada
Que impe�a a verdade
Mas uma coisa � preciso dizer:
Gosto e muito
De uma boa amizade.

Gosto tamb�m de ter esperan�a
De acreditar no meu  semelhante
De ver a vida passar
E aprender com o vento
As li��es do tempo.

Esta sou eu
E vivendo eu vou.
Continuo aprendendo
At� a morte chegar
Com a certeza de ter vivido e aprendido
O bastante pra poder doar.
Auto-retrato
Tere Penhabe
Sou assim...
Um peda�o querendo partir
outra parte querendo ficar.
Entre os dois, um sonho enorme
de ainda poder amar...

E bem al�m
do que o espelho mostra de mim
minha alma busca constante o horizonte
porque acha que ali � residente
a doce esperan�a que eu perdi...

Santos, 16.02.2006_16:00 hs
www.amoremversoeprosa.com
Auto Retrato
Raquel Caminha
Sou mulher e ao mesmo
tempo menina faceira.
Cresci e dizem que n�o amadureci.
Sou arteira, brincalhona e feliz.
Me engano dizendo que sou forte
mas na hora  da injusti�a, choro.
Quem olhar o meu auto retrato
vai ver a minha sorte.
Sou sincera, apaixonada pela vida
j� vi a at� a morte de perto, mas
ela n�o suportou ver a minha felicidade
sorrateiramente sozinha partiu.
Para felicidade de todos voc�s.
. AUTO-RETRATO
  Bernardino Matos
Desde crian�a que eu vivo em conflito,
entre o que sinto, penso e procuro,
e o que me deparo, isso me deixa aflito,
sobretudo quando vejo tudo escuro.

Quando crian�a, vivendo em pleno sert�o,
meu sonho era estudar, aprender, sair,
eu me sentia oprimido, s�, sem solu��o,
e o mais grave, n�o sabia para onde ir.

Eu via aquele povo sofrido, desnutrido,
pobre, sem perspectiva, abandonado,
eu queria mudar aquele sert�o do�do,
embora pequeno, na dor estava ligado.

Estudei, me formei, empreendi, lutei,
e depois de tantos anos tudo est� no mesmo,
o cen�rio mudou, envelheci, s� eu sei,
assisto a mesma gente caminhando a esmo.

Eu detesto a injusti�a, o descaso, o desprezo,
essa pol�tica corrupta, criminosa, cruel,
meu conflito � o mesmo, nunca tive o ensejo,
de ver o pobre assistido, sem amargar esse fel.

Sou sens�vel, franco, aberto, sonhador, persistente,
�s vezes impaciente, n�o falo muito, sou lutador,
n�o me busco a riqueza, mas quero ser competente,
naquilo que realizo, tudo o que fa�o � com amor.

Dois sonhos realizei o que me deixa muito feliz,
tenho uma esposa que preenche minha vida,
a Universidade me acolheu mudou o meu matiz,
chego no fim da estrada de p�, n�o tombei na lida.

               Fortaleza, 19 de fevereiro de 2006
Auto Retrato
Nelim Monti
Quem �s tu Mulher
meio menina
Menina meio Mulher
Que tem coragem de ser menina
Sem nunca deixar de ser Mulher.


T�mida, sonhadora
Rom�ntica, idealista
Que acredita em flores,
melodias, em sonhos...
Em l�grimas e sorrisos de dor.


Mulher meio menina
Que tr�s em teus sonhos
Doces amores
No meio da poesia.
 
Precisa acordar tua alma confusa
Teu cora��o apertado entre luzes
e cores que  n�o refletem.
Entender a linguagem da vida
em plena a��o.
Auto Retrato 
Wladimir Silva
Nasci em local sereno,
um sonho pequeno, � beira do mar.
Carrego no peito a saudade,
de um tempo eterno, tempo de amar.
Confesso que tenho defeitos,
um jeito teimoso de acreditar,
que o mundo de tanto mal feito,
ainda tem jeito de se modificar.
Espalho os sonhos que tenho,
divido momentos de paz.
�s vezes, apesar do empenho,
me calo e me sinto t�o incapaz.
Sou feito de pedra e de �gua,
procuro na vida a felicidade.
Sinto que tudo des�gua,
em bons momentos de eternidade.
Auto - Retrato
Vera Ribeiro Guedes
Descrever o que sou,
A come�ar pelo que fui,
E o que de mim restou...

Ainda beb�, batizada,
Hoje, Crist� declarada.

Da crian�a cheia de esperan�a,
Uma doce lembran�a.

Da adolescente apaixonada,
Uma mulher amada.

Da universit�ria aplicada,
Um diploma em um quadro,
No arm�rio engavetado.

Da mulher casada,
Um bom marido,
Amantes, amados,
Ainda enamorados.

Da m�e dedicada,
Dois lindos filhos,
Um adolescente em fase plena,
Uma geniosa temporona,
Que com cara de chorona,
Rouba toda a cena.

Este � o meu relato,
Pois, n�o pinto retrato,
Sou o que o meu nome diz.
Vera, verdadeira, verdade,
Sigo sempre a diretriz,
De um cora��o em liberdade.

E, tendo o amor como meta,
E as palavras como seta,
Que atingem o cora��o,
Posso dizer com raz�o,
E sei que estarei certa,
Sou simplesmente... Poeta!
Cirandinhas
Vilma Oliveira
Gui Ferreira de Oliva
Auto - retrato
VilmaOliveira
Pintei o meu rosto
Com todas as tintas
Vi nele o desgosto
N�o h� quem n�o sinta
Na face estampada
Vida estagnada
Mon�tona e sucinta!

Desenhei meu retrato
Com tra�os marcados
Vi nele o relato
Sombrio do passado
No contorno que existe
Parece t�o triste
Mart�rio dobrado!

Tentei tudo enfim
Mostrar como eu sou
Um pouco de mim
Desde que come�ou...
Mem�rias da inf�ncia
No peito a �nsia
Que nunca acabou!

Fiz de cada poesia
Uma raz�o bem maior
Sonhos e fantasias
O perfume da flor
Nas tardes vazias
Nas noites sombrias
Buscava o amor!

Mas nunca o tivera
De mim se escondeu
E na primavera
Com ela morreu
Deixou-me t�o s�...
Desconsolo sem d�
Partiu, n�o viveu!
Auto - retrato
Gui Ferreira de Oliva
Claudia Alkmin Rodrigues
AUTO RETRATO



Tra�o
meus pr�prios tra�os
Crio
Me refa�o.

Sou quem quero ser
O tempo
N�o me afeta
Me completa.

Auto Retrato
Da minha alma
Do meu ser

Fa�o e desfa�o la�os
Contornos
Da minha face
Do meu corpo

Meu auto retrato


26/02/2006
Claudia Alkmin Rodrigues
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