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Tenha
Fé
(Keeping the Faith, EUA, 2000,Direção: Edward Norton)
Elenco: Ben Stiller, Edward Norton, Jenna Elfman, Anne Bancroft, Milos
Forman, Ron
Rifkin, Eli Wallach
Atenção!
Lendo o texto dá pra sacar o fim do filme,
se você não quer saber, melhor
não ler...
Uma comédia romântica sobre amizade. É com esse filme
que Edward
Norton estréia na direção, e em comédias românticas.
Surpreendentemente,
depois de ficar conhecido por fazer papéis complexos e tão
díspares entre si.
Norton é um padre que enfrenta problemas com seus votos quando uma
antiga amiga de colégio, Jenna Elfman (de Dharma e Greg), volta
à cidade como
uma muito bem sucedida mulher de negócios. Mas, fora o problema
com a religião,
Norton enfrenta também o interesse de seu melhor amigo, Ben Stiller,
um rabino
que sofre com a pressão de sua mãe e da sociedade judaica
para se casar logo,
mas com uma judia – coisa que Elfman não é.
A história se pega na grande amizade e tolerância dos dois
religiosos, no
amor do padre, e do rabino, por Elfman, da dúvida sobre largar a
igreja ou não e,
para Stiller, assumir seu amor por uma católica ou não. Ou
seja muitos temas,
bastante tempo (para uma comédia romântica), mas nada muito
aprofundado.
Uma visão bem leve de todos os assuntos levantados, sem maiores
detalhes.
As mais de duas horas de duração do filme, caso raro no gênero,
tornam
quase que impossível ele ser engraçado o tempo todo (ou,
pelo menos, na maioria
do tempo) e se utiliza de alguns clichês, bem usados, que se associam
à essas
religiões.
Muitas pessoas devem sair frustradas do cinema, porque passaram o tempo
todo torcendo para o “mocinho errado”. Com uma trama não tanto usual,
dois
mocinhos apaixonados pela mesma – e única – mocinha, a platéia
fica “dividida”
torcendo pelo seu preferido. Mas, como sabido, apenas um vai alcançar
seu
objetivo. E, pelo visto, o “errado”, já que Elfman e seu eleito
não apresentam
nenhuma química na tela, sendo difíceis de engolir como um
casal, embora o mais
esperado, por não ser nenhum “sacrilégio”. Os que mais se
dão bem, e formam
um belo casal, são impedidos por “forças maiores” de seguirem
juntos. Tá, já
deu pra sacar: Elfman e Norton parecem feitos um para o outro, Elfman e
Stiller
não combinam nada, e não há uma explicação
lógica para isso.
Nada revolucionário, mas bem diferente dos outros do gênero.
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