Quando uma tensão alternada é aplicada a um capacitor, o
seu comportamento é conseqüência direta do que ele manifesta no caso de uma
tensão contínua.
Quando a tensão varia periodicamente, o capacitor é submetido, durante uma
metade do ciclo, a uma tensão contínua e, durante a outra metade do ciclo, a
uma tensão idêntica, mas de sinal oposto. O dielétrico é submetido a
solicitações alternadas que variam de sinal muito rapidamente e, portanto,
sua polarização muda com o mesmo ritmo. Se a freqüência aumenta, o dielétrico
não pode seguir as mudanças com a mesma velocidade com que ocorrem, e a
polarização diminui, o que arrecata uma redução da capacitância. Portanto,
devido ao fato de que a capacitância do capacitor tende a diminuir com o
aumento da freqüência, apenas alguns tipos muitos particulares de dielétricos
podem ser empregados em alta freqüência.
Com as tensões alternadas, produzindo-se o fenômeno descrito de sucessivas
cargas e descargas, pode-se dizer que se verifica uma circulação de corrente,
embora esta não flua diretamente pelo dielétrico. Assim, chega-se a uma das
principais aplicações dos capacitores; a de separar a corrente alternada da
contínua quando estas se apresentam simultaneamente. Além do fato de que a
corrente alternada pode circular por um capacitor, entre esta e a tensão
aplicada em seus terminais produz-se uma defasagem, de modo que, quando a
corrente atinge seu valor máximo, a tensão passa nesse mesmo instante pelo
valor zero, sempre seguindo o ciclo normal de variação da corrente alternada.
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