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Boletim Mensal * Ano VI * Julho de 2008 * N.º 61 |
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Continuação da Pág. 01 A nossa fronteira norte, até ao rio Oiapoque, com a arbitragem da Suíça, foi decidida porque nós ocupávamos o território havia alguns séculos. A nossa fronteira sul foi decidida com um tratado em que cedíamos o que é hoje o Uruguai e ficávamos com o território das missões. O Acre, que pertencia à Bolívia, foi-nos cedido por aquele país em 17 de Novembro de 1903, por ser o território habitado por brasileiros e a troco de uma compensação financeira e um caminho de ferro que dava acesso daquele pais ao mar. Como V. Exa. Senhor Presidente da Republica dos Estados Unidos da América pode ver, se souber ler este meu comentário, ou pedir a alguém que o traduza, pode dizer à sua mafiosa imprensa e a alguns de seus habitantes, que nós, brasileiros, não necessitamos que ninguém nos ensine a defender o nosso País, mas se for preciso, sem termos armas atômicas, uma potente força aérea ou a maior marinha do mundo, até à dentada, defenderemos orgulhosamente o que é nosso e jamais deixaremos que o que defendemos desde 1500, A INTEGRIDADE DO BRASIL, seja destruída. |
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Tentando
consertar grandes erros...
com erros maiores |
O Sr. sabe muito melhor do que eu que isso não corresponde à verdade e parece querer lavar as mãos do erro que cometeu na escolha da Data Magna de Pernambuco, com erros muito maiores. Consultamos o livro “A Revolução de 1817 e a História do Brasil”, do diplomata Gonçalo B. C. e Mello Mourão, Editora Itatiaia, ltda. , Belo Horizonte, 1996, cuja capa e a orelha da contra capa ilustram este comentário. Começamos a lê-lo e só na orelha da contra capa concluímos que era mais uma fantasia e não um livro de história. A “Republica de Pernambuco”, até pela sua curta duração, pouco mais de 60 dias, nunca foi reconhecida ou credenciada por qualquer país do mundo e nem o “Correio Brazilienze”, jornal brasileiro que era editado em Londres, lhe deu qualquer apoio (ver tomos XVIII e XIX de Maio a Julho de 1817 de sua edição pela USP) e considerar os assassinatos do Comandante de uma unidade militar e do adido militar junto ao Governador por oficiais subalternos como fator de unidade nacional é um absurdo.
Mais
absurdo ainda é que, pouco mais de uma semana depois de haver
começado a rebelião em Pernambuco, já se tinham formado, com Governo
nomeado, as Republicas de Pernambuco, da Paraíba e do Rio Grande do
Norte. Transcrever a frase de Gilberto Freyre “escreveu-se com sangue o endereço do Brasil: o de ser um País só e não dois ou três”, só poderá ser fantasia de mau gosto dado que, se entre 1630 e 1654 se defendeu com o sangue dos heróis que conseguiram restaurar a integridade do Brasil, como se iria apoiar em 1817, com o sangue de dois assassinatos, a sua desagregação? O historiador que escreveu o artigo acima foi buscar a sua fonte para esconder o seu erro por um erro maior, mas certamente, antes de chegar à pagina 46, que cita e analisaremos mais tarde, deve ter lido todas as paginas antes dela e tomado conhecimento, na pagina 39, onde se pode ler que os historiadores Arthur Pinto da Rocha, em 1916, Pedro Calmon em 1941 e Renato Mendonça, em 1945, não citam em suas “História da Diplomacia Brasileira” e revolução de 1817 e, Helio Viana, em 1958 também não a cita na sua “História da Diplomacia Brasileira” e Carlos Delgado de Carvalho, em 1959, faz o mesmo. Muitos outros historiadores poderiam ser citados, mas seria cansativo fazê-lo. Finalmente chegamos à pagina 46, capitulo “Primeira Parte”, “Introdução” onde o autor do artigo que comentamos foi buscar a sua fonte de inspiração que começa com parte do 1º. Parágrafo e acaba com todo o 13º. Se tivesse lido, com atenção todo o capítulo, paginas 46, 47 e 48, teria certamente transcrito o 4º. Parágrafo “O Brasil era, na verdade, e para todos os efeitos, Portugal no Brasil” e o 7º. “O Brasil era, não uma colônia americana explorada pela metrópole, mas um reino europeu perfeitamente transplantado para o hemisfério sul”. O historiados Leonardo Dantas da Silva parece estar procurando, com erros dos outros, minimizar a sua colaboração na escolha do dia 6 de Março como Data Magna de Pernambuco, dia em que, traindo a Pátria, se tentava desagregar o Brasil. Quer o Sr. queira, quer não, como disse Joaquim Nabuco, “as maiores obras dos portugueses são os Lusíadas e o Brasil”, este 5º. maior País do mundo onde o Sr. nasceu e, incompreensivelmente, tenta destruir a sua gloriosa história. Temos que ressaltar ainda que a maior parte dos documentos citados no livro cuja capa ilustra este comentário, têm data posterior a 20 de Maio de 1817, data em que acabou completamente derrotada pelas forças legais a revolução iniciada em 6 de Março (ver artigo da pagina 8}. Para aqueles leitores que leram toda esta crônica darem um sorriso, o que somente se poderá considerar uma histórica anedota:- Pagina 96, 1º. Parágrafo:- “A força da imprensa periódica, em 1817, era já talvez similar, motatis mutandis, à que desfruta em nossos dias junto à opinião publica.” E para mais um sorriso, o 2º. Parágrafo da pagina 106:- “Em 27 de Maio o “Times” publica a primeira notícia da Revolução de Pernambuco.” “A força da imprensa periódica” era tanta que publica a primeira noticia de uma revolução sete dias depois dela ter acabado. Uma pergunta do Editor:- Não deverá o Ministério da Educação achar que já é tempo de se por fim a estes perjúrios à Gloriosa História do Brasil e este “reputado” historiador acabar com suas fantasias? |
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