É um dos raciocínios que mais
fácil e espontaneamente a mente humana elabora.
Tipo de raciocínio dominante de
pensamento até ao século XVI, foi desacreditado pelo racionalismo científico a
partir de Descartes, mas recuperado na contemporaneidade.
O raciocínio por analogia é
um tipo de raciocínio humano que vai do particular para o particular, isto é,
de certas semelhanças visíveis ou certas relações conhecidas entre determinados
objectos infere-se supostamente que existem ainda outras semelhanças ou outras
relações entre eles. Por outras palavras, é um raciocínio que vai do particular
para o particular, em virtude de uma ou várias semelhanças (indução
imperfeita).
Estrutura:
O objecto A tem as propriedades a, b, c, d, e.
O objecto B tem as propriedades a, c, d.
O objecto A possui ainda a propriedade f
Logo, provavelmente o objecto B terá a propriedade f.
Regras a respeitar na
elaboração de uma analogia:
a) não partir de semelhanças acidentais e considerar somente as semelhanças
pertinentes para a conclusão;
b) não desprezar as diferenças;
c) não exagerar o valor da conclusão.
A conclusão do raciocínio por
analogia será tanto mais provável quanto maiores sejam as semelhanças
significativas entre os casos observados (propriedades específicas e
relevantes), sem nunca deixarem de ter carácter nitidamente problemático.
Fortalece-se um raciocínio
por analogia, fortalecendo as suas premissas, observando mais propriedades
comuns aos dois objectos e enfraquecendo a sua conclusão.
Exemplos:
Se Marte possui uma atmosfera como a Terra e se na Terra
existem seres vivos que respiram devido a essa atmosfera, podemos, por analogia,
supôr que talvez exista vida em Marte.
Se Manuel apresenta um conjunto de sintomas semelhantes ao
de João, posso inferir, embora problematicamente, que Manuel tem a mesma
doença.