Roteiro de aula teórica da Profª Angela Maria
Mazzucco em 04/02/2002
Universidade Federal do Rio
de Janeiro Instituto
de Biofísica Carlos Chagas Filho
FILO NEMATODA
. corpo cilíndrico, não segmentado
. ausência de ventosas
. aparelho digestivo completo
. adultos dióicos (sexos separados)
Strongyloides stercoralis
Cosmopolita.
http://www.reise-tropenmedizin.via.t-online.de/strong.gif
Ciclo parasitário associado a ciclo de total vida livre no solo
VERMES ADULTOS fêmea partenogenética
parasita
http://www.biosci.ohio-state.edu/~parasite/pictures/strongyloides_2.gif
http://www.biosci.ohio-state.edu/~parasite/pictures/strongyloides_3.gif
http://www.biosci.ohio-state.edu/~parasite/pictures/strongyloides_in_situ.gif
HABITAT : espessura da mucosa do intestino delgado, na intimidade dos tecidos.
Principalmente no DUODENO e PORÇÃO SUPERIOR DO JEJUNO
ATÉ O MOMENTO NÃO FORAM OBSERVADOS MACHOS PARASITAS
OVO : 55 X 32 micrômetros
http://www.parasitology.org/Images/Imgbank/409.jpeg
http://www.cdfound.to.it/html/ss20b.htm
Fêmeas partenogenéticas
são ovovivíparas :
Tamanho : 250 micrômetros
http://www.ohd.hr.state.or.us/phl/imglib/compos.jpg
http://www.cdfound.to.it/html/ss3.htm
Primórdio
genital bem evidente
vestíbulo bucal curto
SÃO
ELIMIMNADAS NAS FEZES E VIVEM NO SOLO ONDE CRESCEM E PODEM SEGUIR 2 TIPOS DE EVOLUÇÃO DIFERENTES (VER CICLO )
Tamanho : 500 micrômetros
http://www.medicine.cmu.ac.th/dept/parasite/official/nematode/ssfltail.htm
Cauda entalhada
TRANSNMISSÃO :
PENETRAÇÃO ATIVA DAS LARVAS
FILARIÓIDES L3 PELA PELE (pp/
membros inferiores)
¯
FÊMEAS MACHOS
http://www.medicine.cmu.ac.th/dept/parasite/official/nematode/121.jpg
http://www.medicine.cmu.ac.th/dept/parasite/official/nematode/122.jpg
TAMANHO : FÊMEA 1,5 MILÍMETROS MACHO 0,7 MILÍMETROS
VIVEM NO SOLO
CICLO MONOXENICO
http://www.parasitologia.hpg.ig.com.br/imagensendo/ciclostrongyloides.jpg
HETEROINFECÇÃO :
PENETRAÇÃO ATIVA DE LARVAS FILARIÓIDES INFECTANTES PELA PELE
RARAMENTE :
1.
LARVAS FILARIÓIDES PENETRAM PELAS MUCOSAS (BUCAL, ESOFÁGICA
OU GÁSTRICA) QUANDO HÁ INGESTÃO DESTAS LARVAS (ÁGUA E ALIMENTOS)
2.
LARVAS FILARIÓIDES INGERIDAS PENETRAM NA MUCOSA DO
INTESTINIO DELGADO ® FÊMEAS
PARTENOGENÉTICAS PARASITAS . NAÕ HÁ CICLO PULMONAR
AUTOINFECÇÃO EXTERNA :
LARVAS RABDITÓIDES ® LARVAS FILARIÓIDES NA REGIÃO PERIANAL
¯
PENETRAÇÃO ATIVA DE LARVAS FILARIÓIDES INFECTANTES PELA PELE DA REGIÃO
PERIANAL
AUTOINFECÇÃO INTERNA :
LARVAS RABDITÓIDES ® LARVAS FILARIÓIDES DURANTE O TRÂNSITO INTESTINAL ® PENETRAÇÃO ATIVA DE LARVAS FILARIÓIDES
INFECTANTES PELA MUCOSA DO INTESTINO DELGADO ® VEIA PORTA
¯
PULMÕES
¯
CICLO DE LOSS
1. SÍNDROME CUTÃNEO : geralmente assintomático (penetração das larvas)
· Eritema, prurido, edema local
· Nos tornozelos, dorso do pé, espaços interdigitais
2. SÍNDROME PULMONAR :
Larvas perfuram os capilares pulmonares e atravessam os alvéolos
· Geralmente assintomático
· Bronquite : tosse, expectoração
· Síndrome de Löeffler : febre, tosse, eosinofilia sanguínea
(fenômenos alérgicos – hipersensibilidade)
3. SÍNDROME GASTROINTESTINAL :
Duodeno e jejuno ® lesões mecânicas,
líticas e irritativas devido à :
· Presença e atividade das fêmeas na espessura da mucosa
· Oviposição na espessura da mucosa
· Eclosão e migração das larvas na espessura da mucosa
Processo inflamatório , pontos hemorrágicos, congestão, edema, ulcerações
Peristaltismo aumentado ® DIARRÉIA
Fibrose IRREVERSÍVEL da mucosa do
intestino delgado ® DISABSORÇÃO
Obs :
RX ® duodeno
e jejuno = tubos lisos e rígidos
DIAGNÓSTICO
LABORATORIAL
DEMONSTRAÇÃO DE LARVAS NAS FEZES
MÉTODO : BAERMANN
FUNDAMENTO : Baseia-se no hidrotropismo
e termotropismo positivos das larvas
Em
fezes recentes normalmente as larvas eliminadas são de Strongyloides
stercoralis
Em
fezes não recentes as larvas podem ser de Strongyloides stercoralis
ou de Ancilostomídeos que eclodiram dos ovos
eliminados nas fezes. Ou então em fezes recentes oriundas
de pacientes que apresentem retardo no trânsito intestinal (constipação
intestinal)
Também
pode ser feita uma demonstração de larvas nas secreções :
·
escarro (nos
casos broncopulmonares)
·
sondagem
duodenal (exames coproscópicos
repetidamente negativos)
TRATAMENTO : TIABENDAZOL
age somente nas formas adultas.
NÃO É LARVICIDA !