" FERNANDO FERRARI: o gaúcho das Mãos Limpas"

Nascido em São Pedro do Sul, pequeno município da região central do Rio Grande do Sul, Fernando Ferrari destacou-se no cenário político nas décadas de 40,50 e 60, pelo PTB - Partido Trabalhista Brasileiro - com o qual se desentendeu depois, manifestando sua indisposição através da Campanha das Mãos Limpas e do MTR – Movimento Trabalhista Renovador.

A infância, adolescência, juventude e iniciação política de Fernando Ferrari, sua atuação e desempenho estudantil, social e comunitário será aqui abordado de forma breve, atendo-se mais a atuação política de Ferrari, rede de relações políticas e pessoais, pontos de vista, ideais políticos e partidários que defendia e que se opunha, com destaque para sua carreira como deputado estadual e, sobretudo federal, onde mais se destacou, defendendo a Reforma Agrária, as crianças e as classes mais injustiçadas e oprimidas da sociedade de então.

A biografia existente sobre Ferrari permite extrair trechos de seus discursos e manifestações, sendo mais fácil ao leitor perceber a forma com que Ferrari, através de eficaz oratória, conseguiu a adesão popular as suas causas, sensibilizando e enchendo de esperança o povo sofrido da época, adquirindo notoriedade e liderança reconhecidas no cenário político gaúcho.

A ousadia e ambição políticas de Ferrari podem ser facilmente atestadas pela ininterrupta escalada política, com vistas à Vice-presidência da República. A frustração também era ininterrupta na vida desse líder político, tendo o mesmo que amargurar inúmeras derrotas. O fato de não desistir de seus ideais, apostando neles e em si, seguindo em frente e colocando seu nome sempre à disposição do povo para colocar em prática o que defendia através da Campanha das Mãos Limpas, em 1959, onde lançou as bases da Mensagem Renovadora e do Movimento Trabalhista Renovador, onde atacava o centralismo instalado no PTB por João Goulart, presidente do partido desde 1952, fazem de Fernando Ferrari uma figura ímpar e inesquecível da história política rio-grandense do século XX.

A VIDA PÚBLICA DE FERNANDO FERRARI

Infância, adolescência, juventude e iniciação política

Nascido em São Pedro do Sul aos catorze dias do mês de junho de 1921, Fernando Ferrari traduziu-se nas décadas de 40,50 e 60, ao lado de Getúlio Vargas e Alberto Pasqualini, num símbolo do trabalhismo brasileiro.

Filho de Maria Margarida Toller e Tito Lívio Ferrari, Fernando teve uma infância simples e tranqüila na pacata cidade gaúcha, junto de sua família, estudando e ajudando seu pai na "venda". Com dificuldades para aprender a ler e a escrever, foi no Ginásio Marista de Santa Maria que despertou para os estudos, transformando-se logo num proeminente orador, graças às incansáveis e contínuas leituras que fazia, o que impressionava não só a família como também os dirigentes maristas que sonhavam em fazer daquele menino quieto e tímido mas falador, um Padre. Em 1941 formou-se contador pelo Ginásio Marista, e em 1946 aceitou o convite para trabalhar como economista no SAPS – Serviço de Alimentação da Previdência Social- onde logo detectou e denunciou uma fraude na contabilidade do órgão. No mesmo ano aderiu ao PTB, onde de imediato recebe a proposta de candidatar-se a uma vaga à Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERRARI, Fernando. "Escravos da Terra". Editora Globo, Porto Alegre, 1963, 2ª edição.

FERRARI, Fernando. "Mensagem Renovadora". Editora Globo, Porto Alegre, 1960. 1ª edição.

WAGNER, Carlos & PEREIRA, André. "Fernando Ferrrai". Editora Tchê! Porto Alegre, 1985.

WEFFORT, Francisco. "O Populismo na Política Brasileira". Editora Paz e Terra. Rio de Janeiro, 1989.

LEAL, José Cândido Rodrigues. "São Pedro do Sul Antigo – Registros Históricos (1626 – 1965)". Santa Maria, 1996. 1ª edição

COELHO, Eva Regina Barbosa. "Fernando Ferrari e sua atuação política- período de 1947 a 1963". Santa Maria, 1986. (Monografia)

SEVERO, Ainda Martins. "A Ideologia do Partido Trabalhista Brasileiro". Santa Maria, 1986. (Monografia

Pesquisa apresentada como

Avaliação parcial na disciplina de

História do Rio Grande do Sul II, do Curso de História da UFSM, em agosto de 2002, pela acadêmica Cheryl Susan Dressler

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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