O UNIFORME HOLANDÊS
Apesar de sua bandeira possuir tem 3 cores: azul, branco e vermelho, e laranja na camisa, porque o laranja era a cor da Dinastia de Orange, a família real holandesa, desde os tempos de Maurício de Nassau.
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Camisa nº 1 |
Camisa nº 2 |
Não havia, no início dos anos 70, o símbolo do fornecedor de material esportivo estampado no peito. A Holanda usava apenas as três listras de seu fornecedor oficial nos ombros, como símbolo de sua parceira comercial. Os holandeses usavam as camisas assim. A principal estrela, Johan Cruyff, não. Cruyff não aceitava utilizar um símbolo comercial numa camisa que vestia, sem receber nenhum dinheiro por isso. Para não comprometer o contrato, nem ficar sem a principal estrela da companhia, os dirigentes holandeses decidiram criar uma camisa especial para Cruyff. Uma com duas listras, em vez de três. Em todas as fotos e imagens, até hoje, é possível ver Cruyff com uma camisa com duas listras apenas, em vez das três envergadas por seus colegas.
Fonte: http://www.ligaretro.com.br, por Paulo Vinícius Coelho, Colunista da ESPN e do Lance.
O jornal holandês VOLKSRANT fez uma enquete com dados bem curiosos em relação a Copa 74:
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Rivelino: o jogador mais triste
Beckenbauer: o mais arrogante |
Nunca mais foi visto o futebol-carrossel magistral jogado pela
Holanda, nem pelas próprias seleções holandesas formadas posteriormente, nem
outra seleção fantástica de outro país com um novo esquema tático
revolucionário. Foi, sem dúvida, a última grande equipe a entrar para a história
do futebol mundial, como as do Brasil em 1950, a Hungria em 1954, em 1958 a
França e nesse mesmo ano a seleção brasileira, conquistando pela primeira vez o
título mundial, e repetindo o feito em 1962 no Chile com outra legendária
equipe, na era de Pelé e Garrincha e depois o Brasil de novo, em 1970. A Holanda
de 1974, mesmo sem ter sido campeã, merece todo o respeito.
A seleção alemã
bicampeã de 1974 poderia até entrar para essa fechadíssima galeria que encantou
o mundo do futebol pelo entrosamento de suas excelentes individualidades, fator
principal para se formar uma grande equipe, e muito graças também ao gênio Franz
Beckenbauer, o maior jogador alemão de todos os tempos, que desde a Copa de 1966
disputada na Inglaterra buscava uma conquista para seu país para se consagrar
definitivamente, e repetiu mais uma conquista de Copa do Mundo em 1990,
trabalhando então como técnico da mesma seleção.
É claro que nas décadas de
80 e 90 surgiram craques fenomenais, como o insuperável argentino Diego Armando
Maradona, mas uma grande equipe como as citadas anteriormente nunca mais
apareceram. Na Copa da Itália em 1990 havia uma grande expectativa que a Laranja
Mecânica voltasse a aparecer encarnada por Marco Van Basten, Frank Rikjaard e
Rudd Gullit, a espinha dorsal do Milan da Itália, mas essa equipe não passou de
três empates medíocres e uma derrota na repescagem, acabando com todas as
esperanças de vermos novamente um show da Holanda. A Holanda de 1978 ainda
contava com alguns motores do carrossel como Jongbloed, Haan, Krol, Jansen,
Neeskens, Johnny Rep que acabou se tornando o maior artilheiro holandês em Copas
do Mundo e Resenbrink que fez o milésimo gol das Copas batendo um pênalti no
jogo contra a Escócia, e mais os gêmeos Willy e René Van der Kerkhof, estes
reservas em 1974. Fez uma campanha regular e chegou a finalíssima contra a
Argentina, mas novamente fora vice-campeã, perdendo na prorrogação por 3 x 1.
Cruyff e o meio de campo Van Hanegen não estavam mais na seleção e o técnico não
era Rinus Michels, três elementos fundamentais em 1974.
Nunca mais um
carrossel laranja fantástico girou pelo mundo, e a inesquecível Laranja Mecânica
de 1974 tem o privilégio de ser a última das grandes seleções a figurar como
fora de série.
A SELEÇÃO HOLANDESA QUE DISPUTOU O MUNDIAL NA ARGENTINA EM 1978