DESCOBERTAS SOBRE O DENGUE

A notícia é quentíssima. Pesquisadores da Universidade Purdue, no Estado americano de Indiana, anunciaram a descoberta da estrutura tridimensional do vírus da dengue, que pertence à família dos flavivirus. A descoberta acontece no momento da maior epidemia de dengue da história do Rio de Janeiro, que já acumula milhares casos e algumas mortes. Parece incrível, mas a ciência médica ainda não tinha um retrato falado do culpado. Agora tem. Além da dengue, a família dos flavivirus inclui os agentes causadores da febre do Oeste do Nilo, da febre amarela, da encefalite e da encefalite de St. Louis, doenças transmitidas pela picada de insetos como o mosquito Aedes egypti, que infesta o território brasileiro. A importância da descoberta está no fato dela poder ajudar os cientistas a desenvolver agentes antivirais e criar novas estratégias de combate à dengue, revela Richard Kuhn, o professor de Ciências Biológicas que liderou a pesquisa. "Ao estudar a estrutura do vírus, poderemos compreender a atividade química e biológica que ocorre quando o vírus infecta as células humanas".

Michael Rossmann, co-autor do estudo e o primeiro cientista a resolver em 1995 a estrutura molecular de um vírus, disse que o feito é um marco no estudo viral. Segundo ele, a superfície do vírus da dengue, como pode ser visto na ilustração, é bastante uniforme, lembrando uma bola de golfe. "A maioria dos vírus tem um grande número de ferrões e de projeções na sua superfície, que servem para interagir com as células humanas que invadem", diz Kuhn. "Até mesmo entre os vírus da gripe e o HIV os ferrões são comuns". Porquê os flavivirus são muito parecidos entre si, o estudo da estrutura molecular do vírus da dengue ajudará com certeza na busca de terapias contra a febre amarela e a febre do Nilo, a primeira presente na Amazônia e a segunda, que mata dezenas de milhares de pessoas todos os anos na África, afirma Kuhn.

Descoberto o vírus da dengue!
 

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