Mariner 10
Status da missão: concluída
Lançamento: 03 de novembro de 1973
Objetivo: Mercúrio
A Mariner 10 foi a única missão destinada ao planeta Mercúrio, e só será superada
em 2004, pela Messenger . Sua história é um capítulo a parte na história da
astronáutica. Esta missão americana, do início dos anos 70, foi um enorme sucesso e
rendeu valiosos conhecimentos sobre um mundo até então desconhecido e misterioso, a
começar por sua estranha órbita, que no final do século XIX intrigou os cientistas com
seu movimento próprio em torno do Sol - levando a curiosas teorias.
Trajetória da Mariner 10
1. Lançamento; 2. A sonda ganha impulso ao passar próximo a Vênus e fica em órbita do
Sol; 3. Posição da Terra quando a Mariner chega a Mercúrio e 4. Primeira de três
passagens consecutivas por Mercúrio. A sonda tinha 3,7 metros com os painéis solares
abertos e pesava 504 kg. Sete diferentes instrumentos estavam a bordo, para coleta de
dados.
A transmissão de imagens televisivas da superfície e a observação das emissões
infravermelho foram a base dessa exploração automática de Mercúrio. A Mariner 10
também mediu a temperatura do planeta e detectou a existência de um campo magnético,
evidência de um núcleo metálico de dimensões significativas.
Cerca de 40% da superfície foi fotografada. Cada passagem era destinada a um conjunto
específico de experimentos. As fotos revelaram um planeta árido e extensamente
craterizado, semelhante à Lua. Mas há diferenças marcantes entre os dois mundos. Na Lua
existem planaltos de cor clara, crivados de crateras e circundados por planícies cobertas
por uma camada de lava escura e solidificada. Em Mercúrio, por outro lado, o contraste
não é tão marcante.
Alguns vales do planeta foram batizados com nomes de radiotelescópios, como Arecibo.
Crateras maiores receberam o nome de poetas, pintores e músicos, como Homero, Renoir e
Bach. Planícies receberam o nome Mercúrio, em várias línguas, ou de deuses que em
outras mitologias tiveram papel semelhante ao do deus Mercúrio (Hermes). Para montar um
mapa da superfície fotografada, escolheu-se o centro de uma cratera, denominada Hun Kal
(vinte, na língua Maia) para designar o meridiano 20° e daí definir os demais
meridianos e paralelos do planeta.