Princípios importantes ao mergulhar
NUNCA mergulhe sozinho, sempre que possível tente arranjar
um colega que se disponha a fazer um mergulho consigo.
Mantenha o seu material em condições, sempre que termine
um mergulho passe tudo por água doce.
Dar e receber ar debaixo de água, sim...mas, nunca largue
o seu regulador. (cachimbo)
Os problemas que aparecem debaixo de água resolvem-se
debaixo de água.
Em mergulhos com ar comprimido não exceda os 40m de
profundidade.
Não faça mais que dois mergulhos por dia. Evite os
mergulhos sucessivos.
Tenha sempre em dia as revisões anuais de material, bem
como as inspeções médicas.
Não entre em grutas ou buracos que não conhece.
Use sempre uma bússola, principalmente quando mergulhar em
mar alto, ou em sítios que não conhece.
Não mergulhe em canais de navegação (é proibido).
Use sinalização adequada sempre que mergulhar, veja e
seja visto. (bóia com bandeira)
Afaste-se de cabos e redes submersas. Tenha sempre uma faca à mão.
Regras Gerais de Segurança
Não entrar na água antes que tenham decorrido, pelo menos 3h após as refeições, sobretudo se a água estiver fria.
Não entrar na água, quando as autoridades marítimas ou os avisos indicarem não ser oportuno.
Não entrar na água logo após demorada exposição ao sol.
Não tomar banho em locais proibidos pela autoridade marítima.
Não tomar banho em locais pouco freqüentados ou sem socorros.
Não nadar contra a corrente.
Não nadar sozinho, se souber nadar pouco.
Não nadar em locais com algas ou limos.
Não teimar em continuar a nadar quando se sentir cansado; deite-se de costas e procure boiar; se for necessário peça socorro.
Não se aproximar de locais onde houver forte corrente, grande rebentação, redemoinhos ou outros perigos.
Não se afastar para onde não tiver pé, se souber nadar pouco e for sujeito a cãibras.
Não se afastar muito da praia ou da margem sem se fazer acompanhar de um barco.
Não dar saltos para água em locais que não conheça bem ou onde a água não tiver profundidade suficiente.
Não continuar na água quando começar a sentir frio.
Outras regras que o mergulhador deverá seguir:
Sinais durante o Mergulho
Os sinais durante o mergulho podem dividir-se em dois grupos importantes: os obrigatórios, indispensáveis ao mergulhador, devendo estes sinais serem memorizados de modo a garantir um mergulho seguro; os facultativos, que se destinam a aumentar o leque de possibilidades de comunicação nas imersões. (um bom bate-papo debaixo d'água, por exemplo.)
OS SINAIS DE MERGULHO
Durante o mergulho, os praticantes têm necessidade de comunicar entre si. Atualmente, existem aparelhos que permitem a comunicação entre os mergulhadores e, até entre estes e os barcos de apoio, mas, trata-se de material caro e complexo que não é acessível ao mergulhador vulgar.
O velho código de sinais por gestos continua então, sendo necessário. Este código deve ser simples e eficiente.
Vários países criaram o seu código de sinais, em maior ou menor número e muitos deles comuns, mas a
CMAS - Confederação Mundial de Atividades Subaquáticas, selecionou e propôs um destes códigos que, para além de obedecer às condições apontadas, tem a vantagem de ser Internacional e portanto permitir uma
uniformização útil para todos os mergulhadores, mesmo que à superfície falem línguas
diferentes.
Os sinais dum código deste tipo baseiam-se em três premissas fundamentais:
Devem ser facilmente perceptíveis;
Devem ser facilmente visíveis;
Devem poder ser feitos com uma só mão.
Os sinais propostos pela CMAS dividem-se em dois grandes grupos:
Sinais de Comunicação
Sinais de Presença
1 - Sinais de comunicação:
Estes sinais, como o seu nome indica, destinam-se a transmitir curtas mensagens entre mergulhadores.
Subdividem-se em dois sub-grupos:
1.1 - Sinais obrigatórios
1.2 - Sinais Facultativos
Os primeiros subdividem-se por sua vez em:
1.1.1 - Sinais diurnos
1.1.2 - Sinais noturnos
Sinais obrigatórios diurnos
Os sinais obrigatórios diurnos são oito e alguns deles podem ter dois significados, pois tanto servem para informar como para questionar. Assim, ao fazer o sinal nº1 - Tudo Bem - tanto se pode estar a informar os colegas de mergulho que está tudo bem, como a perguntar se um deles não tem problemas. Sendo estes sinais extremamente simples, não é difícil distinguir estes dois casos.
Além disso, nada impede que se juntem mais do que um sinal para facilitar a compreensão, embora se evite a aplicação de sinais seguidos para não ocorrer confusões.Assim, por exemplo, pode-se utilizar o 1º sinal facultativo - EU - juntamente com o 2º sinal obrigatório - SUBO - para indicar que eu vou subir. São sinais executados com uma só mão ou braço, deixando a outra livre.
Sinais obrigatórios noturnos
Os sinais obrigatórios noturnos podem ser de dois tipos:
sinais para curta distância
sinais para longe.
Os que se destinam a ser vistos a curta distância são os sinais diurnos, agora iluminados pela lanterna que o mergulhador empunha na mão livre. Os sinais para longe são dois e resumem-se a indicar que está tudo bem ou a pedir socorro.O sinal TUDO BEM é feito com a lanterna apontada para o colega e rodando o foco, em círculos, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.
O sinal de SOCORRO é feito da mesma forma, deslocando o foco na vertical, para cima e para baixo repetidamente.
2 - Sinais de Presença:
São sinais que se utilizam para indicar a presença de mergulhadores na água, quer de dia quer de noite.
Durante o dia a sinalização é feita por meio duma bandeira içada no barco de apoio. Caso o grupo de mergulho não possua embarcação de apoio, deverá assinalar a sua presença por meio duma bóia, a qual deverá possuir uma haste que permita colocar a bandeira.
Como já referimos, é sempre da maior conveniência que o grupo utilize uma bóia, mesmo que utilize barco de apoio. A bandeira utilizada internacionalmente e, ainda hoje utilizada pelos americanos,
é a bandeira da Convenção Internacional do Mergulho - um retângulo
vermelho com uma diagonal branca, descendo da esquerda para a direita.
Em Portugal esta bandeira sempre foi utilizada pelo ISN
- Instituto de Socorros a Náufragos, teendo sido adotada como bandeira de mergulho a numérica 4, do Código Internacional de Sinais da Marinha, ou seja, um retângulo vermelho com duas diagonais brancas, conhecida como cruz de Santo André.
Atualmente utiliza-se a bandeira de letra A do mesmo Código Internacional de Sinais, constituída por dois retângulos, um branco junto à adriça (cabo para içar velas ou bandeiras) e outro azul
recortado - Mergulhadores na água, mantenha-se à distância.
Por uma questão de tradição a CMAS pede que se continue a içar, juntamente com a bandeira oficial, branca e azul, a antiga bandeira de mergulho que ainda hoje continua a ser para muitos mergulhadores o seu símbolo.
À noite o sinal é substituído por três luzes, dispostas na vertical e que deverão estar afastadas entre si 6 pés, ou seja 1,80 metros. As duas luzes das extremidades são vermelhas e a do meio branca.
Um grupo sem embarcação de apoio deve ter na bóia uma luz branca.
Fonte: Bombeiros Voluntários de Nazaré |
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