A MUDANÇA

No mais pulsante batimento cardíaco, no calor do sangue puro fervendo as paredes elásticas das veias, nas dores musculares de um amargo dia relutante e de uma noite preocupante está o sentimento de mudança.

Mudança, palavra que para muitos significa uma troca de roupa indesejável ou resolver morar em alguma outra cidade ou lugar distante. Mas para outros o significado engloba os pensamentos concretos ou até mesmo abstratos.

Mudança, sensação de poder interior, poder de escolher o melhor, mas não de uma simples mudança de emprego, moradia ou alguma mudança realizada por certo político de sua cidade, como a construção de uma ponte para facilitar acessos, ou o melhoramento de certa instituição educacional. Pois todos sabemos que propaganda ou ação política beneficia apenas a parte privilegiada da população em que ela é estabelecida, esta mudança no caso citada, significa mudar radicalmente qualquer forma de padrão estabelecido por poucos que se acham donos de nossos próprios pensamentos, dos nossos sentimentos e de toda uma maneira geral disfarçada com a força da mídia, força de princípios e finais lucrativos, sempre diante dos olhos de poucos que enxergam. Tudo que temos, construímos, compramos ou transformamos faz parte do sistema capitalista.

Somos apenas números, registros em governos, prefeituras, magistraturas, coorporações militares e etc. Pela razão de nenhuma pessoa ser vista com olhares dignos, a comparando com o próprio que a olha, que a vigia e que busca o mesmo que às vezes a própria pessoa não sabe, mais se um dia alcançar tal experiência de se libertar totalmente de obrigações, deveres ou correntes ínvísíveis, experimentando certa vez tal concretização vital, sua vida, a vida de todos mudará e o mundo nunca mais será o mesmo.

Mudar o mundo, sim, este é o ponto. Conseguir, ilimitar, consagrar, se alimentar do que a natureza oferece e beber das águas Iímpidas que a mesma proporciona, isso tudo sem dar satisfações e sem obedecer ordens dos que nem se acham seres hunanos, mas sim superiores e ditadores, cães sujos que se acham donos do nosso mundo, claro, eles não deixam de fazer parte dele, merecem sim os mesmos direitos, mas esquecem da vida, da solidariedade, compaixão, abraço amigo e do espaço interior nos corações para se respirar as matas, sentir o vento acariciar as peles suadas e feridas ou pelo trabalho de sustentação ou pelo arder do sol quente que a bronzeia.

Sentir as ondas recauchutarem nos cabelos, se misturando com chuvas refrescantes de verão, molhando até os mais impuros pensamentos e os revertendo para prazerosas buscas humanitárias e sempre mantendo (inovando), o saber de que cada espaço no Planeta Terra não pertence a poucos, mas sim a todos e que todos possam usufruir tais maravilhas.

Mudanças que venham por nossa própria luta, do trabalho de nossos próprios braços, da vontade adquirida pela verdade, ninguém mais passará problemas sócio-econômicos, pois a classe aristocrática será quebrada e seus valores divididos e subdividos entre todos que não nasceram com a mesma sorte, sorte na verdade abstrata que como do mesmo modo que homens a criaram para beneficíos própríos e acomodações, outros homens podem quebrá-Ia e transformar a sorte em semente, plantá-la, regá-la e com isso revolucionar o mundo, com o igual, o livre, o mesmo, o amor e o ilimitado...

Sempre!

Informativo Ácrata - Resgatar, Esclarecer e Divulgar a Expressão Anarquista

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