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Parque Estadual Marinho da Lage de Santos
Domingo, 19 de
Março de 2006, 08:54
Laje de Santos é
ponto privilegiado para mergulho
Da
A Tribuna - Santos
Alvo constante de uma rigorosa fiscalização, o
Parque Estadual Marinho da Laje de Santos é um dos pontos mais
privilegiados para a prática de mergulho no Litoral Paulista. O
crescente interesse dos mergulhadores pelo local deve resultar no
aumento dos pontos de amarração das embarcações de visitantes, que
hoje dividem espaço com os barcos das operadoras
autorizadas. Como explica o diretor da Laje e
coordenador regional do Instituto Florestal, Júlio Vellardi, oito
embarcações estão credenciadas junto ao órgão. Essas operadoras
atendem aos requisitos de segurança e oferecem monitores ambientais
capacitados pela direção do parque. Como não é
permitido subir na Laje, as empresas comercializam pacotes para a
prática de mergulho. ‘‘A Laje serve como área de postura, de criação
de animais. Tem muitos ninhos ali. Quando alguém sobe na pedra,
espanta a ave que está no ninho e os filhotes são
predados’’. Entre as exceções, podem subir na ilha
pesquisadores que precisam analisar o comportamento das espécies.
‘‘Mesmo assim, o impacto ambiental sempre
acontecerá’’. Vellardi lembrou que também são
proibidas a pesca, a caça e a retirada de animais do parque.
‘‘Graças a Deus isso vem diminuindo, não temos registrado tantos
crimes ambientais’’. Na última blitz realizada pelo
Instituto Florestal em conjunto com a Polícia Ambiental, no dia 11,
nenhuma irregularidade foi flagrada. A operação,
acompanhada por A Tribuna, resultou na advertência aos barcos
pesqueiros que se aproximavam dos limites da Laje, o que também não
é permitido. Aumento De acordo com ele, a
importância da preservação é frisada pelos monitores que acompanham
os mergulhadores. ‘‘A pessoa não tem idéia do que pode acontecer se
ela interferir de algum modo. Por isso, o monitor apresenta a Laje e
suas características’’. Atualmente, as embarcações
autorizadas contam com oito pontos de amarração, fixados no fundo do
mar, que dispensam a necessidade de jogar a
âncora. No entanto, a intenção da direção é instalar
mais quatro desses pontos, exclusivos para a amarração dos barcos de
visitantes comuns. ‘‘Hoje, quem vai ao parque amarra
o barco junto aos das operadoras. Com esses quatro pontos, será
possível que mais embarcações fiquem na Laje’’, comentou
ele. Apesar das inúmeras restrições, o diretor faz
questão de ressaltar que o parque não é um espaço intocável, mas que
necessita de regras. ‘‘É uma área de proteção, mas nada impede que
as pessoas também aproveitem o local’’. A
recomendação dele é para que os interessados procurem as operadoras
credenciadas para a realização do passeio. ‘‘Mas isso não impede que
a pessoa vá com o barco próprio’’, ressaltou.
Serviço —
Informações sobre o parque podem ser obtidas nos telefones
3261-8323, 3261-3445 e 3261-7154. Nos mesmos números é possível
fazer denúncias de crimes ambientais praticados na Laje.
Domingo, 19 de
Março de 2006, 08:55
Operadoras
apostam nas belezas naturais para atrair clientes
Da
A Tribuna - Santos
Água
transparente repleta de cardumes de peixes de espécies grandes. É
nesse cartão-postal que as oito empresas autorizadas a realizar
passeios até o Parque Estadual Marinho da Laje de Santos apostam
para atrair a clientela. Moacyr Teófilo Figueiredo,
proprietário de uma das operadoras credenciadas, oferece esse
percurso há 22 anos. Segundo ele, a lancha da empresa
comporta 10 passageiros e mais quatro tripulantes. O trajeto leva
uma hora e 40 minutos e é feito em mar aberto. ‘‘É uma viagem muito
cansativa, mas que vale a pena pelas belezas
naturais’’. A maioria dos clientes é fixa e procura a
operadora para exercitar a prática do mergulho com frequência. ‘‘Só
10% são flutuantes, ou seja, vão até a Laje de vez em quando. Não é
um passeio turístico, é bem específico para um
público’’. Ele lembrou que, como não é permitido
desembarcar na ilha, o barco permanece atracado por cerca de três
horas. Nesse período, o visitante poderá contemplar
alguns dos atrativos daquela região, como a raia-jamanta, que tem
cerca de 6 metros de diâmetro, além de cardumes de outros grandes
peixes. ‘‘A vida marinha de lá é muito bonita. Como a
ilha fica no meio do nada, a concentração de vida é muito grande.
Para quem gosta, é um prato cheio’’, recomendou. O
empresário, que também tem uma escola de mergulho, disse concordar
com o rigor na fiscalização da Laje, ponto escolhido pelo
atobá-marrom para depositar os ovos. ‘‘Essa é a única
forma de preservar o parque. Antes, tinha gente que subia na ilha e
pegava os ovos do atobá, mas agora isso mudou. O pessoal está
respeitando mais’’. Custo Figueiredo comentou que
o passeio para quem pretende mergulhar tem um custo elevado por
causa da distância percorrida, 45 quilômetros mar
adentro. Para quem vai fazer o mergulho autônomo, o
pacote sai R$ 180,00 e dá direito ao cilindro de oxigênio, lanche a
bordo, estacionamento na marina e acompanhamento de
guia. Já para quem não tem interesse em mergulhar, o
passeio custa R$ 160,00 e tem os mesmos serviços inclusos, exceto o
cilindro de oxigênio. Se o interessado não tiver os
outros itens necessários para o mergulho autônomo, que são o colete,
regulador, roupa de neoprene, máscara e nadadeira, também é possível
alugá-los.
Credenciadas
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