Boletim Mensal * Ano VI * Março de 2008 * Número 59

     

 

 

 

A Conspiração dos Suassunas  

 

  continuação da pagina 8 

 onde estava preso, para liderar a próxima rebelião pernambucana em busca de liberdade. O episódio, sobre o qual a História oficial pernambucana não menciona uma só palavra, é até hoje alvo de controvérsias entre os historiadores pernambucanos. Poucos corajosos - entre eles o falecido Nilo Pereira, que estudou e escreveu um artigo comentando o assunto com riqueza de detalhes - foram em frente na discussão e perceberam o caráter insólito do acontecimento. O cineasta Germano Coelho Filho foi um deles.  O plano da fuga de Napoleão é o gancho principal para o primeiro filme que Germano (produtor do premiado Baile Perfumado) pretende dirigir: 1817. Mais um resgate histórico protagonizado pelo cinema pernambucano. Napoleão Bonaparte foi uma espécie de salvador da França. Depois da Revolução Francesa (1789), Napoleão era a figura política mais importante daquele mundo em expansão. Caminhou feito Deus sobre território alheiose venceu quase todos os inimigos durante anos. Em 1798, conquistou o Egito. No ano seguinte, tomou o poder, com o objetivo fixo de dominar a Europa. Esse plano, sem que soubesse, iria causar reflexos profundos no planeta - inclusive em Pernambuco.

Em 1804, Napoleão coroou-se imperador da França, que invadiu Portugal em 1807. A conquista era estratégica, já que Portugal, por ficar à beira do oceano Atlântico, tinha o monopólio quase exclusivo (à exceção da Espanha) sobre o comércio marítimo. Por causa de Napoleão  a família real portuguesa fugiu para o Brasil.

Napoleão só caiu mesmo em 1812. Naquele ano, ele decidiu invadir a Rússia, mas terminou batendo em retirada em novembro diante do grande inverno. Finalmente, a queda: o ex-poderoso perdeu a batalha de Waterloo (na atual Bélgica)  para Os ingleses, em 1815, e acabou exilado na ilha de Santa Helena.

 
 

IMPOSTOS ALTOS

 

Enquanto isso, no Brasil, a Corte portuguesa impunha alta carga de imposto aos brasileiros. As idéias liberais da Revolução Francesa (liberdade, igualdade e fraternidade) e da Independência dos Estados Unidos (1776) fervilhavam nas mentes dos intelectuais da época. Uma classe-formada principalmente por integrantes do clero e filhos dos senhores de engenho que foram estudar na Europa. Pela independência brasileira já tinham sido feitas muitas tentativas: a expulsão dos holandeses,a revolta de Beçkman, os Emboabas e os Mascates, e a Inconfidência Mineira, a Revolução dos Alfaiates, a Conspiração dos Suassunas.

Pernambuco era considerado o reduto mais liberal do Brasil, a mais nativista das províncias brasileiras. Além disso, os impostos mais altos pesavam sobre os senhores de engenho, enquanto o comércio - nas mãos dos portugueses - tinha benefícios fiscais e os ingleses gozavam dos privilégios dos cargos na Corte. Em, 6 de março de 1817 explodiu a revolução. Um governo provisório foi instalado e funcionou durante 74 dias, inclusive com a criação de uma bandeira. Õ que poucos sabem é que, quando fundaram a República, os rebeldes foram buscar apoio nos Estados Unidos, uma nação emergente.

Naquela época; o porto do Recife era um centro comercial e escoadouro da produção da região nordestina.

Fascinados pela epopéia napoleônica, os revoltosos desejavam romanticamente o auxílio do ex-imperador francês para manter a independência. O raciocínio era simples: se Napoleão já tinha expulsado os portugueses de seu próprio país, não seria difícil fazer o mesmo no Brasil. Em troca, o ex-imperador teria liberdade para fundar um novo império, uma espécie de império de exilados.

O tempo acabou provando o excesso de romantismo - típico da época - dos sonhadores revolucionários. Entre a revolução de 1817 e proclamação definitiva da República, passaram-se ainda 72 anos. Mas a influência de Napoleão sobre os pernambucanos e brasileiros desejosos de liberdade já estava registrada desde a conspiração dos Suassunas, em 1801. O ex-imperador francês continuou, por muito tempo -  mesmo depois de morto- era um verdadeiro símbolo das liberdades no alvorecer do século XIX.

fonte:   http://www.dpnet.com.br/anteriores/1998/03/11/viverl-1_0.html

 

  

 

 

 

Assim não vale, a Gloriosa História de Pernambuco não é uma anedota.

Como é que o Sr. Luiz Pinto, autor do livro cuja  foto da  capa  mostramos à esquerda, escreve, na pagina 56, o parágrafo que, em fotocópia,  colocamos como cabeçalho deste artigo.

 Está o Sr. Luis Pinto a dizer que em 1960, data da publicação de seu livro a Ponte da Boavista, de madeira, e a Ponte Mauricio de Nassau, com 13 pilares de pedra e o resto de madeira, ainda estavam em uso nos anos 60 do século XX?

  Será que o Sr. desconhece que no século XVII na havia materiais para construir a estrutura em ferro de que é hoje a chamada ponte Velha que substituiu a Ponte da Boavista de Nassau.

  Será que o Sr. desconhece que no século XVII não existia cimento e muito menos concreto protendido de que é feita a hoje Ponte Mauricio de Nassau construída na primeira década do século XX?

  Talvez por isso o Sr. faça  de André Vidal de Negreiros, um dos heróis da Restauração Pernambucana, como o maior de todos os heróis e colocando, erradamente, todos os outros como auxiliares. Seu livro e outros como aquele que mostramos é que fazem com que os alunos do Brasil, da escola à Universidade jamais aprendam a verdadeira História de sua Pátria

 

 

           

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