Boletim Mensal * Ano VI * Setembro de 2007 * Número 54

           
 

 

A entrevista à Revista “Algo Mais”, de Agosto de 2007, do Editor desse Boletim.

 

    
        Depois de ler a entrevista a que acima referi e ser fiel leitor desse Boletim, resolvi fazer uns pequenos comentários aos comentários feitos por dois reconhecidos e respeitados Professores e Historiadores Pernambucanos.
            Começo pelo Professor Mota Menezes.
            O Sr. tem razão. Das tradições do povo aprende-se e constrói-se a sua História, mas é preciso ter cuidado porque as tradições fantasiadas a destroem.

 

                        De fato, se a tradição chama Forte de Pau Amarelo quando seu nome é Forte de Nossa Senhora dos Prazeres, se chama Forte das Cinco Pontas ao Forte de São Tiago “O mata mouros”, se chama Forte de Tamandaré ao Forte de Santo Inácio, é tradição do povo e em nada altera a história, embora se devesse neles ter colocado, como fez o Exercito Brasileiro no Forte do Brum, uma placa dizendo seu verdadeiro nome, quem o construiu e a data da construção.
            Já com a Fortaleza de Santa Cruz, da Ilha de Itamaracá, a tradição não altera, que se saiba,  quem o construiu e a data de sua construção.
            Agora será correto que a fantasiosa pseudo tradição de que aquela fortaleza é o Forte de Orange e foi construído pelos flamengos em 1631 seja dita aos turistas que o visitam pelo despreparado guia que por lá está?
            Será certo ensinar nas escolas, colégios e universidades a mesma errada fantasia que envergonha a verdadeira história de Pernambuco?
            Poderá alguma vez ser dignificante para Pernambuco que autoridades do Estado e do Município de Itamaracá tenham mostrado ao Príncipe Herdeiro do Reino da Holanda, à sua atual Rainha Beatriz e ao seu Embaixador no Brasil a Fortaleza de Santa Cruz como se fora o Forte de Orange construído pelo invasor neerlandês em 1631? Não será isso uma enorme “gafe” diplomática?
            Ou será, por razões que desconheço, alimentar a fantasia e modificar a verdade histórica, publicando livros como:-
            “ Fortificações Portuguesas no Nordeste do Brasil”, de José Luiz da Mota Menezes e Maria do Rosário Rosa Rodrigues, Recife, Pool Editora, 1986, que diz na sua pagina 110, Fortaleza de Santa Cruz (ou Forte de Orange) ...
1631 .....   depois, continuando na página 111, escreve:-
LOC (localização) Estava situada numa ilhota no lado sul da Ilha de Itamaracá, defronte da barra, no canal de Santa Cruz.
ARQ (arquitetura) Tinha a forma de um quadrado com 4 baluartes. Era de alvenaria pedra bruta, portão armoriado e guaritas de cantaria ...
1654 Foi ocupado pelos portugueses”
            Se se sabe que o Forte de Orange quando em 1654 foi ocupado (o exercito invasor da Companhia das Índias Ocidentais tinha abandonado o forte por mar quando soube da rendição de seus generais) pelas forças luso-brasileiras era de taipa, estava quase todo em ruínas, foi recuperado e passou a chamar-se Fortaleza de Santa Cruz  e que, quando foi destruído pelo mar em 1672 ainda era de taipa (somente a torre de vigia no centro da gravura e a capela, a seu lado direito,  construídas pelos portugueses, eram de alvenaria) porque se escreve a fantasia e se põe de lado a verdade histórica?
            No próximo mês irei comentar os comentários do Professor Marcos Galindo.

 

 
 
Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco.
       
Com uma Sessão Solene e diversos eventos, em especial a inauguração da nova estação de tratamento de água, foram comemorados no passado dia 16 os 152 anos de existência do nosso Hospital. Na ocasião foram homenageados o Governador do Estado de Pernambuco e diversas entidades portuguesas e brasileiras.
            Os nossos sinceros Parabéns por tão honrosa idade e sinceros votos de SUCESSO e PROSPERIDADE.
            Chegou ao nosso conhecimento que Alberto Ferreira da Costa será candidato único à reeleição para Provedor do nosso Hospital.
            Joaquim da Costa Amorim também deverá ser reeleito para Vice-Provedor.

Hosted by www.Geocities.ws

1