intro.gif (2169 bytes)

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso

 

or_bar.gif (1182 bytes)

 

Al-Walid I

 

l_brown.gif (101 bytes)

 

Al-Walid sucedeu seu pai, Abdul Malik, no califado. Abdul Malik, com firmeza e decis�o, havia unificado os v�rios elementos d�spares do mundo mu�ulmano, mas � a al-Walid que se deve o mais espetacular acontecimento do in�cio do Islam - a conquista do Magrebe e da Espanha. Hasan ibn al-Naaman, que tinha pacificado a Ifriqiya (�frica) e reprimido os b�rberes, tinha sido substitu�do por Musa ibn Nusayr no governo da �frica. Musa era um homem de vis�o e ambicioso. Um pouco antes, ele havia conquistado o Magrebe e era devidamente enaltecido pelo Califa. Agora ele era vice-rei de todo o territ�rio a oeste do Egito, o que era uma grande honra. Musa tinha um general talentoso, chamado Tareq, que era um liberto. Ele foi indicado para governador da parte oriental do Magrebe, na regi�o que hoje corresponde ao norte do Marrocos. A capital era T�nger. Certo dia, chegou at� ele um nobre espanhol, Conde Julian, um descontente com o rei de Espanha.

Em 711 d.C, Tareq navegou pelos estreitos com 7.000 homens e desembarcou ao p� de uma imensa rocha, que veio a ter seu nome, Jabal-i-Tariq, ou o monte de Tareq, e que mais tarde foi europeizado para Gilbratar. Percebendo que seus soldados e cavaleiros estavam com receio da aventura, ele usou um estrategema. Dividiu sua frota em duas . Escondeu metade dos barcos atr�s do promont�rio e deu ordens secretas para que a outra metade ateasse fogo. Quando as chamas subiram seu acampamento ficou em alvoro�o e os sentinelas correram at� onde ele estava. Muitos dos homens torceram as m�os em desespero. Alguns poucos estavam bastante perturbados e lhe perguntaram o que fazer. Tareq respondeu que fizessem alguma coisa e eles de novo perguntaram.: "Mas, se tivermos que voltar? Suponha que sejamos derrotados?" E Tareq espondeu: "Mas quem fala em derrota? N�o h� necessidade de voltar. Esta terra pertence a Allah e, portanto, pertence a voc�s tamb�m. V�o. Lutem pela gl�ria de Allah e por um lar para suas crian�as. Uma vez que n�o h� a possibilidade de recuo lutem como se fossem 70.000 homens ao inv�s de 7.000. J� derrotamos o inimigo antes. Faremos o mesmo agora. Confiem em Allah. Marchem adiante meus jovens her�is!"

Nenhuma palavra foi dita a Musa sobre o que Tareq havia feito. Mas Musa, o grande vice-rei, invejou seu pr�prio general. Talvez n�o tivesso gostado que um ex-escravo, mas brilhante, tivesse alcan�ado o que nenhum de seus pr�prios filhos tinham conseguido. Em todo o caso, ele avan�ou com um grande ex�rcito. Mas, antes que pudesse juntar suas for�as �s de Tareq, o jovem general se defrontou com as for�as espanholas comandadas pelo rei, que tendo usurpado o trono, agora se enchia de coragem para lutar contra os mu�ulmanos invasores. Mas Tareq imp�s uma derrota aos espanh�is em 711 d.C. Musa chegou com seus �rabes em 712, quando a maior parte da Espanha central j� havia sido conquistada por Tareq. Musa, no entanto, conquistou o resto da Espanha. Ocupou Medina, Sid�nia, Sevilha e M�rida. Dizem que ele reprovou publicamente Tareq por n�o ter respeitado suas ordens, mas a gl�ria j� pertencia a Tareq, cujo nome at� hoje � um famoso entre os mu�ulmanos.

Nesse meio tempo, alguma coisa estranha estava acontecendo em Damasco. Ao inv�s de aplaudir as grandes conquistas de Musa e Tareq, os cortes�os come�aram a envenenar a mente do Califa al-Walid contra Musa. Diziam que ningu�m podia ser t�o poderoso. Diziam que a Espanha estava muito longe e sugeriram que Musa deveria ser um louco se n�o proclamasse sua independ�ncia. Um homem inteligente teria percebido toda a inveja nessa conversa, mas al-Walid era desconfiado por natureza e come�ou a prestar aten��o nos coment�rios maldosos. Mandou chamar Musa que atendeu ao chamado, deixando em seu lugar, como vice-rei, seu filho Abdul Aziz. Quando Musa chegou a Damasco, ele se apresentou ao Califa � frente de uma longo cortejo. Trazia pr�ncipes cativos, chefes e nobres e milhares de escravos carregando presentes em ouro, ornamentos, j�ias e centenas de objetos preciosos.  O Califa ficou t�o impressionado que aceitou os presentes e recebeu Musa cortesmente.  Mas, em seguida, ele ficou doente e seu irm�o Suleiman, que se tornou o regente, provou ser um traidor. Retirou o cargo de Musa, confiscou seuss bens  e o baniu de sua corte. Musa foi para uma cidadezinha onde morreu na pobreza. O novo califa mandou matar tamb�m o filho de Musa, Abdul Aziz. Essa morte foi uma advert�ncia para os generais mu�ulmanos em todo o mundo. Eles achavam que se os governantes mu�ulmanos eram t�o desp�ticos e  ingratos com os pr�prios mu�ulmanos, n�o seria deslealdade salvaguardar seus pr�prios interesses. N�o surpreende que, na �poca dos ab�ssidas, que vieram depois dos om�adas, tenha-se tornado comum que generais ou governantes cuidassem de si e que, quando a oportunidade se apresentava, estabeleciam governos independentes, ainda que sob a "prote��o" nominal do califa ab�ssida.

Al-Walid como governante, mandou muitas expedi��es �s prov�ncias da �sia Menor. Ele foi um soberano generoso e ficou famoso pelos belos pr�dios, escolas e hospitais que constuiu. Foi generoso com os pobres. Refor�ou a justi�a e o respeito pela lei. Estimulou as artes e a poesia �rabe floresceu de novo em seu reino. Os om�adas come�aram a construir vilas na fronteira sul do deserto, para onde se retiravam quando queriam descansar e para onde enviavem seus filhos para serem treinados e educados longe da atmosfera da corte e das cidades. A S�ria o considerava o governante ideal e ele deve ser tido com um dos grandes da dinastia om�ada.

 

"A Short History of Islam" - S.F. Mahmud

 

back1.gif (279 bytes)


home.gif (396 bytes)


Hosted by www.Geocities.ws

1