V O L T A R

FÍSICA COM O PROF. WILSON

MOTIVAÇÃO

Conceitos

Motivação tem origem na palavra motivo, com o sentido de causa que está, psicologicamente ligada as ações do homem e dos animais em geral.

As ações humanas sempre estão relacionadas aos motivos e as forças que levam a açõo são denominadas impulso ou instinto.

Existem duas espécies básicas de forças responsáveis pelas ações: as fisiológicas e as emotivas. A primeira está relacionada com sentimentos como a fome, o sono, a doença, a fadiga, etc, enquanto que as emotivas estáo ligadas ao desejo de agradar e ser aceito pelas pessoas que convivemos.

Teorias

São inúmeras as teorias que tentam explicar a motivação. Entre elas, destacam-se:

  • A teoria do Condicionamento que tenta explicar quaisquer motivos destacando um reforço externo que vai satisfazer uma necessidade fisiológica;
  • A Teoria cognitiva que valoriza a motivação intrínseca incluindo fatores como objetivos, intenções e expectativas;
  • A Teoria Humanista que estabelece uma hierarquia de necessidades e motivos, entre eles, motivos fisiológicos, de segurança, necessidade de participação e conhecimento além de necessidades estéticas e, por último, a...
  • Teoria Psicanalista que responsabiliza as experiências infantis como fonte principal dos comportamentos posteriores.
  • Na Teoria Humanista, também existe uma longa lista que enumera as causas que levam a ação, todavia, para simplificação, pode-se considerar a pequena lista apresentada pelo sociólogo William I. Thomas, pelo fato dela ser muito conhecida e abrangente. Segundo ele, um adulto normal apresenta quatro desejos fundamentais: desejo de segurança, de correspondência, de aprovação social e desejo de novas experiências.

    O desejo de segurança é o motivo que nos leva a atender nossas necessidades f�sicas, cuidar da saúde, trabalhar e adquirir bens.

    O desejo de correspondência leva o ser humano a busca de contatos sociais e sexuais. Todo adulto considerado normal, necessita da cumplicidade e de relacionamento com pessoas cujos comportamentos e sentimentos tenham afinidade com os seus.

    Há também, a necessidade de se praticar atos e atitudes que sejam aprovados pelo grupo social de convivéncia, o que caracteriza o desejo de prestígio ou aprovação social.

    Quanto ao desejo de novas experiências, é ele que leva o ser humano a procurar a quebra da rotina e o faz variar com novas experiências visando a fuga da monotonia.

    Deve-se considerar uma hierarquia que classifica os motivos como primários, instintivos e que podem ser inferiores e superiores. Essa hierarquia refere-se a ordem de aparecimento dos motivos no desenvolvimento do indivíduo. Os motivos fisiológicos aparecem como prioridade obstruindo os outros desejos até que eles sejam satisfeitos, isto é, os desejos superiores aparecem em primeiro lugar. Um exemplo é a necessidade de estar descansado, sem sono e sem fome para depois procurar um relacionamento social na busca de convívio em grupo.

    Intensidade de motivação

    Um dos maiores desafios da psicologia é o problema da medida da intensidade da motivação humana. Essa questão tem desafiado os psicólogos há muito tempo e, provavelmente, nenhum outro problema é mais fascinante e está em maior carência de uma solução sábia. Tal solução traria inúmeros recursos práticos nos mais variados campos da atividade humana e sobretudo na escola, pois é de suma importância e consideração e o aferimento dessa medida.

    Infelizmente, as ciências humanas não são numéricas como as ciências exatas e, sabe-se que, quanto mais numérica é uma ciência, maior é a eficiência das suas aplicações práticas na vida cotidiana.

    Ensino e Aprendizagem

    Em relação ao ensino e a aprendizagem, pode-se dizer que a motivação é fundamental. Sem motivação não existe aprendizagem.

    Estar disposto para aprender não significa, necessariamente, que irá ocorrer a aprendizagem significativa, e é fundamental para que isso ocorra, a presença da motivação no aprendiz.

    Uma vez motivado, um aprendiz pode aprender, mesmo que com pouca eficiência, sem professor, sem livros, sem escola e sem quaisquer recursos que promovem a aprendizagem, no entanto, mesmo estando cercado de recursos, se não existir alguma motivação de quem aprende, a aprendizagem não acontece.

    Motivar significa predispor-se com um comportamento desejado para determinado fim. Os motivos ativam o organismo na tentativa de satisfazer suas necessidades e dirigem o comportamento para um objetivo que suprirá uma ou mais necessidades.

    Tipos de motivação

    Segundo Novak, existem três tipos principais de motivação no processo de aprendizagem e estes, não são mutuamente exclusivas. Um dos tipos é chamado motivação por engrandecimento do ego. Ele acontece quando o estudante reconhece que, de um jeito ou de outro, está se saindo bem, isto é, está tendo progresso e demonstrando competência. Provavelmente esse tipo de motivação é o mais eficiente para a aprendizagem pois, é o modo através do qual o indivíduo engrandece sua imagem.

    Quando o aprendiz se mostra motivado apenas para evitar consequências desagradáveis, seja por punição ou por experiências que, de algum modo, desagradam o seu ego, diz-se que a motivação é chamada de aversiva, que é o segundo tipo principal de motivação considerada por Novak. Experimentalmente, verifica-se que esse tipo de motivação não é eficiente como a motivação por engrandecimento do ego, que é uma motivação natural e expontânea enquanto que, a motivação aversiva acontece sob algum tipo de pressão psicológica.

    O terceiro tipo, citada por Novak é chamada de motivação por impulso cognitivo. Ele é uma consequência da motivação por engrandecimento do ego. A necessidade de passar de um ano a outro, se livrar da disciplina para se graduar ou, de alguma forma, progredir ou evitar o fracasso, podem levar a aprendizagem apoiada nesse tipo de motivação considerada como impulso cognitivo.

    Para o ensino e a aprendizagem, recomenda-se a preferencia pela motivação por engrandecimento do ego, de modo que, as atividades propostas procurem enfatizar a necessidade do crescimento pessoal do estudante como um dos recursos prioritários para seu sucesso como cidadão crítico e integrado no meio em que atua.

    BIBLIOGRAFIA

    BARROS, Célia Silva Guimarães. Pontos de psicologia do desenvolvimento. 3.ed. São Paulo: Ética, 1988.

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    DANTE, Luiz Roberto.Didática da resolução de problemas de matemática. 3. ed. São Paulo: Ética, 1991.

    LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo, Cortez, 1994.

    MOREIRA, Marco Antonio, MASINI, Elcie F. Salzano. Aprendizagem Significativa. São Paulo, Moraes, 1982.

    PILETTI, Nelson. Psicologia educacional. 4.ed. São Paulo: Ética, 1986.

    Artigo publicado na revista Script - autor: Prof. Wilson Gonçalves da Cruz - 2003

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