Enigma
Juntei as sobras dos meus
nadas
e fiz com elas um poema de
amor.
Enxuguei o olho que já
estava seco
e torci o meu encharcado
coração.
Escutei o soluço do meu
silêncio
E fui brincar nas barrancas
da minha dor.
A dor fugiu -
a lágrima secou.
o coração pingava gotejante
na canção do silêncio
e o que sobrou dos nadas
e dos tudos -
eu chamei de amor - e acho
que amei.
Ayda Bochi Brum
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