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Amanhã...
Não sei
o que direi ao futuro
se chegar tão de repente
quanto vi passar o ontem,
e me surpreender a olhar,
embaçados entre as mãos,
os sonhos de amor que escrevi...
Que ele
não queira saber
porque deixei nus os jardins,
nem duvide das razões
dos vincos na minha face,
da sombra sobre meus olhos,
das minhas portas trancadas...
E se ele
perguntar
o que foi feito do sol,
quem sabe eu mostre meus versos,
que ainda haverão de ter,
entre as linhas amassadas,
o calor do corpo que os fez...
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Helena C. de Araujo
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