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A vagar...
E porque
há mistérios
que não se confinam
aos limites das minhas mãos,
perscruto os céus,
para que me revelem
o segredo das asas,
para que eu conheça
das palavras os destinos
quando distraem-se em vôos.
Pressinto-as
em seus murmúrios
e as sei em algum lugar
entre o céu e as mãos,
mas num infinito que não alcanço.
Onde
ficam as palavras
quando não pousam?
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Helena C. de Araujo
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