Tendo
freqüentado a Oficina de Gravura da Escola de Belas Artes da UFRJ a partir
de 1978, RENÊ AMARAL deixou aquela instituição em 1988, sem contudo, conforme
o artista faz questão de afirmar, "ter se formado, já que artista não se forma
em escola". Apesar disso, Renê freqüentou também a Oficina de Gravura do Ingá,
sob a orientação de Anna Letycia a partir de 1983. Em meados da década de
80, René Amaral criou o Atelier de Gravura da rua Nóbrega, dedicado
à litografia e à gravura em metal. A produção desse período foi apresentada
em diversas exposições e salões de arte, entre os quais três edições do Salão
Carioca de Arte, da Bienal de Gravura de Curitiba, entre outros. A dedicação
à técnica da gravura acabou por impor ao artista um absoluto rigor técnico,
acabando por gerar, segundo o próprio artista, "um certo aprisionamento do
desenho". O trabalho recente como designer e estilista tem permitido a Renê
uma intensa pesquisa de novos materiais, que são incorporados à sua produção
de arte, além de propiciar espaço para uma reflexão sobre o próprio desdobramento
de seus trabalhos, sua função e a relação entre arte e mercado.