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JUDAS: traidor ou amigo de Jesus?

Paulo Dias

Jesus de Nazaré tornou-se conhecido como O Cristo, na forma grega de seu nome aramaico Yeshua di-Messiah. Do mesmo modo, Judas é a forma grega de Yudah, o verdadeiro nome do ''traidor'' de Jesus.

Na forma Judá era também o nome de uma tribo israelita, e do reino sul no tempo de Roboão, região chamada de Judeia pelos romanos. James Robinson escreveu, ''Judas era o nome hebreu mais popular, que originou os termos judaísmo e judeu''. Seis homens foram chamados assim no NT; um deles, o irmão de Jesus. A Carta de Judas foi escrita por ''Judas, irmão de Tiago'', presumivelmente o irmão de Jesus mencionado nos evangelhos. Há também a forma Yude ou Jude, mais moderna.

Iscariotes padece da falta de consenso. Pode significar, ''de Cariote'' (uma cidade no sul da Judeia, Kerioth); ''de Jerusalém''; e ''dos sicários'', nome de um grupo zelote; eram terroristas e assassinos. Também poderia ser ''homem falso'' ou ''duro'' do aramaico Yshqaraya; e ''entregador'', do hebraico Sakar.

Diversos passos no evangelho descrevem Judas Iscariotes como traidor, ladrão, demónio, inconfidente, transgressor; ''ai daquele homem!'' que o entregou, diz Jesus. Era melhor que nunca tivesse nascido. Judas nunca foi reabilitado pela Igreja, ao oposto de Pilatos, canonizado na Igreja Copta, e Madalena, e Pedro, e mesmo Maria Santíssima, rejeitada um dia pelo filho.

Judas foi traidor?

Verdadeiramente, Judas traiu Jesus? Há um bom número de teorias: p.ex., Jesus era incapaz de prever os actos de Judas, teoria inconsistente com o NT; Jesus previa mas era incapaz de evitar, também inconsistente com o seu status divino; Jesus previa mas permitiu que Judas prosseguisse por cumprimento dos planos divinos, a tese tradicional; Jesus agiu com Judas para ser crucificado, a tese dos gnósticos no Evangelho segundo Judas.

William Klassen sugere que Judas apenas cumpria um plano, e Lc 6,14 seria erro do copista. Outra possibilidade, toda a história da prisão e julgamento de Jesus seria apenas ficional ou simbólica.

A Sinopse relaciona a morte de Jesus ao afrontamento dos interesses do Templo em expulsando os cambistas, mas este passo em Jo está no início do ministério de Jesus, trazendo dúvidas sobre o acontecimento real. E' altamente improvável que o nazareno pudesse ter agido assim, e parece certo que Roma o prenderia na hora, muito antes de Pilatos ou Caifás precisarem de um ''judas'' para o entregar; talvez nunca tenha existido de facto um Iscariotes aluno de Jesus.

O castigo de Judas

Se Jesus conhecia os planos de Judas, mas os permitiu, para que se cumprissem as Escrituras, Judas não teve livre arbítrio, não poderia evitar seu caminho, portanto não teve responsabilidade moral sobre seus actos. O mesmo se estava endemoniado. Se o sacrifício de Jesus era necessário para salvar a huanidade, por que punir Judas ao desempenhar um papel fundamental neste drama? Não parece injusto?

Em Lc 23,34 Jesus perdoa seus ofensores; mas esqueceu-se de Judas, condenado ao inferno por toda a eternidade, diz a Igreja; ''Judas imundo'' nas palavras de Bento XVI. Teria sido um castigo eterno por causa do suicídio; mas este não prova que sentiu remorso, o primeiro passo do arrependimento?

Em 1991 o teólogo Ray S. Anderson escreveu um livro considerado muito provocativo por sugerir que pela graça de D/us Judas, tradicionalmente citado como traidor de Jesus e responsabilizado pelo julgamento, poderia ser sido perdoado (cf. '''o evangelho segundo Judas''). Agora William Klassen firma uma posição bem mais provocadora: nada há para perdoar!

No que poderia ser descrito como ''a busca pelo Judas histórico'' (que seria um filão inesgotável de pesquisas) Klassen conclui que Judas era afinal amigo de Jesus, não seu traidor.

Klassen, pesquisador-professor na Escola Bíblica de Jerusalém e ex-professor das universidades de Waterloo, Toronto, Manitoba, e do Seminário Bíblico Menonita (Elkhart, Indiana, EUA), fez pesquisas profundas, fascinantes e desafiadoras; e um livro bem articulado. Seu argumento central focaliza o verbo grego paradidomi, usualmente traduzido como "traidor". Klassen diz que esse termo simplesmente não tinha tal significado na Grécia antiga. . Mais: poderia significar transmissor sem qualquer sentido negativo a denotar [de facto, na cultura grega é até uma palavra ''boa'': presente]. Klassen acredita que o Judas histórico ''presenteou'' Jesus às autoridades porque o rabi queria confrontar e criticar a hierarquia do templo. As coisas não saíram como planejado, entretanto, e por motivos inexplicados, segundo Klassen, Judas cometeu suicídio.

Klassen lista extenso rol de evidências, e leituras cuidadosas da representação de Judas em cada evangelho. Conclui que a Igreja primitiva representada pelos evangelistas demonizou Judas. Tratar Judas assim era o modo de iniciar uma identidade do tipo ''pertencente e não pertencente'' ao grupo. Judas, por ser judeu, no seu status de não pertencente, e traidor alimentou o antissemitismo nascente na Igreja.

A prisão de Jesus

JO 18,3-12. Tendo, pois, Judas recebido a coorte e oficiais dos principais sacerdotes e fariseus, veio para ali com lanternas, e archotes e armas. Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se, e disse-lhes: A quem buscais? Responderam-lhe: A Jesus Nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu. E Judas, que o traía, estava com eles. Quando, pois, lhes disse: Sou eu, recuaram, e caíram por terra. Tornou-lhes, pois, a perguntar: A quem buscais? E eles disseram: A Jesus Nazareno. Jesus respondeu: Já vos disse que sou eu; se, pois, me buscais a mim, deixai ir estes; para que se cumprisse a palavra que tinha dito: Dos que me deste nenhum deles perdi. Então Simão Pedro, que tinha espada, desembainhou-a, e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. E o nome do servo era Malco. Mas Jesus disse a Pedro: Põe a tua espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu? Então a coorte, e o tribuno, e os servos dos judeus prenderam a Jesus e o maniataram.

As palavras usadas em Jo 18,1-12 em aramaico sugerem combate. São termos que denotam armamento pesado: o corpo de guarda [tropa de choque] formado por espadachins vinha com lanças. Pedro por sua vez tinha uma ''grande espada'' e Jesus foi levado por um centurião (romano), um tribuno militar, se bem houvesse ali oficiais ou auxiliares dos chefes-sacerdotes. A palavra é a mesma em grego ou aramaico: tribuno militar, ou, o lugar-tenente de Pilatos.

Pois é, mas sabe qual era a profecia que se passaria no monte das Oliveiras na noite de Pessach? A da guerra contra os romanos. Houve combate, ou ia haver. Talvez não ao pé da letra, mas pelo menos no sentimento; a gana de subir no pescoço dos romanos. Como diziam naquele tempo, redimir Israel.

A profecia e' Zacarias, e toda com duplicidades; o messias viria do monte das oliveiras, os anjos iriam intervir, haveria um grande combate mas ao mesmo tempo o messias seria transpassado pela espada, e haveria 2 messias, o outro seria vitorioso. O passo todo de Jo relaciona-se inequivocamente ao segredo messiânico de Zacarias; o monte das oliveiras é significativo, por ser o abrigo oficial dos peregrinos.

No passo de Jo, as espadas representam Roma claramente. O facto de Pedro portar espadas significa que no fim das contas os extremos se tocaram; eram tão nacionalistas aqueles homens, que acabaram usando os métodos romanos.

O rabi Abas foi no Talmude o acusador de Jesus [mas não está bem-firmado, é apenas tradicional]; Barrabás, Bar Abas: o filho de Abas; Jesus Barrabás era o seu nome todo. O beijo foi necessário para diferenciar os 2 jesuses, ambos rabis, ambos nazarenos, de cabelo comprido, barba comprida e roupas brancas com manto; o jesus barrabeno, o jesus nazareno. E obviamente Abas (se for isso) pensou em salvar o filho, claro. Abas e o filho decerto estariam por perto naquela noite em que os rabis oficiavam a Hagadah [narrativa pascal], em especial no monte das oliveiras.

Jesus de Nazaré desejou na sua lucidez que ele nazareno e não o barrabeno fosse o messias transpassado e que o barrabeno e não ele Jesus Nazareno fosse o messias vencedor. Mas obviamente algo saiu errado e Roma prendeu todo mundo. Outra possibilidade seria o beijo para diferenciar Jesus de seus irmãos, muito parecidos segundo a tradição (o Pessach é celebrado em família).

O texto e' bem claro; havia paus, o templo (pau não mata); e havia ''exterminadoras'', o aramaico especifica bem essa palavra para dizer espadas, espadas grandes, de combate duro, havia exterminadoras; paus e espadas.

Obviamente, tropas civis do templo, e mais, tropas romanas que se deslocaram rapidamente e surpreenderam ambos os grupos: os zelotes como Judas e os pacifistas como Jesus, e os nacionalistas como Pedro. E a prova disso é justamente o facto de Jesus, Dimas e Gestas serem crucificados num dos 8 dias de Pessachim; 15 dias, dependendo dos rituais a praticar: limpar a casa, renovar as roupas, eliminar todo fermento e lavar os utensílios, preparando-se para uma viagem, tudo isso devidamente festejado, demandava toda a semana anterior.

Lucas, bem mais contido no uso das palavras gregas, deixa entender que Roma não estava exatamente ali em especial, e sim rondando; as tropas diretamente envolvidas eram civis, portanto judaicas; do templo, levitas com bastões ou paus; com tropas romanas na retaguarda.

Sim, porque dois extremos devemos evitar: primeiro, Roma ia prender rabis sem ajuda dos sacerdotes? Nenhum poder invasor domina sem cooptar a classe dirigente local. Outro, um instituto nitidamente governamental como o templo carregaria espadas, armas proibidas ao governo judeu, dentro de um recinto do governo? Seria um ato de guerra.

Ora, nem Roma prendeu Jesus diretamente, apenas conduziu os acontecimentos com espadas metafóricas, nem o templo agiu por si só: era o poder menor, espadas cortam paus.

Apesar disso, ficou a imagem do templo prendendo Jesus por si. A prova da verdade insuficiente disso é que Anás, o homem-forte do regime saduceu, morreu no leito no ano 36. Se naquela noite o governo tivesse patrocinado isso, ele estaria na cruz ao lado do nazareno no dia seguinte. Caifas, seu genro, foi banido em 36 por causa de algo, que nunca foi informado por Roma, que ele e Pilatos (banidos juntos) fizeram e que o evangelho segundo Nicodemos insinua que foi a morte injusta de Jesus. Por outro lado Pilatos estava às 5:30 hs de pé no Pretório, obviamente informado de todos os lances da prisão aqui descrita. Se for verdade, Pilatos e Caifás agiram juntos.

Voltando ao texto, isso das espadas mortais e das tropas de choque foi em aramaico. Em grego, espadins, e tropas leves; espadim ou machaira, e speiran (como oclous em Mt Mc Lc), mesmo assim uma guarnição militar de soldados presumivelmente profissionais. Hiperetes ou ''tropas leves'' é quase tudo em judaísmo, como ''trem'' em MG e ''coisa'' no RJ; seriam serventes, oficiais, ou tropas normais, sem ser de elite ou de choque; policiais, enfim. O ''coorte'' de Ferreira, muito feliz, traduz exatamente o espírito da palavra aramaica (h) ASAF (a) ASFIRA. Ora, a polícia do Templo era formada de levitas, civis, armados de bastões. Roma permitia, alias, o auxílio apenas de tropas mal armadas e de contingente civil, para o policiamento provincial interno.

Tropas e armamento pesado eram exclusivos de Roma, claro. Mas o apóstolo Pedro tinha consigo uma ''grande espada'' (h) SAFAH (a) SAFAS (ou um espadim ou facão, machaira) o que indica um grupamento paramilitar formado secretamente, e daí BARRABAS e os dois ''bandidos'' na cruz. Alias, gr. ''bandido, LESTES, é guerrilheiro e eu comprovei em pesquisa de campo na Grécia que é termo ainda usado com esse sentido. No evangelho, tem LESTES. Barrabás era lestes como Dimas e Gestas, lestai, crucificados com Jesus.

Em outro passo, Lc e Mt dizem que havia uma ''guarda'' com espadas e ''paus'' e os paus significam policiais do Templo. Contudo, havendo 2 rabis envolvidos no incidente, 2 jesuses, o Bar Abas e o Nazoreu, precisava dos policiais civis.

CONTRAPROVAS

Antes de tudo, o messias e' um tempo de paz universal; ao individualizar, são 2 e não 1. Ao individualizar mais, há 01 messias em cada DOR, i.e., geracao, tempo de vida, vida; sendo que o messias individual, o GOEL, relaciona-se ao conceito de palingenesia ou reencarnação. DOR significa também reencarnação, eternidade, vida eterna.

Em AMOZ e' um estado; em Zacarias, 2 homens: as ''duas oliveiras''; e no hebraico as coisas se passam ao mesmo tempo com os dois messias, Ferreira traduziu por causalidade e intervalo conforme o portug. mas no pensamento em hebraico, intraduzivel, é ''ao mesmo tempo''e ''enquanto isso'', mas seria exigir demais de Ferreira. Nao e' uma questão de palavras, mas de tradição cultural na leitura do texto; cada idioma tem a sua tradição cultural intransponível.

Em Isaias, o messias e' um homem que faz aquilo que contraria em direto a Lei mais antiga: ele sofre quando, segundo as Escrituras mais arcaicas, o homem justo goza. Este sofrimento insere na Escritura uma tensão dramática.

Em Job, enfim, o messias GOEL e' um redentor que reencarna e que conduz as almas pelo caminho das reencarnacoes sucessivas: ''eu sei que o meu Redentor [Goel] vive eternamente''’.

Qdo Jo foi escrito, supostamente teriam se passado 70 anos pelo menos. E mais, todo aquele lugar estava em ruínas e os zelotes mortos, bem como todas as pessoas participantes. Portanto, a rigor ele ignora como foi, ainda mais que o evangelho e' Segundo ou Conforme, o que indica outras canetas a escrever. Ora, a realidade concreta como foi tintim por tintim eu não posso mais saber, eu não estava ali e ja' se passaram 2 mil anos.

Portanto, tenho que raciocinar em cima do texto; e noto que o evangelista aproximou o seu texto ao de Zacarias, com todos os elementos da profecia, embora apenas sugeridos. Espadas, oliveiras, tudinho. Ademais, cada um dos 4 evangelhos conta de um modo. De que modo aconteceu à vera?

Esse caminho de Zacarias, como tudo no NT, apenas sugere sem localizar; obviamente, se Pedro portasse mesmo espadas estaria na cruz, apesar de o NT especificar que ele fazia isso, alias, o NT diz afirmativamente, Pedro carregava espadas; mas por outro lado se o governo patrocinasse o uso clandestino de armas romanas [espadas] perto da fortaleza romana, -ou seja, tropas do templo, exclusivamente, prendendo Jesus-, Caifás estaria na cruz, ao mesmo tempo e' complicado pensar em tropas de Roma movendo-se em Jerusalém no dia ou mesmo na vesperal de Pessach com 01 milhão de peregrinos ainda mais de noite; e sobretudo e' complicado pensar em tropas do templo fazendo o mesmo: militares ou mesmo policiais não entram em forma pra perder, e' um princípio estrategista básico. E a noite favorece a derrota.

E sobretudo e' complicado pensar em simples pessoal civil dos sacerdotes, tipo empregados, fazendo a prisão, apesar de o evangelista especificar; isso seria bandalha, seria os saduceus corroendo o poder deles mesmos. Sim, porque se pode sair grupo paramilitar armado pra prender um homem, pode sair outro, e outro, e outro; dali a pouco Jerusalém ia ser um ponto de encontro para mercenários. Nenhum grupo de poder comete suicídio politico de tal monta.

A coisa mais perto de uma iniciativa oficial, o governo prendendo Jesus, e' a frase ''anciãos do povo'' que eram, afinal de contas, os governantes. Mas e' complicado pensar em ministros de Estado saindo de noite na rua a prender. Mas tendo Roma em vista a que enviassem seria uma tropa quase desarmada: seria eficaz? Que vexame entrar em luta corporal com os amigos do indiciado, arriscando-se a perder por falta de armas!

E mais complicado ainda, se era um pessoal tipo empregados, testas de ferro, por que simplesmente não mataram JC? Quem ia saber na calada da noite. E mais complicado ainda, era noite de festa, o povo ficava na rua ate' altas horas. Que desoras eram aquelas sem ninguém? E mais complicado, o monte das oliveiras ficava apinhado de gente. Mesmo se ainda não fosse Pessach, estaria tudo sendo preparado, pois o preparo do alimento inicia no dia e noite anteriores e o povo estaria festejando. Naquele tempo o preparo do alimento pascal era em grandes fornos a céu aberto, atulhados de gente ao redor. Ao mesmo tempo, segundo a Sinopse, era Pessach. Que dia foi, afinal?

Enfim, sabendo hoje que os zelotes montaram tropas e armas secretamente no deserto, antes de 68, (e assim conseguiram armar-se para a revolta) chegamos a concluir que Jo, na verdade, faz do seu tempo, ano 90, uma reflexão sobre o zelotismo/bandidagem, com o pano de fundo de Zacarias, da prisão de Jesus e da guerra de 68. Esse parece o melhor caminho, pois seria tolice contrapor uma leitura ao pe' da letra com outra; e a melhor leitura e' sempre no sentido do simbolismo; o NT não relata, interpreta, longe da leitura literal-factual da realidade. O evangelho é literatura filosófica, que pensa a realidade.

E os saduceus como Anás e Caifás simplesmente jamais fariam movimentos de guerra clandestina antirromanas, como parece o caso; Roma legitimava o poder deles, tão estrangeiros, em sua terra, quanto os romanos.No sistema de forças, simplesmente eram a única escolha política disponível, mas não quer dizer que o povo os amasse.

Voltando aos duplos da profecia de Zacarias, »as duas oliveiras«, no julgamento havia 2 prisioneiros, que o povo devia escolher diante de Pilatos; obviamente, nova achega ao texto profético. Se 2 no julgamento, fica sub-entendido 2 prisões obviamente, mesmo que nao-simultânea; o NT deixa bem claro que Barrabas era lestes e que estava preso por causa de um motim, ou, como em Mc, por causa DO motim especificado que, obviamente, havia ocorrido havia pouco tempo, pois a justica romana em caso de motim tinha que ser rápida sendo um ou o motim.

Há um duplo no servo do sumo-sacerdote, que se chama rei, Malcos. Servo e rei ao mesmo tempo; e finalmente, outro duplo na cruz: Jesus de um lado era justo, e do outro havia 2 bandidos. Um duplo repetido, pq um era bom e outro mau bandido, diz a tradição. Enfim, tudo em Jo remete a Zacarias.

Um outro duplo em Jo, judeus e fariseus, palavras que no tempo de Jesus eram usadas em sentido diferente de hoje e, sobretudo, usadas pelos ''de fora'' para designar grupos muito diversos; novo duplo, os de dentro e os de fora. Um outro duplo e' Jesus ser preso na noite em que Israel celebra Pessach, a Liberdade. Enfim, os elementos de achegas ao profetismo e à escatologia em Jo são muitos. Editou, Paulo Dias. Fonte, Danilo Nunes, A Páscoa de Sangue; Pastorino, Sabedoria do Evangelho. James M. Robinson, The secrets of Judas: The story of the misunderstood disciple and his lost Gospel, Harper, San Francisco, (2006), pp. 33-35. Of Black Madonnas and Eunuchs: Ethiopia extends its hands to God, Ukrainian Orthodoxy, [em: http://www.unicorne.org], op cit., Robinson, pp. 35-36. Judas Iscariot, Answers.com, [em: http://www.answers.com]. William Klassen, Judas: Betrayer or friend of Jesus, Fortress Press, 1996 [Judas: Betrayer or Friend of Jesus? - book reviews. Christian Century, August 27, 1997 by David M. Scholer].

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