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Geografia
do Brasil - Esp�rito Santo
O ESP�RITO
SANTO NO ESPA�O BRASILEIRO
Vantagens da localiza��o
A localiza��o geogr�fica do
Esp�rito Santo no Brasil oferece vantagens para o seu desenvolvimento econ�mico,
por exemplo:
![](cont-es1.jpg)
1 - Sua localiza��o favorece um grande e r�pido com�rcio com os demais estados
da Regi�o Sudeste, que est�o muito pr�ximos e s�o os mais desenvolvidos do pa�s,
porque t�m mais ind�strias, maior com�rcio, maior popula��o com sal�rios mais
altos (o que significa maior consumo, maior compra de produtos), melhor sistema
de transportes, etc.; por isso, a Regi�o Sudeste � a mais importante do Brasil.
2 - Permite que o Esp�rito
Santo tamb�m se beneficie das vantagens do Oceano Atl�ntico: portos para fazer
com�rcio, praias para promover o turismo, litoral para realizar a pesca e outras
vantagens, tudo gerando empregos, impostos, etc.
OS LIMITES DO ESTADO
Tipos de limites
Existem no Estado limites
naturais, como o Oceano Atl�ntico, rios, c�rregos, morros e serras; h� tamb�m os
limites determinados por linhas
retas, ligando dois pontos de refer�ncia (por exemplo, dois morros); �s vezes,
essas linhas s�o delimitadas por marcos de cimento, como na divisa com a Bahia.
Limites do Estado
O Esp�rito Santo limita-se com
tr�s estados e com o Oceano Atl�ntico. Segundo os pontos cardeais temos:
- ao norte: Bahia e parte de
Minas Gerais;
- ao sul: Rio de Janeiro;
- ao leste: Oceano Atl�ntico;
- ao oeste: Minas Gerais (o
maior limite).
O
Esp�rito Santo, por ser banhado pelo Oceano Atl�ntico, � um Estado mar�timo,
costeiro ou litor�neo. O mar � o tipo de limite mais importante para o Estado,
pelas suas vantagens sociais e econ�micas.
AS DIVIS�ES DO
ESTADO
![](cont-es2.jpg)
Divis�o em
munic�pios
Os Estados, a exemplo
do Brasil, tamb�m para serem mais bem administrados, foram divididos em partes:
em munic�pios. O Esp�rito Santo possui 77 munic�pios instalados, com prefeitos e
vereadores em exerc�cio (novos munic�pios poder�o ser criados, mas s� ser�o
instalados, no ano 2001). Localize o seu munic�pio no mapa.
Divis�o em
microrregi�es
Os estados com mais
semelhan�as
entre si, quanto aos
aspectos s�cio-culturais, econ�micos e naturais, foram agrupados em Grandes
Regi�es Geogr�ficas. Nos estados, os munic�pios com mais semelhan�as entre si,
principalmente pelo aspecto
produtivo,
tamb�m
foram agrupados em
regi�es,
s� que pequenas, ou seja, em Microrregi�es
Geogr�ficas
(micro = pequeno). O
Esp�rito Santo tem 13 delas. Cada microrregi�o tem um nome, geralmente do
munic�pio de maior import�ncia econ�mica.
Principal
microrregi�o
A microrregi�o de
Vit�ria, apesar de ser a menor e de ter apenas cinco munic�pios, � a mais
importante, porque tem a capital do Estado (Vit�ria), maior popula��o, mais
ind�strias e com�rcio, mais portos, etc. � tamb�m chamada de Grande Vit�ria ou
Regi�o Metropolitana da Grande Vit�ria.
O RELEVO - LITORAL
Divis�o geral
Observe
os mapas e logo perceber� duas caracter�sticas do relevo
capixaba.
Ia) um
litoral de relevo baixo, plano ou suavemente ondulado, formado de plan�cies e
tabuleiros litor�neos.
Vantagens
econ�micas e sociais:
1) as plan�cies litor�neas (como todo relevo plano) favorecem o crescimento das
cidades horizontalmente (para os lados), com ruas planas, retas e extensas; 2)
facilitam a constru��o de casas e edif�cios e a instala��o de �gua e esgoto; 3)
facilitam a constru��o de rodovias, ferrovias, aeroportos e portos (com grandes
p�tios e armaz�ns); 4) tornam calma a �gua dos rios, favorecendo a navega��o; 5)
permitem a exist�ncia de praias, etc.
Desvantagens:
1)
dificultam o escoamento da �gua das chuvas e 2) n�o favorecem a pr�tica da
agricultura e da pecu�ria porque as plan�cies litor�neas t�m os solos mais
arenosos do Estado.
![](cont-es3.jpg)
2�) um interior de
relevo alto, muito irregular ou acidentado, cheio de morros e serras, que servem
de subida para partes mais alias de um planalto, do Planalto Atl�ntico (ele
abrange mais o Estado de Minas Gerais, mas sua subida no Esp�rito Santo faz
parte dele). Observe a divis�o no mapa.
Vantagens e
desvantagens:
elas
assemelham-se �s das plan�cies litor�neas, mas com uma grande diferen�a: o solo
dos tabuleiros cont�m menos areia e nele pode haver pecu�ria e agricultura,
principalmente com aduba��o.
O RELEVO - INTERIOR
Divis�o
J� vimos que o relevo
do interior se torna mais alto, irregular e acidentado - com muitos morros,
serras ou escarpas - �
medida
que se
estende em dire��o a Minas Gerais, no oeste. Assim acontece na maior parte
(70%) do Estado. Vimos tamb�m que esse relevo � uma subida para partes mais
altas, em Minas Gerais do Planalto Atl�ntico.
O
relevo
irregular do interior do Estado pode ser dividido em duas grandes partes:
1) ao sul do rio
Doce (a
maior �rea "montanhosa", a mais alta e com zonas serranas).
Vantagens
econ�micas e sociais:
1) as
zonas serranas criam um clima mais frio, o tropical de altitude (quanto mais
alto, mais frio) que, junto com as belezas das paisagens e outros atrativos,
geram o "turismo* de montanha"; 2) as zonas serranas favorecem a cultura de
produtos de clima temperado, como o morango, alho e batata-inglesa; 3) no
passado (s�culo XIX), com seu clima de montanha, favoreceram a adapta��o de
imigrantes europeus no Estado (italianos, alem�es e outros), dando origem quase
� metade da popula��o capixaba; 4) permitem a constru��o de usinas
hidrel�tricas, onde o relevo forma rios com cachoeiras, etc. Os terrenos que
formam esse relevo t�m os solos mais f�rteis do Estado e o subsolo mais rico em
minerais (como o m�rmore e o granito).
Desvantagens:
l) as regi�es
acidentadas, cheias de morros dificultam o encarecem a constru��o de rodovias e
ferrovias (muitas subidas, curvas, pontes, etc.); 2) favorecem a eros�o do solo
pelas chuvas; 3) dificultam a irriga��o e o trabalho na agricultura (� dif�cil
levar �gua, capinar e usar tratores em morros altos); 4) dificultam a pecu�ria
bovina (o sobe-e-desce morro cansa os bois e retarda o sou desenvolvimento); 5)
dificultam a expans�o das cidades e da popula��o (quanto mais alta e acidentada
for uma regi�o, monos povoada ser� e exigir� que as cidades cres�am p�los vales
e/ou verticalmente - com edif�cios), etc.
2) ao norte do rio
Doce (a
menor �rea e, em geral, apenas com morros baixos e colinas). Confira no mapa
deste cap�tulo e do anterior.
Vantagens:
somente
numa �rea muito pequena, na divisa com Minas Gerais (como em Baixo Guandu e
Manten�polis) � que essa regi�o possui um clima mais ameno (tropical de
altitude); seus solos tamb�m s�o mais f�rteis que os do litoral.
Desvantagens:
as mesmas
da zona serrana capixaba, ao sul do rio Doce.
O CLIMA
Divis�o
No Estado (e no
Brasil) predomina o clima tropical ou quente, com mais calor e razo�vel queda de
chuvas durante o ano. Nesse clima, as esta��es do ano s�o pouco percebidas, a
n�o ser o ver�o e o inverno.
Sabemos que, em
parte, devido ao relevo, h� dois tipos b�sicos de clima no Estado:
1 - tropical ou
quente, nas terras baixas;
Influ�ncias:
1) permite
o cultivo de produtos tropicais, os mais importantes para o Estado, como o caf�
(tipo "conillon"), cana-de-a��car, milho, mam�o e cacau; 2) propicia a cria��o
de gado bovino, principalmente o de corte (para produ��o de carne); 3) favorece
o desenvolvimento do principal tipo de turismo* capixaba, o praiano, porque � o
que mais atrai turistas e gera mais empregos e impostos"; 4) mant�m nossos rios
com certo volume de �gua, o que � fundamental para as usinas hidrel�tricas, para
as cidades, etc.
2 - tropical de
altitude (mais frio), nas terras altas, nas zonas serranas ao sul do rio Doce
(confira no mapa anterior).
Influ�ncias:
1) corno
j� vimos no cap�tulo sobre relevo, esse clima gera o "turismo de montanha", como
em Domingos Martins e Santa Teresa; 2) permite o cultivo de caf� "ar�bica"
(pr�prio de regi�es mais altas), de produtos de clima temperado (como o alho, a
batata inglesa, o morango e o p�ssego) e de verduras e legumes, em
grande parte enviados para a Grande Vit�ria; 3) favorece uma melhor cria��o de
gado leiteiro, de frango de corte e de galinha para postura de ovos, j� que o
frio ajuda a diminuir a ocorr�ncia de doen�as em animais. Resta lembrar,
novamente, que ele beneficiou a adapta��o de imigrantes europeus no interior do
Estado, permitindo povo�-lo em boa parte, torn�-lo um grande produtor de caf� e
dar origem � grande parte da popula��o capixaba.
Sul chuvoso x
norte seco
No Estado, o per�odo
chuvoso � a primavera-ver�o, quando caem cerca de 60% das chuvas anuais. O
per�odo seco � o outono-inverno.
Chove mais ao sul do
rio Doce, nas zonas serranas (visualize no mapa). O norte do Estado pode ficar
at� 1 ano sem chuva, o que faz secar c�rregos e causar desemprego e �xodo rural,
devido aos preju�zos na agricultura, na pecu�ria, no com�rcio, etc. Devido as
secas, os 27 munic�pios do norte do rio Doce foram inclu�dos na �rea da SUDENE,
em 1998.
O
Estado
tem 68% dos seus solos com d�ficit h�drico anual, isto �, neles chove menos que
o necess�rio para a agricultura (o solo fica �mido menos tempo que o desej�vel
devido � evapora��o provocada pelos raios do sol).
A VEGETA��O
Tipos
No Esp�rito Santo, os
principais tipos de vegeta��o prim�ria ou original (que sempre cobriu uma �rea,
h� s�culos, antes da coloniza��o portuguesa) s�o: a mata atl�ntica (tipo com
maior �rea), a
vegeta��o
de restinga e os mangues (estes dois, junto ao mar). Todos eles j� foram muito
devastados, destru�dos.
![](cont-es4.jpg)
Conseq��ncias
As conseq��ncias dos
desmatamentos s�o in�meras, pois eles alteram o meio ambiente, o equil�brio da
natureza, o equil�brio ecol�gico. Exemplos: 1) o clima torna-se mais quente e
mais seco; 2) muitas fontes e riachos secam; 3) os rios ficam mais rasos e
cheios de areia (assoreados); 4) chuvas provocam eros�o do solo, empobrecendo-o;
5) chuvas causam queda de barreiras e rolamento de pedras, em morros; 6) chuvas
provocam enchentes facilmente em rios assoreados; 7) centenas de esp�cies de
animais e vegetais desapareceram; 8) madeiras-de-lei
acabaram...
Reflorestamento
O capixaba desmatou,
mas n�o reflorestou. Os reflorestamentos come�aram recentemente, com trabalhos
de recupera��o das bacias hidrogr�ficas, como as dos rios Jucu e Santa Maria da
Vit�ria, que abastecem de �gua a Grande Vit�ria.
Ha imensos
"reflorestamentos" de eucalipto no Estado, mas n�o s�o para repor matas
derrubadas. S�o apenas para cort�-los a cada 7 ou 8 anos, principalmente para
fabricar celulose (pasta de madeira), mat�ria-prima do papel.
OS RIOS E LAGOAS
Vis�o geral
No passado,
exploradores e povoadores utilizavam rios, como "caminhos naturais" ou "caminhos
que andam", para chegar ao interior do Estado. Muitos tiveram trechos bem
navegados, at� por barcos a vapor, como o
rio
Doce. A navega��o, hoje, � feita praticamente s� por canoas, devido aos rios
rasos e assoreados.
Quase todos os rios
principais que banham o Estado nascem em terras capixabas (alguns nascem em
Minas Gerais). (Veja no mapa.) Correm no sentido oeste-leste,
ou seja, do interior (onde o relevo � mais alto), em dire��o ao Oceano
Atl�ntico, onde desembocam, com exce��o de alguns que des�guam em lagoas, como
as lagoas Juparan� e Nova.
O Estado, de um modo
geral, � bem servido de rios, mas quase todos s�o de pequena extens�o. Est�o
rasos, polu�dos, com poucos peixes e assoreados* (cheios de areia, porque as
chuvas provocam eros�o em solos desmatados e levam sedimentos para dentro dos
rios, impedindo a navega��o). Todos, tamb�m, t�m pequena capacidade de produ��o
de energia el�trica.
![](cont-es5.jpg)
Energia el�trica
Os rios que
nascem em regi�es de relevo mais alto, no interior do Estado, s�o, infelizmente,
de pequena extens�o e possuem cachoeiras baixas e/ou com pouca �gua; por isso,
s� permitem a constru��o de pequenas usinas hidrel�tricas (veja as maiores no
mapa). Se fossem constru�das todas as usinas poss�veis, elas n�o produziriam a
metade da energia el�trica de que o Estado necessita; por isso a ESCELSA compra
de outros estados cerca de 80% da energia hidr�ulica que distribui (mais da
metade consumida pelas ind�strias).
A solu��o preferida
para aumentar a produ��o de energia el�trica dentro do Estado foi � constru��o
de usinas termel�tricas, � base de g�s natural.
A POPULA��O
O Esp�rito Santo � um
Estado pouco populoso, principalmente se comparado com os demais Estados da
Regi�o Sudeste. Tinha 2.802.707 habitantes, em 1996 (para 1999, calcula-se em
torno de 2.930.000). O Estado do Rio de Janeiro, menor em �rea, � cerca de 5
vezes mais populoso; Minas Gerais, 6 vezes, e S�o Paulo, 12. A regi�o da Grande
Vit�ria � a microrregi�o mais populosa com 1.182.354 habitantes, em 1996, e com
previs�o de cerca de 1.930.000 para 1999. A cidade mais populosa e de maior
influ�ncia s�cio-econ�mica do sul do Estado � Cachoeiro de Itapemirim; do norte,
s�o as cidades de
Colatina
o Linhares.
Distribui��o
O Esp�rito Santo tem
sua popula��o mal distribu�da em seu territ�rio; veja:
1 - 60% dos
habitantes vivem no litoral, onde est�o a Grande Vit�ria e a maioria das
ind�strias;
![](cont-es6.jpg)
2 - quase a metade da
popula��o vive s� na Grande Vit�ria, a microrregi�o mais populosa e
industrializada do Estado.
As cidades (zonas
urbanas) que recebem mais ind�strias recebem tamb�m mais migrantes em busca de
emprego, provocando �xodo rural (sa�da de pessoas do campo, de fazendas,
para as cidades), fazendo "inchar" (crescer) as cidades e agravar seus problemas
sociais,
como
menores de rua, desemprego e viol�ncia. Hoje, cerca de 80% da popula��o do
Estado vivem na zona urbana, isto �, nas cidades (em 1940, era o
contr�rio, 80% � que viviam na zona rural). O �xodo rural esvazia o campo e faz
diminuir o n�mero de trabalhadores na produ��o de alimentos para as cidades.
A IND�STRIA
A industrializa��o
As primeiras
ind�strias do Esp�rito Santo foram os engenhos de a��car, j� em 1535, mas
algumas pequenas ind�strias modernas s� surgiram no final do s�culo XIX. O
primeiro marco importante no processo de industrializa��o do Estado, por�m, s�
surgiu com o governo de Jer�nimo Monteiro (1908 - 1912), em Cachoeiro de
Itapemirim. Foram necess�rios ainda, no entanto, mais de 60 anos para que
acontecesse um grande avan�o industrial. Quando ele chegou? Ap�s a crise
econ�mica provocada pela erradica��o do caf� (1962 - 1967), pois ela foi
transformada em um momento prop�cio para provocar a chegada do per�odo do grande
salto para a industrializa��o (de cerca de 1975 a cerca de 1985).
O que aconteceu nesse
per�odo? A obten��o de mais condi��es, de mais infra-estrutura, para o Estado
atrair grandes, m�dias e pequenas ind�strias, e a inaugura��o de grandes
projetos industriais (todos voltados para a exporta��o e cada um com o seu
porto) que foram: 1) a Aracruz Celulose (1978), 2) seis usinas
de pelotiza��o
da CVRD (1969 - 1979), 3) uma usina de pelotiza��o
da
Samarco, em Anchieta (1977) e 4) a Companhia Sider�rgica do Tubar�o, a CST
(1983), que se tornou a maior ind�stria do Estado.
Hoje, o Esp�rito
Santo tem sua economia, sua estrutura produtiva baseada na ind�stria. � um
Estado industrializado, mas com um detalhe: sua produ��o industrial est�
essencialmente voltada para a exporta��o internacional, por meio das suas
maiores empresas, j� citadas no par�grafo anterior.
![](cont-es7.jpg)
Produtos do Estado
S�o produzidos no
Estado: a�o (da CST), celulose de eucalipto (da Aracruz Celulose), pelotas de
min�rio de ferro (da CVRD e da SAMARCO), cimento, a��car, �lcool, chocolate,
etc.
A comercializa��o dos
produtos capixabas, dentro do Brasil, � maior com os demais estados da Regi�o
Sudeste.
A AGRICULTURA
Valor
s�cio-econ�mico
A finalidade b�sica
da agricultura � fornecer: 1) alimentos � popula��o urbana; 2)
mat�rias-primas para as agroind�strias (ex.: cacau para
f�bricas de chocolate); e 3) alimentos (como o milho) para a pecu�ria,
principalmente para as cria��es bovina e av�cola, as que mais fornecem alimentos
para o homem e mat�rias-primas (como o leite e a carne) para ind�strias. Isso
gera empregos, impostos, etc., tanto na zona rural quanto na urbana.
1 - Do clima
tropical
Os produtos tropicais
s�o
os das terras baixas e quentes. S�o os mais cultivados e importantes porque
possuem maior valor comercial, tem mais variedades, cultivado na maior parte do
Estado e em terras de relevo menos irregulares. Exemplos: caf� "conillon",
cana-de-a��car, milho, feij�o, arroz, cacau (Linhares, 1�
produtor), mam�o e banana. Os destaques s�o:
2 - Do clima
tropical de altitude
Produtos que se
adaptam a esse clima s�o cultivados em terras altas e "frias" das zonas serranas
ao sul do rio Doce. Destacam-se: o caf� "ar�bica" e os chamados produtos de
clima temperado, como alho, batata-inglesa (batatinha), morango, p�ssego,
etc., al�m de hortali�as (tomates, repolho, cenoura, inhame e outras) que
abastecem a Grande Vit�ria.
A PECU�RIA
A Import�ncia s�cio-econ�mica
A pecu�ria tem a mesma
import�ncia b�sica da agricultura: fornecer alimentos para a popula��o
urbana e mat�rias-primas para ind�strias de produtos derivados: 1) de carne
(como a salsicha e o salame, fabricados em frigor�ficos), 2) de leite
(como o queijo e a manteiga, produzidos em latic�nios) e 3) de couro
(como sapatos e bolsas), o que, como sabemos, gera empregos, impostos, etc. O
rebanho bovino oferece tudo isso em maiores propor��es que os demais rebanhos.
Por essa raz�o � o mais importante do Estado e do Brasil.
O rebanho bovino pode
ser dividido em gado de corte e leiteiro. Veja:
Gado de corte
O
gado de corte destina-se �
produ��o de carne. Ele forma o rebanho mais numeroso do Estado. � mais
encontrado ao norte do rio Doce (veja no mapa), regi�o de clima mais quente e
seco, de relevo mais plano e de propriedades maiores. � formado por ra�as de
animais mais resistentes ao clima quente e �s secas. � criado solto em pastagens
(cria��o extensiva).
Gado de leite
O
gado leiteiro predomina no sul
do Estado, principalmente na bacia do rio Itapemirim. (Consulte o mapa.)
Destina-se � produ��o de leite. � formado de ra�as mais selecionadas para a
produ��o de leite, por isso exige mais cuidados alimentares e veterin�rios,
pouca movimenta��o (andar pouco) e clima mais ameno e chuvoso (temperatura em
fun��o direta dos animais e chuvas em fun��o das pastagens).
OS MINERAIS
Vis�o geral
O Esp�rito Santo n�o � rico em
minerais, apesar de possuir muitos tipos deles, ou seja, n�o possui bom n�mero
de grandes jazidas comercialmente vi�veis, lucrativas.
Produ��o
O Estado destaca-se na produ��o
de m�rmore, granito, calc�rio e petr�leo.
-M�rmore:
s� � explorado no sul do
Estado. Cachoeiro de Itapemirim � o 1� produtor, e o Esp�rito Santo � o 1�
produtor do Brasil, principalmente nas cores branca, chocolate, rosa e pinta
verde. Serve para revestir pisos, escadas, etc. � muito exportado para outros
pa�ses.
![](cont-es8.jpg)
-Granito:
seu 1�
produtor tamb�m � Cachoeiro de Itapemirim. O Estado possui in�meros tipos de
granito. Existe nas cores verde, amarela, cinza, preta, branca, etc. As maiores
reservas com melhor qualidade est�o no norte do Estado. Ele possui as mesmas
utilidades do m�rmore, por�m � mais resistente, mais duro. Muitas pedreiras de
granito s�o exploradas para fazer paralelep�pedos (para cal�ar ruas) ou brita
(para fazer concreto, usado em lajes e colunas de casas, etc.). O Penedo (na
Ba�a de Vit�ria) e o morro do Mochuara (em Cariacica) s�o de granito.
-Calc�rio:
Cachoeiro de Itapemirim �
novamente o 1� produtor. � um mineral parecido com o m�rmore branco. � utilizado
na fabrica��o do cimento (f�brica em Cachoeiro), do a�o (da CST), das pelotas de
min�rio de ferro, da cal, das tintas de parede, do adubo, do vidro, da borracha,
etc.
-Petr�leo:
� explorado no
litoral norte (em terra e no mar) e exportado para o Rio de Janeiro (pelo "porto
de Reg�ncia, pr�ximo � foz do rio Doce - veja no mapa), porque o Estado n�o
possui refinaria para produzir gasolina, �leo diesel, querosene, etc. Linhares �
o seu 1� produtor (junto com petr�leo, tamb�m produz g�s natural, enviado para
ind�strias da Grande Vit�ria, por meio de um gasoduto).
-Outros minerais:
�gua mineral, dolomita',
argila (barro para fabricar telhas, lajotas e azulejos), pedras semipreciosas
(como a �gua-marinha), etc.
OS TRANSPORTES
RODOVIAS
As rodovias s�o as principais
vias de transportes do Estado; basicamente convergem para a Grande Vit�ria. Elas
podem ser: 1) federais, as mais importantes, com a sigla "BR" (de Brasil); 2)
estaduais, com a sigla "ES" (de Esp�rito Santo); e 3) municipais. Todas s�o
numeradas (ex.: BR-101, ES-60). .
BR-101: � a rodovia da
integra��o estadual. � a mais importante de todas porque: 1) � a rodovia mais
extensa; 2) une todo o Estado, pois, basicamente, as demais rodovias convergem
para ela; 3) percorre o Estado de norte a sul, pr�ximo do litoral, passando por
mais de 20 munic�pios, inclusive o de Vit�ria (confira no mapa); e 4) une o
estado ao Nordeste e ao Sul do Brasil.
BR-262: � a rodovia ou o
caminho da serra, das "montanhas", ao turismo de montanha (Domingos Martins,
Pedra Azul, Venda Nova do Imigrante e outras localidades); � a principal rodovia
de escoamento de produtos hortigranjeiros para a Grande Vit�ria. Liga o Estado
ao interior do Brasil (Vit�ria -Belo Horizonte, etc.).
Rodovia do Sol (ES-060): � a
rodovia das praias de Vit�ria para o sul do Estado; � a rodovia do turismo
sul-praiano. Liga Vit�ria, Vila Velha, Guarapari, Anchieta, Marata�zes e outras
cidades, onde est�o as praias capixabas que mais recebem turistas. Na dire��o
norte temos a rodovia ES-010, que interliga as praias do litoral norte. Liga
Vit�ria, Serra, Fund�o, Aracruz e outras cidades.
FERROVIAS
O Esp�rito Santo possui duas
ferrovias que se dirigem para a Grande Vit�ria:
Estrada
de Ferro Vit�ria-Minas: � a mais importante do Estado e a mais moderna do
Brasil. Pertence � Companhia Vale do Rio Doce (CVRD*). Transporta mercadorias
principalmente para os portos de Tubar�o e Praia Mole, que ficam um ao lado do
outro, em Vit�ria. Traz principalmente min�rio de ferro de Minas Gerais para o
Porto de Tubar�o. Traz tamb�m produtos sider�rgicos mineiros e gr�os (como a
soja) da Regi�o Centro-Oeste. Transporta passageiro. Dela depende grande parte
do sucesso do Corredor de Transportes Centro-leste, transportando produtos
tamb�m para o Porto de Barra do Riacho (Portocel).
Ferrovia Centro-Atl�ntica S.A.
(ex-Rede Ferrovi�ria Federal S.A., desde 1996): liga Vit�ria ao Rio de Janeiro,
passando por Cachoeiro de Itapemirim, de onde transporta para Vit�ria m�rmore,
granito, calc�rio, cimento, etc.
VOCA��O PORTU�RIA
O Esp�rito Santo � um Estado
com voca��o portu�ria. Tem o maior complexo portu�rio do Brasil, ou seja, tem o
maior conjunto de portos mar�timos, num total de sete: Tubar�o, Praia Mole (em
Vit�ria), Coimex I Nativa, Vila Velha (em Vila Velha), Barra do Riacho
(em Aracruz) e Ubu (em Anchieta). Localize-os no mapa. (O porto da Coimex est�
em constru��o). Existem outros dois projetos de constru��o de portos sitos no
munic�pio de Vila Velha, pr�ximo ao bairro da Gl�ria (Nova Holanda e Nisibra).
No norte do Estado existe ainda um outro projeto portu�rio para escoamento da
produ��o de petr�leo das unidades da Fazenda Cedro e Fazenda Alegre, hoje
escoada pelo terminal de Reg�ncia.
O Esp�rito Santo, devido � sua
posi��o geogr�fica, � sua voca��o portu�ria e ao seu n�mero de portos, tornou-se
um grande exportador de produtos de estados do interior do Brasil e vem
tornando-se tamb�m um grande importador de produtos para tais estados.
PORTOS
Na rela��o dos portos, a
seguir, ser�o citados apenas os produtos de exporta��o.
Porto de Tubar�o: recebe os
maiores navios. Exporta principalmente min�rio de ferro de Minas Gerais e
pelotas de min�rio de ferro das usinas de pelotiza��o instaladas junto ao porto.
Exporta, tamb�m, outras cargas (soja em gr�os e em farelo, produtos
sider�rgicos), inclusive em cont�ineres.
Porto de Praia Mole: exporta
principalmente produtos sider�rgicos da CST e de Minas Gerais (da Usiminas e da
A�ominas).
Porto da Barra do
Riacho: Fica no munic�pio de Aracruz. Exporta principalmente celulose da Aracruz
Celulose (ES) e da Cenibra (MG). H� projetos para grandes amplia��es nesse porto
para movimentar cargas gerais e cont�ineres, em fun��o de estados do interior do
pa�s.
Porto de Vit�ria: � o mais
antigo. Fica junto do centro da cidade de Vit�ria (na ilha), na ba�a do mesmo
nome. Exporta produtos diversos, como caf�, m�rmore e granito.
Porto de Vila Velha (ex-Capuaba):
fica de frente para o porto de Vit�ria, tamb�m na Ba�a de Vit�ria, mas no
munic�pio de Vila Velha. Exporta caf�, rochas. (importa autom�veis).
Porto da Coimex / Nativa:
localiza-se ao lado do Porto de Vila Velha. Destina-se � movimenta��o de cargas
gerais, cont�ineres, etc. (est� em fase de constru��o)
Porto de Ubu: fica em Anchieta.
Exporta pelotas de min�rio de ferro das duas usinas de pelotiza��o junto ao
porto (pertencem a Samarco). H� projetos para o porto operar com cargas em
cont�ineres.
Terminal de Reg�ncia:
fica no litoral de Linhares. Exporta apenas petr�leo (funciona por meio de um
sistema de b�ias que s�o ligadas aos tanques de petr�leo, em terra, por meio de
um oleoduto submarino), da Petrobr�s, para a Refinaria de Duque de Caxias, no
Rio de Janeiro.
![](cont-es9.gif)
![](cont-es10.jpg)
Corredor de transportes
O Corredor de transportes
Centro-leste � uma integra��o de portos capixabas com rodovias e ferrovias,
principalmente com a Estrada de Ferro Vit�ria-Minas, com o objetivo de exportar
parte da produ��o agr�cola e industrial dos estados consorciados do corredor, a
maioria sem litoral (como Minas Gerais, Goi�s, Tocantins, Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul) e importar produtos para esses Estados.
Vantagens: O corredor
centro-leste pode trazer para o Estado mais investimentos, mais empresas
comerciais e ind�strias ligadas ao com�rcio exterior (importa��o e exporta��o),
o que gera mais empregos impostos.
Desvantagens: pode aumentar
mais ainda a concentra��o da popula��o e das atividades econ�micas no litoral,
principalmente na Grande Vit�ria, onde fica a maioria dos portos do Estado.
O TURISMO
Import�ncia
As vantagens com o turismo s�o:
1) oportunidade de lazer, de fazer higiene mental, t�o necess�ria hoje em dia;
2) cultura geral (conhecer novos lugares, museus); 3) aumento do com�rcio,
inclusive ambulante; 4) empregos no com�rcio, em ag�ncias de turismo, em hot�is,
etc; e 5) benef�cios, como estradas e escolas, obtidos com o uso do dinheiro dos
impostos gerados pelos gastos dos turistas.
Tipos
Dois tipos de turismo s�o mais
desenvolvidos no Estado, o praiano e o de montanha. O turismo
hist�rico-cultural, o agroturismo e o ecoturismo tamb�m s�o importantes. Em boa
parte s�o desenvolvidos de modo integrado.
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