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Beleza Americana 
(American Beauty, EUA, 2000)
Lester (Kevin Spacey) é o pai de uma típica família
americana, daquelas que moram em casas brancas com grandes gramados verdes.
Tem uma mulher independente, uma filha adolescente e é bem sucedido
no trabalho. Qual o problema com tudo isso?
O problema
é que nada é o que parece. Sua esposa não passa de
aparência, ele não conversa com sua filha, além de
não ligar para o seu emprego. Da porta para dentrro nada é
o que parece.
A história
se passa nos últimos diasda vida de Lester que, já morto,
reelembra essa época, sem pudores e sincero, já que não
precisa mais dar satisfação nem da "aprovação"
de ninguém. Algo como um "Memórias Póstumas" americano.
A situação
chega a tal ponto que Lester resolve dar um basta. Larga seu emprego e
procura um trabalho sem responsabilidades e preocupações,
torna-se fã de Hendrix e maconha, não consegue tirar os olhos
da amiga de sua filha e só continua casado porque sua mulher precisa
dessa fachada - embora ela própria tenha um amante.
No meio dessa
história, a filha do casal também é afetada. Insegura
e problemática, tem um relacionamento com o seu vizinho esquisito
- que insiste em filmar tudo o que vê, inclusive ela - e se envolve
com negócios, no mínimo, suspeitos.
A trama do filme
é chocante por que retrata aquilo que todo mundo sabe, mas ninguém
fala. Casar, ter filhos e um bom emprego é quase que uma obrigação
atualmente. Mas e se não for isso o que algumas pessoas procuram?
No mínimo vai ser taxado de excêntrico, ou vai acabar achando
que é isso mesmo o que deve fazer.
Lester resolveu dar
um basta e fazer o que queria da vida. E viveu muito melhor assim.