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O sucessor de Prudente de Morais recuperou a situação
financeira do Brasil, abalada pelas revoltas e pelas crises econômicas
ocorridas nos governos anteriores. Para restabelecer o crédito brasileiro no
exterior, Campos Sales negociou com banqueiros de outros países um acordo
denominado funding loan. Por esse acordo, o Brasil deixaria durante um
determinado período de pagar juros dos empréstimos anteriores e faria um novo
empréstimo. O governo dava como garantia as rendas das alfândegas de alguns
portos, da Central do Brasil e do abastecimento de água do Rio de Janeiro. O
principal auxiliar do presidente foi o ministro da fazenda, Joaquim Murtinho,
que tomou uma série de medidas para restaurar as abaladas finanças do país.
Para garantir o apoio do Congresso à sua política
financeira, Campos Sales colocou em prática a política dos
governadores,que caracterizava toda a vida política do país até a Revolução
de 30.
Como já dissemos, a política dos governadores consistia
basicamente num acordo entre o presidente da República e os governadores dos
Estados, visando fortalecer ambas as partes. Seriam admitidos no poder
Legislativo federal apenas os deputados que representassem a situação em seus
respectivos Estados. Após as eleições, a Comissão Verificadora de Poderes,
controlada pelo Executivo federal, "diplomava" ou "degolava"
os candidatos eleitos, conforme fossem ou não partidários do governo de seu
Estado. Em troca, a Câmara dos Deputados eleita e "diplomada" daria
todo o apoio às iniciativas do governo federal.
Através desse sistema, as oligarquias estaduais mantiveram-se
no poder durante décadas e, ao mesmo tempo, ficou assegurado o predomínio político
de São Paulo e Minas Gerais, os dois Estados economicamente mais fortes e com
maior representação no Congresso.
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