Just Really Good Friends!

Agradecimentos: Queria dizer muito obrigado aos que

leram a primeira parte e agora têm coragem de vir ver

a segunda, e aos que não só leram como me responderam,

como o Gui, que mesmo longe não se esqueceu de nós!

Valeu, pessoal!

(PARTE 2)

Katherine e Ian chegam à beira do lago para gravar a

cena conversando mais amigavelmente. Kath estava

curiosa para saber quem do elenco estaria na festa da

The WB em Los Angeles no Sábado à noite. Podia ser

meio longe, mas eles teriam transporte garantido e

despesas pagas por todo o fim de semana, seria

imperdível, cheio de agitação e gente famosa, ainda

mais para quem já estava cansada de ficar presa

naquela cidadezinha. Kath tentava fazer a pergunta de

forma que não parecesse um convite, afinal não estava

querendo dar nenhuma impressão de que estava

interessada nele, pois achava que realmente não era o

caso, “Ele até que é bonitinho – pensava – mas é por

demais infantil!” Tentava colocar seus pensamentos em

ordem para não começar a se embaralhar. “Então... você

vai na festa desse Sábado?” pergunta hesitante. Ian

responde na hora: “Mas claro! Sem contar que não tenho

muito o que fazer por aqui... Você também vai, né?”

Apesar da pergunta simples, Katherine ficou um pouco

surpresa... “Porque você quer saber?” ela pergunta.

“Sei lá... você parecia ser a única pessoa por aqui

sem motivo para não ir... Kate e Mark têm compromissos

em família e Rodney tem uma entrevista em Dallas bem

no Sábado.” Kath se desanima um pouco: “Quer dizer que

só vamos nós dois? Está bem... mas não espere que eu

fique grudada em você a festa toda só porque eu não

conheço mais ninguém.” Ela realmente não estava

disposta a ouvir pela milésima vez ... “Quando eu

estava em Milão teve uma conferência de imprensa....

Blá Blá Blá...” Apesar de que a incomodava um pouco o

fato de não ter amigos por perto. Depois do que disse

Ian não conseguiria perder essa chance de implicar com

ela: “Acho bom mesmo, senão vai espantar todas as

gatinhas.” Ele acabou por não alcançar seu objetivo

completamente, pois ela não lhe pareceu muito irritada

e apenas respondeu como se estivesse cansada das

brincadeiras: “Vou fingir que não escutei isso.”

Nesse momento escuta-se o diretor com um alto-falante:

“Atenção, por favor... Todos em seus lugares. Silêncio

produção, rodar câmeras... EEEEE AÇÃO!

Jake arrumava umas cordinhas enquanto Hamilton girava

um dos remos, sem prestar atenção na direção que esse

ía acaba por bater em Jake.

Jake – OUCH!

Hamilton – OH... cara... Me desculpe, você está bem?

Jake – Claro, tudo bem... sou mais forte do que você

imagina.

Jake muda de assunto..

Jake – Então... vai alugar ou já tem um?

Hamilton – Nenhum dos dois, ainda vivo debaixo das

asas dos meus pais.

Jake – Eu estou falando de um smoking.

Hamilton - Ah.. você quer dizer para o cotilhão?

Jake – Ãnham!

Hamilton - Acho que vou de blazer mesmo, como Bogey em

Casablanca. E você?

Jake – Não sei.. se eu for apenas darei um passada lá

sozinho.

Hamilton – Eu também, sozinho.

Jake tenta dar uma despistada para o clima não ficar

muito esquisito.

Jake – Pode ser divertido!

Hamilton faz uma piadinha como as que se fazem entres

garotos.

Hamilton – É, muitas gatas de tafetá! – Os dois riem.

Jake faz uma cara de quem receia em perguntar, mas

acaba tomando coragem.

Jake – Por que então não vamos os dois sozinhos

juntos?

Hamilton faz uma cara de quem acha o convite estranho,

mas tenta não se sentir desconsertado com isso, como

prometera anteriormente.

Hamilton – Ah, sim, tudo bem.

Jake – Certo, então é um encontro!

Fazem um aperto de mão e Jake sai andando deixando

Hamilton com uma cara de quem tinha estranhado a

última frase que Jake disse.

O diretor grita: “Corta! É, tá bonzinho, mas acho que

vocês podem fazer melhor que isso. Que acham de

tentarem de novo?” Kath e Ian concordam e voltam às

suas posições iniciais.

Diretor – EEEE AÇÃO!

Hamilton gira o remo que bate em Jake, mas Ian tinha

feito isso tão delicadamente para não machucá-la que

praticamente não a tocou e o diretor acabou parando a

cena para reclamar que não dava nem para fingir que

ele a tinha acertado! Agora foi a vez de Kath não

deixar passar a sua chance de mexer com ele: “E aí?

Cadê toda aquela força que você estava exibindo agora

apouco para Michelle? Bata como um homem!” Mas

Katherine nunca teria pensado no que essa frase boba

acarretaria... Ian estava com seu ego magoado e acabou

ficando com raiva.. “É assim, é? Pois você vai ver!”

ele pensava.

Diretor – “Todos de volta às posições anteriores! Ian,

dessa vez tente um pouco menos de cautela! Silêncio

por favor... rodando... EEEE AÇÃO!”

Ian ía seguindo com as marcações do personagem, mas

não conseguia pensar em muita coisa com a brincadeira

de Kath martelando em sua cabeça. Nisso acabou por não

calcular direito sua força e quando se deu conta do

que havia acontecido, Katherine estava no chão, quase

chorando de dor e abraçada às costelas. Ela não

conseguia nem falar, todos da produção vieram em sua

direção, e mesmo cheio de mulheres desesperadas,

ouvia-se no meio de tantas outras a maquiadora

paralisada e em choque dizendo: “Eu ouvi um clek!

Ele.. Ele... bateu... e... pow... e... clek!”

Coitadinha, não conseguia dizer uma frase inteira que

fizesse sentido.

Não dava para deixar as coisas do jeito que estavam,

ou aquilo viraria um pandemônio e ninguém chegaria a

lugar nenhum, assim o diretor mesmo deu um jeito de

colocar ordem na bagunça, pegou o alto-falante,

colocou no volume máximo e começou a gritar: “EU QUERO

SILÊNICO AQUI!” E todos pararam de falar na mesma

hora, menos Ian que ainda completava uma frase: “...

levante, não pode ter doído tanto assim!” Mas levou um

susto com o súbito silêncio geral.

Agora o único barulho que se ouvia eram os gemidos de

dor de Katherine pois até os pássaros haviam parado de

cantar para ver o que estava acontecendo. Com o

silêncio, o diretor achou que não mais necessitava do

alto-falante e voltou a falar com a própria voz: “Mas

que baderna foi essa aqui? Eu quero uma equipe de

médicos e uma maca para levar Katherine ao hospital.

Quero que me mantenham informado de seu estado. O

resto da produção é para se acalmar e voltar aos seus

afazeres, vamos ficar com a primeira cena gravada

mesmo. E Sr. Somerhalder, eu quero o senhor em meu

escritório para uma conversa séria assim que trocar de

roupa! Vamos, todo mundo, movendo, MOVENDO...” As

pessoas aos poucos voltaram ao que estavam fazendo,

mas ainda comentavam baixo pelos cantos os motivos ou

possíveis causas para o ocorrido. Umas delas, apesar

de estar brincando, chegou provavelmente muito perto

da verdade ao dizer: “Foi excesso de amor”.

Ian ía andando em direção aos trocadores para tirar o

figurino reprisando os últimos momentos, tentando

colocar uma certa lógica nos fatos. Uma imensa

sensação de culpa começou a tomar conta de si. “Meu

Deus... eu sou um monstro! Como pude fazer uma coisa

dessas? Como pude machucá-la daquele jeito? Eu nunca

desejei magoá-la ou deixá-la mal, o único motivo pelo

qual eu faço brincadeiras com ela é porque eu adoro

vê-la nervosinha comigo, ela fica uma graça quando

parece se importar até com a maior das besteiras que

eu falo. Ela é a única que me faz companhia e agüenta

minhas histórias de uma maneira tão particular e tão

especial que me faz sentir bem ao estar do seu lado.

Desde a primeira vez que conversamos, ainda nos testes

para o programa, eu pude sentir, eu sabia que ela

seria a pessoa com quem eu mais passaria tempo junto.

Foi duro ficar esse quase um ano longe dela esperando

o programa ser aprovado, mas desde que voltamos, eu a

admiro cada vez mais e mais!” Ian, que agora já estava

andando em direção à sala do diretor, que na verdade

era mais um dos trailers da produção, parou por um

tempo, como se parasse com isso o que estava pensando

e começou a refletir. “ESPERE! Ian, veja o que está

pensando? É isso mesmo o que você está querendo dizer?

Você.... não... não pode ser.... mas é! Eu estou

apaixonado por ela? (Bate na própria testa como se

desse conta de algo que qualquer um veria) É óbvio que

estou apaixonado por ela! Como não percebi isso antes?

Eu sou um idiota, estúpido! E isso faz de mim um

monstro ainda maior! Um Frankenstein! Não, um King

Kong! Não, PIOR, um Godzilla! Definitivamente

Godzilla, os outros ao menos tinham coração e lutavam

por suas amadas!” Esses pensamentos não fizeram com

que ele se sentisse nada melhor.

Ao chegar, bateu na porta do trailer tão levemente que

se as pessoas lá dentro não o estivessem esperando,

não perceberiam de modo algum. Uma voz o mandou entrar

e posteriormente, sentar-se. Lá dentro estavam três

pessoas: o produtor, uma testemunha e o diretor.

Apenas esse último falou enfurecido: “Você tem

consciência do que você fez, mocinho? Você acabou de

machucar seriamente um ser humano! Não apenas um ser

humano qualquer, mas uma colega de trabalho! Isso é

degradante!” Ian mantinha a cabeça baixa e os olhos no

chão, não se atrevendo a olhar para mais ninguém,

estava absolutamente envergonhado e sentido: “Eu

entendo completamente, eu sinto muito! Pensei muito

sobre o que eu fiz, foi burrice da minha parte, eu

estava completamente errado!” O diretor não o deixou

falar muito mais do que isso e começou a despejar um

sermão que parecia interminável. Ian engolia cada

palavra como um remédio ruim, mas acreditava que ainda

assim era pouco para a atrocidade que havia cometido.

O sermão foi apenas interrompido por um telefonema.

Era do hospital, avisando que Katherine não havia

quebrado nada, mas teria que ficar enfaixada na parte

das costelas para evitar que o hematoma e os arranhões

piorassem. Quanto a isso Katherine não se sentia

completamente mal, já havia se acostumado a ficar toda

apertada nessa região, uma faixa não mudaria muito a

situação! Não levaria muito para ser liberada, apenas

teria que comprar alguns remédios para a dor e umas

pomadas. O diretor pareceu muito mais aliviado ao

desligar o telefone e voltou-se para Ian mais

condescendente: “Rapazinho... você até que tem sorte,

ela não quebrou nada, poderá voltar para cá ainda hoje

e sem muitos danos. Quanto a você, não haverá punição,

pela sua cara logo se vê que já se arrependeu tudo que

deveria, apenas aconselho que vá pedir desculpas à

ela, pois ela saiu daqui realmente ressentida!”

Ian sai do trailer com uma cara não muito diferente do

que a que entrou, parecia que por mais que as pessoas

reclamassem com ele, nada poderia ser pior do que as

coisas que ele falava para si próprio. Sentou-se num

banco na sombra, cruzou os braços e ficou olhando para

o nada, seu lindos olhos azuis pareciam ainda mais

profundos. Nesse momento chega Kate silenciosamente e

senta-se ao seu lado. Ela, que não era tão inocente

quanto a consideravam, se aproveita de seu título de

“irmã caçula oficial” para falar-lhe conselheiramente:

“Você realmente não deveria ter feito isso. Sabe que

por baixo de toda aquela postura de forte e decidida

ela é apenas mais uma garota frágil e amável, insegura

como todas as outras! Você pode se achar muito

entendido em mulheres, mas parece não reconhecer

direito uma garota honesta e digna de afeto

verdadeiro. Talvez eu não devesse dizer isso, mas eu

acho que ela te ama, é provável que ela ainda não

tenha se dado conta disso completamente, mas todos em

volta já perceberam que não é à toa que vocês passam

tanto tempo juntos, seja implicando um com o outro ou

rindo juntos! Vocês se amam! E vocês se merecem!

Porque são pessoas maravilhosas que realmente têm o

direito de serem felizes!” Ian não se mexe, apenas

diz, ainda com sua cara tristonha e uma voz

desanimada: “Eu sei.... Mas não tenho idéia do que

fazer.” Kate vira-se de lado no banco para ficar de

frente para ele: “Olhe, eu fui com ela para o

hospital. Ela não está nada bem, quer dizer,

fisicamente até que não está ruim, mas

psicologicamente ela parece arrasada! Eu realmente

queria poder ficar por aqui nesse fim de semana para

ajudá-la. Então você é que terá que cuidar dela, pois

apesar de ser a última pessoa que ela quer ver agora,

você é exatamente o que ela está precisando. Se

quiser, leve-a à festa assim mesmo, ela não está tão

mal que não consiga se vestir com um pouco de ajuda e

dançar um pouco. Tente animá-la, elogie-a, faça algo

certo por vocês dois. Não deixe que um episódio ruim

passageiro estrague todo o seu futuro juntos!

Conquiste-a!” Kate olha para a cara de nada animado de

Ian e resolve que desse jeito não ía adiantar nada:

“VAMOS! Levante-se, anime-se! Você não vai conseguir

fazer ela se sentir melhor se ficar desse jeito pelos

cantos! O que passou, passou, isso você não pode

mudar, mas o que ainda está por vir.... ah, quanto a

isso você ainda pode fazer muita coisa! Venha, eu te

pago um sorvete!” Ela sorri, se levanta e puxa-o pelo

braço. Ian ainda estava tentando se sentir melhor ao

ser arrastado por Kate que não deixou a recusa como

uma opção de resposta para ele. “Sua mãe não vai se

importar de te ver saindo comigo?” Ele perguntou.

“Não... ela sabe que não é em você que eu estou de

olho!” E dá uma piscadela para ele.

Katherine estava andando de volta em direção ao seu

trailer, um carro da produção a havia deixado por ali

para que fosse descansar, mas ela mudou de idéia ao

ver duas figuras sentadas numa mesa com os pés

apoiados nos bancos. Rodney estava com uns papéis de

script em uma das mãos e carregava a cabeça na outra

apoiada pelo cotovelo no joelho com um ar de

preocupado. Mark estava ao seu lado, mas sua expressão

era completamente diferente, ele tinha uma das mãos na

cabeça e outra na barriga, se acabando de tanto rir.

Katherine se aproximou dos dois andando devagar, um

pouco curvada e com um braço segurando as costelas que

ainda doíam bastante. “Alguém pode me contar a piada?

Eu bem que estou precisando de um motivo para rir

agora!” Os dois param por um instante de se importarem

com o que estavam fazendo para perguntar: “Você está

bem? Precisa de ajuda? Sente-se conosco!” Mark para um

pouco e diz: “ Na verdade você é exatamente a pessoa

que nós estamos procurando!”. Katherine prefere

sentar-se no banco onde os dois estavam com os pés e

ficou olhando para eles. “Como assim? Estavam me

procurando? Para quê?” Ela pergunta. “Nosso amigo aqui

está com um probleminha – Mark começa – Ele vai ter

que ficar sem calça numa cena!” Katherine se espanta:

“Vão te colocar pelado em horário nobre? Mark, isso

não é nada engraçado, é preocupante!” Mark volta a rir

da confusão e Rodney tenta explicar: “Não, pelado não,

eu vou estar com um blazer e de cueca.” Kath fica

muito mais aliviada e começa rir também: “Tá brincando

que você está assim por causa dessa bobagem?! Faz

idéia do que é ter a cidade toda vindo ver suas cenas?

Não? Continue fazendo cenas assim e você logo saberá!

Sem contar que não sei qual o problema aqui, esqueceu

do piloto? Aliás, os dois estavam umas gracinhas

andando de cuequinhas no meio da rua!” e volta a cair

na gargalhada! (Ai, Ai, Ai, isso dói) Mark respira

mais profundamente tentando parar de rir um pouco:

“Obrigada, mas o nosso amigo aqui não leva as coisas

tão na brincadeira!” Katherine concorda: “Eu sei, era

exatamente isso que eu estava comentando com o Ian

agora mais cedo.... – sua cara não está mais tão

animada depois de tocar no nome de Ian – Ian... me

prometam uma coisa... não toquem no nome desse

indivíduo na minha frente está bem?” Ela se levanta

antes mesmo de ouvir a resposta e vai para o seu

trailer, entrando bate a porta com mais força do que o

usual como se impedisse até o vento que a seguia de

entrar atrás dela. Mark e Rodney ficam se olhando com

o mesmo pensamento em mente: “Se as coisas forem por

esse caminho, não haverá mais paz por aqui” e isso era

o que ninguém queria, todos estavam tão bem e tão

amigos até agora.... até agora! “Isso tem que mudar,

alguma coisa tem que iluminar as cabeças de vento

desses dois!” Rodney disse por último encerrando esse

assunto entre os dois que voltaram a ler suas próximas

cenas.

Esta é somente a 2ª parte desta Fan Fiction. Se você deseja fazer algum comentário sobre ESTA Fan Fiction mande um e-mail para [email protected]

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