Todas nós, num
determinado momento,principalmente na adolescência, pensamos na
possibilidade de ter um corpo maravilhoso e um visual feminino.
Provavelmente, invejamos muitas meninas genéticas e até desejamos
ser como elas fisicamente. E nesse turbilhão de sonhos e invejas,
decidimos por construir em nós mesmas esses corpos, achando que, por
milagre, poderemos ser perfeitamente femininas fisicamente, bastando
apenas para isso, nos entulhar de hormônios femininos.
Mas há
hormônioterapia não é tão simples assim. Os perigos e a falta de
informação, assim como indicações
amadoras e sem qualquer responsabilidade, infestam o universo da
hormonização. Já que, as conseqüências orgânicas, os problemas de saúde e sociais, raramente
são considerados e muito menos
investigados.
Todas nós
adoraríamos olhar no espelho e ver um corpo escultural, torneado e
bem sexy, assim como não ter no rosto os incômodos pelos que
atrapalham a nossa maquiagem e tiram a nossa feminilidade. Mas os
hormônios nem sempre são a solução para isso, assim como a idade no
início da hormonização representam num grande diferencial nos
resultados.
Como nascemos
homens nosso organismo produz permanentemente testosterona, mais
ainda após a puberdade. E isso faz com que o nosso corpo se
masculinize. Iniciar um processo de hormonização na adolescência, é
quase garantia de chegar ao estado adulto perfeitamente feminina e
sem qualquer traço de masculinidade. Mas, são poucas as que se
assumem cedo e a maioria decide por essa opção bem mais adulta.
A principal
forma de hormonização é a castração, isto é, feminizar-se por
completo,ou seja, a quebra radical na produção de testosterona, pois
este hormônio masculino estará em permanente briga com o hormônio
feminino se não for inibido. A castração pode ocorrer de duas
formas: por via cirúrgica e por via química. A cirúrgica implica na
amputação do saco escrotal, ou seja, a remoção dos testículos. O que
de imediato provocará a feminização do corpo por vias naturais
(desenvolvimento mamário e arredondamento do corpo). Os hormônios
apenas darão maior força as mudanças e a feminização, alterando
pele, cabelos, oleosidade e voz se efetuado na adolescência. A
castração
química é menos traumática e implica no consumo de anti-andrógenos
diariamente, as quais são substâncias
inibidoras e controladoras da testosterona. No caso da cirurgia o
custo é único, mas no caso da química, as
despesas são altas, pois o consumo de anti-andrógenos será
permanente e diário, sendo que os comprimidos não
são baratos. Porém a castração, afeta a performance sexual, pois seu
desejo será diminuído, ficará estéril, e o tamanho do pênis ira
diminuir profundamente.
Porém, existe
um fator extremamente complicado: a sua performance sexual será
afetada tremendamente pois seu libido será diminuído, ficará estéril
e, a sua capacidade eretiva assim como o tamanho do pênis se
reduzirão
assustadoramente. Se você optou pela castração química, além de tudo o
anterior seu escroto estará cada vez menor e subindo até se encaixar
no corpo e literalmente desaparecer.
Já, num
processo de hormonização sem o consumo de anti-andrógenos. O pênis
assim como o
escroto não se afetam em demasia, o que permite manter seu tamanho e
uma relativa atividade sexual. Mas lembre que também a sua
feminização será parcial. Considere também que, qualquer processo de
hormonização mal realizado pode levar a impotência definitiva.
Se a
feminização ocorre sendo adulto, as mudanças que os hormônios
provocarão serão poucas porém importantes. Em relação ao sexo é de
fato o já mencionado, mas por ter o corpo já formado por efeitos dos
hormônios masculinos, a forma física e certas características terão
que ser feminizadas por outras vias.
Os hormônios
são substâncias que informam ao cérebro que seu corpo deve responder
de determinada forma e se
organizar de determinada maneira. A primeira ação ocorre no cérebro
e depois em outras regiões. Um processo de hormonização, mesmo que acompanhado por um
endocrinologista, pode levar a estados depressivos
e em alguns casos, de depressão e a estados psicóticos. Isto
significa que a pessoa estará extremamente sensível anímica e
emocionalmente ao que acontece a seu redor, sendo levada a
comportamentos diferenciados do seu habitual e em alguns casos, a
atitudes perigosas e até suicidas. Por isso, um acompanhamento
médico é fundamental para estabelecer as dosagens necessárias que
não coloquem em risco a sua saúde.
O consumo de
hormônios afetam o fígado de forma a levar a pessoa a ter enjôos e
mal estar. Podem afetar os rins, sistema cardíaco e circulatório,
podendo provocar edemas e até problemas de hipertensão. Isto em
qualquer idade, porém, principalmente no estado adulto.
Quais hormônios
a consumir?
Os hormônios a
consumir são estrógenos e progesterona, e ambos devem estar no corpo
num proporção equilibrada pois, caso em contrário, estará
candidatando-se para ser mais um portador de câncer mamário ou a se
manifestar em outras áreas. A quantidade destas substâncias no
organismo deve ser acompanhada por exames e por um médico competente, pois evitará a presença de efeitos colaterais
inconvenientes como já apontado.
Uma vez
iniciado o processo de hormonização, muitas das conseqüências serão
irreversíveis dependendo de em que momento parou. E detalhe, ao
iniciar um
processo diário, JAMAIS pare instantaneamente. Isto é, se for parar
seu tratamento faça-o aos poucos e de forma decrescente, reduzindo
as doses até não consumir mais nada. Caso em contrário enfrentará
com certeza um hospital.
Porém, vale
destacar que, se você não pretende se assumir socialmente dentro de
sua feminilidade, terá que pensar seriamente como fará para esconder
esses maravilhosos seios, pois se não, estará dando bandeira. Por
isso, esqueça de praia, piscinas, usar camisetas ou camisas coladas,
a não ser que se assuma de vez para a sociedade. Porém, formas de
camuflar seus seios existem, a ponto de passar inadvertidos, mas
deve considerar que, se você não é autônomo, comerciante ou rico, cada
vez que tiver que fazer um exame médico para concorrer a uma vaga
para entrar numa empresa, terá seu busto e características femininas
exposta. E nesse momento, qual será a sua justificativa? Lembre que
existe um preconceito, e quanto mais elevada for a sua formação e
atividade profissional, pior será o preconceito a enfrentar
profissionalmente.
Se você
realmente quer começar um processo de feminização, procure um
endocrinologista competente, que lhe proporcionara um tratamento
conforme as necessidades de seu corpo.
Por Verola.
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As informações contidas neste site não devem ser usadas para
automedicação e não substituem, em hipótese alguma, as
orientações dadas pelo profissional da área médica, Somente o
médico está apto a diagnosticar qualquer problema de saúde e
prescrever o tratamento adequado.