Texto original publicado no site:
www.sebraern.com.br/apicultura/
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INDICE
CAPÍTULO I Págs.
Utilidade do pólen apícola .................................................................01
Composição Geral do Pólen................................................................02
Valor terapeutico do pólen..................................................................03
Utilidade do pólen...............................................................................04
Pólen como fortificante.......................................................................06
Como consumir o pólen......................................................................07
CAPÍTULO II
Coleta e processamento do pólen........................................................09
Colheita e transporte do pólen ............................................................11
Beneficiamento do pólen.....................................................................12
Equipamentos para coleta de pólen ....................................................15
Bibliografia .........................................................................................16
CAPÍTULO I - UTILIDADES DO PÓLEN APÍCOLLA
INTRODUÇÃO
Para uma dieta sadia e equilibrada os alimentos devem possuir todas as substâncias nutritivas necessárias e indispensáveis para alimentar e proteger as células.
O pólen apícola que é coletados das plantas, pelas abelhas, sendo transportado nas patas, mais precisamente nas corbículas (cestas), recebe a ensalivação, momento em que é enriquecido com enzimas e vitaminas, sendo desta maneira estocado nos alvéolos dos favos, passando a ser chamado “pão das abelhas”.
O pólen apícola apresenta na sua composição grande quantidades de aminoácidos essenciais, ácidos graxos vitaminas, oligo-elementos, fibras vegetais, minerais e moléculas protéicas como flavonoides.
As substâncias nutritivas vão estimular o metabolismo celular, a síntese dos produtos indispensáveis para nossas glândulas, reforçar a imunidade, neutralizar os radicais livres, diminuir os riscos de câncer e doenças cardiovasculares, esses “ elementos funcionais” tem papel importante na nossa saúde.
Os radicais livres são resíduos do metabolismo celular, são muito agressivos para as moléculas biológicas. Também se tem informações como esses radicais livres são produzidos e como certas enzimas os destroem, por sua vez, sabe-se como a vitamina C, a beta-caroteno, a vitamina E, o zinco e o selênio capturam esses radicais livres e os neutralizam.
<>Logo essa agressão ao ADN celular, pêlos radicais livres, pode dar origem de tumores, perturbações metabólicas, inflamações das artérias coronárias e do envelhecimento.HAKIM (1994) citou que os riscos de canceres aumentam numa população que apresenta um déficit em vitaminas, em oligo-elementos e certos nutrientes necessários ao metabolismo celular e a produção de enzimas e de hormônios, junta-se a isso o risco de doenças cardiovasculares.
As vitaminas, enzimas, minerais e outros componentes variam no pólen, conforme a sua origem, assim DONADIEU (1983) apresentou a composição do pólen que pode ser encontrado nas TABELAS 1, 2 e 3.
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<>
A densidade do pólen, conforme o mesmo autor, é de 0,7, baixando para aproximadamente 0,65 após a desidratação.
Água ( Pólen Seco ) ................................................................ 3% - 5%
Glicídeos ............................................................................... 25% - 42%
Lipídeos ................................................................................ 1% - 14%
Protídeos ............................................................................... 11% - 29%
Sais Minerais .......................................................................... 1% - 8%
Vitamina B2 16,30 – 19,20
Vitamina B3 98,0 - 210,0
Vitamina B5 3,0 - 51,0
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PROLINA 0,35 – 4,95
SERINA 0,30 – 1,65
TREONINA 0,25 – 1,45
TRIPTOFANO 0,40 - 1,10
TIROSINA 0,15 – 1,20
VALINA 0,30 – 1,70
Os valores encontrados nas TABELAS 1, 2 e 3 são semelhantes aqueles apresentados por HAKIM (1994).
1 - Ação sobre o aparelho digestivo: regula o funcionamento intestinal equilibrando a flora intestinal no nível do cólon e intestino delgado, regularizando os intestinos.
2 - Ação na hemoglobina do sangue: o ferro e a vitamina B12 fazem aumentar a taxa de hemoglobina dos glóbulos vermelhos.
3
- Estado de fadiga: o
pólen quando
consumido na indicação certa, após 10 ou 20 dias,
dependendo de cada
caso,
produz efeito eufórico, aumentando a capacidade física e
mental.
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4 - Ação protetora do sistema vascular: os flavonoides existentes no pólen atuam sobre o sistema circulatório promovendo um fortalecimento das veias e artérias.
5 - Ação na regularização hormonal: o pólen atuando sobre o sistema hormonal, logo reduz o stress e o envelhecimento precoce.
6 - Ação metabólico: atua sobre o metabolismo celular devido a presença da grande quantidade de aminoácidos, oligo-elementos e vitaminas que são responsáveis à síntese das proteinas, pelas células.
7 - Não tem contra indicação: a vasta literatura consultada, não foi encontrado nenhum relato sobre contra indicação do pólen, para qualquer pessoa.
AS UTILIDADES DO PÓLEN, SEGUNDO HAKIM (1994)
<>1- O pólen e a visão.
Este neuro-hormônio controla a dor e aumenta a capacidade da pessoa idosa se adaptar ao estress, sendo que a sua diminuição no organismo tem conseqüências nefastas nas capacidades amnésicas (perdas da memória).
Isto explica a ação do pólen que traz benefícios as pessoas consumidoras no que diz respeito ao humor, euforia, vitalidade e principalmente a diminuição do envelhecimento celebral.
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Como o pólen possui na sua composição 22 aminoácidos, dos quais oito o organismo é incapaz de sintetizar e que precisa receber na alimentação ( isoleucina, leucina, lisina, metionina, finilanina, treonina, triptofano e valina). O fato de todos eles estejam presentes no pólen confere a este “super alimento”, um grande interesse para consumo humano, conforme TABELA 4.
Aminoácido (%) |
Carne Bovina |
OVO |
QUEIJO |
PÓLEN |
Necessidade do Homem |
Isoleucina |
0,93 |
0,85 |
1,74 |
4,5 |
2,7 |
Leucina |
1,28 |
1,17 |
2,83 |
6,7 |
4,0 |
Metionina |
O,42 |
0,39 |
0,80 |
1,8 |
2,1 |
Phenilalanina |
O,66 |
0,69 |
1,43 |
3,9 |
4,2
|
Treonina |
0,81 |
0,67 |
1,38 |
4,0 |
2,0 |
Triptofano |
0,20 |
0,20 |
0,34 |
1,3 |
0,5 |
Valina |
0,91 |
0,90 |
2,00 |
5,7 |
3,0 |
São dados preliminares que no futuro poderão ser investigados com mais profundeza e amplitude, podendo assim classificar o pólen, também quanto a sua origem floral.
MÊS Proteína Bruta(%) Fibra Bruta(%) Matéria Mineral(%)
Outubro |
23,26 |
1,61 |
4.48 |
Novembro |
19,25 |
0,82 |
2,91 |
Dezembro |
18,56 |
0,55 |
3,55 |
Janeiro |
13,03 |
1,06 |
2,15 |
Fevereiro |
19,68 |
0,53 |
2,14 |
Março |
17,75 |
0,53 |
2,64 |
A dose aconselhável é de 25 g /dia para adultos e 5 a 10 g/dia para crianças, dependendo da idade.
Como indicativo, uma colher de chá, média, corresponde a 8 g de pólen e uma colher de sopa igual a 3 colheres de chá.
Consumo sob a forma pulverizada, esta forma é obtida passando as pelotas no moinho de café ou liquidificador. Torna-se fácil moer o pólen na quantidade de 150 g ou mais, recolocando o pó em quantidades igual ou superior na embalagem original e mantendo fechada herméticamente após cada uso.
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Há na natureza 22 aminoácidos essenciais ao organismo humano e somente um alimento conhecido que contem estes 22 aminoácidos: o pólen.
O mesmo autor, ainda citou que o pólen exerce uma excelente ação reguladora das funções intestinais, especialmente para pessoas com intestino preguiçoso.
CAPITULO II - COLETA E PROCESSAMENTO DO PÓLEN
Coleta e transporte do pólen pelas abelhas.
Os grãos de pólen são umedecidos com a saliva e aglutinados formando uma pelota para ser transportado nas corbículas que se encontram em número de duas, nas patas posteriores, cada pelota possui mais de 20.000 grãos de pólen, podendo pesar de 14 a 26 mg.
As abelhas armazenam o pólen nos alveolos, perto dos ovos e larvas, amontoando com suas cabeças, sendo misturado com mel e um ácido que tem a função de conservante, para alimentar as larvas, passando a ser denominado “pão das abelhas”.
Colheita do Pólen.
As abelhas podem colher até 40 kg de pólen por ano e por colmeia, sendo que o apicultor pode aproveita 3 a 5 kg deste produto sem afetar o desenvolvimento das abelhas.
O pólen é coletado utilizando equipamentos especiais denominado “trampas”, alçapão ou coletores de pólen que podem ser colocados na entrada da colmeia (alvado), sobre ou debaixo da câmara de cria.
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FIGURA
2
10
O pólen apícola é aquele composto de grãos de pólen e secreções das abelhas que está sendo transportado nas suas patas, pela sua constituição é facilmente susceptível ao crescimento de fungos e leveduras, portanto deverá ser desidratado em seguida ou submetido ao congelamento.
Cuidados na colheita e transporte do pólen.
1- Logo após a retirada do pólen das gavetas das trampas deve-se fazer a limpeza das mesmas, caso não for possível diariamente, faz-se em dias alternados.
2- O transporte até a sala de beneficiamento do pólen deve ser em baldes plástico com tampa cuja capacidade não deve ser superior a 2,5kg de pólen, caso contrário poderá acontecer “pelotamento” do mesmo devido ao excesso de volume, ocorrendo perdas no final do beneficiamento.
3- Ao chegar na sala de beneficiamento pode-se retirar, com uma pinça, as impurezas grosseiras (pré-limpeza), abelhas, formigas, etc. .
4- Na sequência pode-se proceder o congelamento do pólen, para tanto é muito prático colocá-lo em bandejas de plástico, com capacidade de 2,5 kg e 1 a 2 horas depois remexer, com uma colher de sopa, isto melhora o congelamento e evita o “pelotamento”, após mais 2 horas poderá ser acondicionado em baldes plástico com tampa, capacidade até 10 kg de pólen.
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Segundo BASSI (1997), o processamento do pólen apícola deve obedecer os seguintes aspectos:
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Após a
seleção do
modelo de
coletor de pólen apícola, este deverá ser colocado
nas colmeias sem a
tela
durante 24 a 48 horas para que as abelhas se adaptem a nova
entrada.
2. Congelamento
Após a coleta e na impossibilidade de uma secagem imediata, o congleamento permite a boa conservação do pólen apícola “in natura”.
3. Secagem
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A
umidade
inicial do pólen, de acordo com a região, o tipo de
coleta de pólen e a
estação
climática, apresentando um valor em torno de 18% a 25%.
Concluindo, o mesmo autor informou que o pólen armazenado inadequadamente, pode apresentar desenvolvimento de ovos de traça ou outros microrganismos, prejudiciais a sua qualidade.
EQUIPAMENTOS PARA COLETA DE PÓLEN
No mercado brasileiro existem diversos tipos de coletores de pólen , segundo NEUMAIER (1998), o caça-pólen de alvado com gaveta móvel, FIGURA 1 é recomendado para apicultores profissionais pois exige manejo contínuo mediante coleta diária de pólen, enquanto o caça-pólen intermediário, FIGURA 2 pode ser usado por apicultores amadores, pois as coletas podem ser realizadas em intervalos maiores.
O mesmo autor também concluiu que o caça-pólen de alvado apresentou uma produção de pólen 204,94% superior ao caçã-pólen intermédiário.
FATORES QUE CONTRIBUEM NA PRODUÇÃO DE PÓLEN
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BALLARDIN, L.A. Manejo para aumento de produtividade. IN XII Congressso Brasileiro de
BASSI, E.A. Pólen apícola – Controle de qualidade. IN XII Simpósio Paranaense de Apicultura, Guarapuava, Paraná, Anais...,p. 31-33, 1997.
DONADIEU, Y. Le pollen – Thérapeutique naturelle. 6ª ed., Editora Librairie Maloine S.A., Paris, França. 99p., 1983.
FUNARI,
S. R. C.;CAMRGO, M.C.T.; SOUZA,J.L.B.; DIERCKX,
S.M.A.G.;BOLDONI.M.A.;BAGIO.O. Avaliação da coleta de
pólen por
colônias de
abelhas africanizadas Apis mellifera IN: IV Congresso
Iberolatinoamericano de
Apicultura, Rio Cuarto, Córdoba, Argentina. Anais...,p.163
–
165, 1994.
HAKIM, H. Le pollen – Aliment Médicamente. Faculté de Meédecine de Bordeaux, Paris, França. 37 p. 1994.
NEUMAIER, R. Efeitos de dois modelos de caça-pólen no desenvolvimento intrinsico e produção de mel em colmeia de abelhas africanizadas. 72 p. Tese (Mestrado em Zootecnia) – Curso de Pós Graduação em Zootecnia, Universidade Federal de Santa Maria, 1998.
PROST, J. P. Apicultura. Ediciones Mundi-Prensa, Espanha, 573 p. p. 306-315, 1985.
SCHAUSE, L.P. Coleta, preparo e comercialização do pólen. IN X Congresso Brasileiro de Apicultura, Pousada do Rio Quente, Goiás , Anais..., 356 p. p. 91-95, 1994.
SILVA, C.H.M. Novos fatores contribuindo para a longevidade humana. 119p. p.74-91, 1994.
SILVA, C.H.M. Pólen. IN: I Seminário Estadual de Apiterapia e Apiprofilaxia, Santa Maria,RS. Anais..., 23p. p.5, 1998.
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SILVIO LENGLER
<>ZOOTECNISTA MESTRADO EM ZOOTECNIA
PÓLEN APÍCOLA
Bairro Camobi
97110 – 110 Santa Maria/RSCelular 99786240