F  *  U  *  N
Homepage
 
  
 

  View 

  Sign 
 
 
 
 
 
 
 

 ------------- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

           Corra Lola, Corra  
         (Lola Rennt, Alemanha, 1999) 
 

                             Apesar da idéia que o título pode passar Corra Lola, Corra, não é, 
                  apenas, um filme de ação. Lola passa mais da metade do filme correndo,  
                 é verdade, mas isso não chega a ser o único elemento de destaque da  
                 trama. 
                         A história toda é muito mais filosófica do que física. Corra Lola, Corra,  
                 apresenta uma visão sobre a vida, sobre o tempo e o espaço de uma maneira 
                 leve e divertida.  
                        Lola (Franka Potente) precisa em 20 minutos arranjar 100 mil marcos  
                  para Manni (Moritz Bleibtreu),seu namorado, que deve dinheiro a criminosos.  
                  A partir de então ela sai desesperada por Berlim, ao som de muita música 
                  eletrônica, que marca o ritmo do filme. 
                        O filme todo é dividido em três “tentativas” de Lola para conseguir o  
                  dinheiro, nas quais ela faz praticamente o mesmo trajeto, com uma pequena  
                  diferença no tempo, mas que faz toda a diferença na trama. Essa é a  
                  mensagem do filme. 
                        A mercê da vida humana a casualidades, como tropeçar e perder um  
                  segundo da sua caminhada pode salvá-lo de, por exemplo, ser atropelado 
                  na próxima esquina.  
                        O fato de Lola tropeçar na perna de um vizinho enquanto desce as  
                  escadas de seu prédio pode ser a diferença entre a vida e a sua morte.  
                  Enquanto Lola corre em direção ao banco de seu pai, ele e sua amante  
                  discutem a relação que estão tendo e, dependendo da hora que Lola  
                  entra esbaforida em sua sala, uma frase ausente muda toda a postura  
                  de seu pai.  
                        Toda a história é contada com uma direção inovadora que mistura 
                  animação, fotografia, câmera lenta e cinema habitual e mostra também 
                 (através da sobreposição de fotografias no meio da ação) o efeito que  
                 nós causamos na vida dos outros e também o passado e futuro de  
                 estranhos pelos quais passamos na rua sem nem nos darmos conta que 
                 todos têm uma história, uma razão para estarem onde estão e talvez nunca 
                 mais os vejamos, e que somos vistos como estranhos também. 
                        No final de cada uma das tramas há um flashback onde Manni e Lola  
                conversam sobre relações, tanto as suas quanto em geral, e através destes  
                momentos, onde se pode conhecer mais a psicologia de cada personagem, 
                a trama volta novamente ao início e ela corre tudo de novo. 
                       As três histórias, que podem ser “paralelas” ou independentes, não 
                servem para o espectador “escolher” entre a qual mais lhe convém. Servem  
                para refletir as escolhas que fazemos, as diferentes posturas que podemos  
                ter sob as exatas mesmas circunstâncias e o que a casualidade e o acaso  
                tornam nossas vidas. 

 
 

 
 
 

 
Hosted by www.Geocities.ws

1