NOVIDADES NAS EDIÇÕES DA FUNDAÇÃO  

  ENG. ANTÓNIO DE ALMEIDA  

 

Dos Fideicomissos - Fernando Aguiar Branco 3.000$00
Surtos - Fernando Aguiar Branco 3.500$00
A Retórica Greco-Latina e a sua Perenidade - Fac. Letras Univ. Coimbra (2 Vol) Preço de cada volume 6.000$00
Da Natureza ao Sagrado - Fac. Letras Univ. Coimbra (2 Vol) Preço de cada volume 6.000$00
A Diáspora Judaica - Revista Nova Renascença 6.600$00
Revista Filosófica de Coimbra Nº 16   2.200$00
Revista Veredas Nº 2   5.000$00
Revista Mediaevália Nº11/12 4.400$00
Digressões Autobiográficas 3ª Edição - Fernando Aguiar-Branco 3.500$00
Filologia, Literatura e Linguística- Colóquio Internacional Curia/1997 3.000$00
Entre Florença e Guernica - António Quadros Ferreira 3.000$00
Actas do IV Congresso Internacional de Estudos Pessoanos - Secção Norte-Aamericana  3.000$00
Revista Filosófica de Coimbra - Vol 9 - Nº 17  2.200$00
Revista Militarium Ordinum Analecta - Nº 3/4   4.200$00
Diálogo e Tempo - Homenagem a Miguel Baptista Pereira  5.000$00
Revista Filosófica de Coimbra - Vol 9 - Nº 18 NOVIDADE
A Ilha Ancestral: Vitorino Nemésio e Cecília Meireles - Margarida Maia Gouveia NOVIDADE

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«REVISTA FILOSÓFICA DE COIMBRA»

Publicação Semestral

Vol. 8 — Nº 16 — Outubro de 1999

         Publicação semestral do Instituto de Estudos Filosóficos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

         Director: Miguel Baptista Pereira

         Coordenação Redactorial: António Manuel Martins e Mário Santiago Carvalho

         Conselho de Redacção: Alexandre F. O. Morujão, Alfredo Reis, Amândio A. Coxito, Anselmo Borges, António Manuel Martins, António Pedro Pita, Carlos Pitta das Neves, Diogo Falcão Ferrer, Edmundo Balsemão Pires, Fernanda Bernardo, Francisco Vieira Jordão, Henrique Jales Ribeiro, João Ascenso André, Joaquim das Neves Vicente, José Encarnação Reis, José M. Cruz Pontes, Luísa Portocarrero F. Silva, Marina Ramos Themudo, Mário Santiago de Carvalho, Miguel Baptista Pereira

         Redacção:

         Revista Filosófica de Coimbra

         Instituto de Estudos  Filosóficos

         Faculdade de Letras

        

Artigos:

           Miguel Baptista Pereira — Filosofia e memória nos caminhos do milénio

  G. J. McAleer — Rebels and christian princes: Camus and Augustine of violence and politics.

            Fernanda Bernardo — Da responsabilidade ética à ético-política-jurídica: A incondição da responsabilidade ética enquanto incondição da subjectividade do sujeito segundo Emmanuel Lévinas.

 

Estudo:

         José Reis — O tempo em Kant

 

           Recensão

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«VEREDAS»

Revista da Associação Internacional da Lusitanistas

Volume 2 — Dezembro de 1999

 

         Director: Helder Macedo

         Director Adjunto: Sebastião Pinho

         Conselho Redactorial: Aníbal Pinto de Castro, Axel Schonberger, Claudio Guillén, Fernando Gil, Francisco Bethencourt, Henry Thorau, J. Romero de Magalhães, Jorge Couto, Laura Padilha, Maria Alzira Seixo, Marie-Hélène Piwnick, Onésimo T. Almeida, Ria Lemaire. Por inerência: Ana Paula Ferreira, Benjamin Abdala Jr., Carlos Reis, Christopher Lund, Cleonice Berardinelli, Ettore Finazzi-Agrò, Helder Macedo, Isabel Pires de Lima, José Octávio Van-Dúnem, Regina Zilberman, Sebastião Pinho, T. F. Earle.

         Redacção:

         VEREDAS — Revista da Associação Internacional de Lusitanistas

         Faculdade de Letras

         ÌNDICE

         Aida Fernanda Dias — Uma bibliografia medieval em suporte electrónico

         Eduardo Javier Alonso Romo — Os escritos portugueses de um Jesuíta holandês no Oriente: Gaspar Barzeu (1515-1553)

         Márcia M. De Arruda Branco — Camões, leitor de Sá de Miranda

         Anne-Marie Quint — Ideias subversivas de um humanista cristão

         Maria Theresa Abelha Alves — Padre António Vieira, a exegese escriturária e o Quinto Império

         Christopher Lund — António Vieira e Menasseh ben Israel: uma aproximação de dois hermeneutas

         Matildes Demetrio Dos Santos — Literatura e História: Cartas Persas e Chilenas

         Vilma Arêas — Um Primo Basílio da periferia

         Virgínia Soares Pereira — Garrett, Fr. Luís de Sousa e Fr. Gil de Santarém

         Maria Manuel Lisboa — "Num bi nada": O incesto e a oportunidade perdida n´Os Maias

         Maria de Lourdes A. Ferraz — Camilo leitor de Castilho

         David Broockshaw — Macau e os Macaenses: considerações sobre a  obra de Henrique de Senna Fernandes e Rodrigo Leal de Carvalho

         Maria Alzira Seixo — O Canto Isolado de Edmundo de Bettencourt

         Aparecida de Fátima Bueno — Das Odes ao romance: a construção do personagem em O Ano da Morte de Ricardo Reis

         K. Davis Jackson — O desespero da musa: a paixão e o texto de vanguarda

         Isabel Cristina Rodrigues — Cartas de Sandra de Vergílio Ferreira: a encenação do diálogo epistolar

         Luci Ruas Pereira — Vergílio Ferreira ou a paixão da escrita

         Carlos D´Alge — Uma leitura dos romances de José Cardoso Pires

         Maria Lucia Fernandes Guelfi — O Delfim: Uma leitura pós-moderna da história

         Cristina Robalo Cordeiro — Da Paixão às Vozes da Paixão de Almeida Faria: morfologia de uma metamorfose

         Amet Kébé — Símbolos e Ideologias em "1 Morto e os Vivos" de Manuel Rui Monteiro

         Benjamim Abdala Junior — De vôos e ilhas — imagens utópicas e o mito de Ícaro, em recortes clássicos e contemporâneos

         Diva Cardoso de Camargo — O Primitivismo: apenas velhos "manifestos" e "prefácios"?

         Manuel António de Castro — Poética e poiésis: a questão da interpretação

         Júnia de Castro Magalhães Alves e Lúcia Trindade Valente — Harmada: a "fulminância" na escrita de um texto contemporâneo

         Gilma Tietler — O erotismo na força da palavra dita

         Emmanoel dos Santos — O amor à língua materna no Brasil e a questão do empréstimo

         Barbara Hlibowicka-Weglarz — A situação actual da língua portuguesa na Polónia — (O exemplo da Universidade Maria Curie Sklodowska de Lublin)

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«MEDIAEVALIA»

Textos e Estudos

Nº 11/12 (1997)

Publicação da responsabilidade do Gabinete de Filosofia Medieval da Faculdade de Letras do Porto e da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa — Porto

Directora: Maria Cândida Monteiro Pacheco

Conselho científico: Agostinho Figueiredo Frias, Ângelo Alves, Arnaldo Pinho, Carlos Moreira de Azevedo, José Acácio Aguiar de Castro, José Francisco Meirinhos, José Maria Costa Macedo, Maria Isabel Pacheco, Mário Santiago de Carvalho

 

ÍNDICE

         TEXTOS

         Geraldo J. A. Coelho Dias

         Bernardo de Claraval: Apologia ad Guillelmum Abbatem — Apologia para Guilherme, Abade

         Apresentação

         Textos latino e tradução

         Textos paralelos

 

         ESTUDOS

         Mafalda de Faria Blanc — O Ente, o Ser e os seus transcendentais

         Maria Manuela Brito Martins — La théorie de la représentation chez Augustin dans le livre XI du De Trinitate

         Vera Rodrigues — La Conception de la Philosophie chez Thierry de Chartres

         José Francisco Meirinhos — S. António de Lisboa, escritor. A tradição dos Sermones: manuscritos, edições e textos espúrios

         Bernardino Fernando da Costa Marques — Santo António de Lisboa na "Summa Sermonum" de Frei Paio de Coimbra, O.P.

         Mario Santiago de Carvalho — Sobre o Projecto do "Tractatus de productione creaturae" de Henrique de Gand

         Ricardo da Costa — Ramon Llull (1232-1316) e o modelo cavaleiresco ibérico: "o Libro del Orden de Caballería"

         Índices — Manuscritos; Autores e obras anónimas

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«DIGRESSÕES AUTOBIOGRÁFICAS» (3ª Edição)

Por: Fernando Aguiar Branco

         "... vou procurar sozinho; não conto com grandes meios próprios, mas à força de trabalho irei até onde puder: pelo menos, permanecerei livre." MICHEL SERRES

         Não sou, e julgo que nunca serei, um memorialista. "Digressões Autobiográficas" não são, e sobretudo não pretendem ser, um livro de memórias. São vivências que se escaparam do espaço do tempo linear. São vivências intrinsecamente turbulentas. É como se fossem de hoje, ou melhor, do meu sempre: nelas é presença constante, de forma mais ou menos visível ou apreensível, a conjectura. "Digressões Autobiográficas" impuseram-se-me; e com tal força que, metaforicamente, a escrita é delas própria; eu fui seu instrumento. Verdade é que sem elas não me sentia capaz de me abalançar a outras escritas que trago em mente. Precisava de me conhecer e de possibilitar aos outros esse conhecimento. Conhecidos os eventos, de vária natureza, que enformam a minha personalidade, torna-se mais acessível a compreensão do meu comportamento e dos actos que pratico. Exige-se alguma coragem que, simultaneamente, nunca ultrapasse o respeito que nos devemos e àqueles que estiveram ou estão connosco intimamente ligados.

         "Quem prescindir — diz José Marinho — do conhecimento de si e julgou atingir a verdade por uma espécie de esquecimento ingénuo ou desabusado de si mesmo, não chegará a nada de seguro." (...) "Não posso prescindir — continua José Marinho — do conhecimento de mim próprio, embora não o haja de tomar como fim."

         "Digressões Autobiográficas", considerados os apontados objectivos, excluem de si mesmas a gestação de polémica e a ofensa de quem quer que seja. Se assim não acontecer, peço, desde já, que, por carência de vontade e intenção, seja relevado desse efeito que não desejei.

         De realçar um facto que, não obstante ser exterior à minha personalidade, foi, todavia, determinante para a publicação de "Digressões Autobiográficas": o dia 1 de Agosto deste ano de 1997. Há cinquenta anos, no dia 1 de Agosto, obtive a minha licenciatura em Direito, na Universidade de Coimbra. Não pude subtrair-me à força mágica desta data. Escrevi "Digressões Autobiográficas" em quinze ou dezasseis momentos temporais seguidos e com a duração de cerca de quatro a cinco horas cada um. Exigiram-me um grande esforço: escrevia sobre mim, o que me é dolorosamente desagradável; a tal ponto, que retomei sempre a escrita sem ler o que já havia escrito. Nota-se, facilmente, o que aponto. Há bocados de texto mais fluentes e outros mais "encaracolados", e repetições, umas mais evidentes do que outras; mas sempre uma vivência de acontecimentos, objectivos ou subjectivos, plena de turbulência, que encontra o seu enfiamento lógico na lógica própria do caótico.

         As notas de rodapé levaram muito tempo a concretizar, porque, para além da obtenção dos inúmeros elementos informativos, tinha de observar-se, tanto quanto possível, o rigor das normas que as regem.

         "Digressões Autobiográficas" não sofreram, intencionalmente, depuração ou arranjo estilístico, para além de uma singela revisão, nem arranjos de estrutura; surgem com os defeitos e as virtudes próprios da espontaneidade que desejei preservar, como sinal marcante de verdade, melhor dizendo, da minha verdade. Aí está, porventura, o único mérito.   Porto, 1 de Agosto de 1997 — FERNANDO AGUIAR-BRANCO

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«FILOLOGIA, LITERATURA E LINGUÍSTICA»

Colóquio Internacional — Curia 1997

Comemorações do Centenário do Nascimento do Professor Doutor Manuel Rodrigues Lapa  

ÍNDICE GERAL

Alocução do Presidente da Comissão Organizadora, Dr. Fernando Loureiro

Alocução do Presidente da Câmara Municipal de Anadia, Engº Sílvio Cerveira

Alocução do Director do Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, Prof. Doutor Francisco Bethencourt

Alocução do Presidente da Comissão Científica, Prof. Doutor Américo da Costa Ramalho

 

         COMUNICAÇÕES

Maria de Lourdes Belchior — Génese e evolução da Estilística

Giulia Lanciani — Dos relatos de naufrágios à «História Trágico-Marítima»: um exemplo de dinâmica textual

Maria Helena Ribeiro da Cunha — As "Lições" de Rodrigues Lapa na Universidade de São Paulo

Américo da Costa Ramalho — Os Quinhentistas editados por Rodrigues Lapa

José Luís Rodrigues — A Galiza «raiz anterga da nossa cultura» ou «a portugaleguidade» de Rodrigues Lapa

Guiuseppe Tavani — O reconstrutivismo de Lapa na edição das Cantigas d´escarnho e de mal dizer

Elsa Gonçalves — O conceito e a prática da antologia

Constantino Garcia — a situación do galego actual

Dieter Kremer — Rodrigues Lapa, o léxico mediaval e a linguística

Ivo Castro — Rodrigues Lapa e as origens do romance de cavalaria em Portugal

Paulo Roberto Pereira — Lapa editor de Gonzaga: 1937-1957. Sua recepção na crítica brasileira

Telmo Verdelho — Síntese e balanço dos trabalhos

 

SESSÃO DE ENCERRAMENTO

Alocução do Presidente da Comissão Científica, Prof. Doutor Américo da Costa Ramalho

Alocução do Senhor Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio

Alocução do Presidente da Câmara Municipal de Anadia, Engº Sílvio Cerveira

FOTOGRAFIAS

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«ENTRE FLORENÇA E GUERNICA»

António Quadros Ferreira

        Textos publicados em revistas têm destino breve e ingrato e só por informação erudita se apanham quando deles precisamos, e é mais vezes do que se supõe; e ainda mais depois de as revistas, com o tempo, acabarem. Mesmo que sejam revistas úteis, como foi a "Colóquio/Artes", que me coube dirigir e que defunta é. Nas suas páginas ficaram cinco artigos do Prof. António Quadros Ferreira, e outros iam ser publicados, a seu tempo, pequenos ensaios de reflexão histórica (e geográfica) e estética, como não é costume no seu domínio, assim votados à arte europeia, sem o que dificilmente se situará, dentro e fora, a própria produção artística nacional.

         A recolha destes textos é, assim, necessariamente útil pelo que eles estudam e pelo exemplo de estudo que dão, da parte de um docente de Belas-Artes, pintor também, na discussão da sua anunciada problemática.

         É ela desejadamente fenomenológica, fundada na consideração de "uma sucessão de momentos e de movimentos (cíclicos)", e "alicerçada antes na dúvida do que na certeza". São "conjecturas" que o autor propõe ao longo das suas paragens em doze momentos encarnados em pintores e seus países. Assim quer o autor que se processe "a história da ideia de pintura". Declarando-o na sua nota introdutória, se situa ele à margem da história da arte que outra profissão exige — mas que (como historiador o digo) se enriquece muitas vezes em outras perspectivas críticas, mesmo que as possa factualmente recusar. Factualmente, isto é, por uma concepção de "facto artístico" que se realiza no âmbito de outras exigências metódicas necessárias, da própria história, em suas propostas e reflexos de criação artística e de sua recepção — pelas vias correspondentes da sociologia da arte.

         A crítica ao livro nisso reflectirá, avaliando de perto a clareza das suas propostas — que ao prefaciador cabe apenas assinalar os perigos da navegação pessoal do autor, sem juízo delas.

         A "ideia de pintura" que nestes estudos se processa, reúne formas, tempos e sítios — e nestes particularmente insiste, por referência ou alusão, nas cidades dos pintores, da Toscânia de Giotto e um tanto de Piero, e da Veneza de Ticiano, pelas Espanhas de Greco e de Velasquez, de Goya e de Picasso, e pela França oitocentista de Manet e Seurat, com o Sul de Cézanne, Van Gogh e Matisse.

         O Sul, repare-se (sem prejuízo), por predilecção do autor que não olha para as escolas do Norte, flamengas e de outro modo místicas, barrocas, realistas e clássicas, ou lúdicas (é verdade que com evocação goyesca de Turner), na poesia de Cítera imaginária, para "impressões" futuras. Seria outro ciclo, decerto, por oposição ao claro Sul — trágico também, na loucura de um homem (do Norte), ou de um mundo que o Mal possui, vindo do Norte também. Outro ciclo em encadeamento histórico que o autor não se propôs realizar.

         As faltas nunca são faltas, nas escolhas que se assumem: apenas devem levar a situar a ideia explorada no seu domínio de eleição. E é nele que haverá a crítica de pôr em questão o que o autor entende dizer, pelo que entende da pintura que ensina e de que faz ideia — num processo coerente na sua análise formal e simbólica, e na originalidade pessoal das suas "conjecturas" culturais.

         Doze pintores ou doze pinturas assim se sucedem, numa cronologia que a história da arte referencia, nisso facetando um entendimento dela, em pontos de apoio da sua existência europeia e mediterrânea, por preferência do discurso crítico — que entre Giotto e Picasso pode ver formar-se uma consciência gramatical em cuja destruição a cultura ocidental se perfez, ao longo de seis séculos de expressão. Ou de expressões como, privilegiadamente, a da pintura.  (De: Prefácio, por: José-Augusto França)

         Pequeno resumo: Nota introdutória; Giotto, ou a (c)idade da Pintura; Borgo San Sepolcro e(m) Piero della Francesca; Veneza em Ticiano; Toledo em El Greco; Velásquez, "Las Meninas", e depois; De Turner a Goya; "Le déjeuner sur l´herbe" em Manet; Seurat, do croqueton ao atelier; Vincent Van Gogh, Pintura ou Desenho?; Aix em Cézanne; Matisse entre Paris e Nice; Picasso e Guernica.

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«ACTAS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE ESTUDOS PESSOANOS»

Secção Norte-Americana

 

         A realização da Secção Norte-Americana do IV Congresso Internacional de Estudos Pessoanos em Tulane deveu-se à boa vontade e irrestrito apoio de várias entidades e personalidades. Entre essas é de justiça nomear as seguintes:

         O Dr. José Blanco, Administrador da Fundação Calouste Gulbenkian pela imediata e entusiástica adesão ao projecto;

         O Dr. Fernando Aguiar Branco, presidente da Fundação Eng. António de Almeida, cujo generoso interesse ficou patente até nos mais minúsculos detalhes da composição do cartaz do Congresso;

         O Dr. Richard E. Greenleaf, director do Roger Thayer Stone Center for Latin American Studies de Tulane, que ouviu a ideia inicial e deu a ela apoio ilimitado;

         O poeta, crítico e pintor Alfredo Margarido pela permissão de usar um dos seus desenhos para a confecção do cartaz;

         O poeta David Wright pela permissão de usar a sua magistral versão inglesa de «Autopsicografia»;

         Os amigos e colegas que ajudaram no planejamento e realização do Congresso: Alexandrino Severino, Yvette K. Centeno, Walnice Nogueira Galvão, Nelson Vieira, Arnaldo Saraiva, e Maria aparecida Santilli;

         Instituições e personalidades que generosamente contribuíram para que especialistas internacionais pudessem vir a New Orleans: O Dr. Francis e Srª Sônia Daly, a Secretaria de Cultura de Portugal, o Instituto Português do Livro, o Instituto Cultural Brasileiro-Americano de New-Orleans, e o Dr. Francis L. Lawrence, ex-Vice-Presidente para Assuntos Académicos da Universidade de Tulane.

         Agradecimento especial fica consignado a todos os participantes que vieram celebrar Pessoa em New Orleans e contribuir para que, através do conhecimento da obra do grande poeta, a mensagem fraternal imanente da cultura de língua portuguesa possa ser melhor difundida nos Estados Unidos. (de: Agradecimentos por: Almir de Campos Bruneti)

COMUNICAÇÕES DE:

José Blanco

Carlos D´Alge

Susan Margaret Brown

Ivete K. Centeno

António Cirurgião

Dalila Pereira da Costa

Sebastião Moreira Duarte

Catarina Edinger

Lima de Freitas

Walnice Nogueira Galvão

Maria Helena Nery Garcez

Julia Cuervo Hewitt

K. David Jackson

Ana Maria Gottardi Leal

Óscar Lopes

José Guilherme Melquior

George Monteiro

Francisco Baltar Peixoto

António Quadros

Maria Irene Ramalho Sousa Santos

Ellen W. sapega

Leonor Scliar-Cabral

Alexandrino Severino

Carlos Cortínez

Lígia Cademartori

Joana Courteau

Edwin Honig

Stephen Reckert

José Augusto Seabra

Nelson H. Vieira

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«REVISTA FILOSÓFICA DE COIMBRA»

Vol 9 - Nº 17 – Março 2000

 

         Miguel Baptista Pereira – O século da hermenêutica filosófica: 1900-2000

         Fernanda Bernardo – Da responsabilidade ética à ético-político-jurídica: a incondição da responsabilidade ética enquanto incondição da subjectividade segundo Emmanuel Lévinas (II)

         Diogo Ferrer – O nacionalismo de Fichte e a transformação da doutrina da ciência.

         Angel Munõz García – Guilhermo Ockham y su definicion de signo divagaciones en torno al capitulo 1 de la Summa Logicae

         Jean-Pierre Bastian – La mediation du corps dans le pentecôtisme.

 

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«MILITARIUM ORDINUM ANALECTA»

A Ordem Militar do Hospital em Portugal:

Dos Finais da Idade Média à Modernidade

Nº 3/4 — 1999-2000

 

         Na sequência dos dois números anteriores, a revista Militarium Ordinum Analecta continua fiel ao projecto inicial de publicar os trabalhos realizados no âmbito do Seminário Internacional de Ordens Militares, orgão do Instituto de Documentação Histórica da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

         Depois dos estudos dedicados ás Ordens Militares no reinado de D. João I (Vol I) e às Ordens de Santiago e de Cristo no início da Época Moderna: A Normativa (Vol II), o presente volume integra uma investigação sobre a Ordem do Hospital na Baixa Idade Média e no período inicial da Época Moderna, apresentada como dissertação de doutoramento na Faculdade de Letras do Porto pela Doutora Paula Pinto Costa. Desta forma, ampliam-se a esta Ordem Internacional os estudos que até agora tinham iniciado nas milícias nacionais de Avis, Santiago e Cristo. Pela sua dimensão, este tomo corresponde a dois anos (1999 e 2000).

         A nota de investigação, da autoria dos Doutores Nuno Gonçalo Monteiro e Fernando Dores Costa, que se publica na secção Varia, subordinada ao tema "As comendas das Ordens Militares do Século XVII a 1830. Algumas notas" , evidencia o interesse desta revista em se abrir, também, à consideração da história contemporânea das Ordens Militares e Honoríficas. Espera-se poder, em próximos números, incluir investigações mais extensas sobre esta temática.

          Como é usual, a publicação deste número só foi possível pelo apoio disponibilizado pela Presidência da República — Chancelaria das Ordens Honoríficas Portuguesas e pelo Conselho Directivo da Faculdade de Letras do Porto, que muito se agradece. (de: Apresentação por: Luís Adão da Fonseca).

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«DIÁLOGO E TEMPO»

 

Homenagem a Miguel Baptista Pereira

 

Coordenação de:

Anselmo Borges

António Pedro Pita

João Maria André

 

Instituto de Estudos Filosóficos

Faculdade de Letras de Coimbra

 

  N

o respeito de cada um por si próprio e pelos outros germina o salutar pudor: sentimento e apreensão da "dignidade espiritual própria do homem"(1). Consciente de mim e do paradigma de sábio que é o Prof. Doutor Miguel Baptista Pereira, o pudor aprisiona-me e a saudação, em consequência, será mitigada, pecará por defeito; merecerá, todavia, juízo benevolente e compreensivo; é que o Prof. Doutor Miguel Baptista Pereira propugna, sempre e com afinco, a dignidade espiritual do homem; e, por isso, acolherá, até com alegria, este meu pendor e consequente atitude.

         A Fundação Eng. António de Almeida sente-se muito honrada por editar a presente obra Ars interpretandi — Diálogo e Tempo, de homenagem ao Prof. Doutor Miguel Baptista Pereira, honra enriquecida por já lhe ter sido concedida outra: a da publicação, também em sua homenagem, da obra O Homem e o Tempo — Liber Amicorum para Miguel Baptista Pereira.

         Obtive a licenciatura em Direito, na Universidade de Coimbra, muito antes de o Prof. Miguel Baptista Pereira ter ingressado na Faculdade de Letras. Não fomos contemporâneos. Levo mais tempo de vida. Desde muito cedo me preocupo com a perscrutação da origem e do destino do homem, preocupação que me levou, há cerca de uma dezena de anos, a ler reflexões filosóficas do Prof. Miguel Baptista Pereira. Esse foi o primeiro encontro. O relacionamento pessoal surgiu depois. É muito recente. Tocou, todavia, uma nota de forte ressonância afectiva, própria da feição humanista que a ambos anima. O filósofo, Prof. Doutor Miguel Baptista Pereira, sempre que tal se proporciona, dispensa-me atenção cultural que me desvanece. Aqui lhe testemunho o meu agradecimento. Como é óbvio, não tive, nem tenho relacionamento aprofundado e longo. Isso justifica não tenha real conhecimento de todas as virtuosidades do Prof. Doutor Miguel Baptista Pereira. Para evidenciá-las e cumprir esse meu desejo socorro-me dos depoimentos daqueles que foram e são seus pares e companheiros de vida, nas suas diversas perspectivas. Revelam uma notável e rica personalidade: que "nunca foi capaz de pactuar com a mediocridade. Nisso, como em toda a sua obra, está estampada a marca do verdadeiro professor universitário, daquele que honra a instituição a que pertence"; com efeito, um seu professor reconhecera "perante os seus atónitos pares, que não havia nenhuma matéria filosófica que o seu jovem assistente não soubesse ensinar na perfeição"(2); que o seu "longo labor filosófico (...) foi e continua a ser uma impressionante meditação à volta da questão nuclear da unidade na diferença e da diferença na unidade"(3); e que "nunca deixou de responder à sua vocação para pensar, com a densidade que o caracteriza, as suas interrogações sobre o homem no tempo, partilhando o seu pensamento e partilhando ao mesmo tempo o cuidado e a alegria com que investe afectivamente essas mesmas interrogações"(4).

         O brilho destes depoimentos ofusca o meu inicial pudor e faz resplandecer a pletórica personalidade do Prof. Doutor Miguel Baptista Pereira. Liberta-me; pelo que irrompe de mim, como desejo, saudação de homenagem menos mitigada e, assim, mais calorosa: ao professor, ao humanista sábio, em suma, ao paradigma de homem que é o Prof. Doutor Miguel Baptista Pereira.   (de: SAUDAÇÃO DE HOMENAGEM pelo Doutor Fernando Aguiar-Branco Presidente da Fundação Eng. António de Almeida)

.                                                                                     . 

(1) Cf. O livro da sabedoria e das vidas reencontradas, de Jean Guitton e Jean-Jacques Antier, Editorial Notícias, 1999, p. 196.

(2) Cf. Prof. Doutora Maria Helena Rocha Pereira in Revista Trimestral da Reitoria da Universidade de Coimbra, nº 6, 1999, p. 4.

(3) Cf. Prof. Anselmo Borges in O Homem e o TempoLiber Amicorum para Miguel Baptista Pereira, Fundação Eng. António de Almeida, 1999, p. 53.

(4) Prof. Doutor João Maria André in O Homem e o TempoLiber Amicorum para Miguel Baptista Pereira, Fundação Eng. António de Almeida, 1999, p. 282.  

********  

  T

odo o filósofo digno desse nome é um participante no "combate de gigantes à volta do ser" (Platão). O que nas diferentes épocas históricas a todos religa é uma problemática comum. Mas cada um parte de intuições ou experiências fundamentais, pois ninguém pode abandonar o seu chão histórico.

         Embora correndo o risco de simplificações apressadas, talvez se possa caracterizar o longo labor filosófico do Doutor Miguel Baptista Pereira como meditação aturada e consistente à volta de uma intuição ou experiência fundamental, que converge e se exprime em quatro núcleos essenciais em interconexão.

         O primeiro está referido ao que constitui o próprio ponto de partida histórico do filosofar: a questão do uno e do múltiplo, da unidade na diferença e da diferença na unidade. Sem perder a sua trascendência, pois, ao dar-se, oculta-se na própria dádiva, a super-realidade excessiva e inobjectivável do Ser manifesta-se nos sendos e no seu diferir. O dar originário como acto de ser funda a diferença e a comunicação, de tal modo que assim se supera tanto a fragmentação niilista como todo o totalitarismo e fundamentalismo. A diferença é riqueza pura e a relação é supercategoria, na base da unidade plural ecuménica no Ser.

         Pela cegueira ontológica, isto é, substituindo o transcendental ontológico pelo gnoseológico, para dominar o mundo pela tecnociência, a Modernidade esqueceu a experiência originária da passividade constituinte do homem finito. Sem o reconhecimento do outro, a razão no seu activismo absoluto gnseológico e técnico foi semeando vítimas, desde a colonização imperialista à catástrofe ecológica e ao terror apocalíptico. Olvidou-se o que não pode eliminar-se: a natureza como reverso da consciência, o inconsciente, o sentimento, as situações-limite, o outro homem, o que chega sem o nosso domínio. Ora, precisamente a recepção do que se não domina é que está na raiz de toda a pergunta, de tal modo que o que vincula os homens é o ilimitadamente perguntável, num diálogo interminável de interpretações.

         Em contraposição ao necessitarismo clássico está a criação enquanto dom livre e, portanto, histórico, onde radica também a autonomia, o processo de secularização e a dignidade livre de todos. A filosofia não abandona a matéria nem a terra nem o corpo, não se imuniza contra o homem trágico, escapando gnosticamente para a meta-física. Enquanto corpo-pessoa cada homem constrói a sua história inserido na história da humanidade, que, por sua vez, está inserida na história da natureza, e precisamente Ser, História e Linguagem constituem o tecido da filosofia enquanto hermenêutica, uma tarefa nunca acabada, pois, antes da linguagem dos homens, há o texto do mundo, numa história imprevisível, surpreendente e ainda não consumada. A filosofia é sempre rememoração, pois é convocada pela archê e é memoria passionis e não esquece as vítimas. Porque a palavra remete para o não-dito e o Indizível, a memória para o Imemorial, e a razão, percorrido o seu caminho todo, experiência que a sua luz se acende na noite do Mistério, a filosofia, sobretudo enquanto hermenêutica da praxis, desabrocha na pergunta pela esperança, que a todos tem de incluir.

         A crise de sentido que atravessa a sociedade e a cultura presentifica-se sintomaticamente na crise da Universidade que, ao esquecer o enraizamento existencial da ciência, elimina dela o homem, perdendo assim de vista o vínculo entre saber, liberdade e responsabilidade. Homem universitário, no denso sentido etimológico que marca esta expressão, o Doutor Miguel Baptista Pereira não se eximiu a transpor o seu pensamento da unidade na diversidade e da diversidade na unidade para um conceito de Universidade que integra a investigação e o ensino no tecido complexo da existência humana e postula a interdisciplinaridade como resposta, sob a forma de "inacabado texto-síntese", à fragmentação e à formalização que fazem da Escola um espaço estéril e incapaz de se abrir à vida e ao tempo. Contra esse deserto, propõe a preparação do reino futuro da paz como "sentido ecuménico da Universidade".

         A quem soube, assim, em diálogo com o tempo, aprofundar as principais questões que fazem o cuidado do homem actual não poderiam o Instituto de Estudos Filosóficos, que durante tantos anos dirigiu, e todos aqueles que o olham como Mestre deixar de prestar a homenagem que estes textos procuram exprimir e à qual a Fundação Eng. António de Almeida generosamente deu o seu apoio.    (de: INTRODUÇÃO pelos coordenadores da edição)   

ÍNDICE GERAL

 

I Volume

 

         Fernando Aguiar-Branco — Saudação de homenagem

         Introdução

         Bibliografia de Miguel Baptista Pereira

         Abílio Hernandez Cardoso — Silence, exile and cunning ou a escrita como libertação em "The Sisters", de James Joyce

         Ana Cristina Araújo — Medicina e utopia em Ribeiro Sanches

         Ana Leonor Pereira — A natureza e os seus filósofos. Antero de Quental face ao darwinismo

         Anselmo Borges — Ateímo, ética e mística

         António Manuel Martins — A ideia de Bem na República de Platão

         António Pedro Pita — A pergunta vivaAbel Salazar e o problema da arte

         António Sousa Ribeiro — Um mundo em desagregação?Ordem, violência e o discurso da literatura na "Viena de 1900"

         Daniel Serrão — Archeo-biologia e Bioética: um encontro não conflituoso

         Diogo Ferrer — Lógica, linguagem e sistemaA questão da linguagem na Ciência da Lógica de Hegel

         Edmundo Balsemão Pires — Mitologia e contigência(Esboço de compreensão da Filosofia Prática como mitologia da Razão e da sua crise 1789-1989)

        

II Volume

 

         Henrique Jales Ribeiro — Tradição, inovação e compromissos em filosofia: Russel e Wittgenstein à volta de "A Crê P"

         João Maria André — Pluralidade de crenças e diferença de culturasDos fundamentos filosóficos do ecumenismo de Nicolau de Cusa aos princípios actuais de uma educação intercultural

         J. Neves Vicente — Retórica e pedagogiaNotas incompletas para uma discussão sobre o real interesse do projecto pedagógico da retórica clássica, hoje

         José Augusto Mourão — Utopias da linguagem — Vislumbres, demora, moradas

         José Reis — O prazer na moral kantiana

         José Ribeiro Ferreira — Atenta antenaA Musa de Sophia de Mello Breyner Andresen

         Leonel Ribeiro dos Santos — O problema moral em Antero de Quental

         Ludwig Scheidl — A Viena de 1900

         Maria Helena da Rocha Pereira — Para a história da criação do Ramo Educacional na Faculdade de Letras de Coimbra

         Maria Irene Ramalho de Sousa Santos — Um olho transparente, óculos vários e muitos americanos espectáculos

         Maria José Cantista — O segredo do sofrimento ou o sofrer em segredo

         Maria Luísa Portocarrero — Corporeidade, queda e confissão: uma abordagem de Ricoeur

         Maria Teresa Delgado Mingocho — A linguagem como sustentáculo e como diluição do sujeito. Tubutsch, de Albert Ehrenstein

         Mário Santiago de Carvalho — KuN

         Paula Ponce de Leão — O homem, mediação imperfeita.Atestação e consciência na obra de Paul Ricoeur

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«REVISTA FILOSÓFICA DE COIMBRA»

Vol 9 – Nº 18 – Outubro 2000

         ARTIGOS:

         Miguel Baptista Pereira – O século da hermenêutica filosófica: 1900-2000

         Amândio A. Coxito – O direito da guerra em Luís de Molina. 1- Jus Ad Bellum

         Mário Santiago de Carvalho – Presenças do Platonismo em Agostinho de Hipona (354-430)

         Christoph Asmuth – A génese da génese. A noção de "desenvolvimento" na fenomenologia do espírito de Hegel e o seu desenvolvimento.

         Luciano Espinosa Rubio – Pensar la naturaleza hoy

 

         Nota:

         Maria Luísa Potocarrero Silva – Autonomia humana e clonagem

         Edmundo Balsemão – Ensaio sobre a individualidade prática

         Crónica

         Ficheiro de Revistas

         Recensão

         Livros Recebidos na Redacção

         Índice Onomástico

         Índice do Volume

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«A ILHA ANCESTRAL»

Centenário do nascimento de

VITORINO NEMÉSIO E CECÍLIA MEIRELES

Por:Margarida Maia Gouveia

 

Ocorrendo no ano 2001 o centenário do nascimento de duas personalidades tão marcantes na cultura de língua portuguesa, Vitorino Nemésio e Cecília Meireles, parece-nos possível rever e reunir alguns trabalhos de participação em Colóquios ou em revistas num livro que nos foi também sugerido pelo Presidente da Casa dos Açores do Norte, Dr. José Manuel Rebelo, e pelo Presidente da Fundação Eng. António de Almeida, Dr. Fernando Aguiar-Branco.

Esses textos foram-se insinuando ao longo do tempo em momentos diversos de um percurso académico; por isso, traduzem graus de aproximação e assimilação dos autores e das temáticas, confirmando, no entanto, uma preferência e uma admiração indiscutíveis.

Nemésio, de resto, foi também admirador de Cecília, já que são inequívocas e carinhosas as referências que lhe faz, as notas que deixou em livros da sua biblioteca e as páginas que lhe dedicou. Acresce ainda o facto de ambos terem a ver com a ilha, uma ilha que transportam no íntimo. Um, Nemésio, efectivamente nascido na ilha, mas radicado fora dela; a outra, Cecília, carregando geneticamente um ancestral amor “adivinhado” à ilha da sua avó, Jacinta Garcia Benevides - uma ilha “real” e uma ilha “adivinhada” na ancestralidade de ambos, responsabilizando- se por poéticas de grande riqueza e versatilidade.

Esta ilha ancestral, eixo de significação dos artigos coligidos, levou-nos a rever aqui e acolá os textos, de modo a conferir uma certa unidade ensaística a este conjunto. Entenda-se, pois, que a referência feita no início de cada texto sobre a sua origem não nos impediu a liberdade de os retocar.

Se incluímos também “0 Segredo de Ouro Preto e outros Caminhos, páginas do ‘jornal de Vitorino Nemésio”’, prefácio à obra com aquele nome, publicado na Imprensa Nacional-Casa da Moeda em 1998, é porque nele se verifica como Nemésio confronta frequentemente as terras brasileiras com Portugal e com a sua ilha ancestral, num jogo de “correspondências” já salientado por Fernando Cristóvão.

De Cecília podemos dizer também que os textos escolhidos buscam ressonâncias da cultura portuguesa e de uma cultura insular, mais adivinhada do que vivida. Em todo o caso, a ideia de ilha fornece-lhe uma metáfora para a condição humana e permite-lhe uma retribuição às suas origens, que a levou mesmo a visitar os Açores em 1951.

Os textos foram reunidos em dois grupos: sobre Vitorino Nemésio e sobre Cecília Meireles, respeitando-se em cada grupo a ordem cronológica.

Ao Museu Carlos Machado (Ponta Delgada), em especial à Dra. Margarida Oliveira, um agradecimento pela colaboração prestada na selecção de documentos do Espólio Côrtes-Rodrigues, existente naquele Museu, e que em muito enriquecem esta edição. Uma palavra de agradecimento ao Presidente da Casa dos Açores do Norte, Dr. José Manuel Rebelo, e ao Presidente da Fundação Eng. António de Almeida, Dr. Fernando Aguiar-Branco, pelo empenho e apoio postos na concretização deste trabalho. (de: Nota Preambular por: Margarida Maia Gouveia)

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