A VIDA DE SANTA RITA DE
CÁSSIA |
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Por
imposição dos pais, casou-se com Fernando. Viveu por 18
anos ao lado do marido, recebendo maus-tratos e sendo
traída. No entanto, Rita de Cássia nunca expressou
raiva ou desgosto para com o esposo. E, de tanto
encontrar carinho e compreensão em resposta a sua ira e
desrespeito, Fernando acabou por se tornar um homem
honrado e devoto a esposa. Porém, a felicidade junto ao novo esposo e seus dois filhos durou pouco. Fernando foi assassinado. E Santa Rita de Cássia ainda conseguiu perdoar os assassinos, implorando por suas absolvições. Pouco depois, os dois filhos também morreram. Triste e sem mais ninguém, Rita vai até a vizinha cidade de Cássia, onde se encontra o Convento das Agostinianas. Ali pede para ficar, mas sua presença é rejeitada, pois aquelas freiras não recebiam viúvas em seu convento. Por milagre, algum tempo depois, São João Batista, Santo Agostinho e S. Nicolau Tolentino aparecem em sonho a Rita, levando-a para o interior do tal convento. Na manhã seguinte, as freiras que outrora negaram-lhe abrigo, pasmas pelo milagre, receberam Rita junto às outras devotas. Rita logo se desvencilhou de todos os seus bens materiais, doando-os todos aos pobres. Religiosa ao extremo, certo dia, ao pé da cruz, rezou para que Deus lhe concedesse parte da dor sofrida por Jesus na ocasião da crucificação. Então, um espinho da coroa de Cristo se soltou, indo cravar na testa de Rita. Uma ferida se formou, acompanhando a Santa até sua morte. Rita passava dias sem se alimentar, só orando e meditando. Logo a fama de santa devota se espalhou por toda a Úmbria, trazendo uma infinidade de cristãos ao Convento das Agostinianas. Quando da visita de uma prima sua, em pleno inverno, Rita pediu para que lhe trouxesse uma rosa. A prima, incrédula, encontrou a tal rosa em meio a neve forte que caça no jardim. Em seguida, ouvindo o pedido para que buscasse dois figos no mesmo local, os dois figos avistou na gélida figueira do quintal. No dia 22 de maio de 1457, exatos 76 anos de seu nascimento, morre Rita de Cássia. Cerrou os olhos como só os santos o fazem, e seu rosto recuperou as belas formas da juventude, e de seu corpo delicioso cheiro se exalou. Durante o funeral, uma série de milagres ocorreram, e, até hoje, as vestes que envolviam Rita de Cássia mantêm-se intactas tal qual novas. O papa Urbano VIII, a cuja diocese pertence Cássia, presenciou vários milagres. Logo que foi elevado à cátedra de São Pedro, mandou iniciar o processo de beatificação. Em 1627 aprovou a reza e missa em honra da Santa. A partir dessa data, o culto já muito estendido da Santa, tomou novo incremento, espalhando-se pelo mundo católico. Em 1724 o papa Bento XIV concedeu que na cidade do Rio de Janeiro se erigisse uma igreja sob a invocação da Santa, distinção esta reservada somente a santos canonizados. O povo brasileiro não ficou atrás na devoção à Santa; basta para demonstrá-lo diversos lugares que tomaram o nome de Santa Rita e as paróquias que a têm como padroeira. Em tempos calamitosos para a religião e para a sociedade, o imortal Leão XIII elevou Santa Rita às honras supremas dos altares em 24 de maio de 1900. |
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