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Disputa pela hegemonia mundial
entre Estados Unidos e URSS após a II Guerra Mundial. É uma
intensa guerra econômica, diplomática e tecnológica pela
conquista de zonas de influência. Ela divide o mundo em dois
blocos, com sistemas econômico e político opostos: o
chamado mundo capitalista, liderado pelos EUA, e o mundo
comunista, encabeçado pela URSS. Provoca uma corrida
armamentista que se estende por 40 anos e coloca o mundo sob
a ameaça de uma guerra nuclear.
Após a II Guerra Mundial, os soviéticos controlam os países
do Leste Europeu e os norte-americanos tentam manter o resto
da Europa sob sua influência. Apoiado na Doutrina Truman –
segundo a qual cabe aos EUA a defesa do mundo capitalista
diante do avanço do comunismo –, o governo norte-americano
presta ajuda militar e econômica aos países que se opõem
à expansão comunista e auxilia a instalação de ditaduras
militares na América Latina. O Plano Marshall, por exemplo,
resulta na injeção de US$ 13 bilhões na Europa. A URSS
adota uma política isolacionista, a chamada Cortina de
Ferro. Ajudada pelo Exército Vermelho, transforma os
governos do Leste Europeu em satélites de Moscou.
Nos anos 50 e 60, a política norte-americana de contenção
da expansão comunista leva à participação da nação na
Guerra da Coréia e na Guerra do Vietnã. A Guerra Fria
repercute na própria política interna dos EUA, com o
chamado macarthismo, que desencadeia no país uma onda de
perseguição a supostos simpatizantes comunistas.
Corrida nuclear – A Guerra Fria amplia-se a partir de 1949,
quando os soviéticos explodem sua primeira bomba atômica e
inauguram a corrida nuclear. Os EUA testam novas armas
nucleares no atol de Bikini, no Pacífico, e, em 1952,
explodem a primeira bomba de hidrogênio. A URSS lança a sua
em 1955. As superpotências criam blocos militares reunindo
seus aliados, como a Otan, que agrega os anticomunistas, e o
Pacto de Varsóvia, do bloco socialista.
Com a descoberta da instalação de mísseis soviéticos em
Cuba, em 1962, os EUA ameaçam um ataque nuclear e abordam
navios soviéticos no Caribe. A URSS recua e retira os mísseis.
O perigo nuclear aumenta com a entrada do Reino Unido, da
França e da China no rol dos detentores de armas nucleares.
Em 1973, as superpotências concordam em desacelerar a
corrida armamentista, fato conhecido como Política da Détente.
Esse acordo dura até 1979, quando a URSS invade o Afeganistão.
Em 1985, com a subida ao poder do líder soviético Mikhail
Gorbatchov, a tensão e a guerra ideológica entre as
superpotências começam a diminuir. O símbolo do final da
Guerra Fria é a queda do Muro de Berlim, em 1989. A Alemanha
é reunificada e, aos poucos, dissolvem-se os regimes
comunistas do Leste Europeu. Com a desintegração da própria
URSS, em 1991, o conflito entre capitalismo e comunismo cede
lugar às contradições existentes entre o hemisfério
norte, que reúne os países desenvolvidos, e o hemisfério
sul, onde está a maioria dos subdesenvolvidos.
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